sexta-feira, 27 de novembro de 2015

DIVULGADOS OS GRUPOS DA 47ª COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JUNIOR



Ontem (26 de novembro) foram divulgados pela Federação Paulista de Futebol os grupos de mais uma edição da Copa São Paulo de Futebol Junior, a 47ª, que será disputada de 2 a 25 de janeiro de 2016. Apenas jogadores da categoria Sub-20, nascidos entre 1996 e 2000, poderão participar.
A competição, que reúne clubes do Brasil inteiro, terá 112 clubes divididos em 28 grupos, sendo dois do Distrito Federal: Brasília, campeão brasiliense da categoria, e Sobradinho, vice-campeão.
O Brasília fará parte do Grupo 23 e atuará em Atibaia, ao lado de Atibaia (SP), Portuguesa (SP) e Goiânia (GO). O Sobradinho fará parte do Grupo 4, que terá a cidade de Lins como sede e enfrentará o local Linense (SP), Botafogo (RJ) e São Bento, de Sorocaba (SP).
A novidade desta edição ficará por conta da participação do Pérolas Negras, do Haiti, que vai jogar no grupo 28, sediado em São Paulo.
A tabela ainda não foi divulgada.

AS SELEÇÕES DE BRASÍLIA: o Jogo da Solidariedade, com Rivelino e Zico juntos - 1983


O público que compareceu ao Estádio Serejão no dia 23 de julho de 1983 para assistir ao “Jogo da Solidariedade”, entre a Seleção do Distrito Federal e a Seleção do Sul (alguns jornais chamaram essa equipe de Seleção de Santa Catarina), em benefício das vítimas das enchentes que assolaram o sul do Brasil, não saiu decepcionado. Pelo contrário: Zico, que jogou pela seleção do Distrito Federal, fez um gol antológico, grandes jogadas e ajudou seu time a vencer a seleção do Sul por 3 x 2. Mesmo fora de forma, Rivelino jogou ao lado de Zico e teve bons momentos.
Entre os jogadores do DF, os destaques foram Éder Antunes, autor do terceiro gol, e Barão, Raimundinho e Santos.
A seleção do DF começou melhor e, logo aos 4 minutos de jogo, Santos chutou uma bola na trave, depois de receber ótimo lançamento de Rivelino pela meia direita. Aos 18 minutos, Bizu marcou o gol da seleção catarinense. Depois de receber excelente passe de Rivelino e perder um gol feito, Nilson, centro-avante do Gama, foi substituído por Éder Antunes, do Guará, aos 35 minutos. O primeiro tempo terminou com o placar de 1 x 0 a favor dos catarinenses e Zico disse que jogaria mais vinte minutos no segundo.
O ponto alto do jogo foi, sem dúvida nenhuma, o gol de Zico, aos 4 minutos do 2º tempo. Ele dominou uma bola à altura da meia-lua e, mesmo cercado pela zaga adversária, deu uma série de dribles em seus marcadores até conseguir espaço para chutar sem defesa para o goleiro catarinense. Um dos gols mais bonitos marcados em um estádio brasiliense.
No entanto, a seleção do Sul voltou a ficar na frente do marcador aos 13 minutos, com um gol marcado por Silva. Logo depois, Zico deixou o campo. O jogo esfriou um pouco.
A seleção do DF estava perdendo o jogo até os 41 minutos do segundo tempo, quando Marquinhos, jogador do Ceilândia, empatou. Dois minutos depois, o centro-avante Éder Antunes fez o gol da vitória.
Eis a ficha técnica desse jogo:
SELEÇÃO DO DF 3 x 2 SELEÇÃO DO SUL
Data: 23.07.1983
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Renda: Cr$ 7.889.000,00 (sem computar a renda antecipada)
Público: 7.603 pagantes
Árbitros: Arnaldo César Coelho e José Mário Vinhas
Gols: Bizu, 18; Zico, 49; Silva, 58; Marquinhos, 86 e Éder Antunes, 88
Seleção do DF: Joaldo (Adriano), Cidão (Ricardo), Jonas Foca, Zinha e Manoel Silva (Pacheco); Barão, Zico (Marquinhos) e Rivelino (Wander); Santos (Raimundinho), Nilson (Éder Antunes) e Lino (Marcelo). Técnico: Pedro Pradera.
Seleção do Sul: Gilson (Borrachinha), Bruno (Toninho), Adilço (Silva), Gilberto e Álvaro; Careca (Édson), Toninho Vanusa e João Renato; João Carlos, Bizu (Nestor) e Ademir. Técnico: Adelardo Madalena.

O SEGUNDO JOGO

O segundo jogo entre essas duas seleções aconteceu no dia 4 de agosto de 1983, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC).
Devido ao frio de 13 graus que estava fazendo em Florianópolis, o público não compareceu em bom número (922 torcedores pagaram ingresso), fazendo com que a renda somasse apenas Cr$ 847.000,00.
O resultado final foi um empate de 0 x 0. O goleiro Joaldo, do Sobradinho, salvou a seleção do DF de levar uma goleada e foi o maior destaque da partida, sendo inclusive muito elogiado pelos dirigentes catarinenses. A seleção de Santa Catarina passou todo o 1º tempo atacando os brasilienses e o gol não saiu. Albeneir, ex-jogador do Brasília, perdeu várias oportunidades de marcar, sempre encontrando Joaldo em boa colocação.
Um dos poucos ataques do DF aconteceu aos 18 minutos, quando o lateral esquerdo Pacheco cobrou uma falta para dentro da área e o zagueiro Zinha quase fez o gol, cabeceando rente à trave. No resto do 1º tempo o que se via era os catarinenses pressionando e o goleiro Joaldo se desdobrando para evitar o gol.
Mas no segundo tempo o panorama se modificou. A seleção de Santa Catarina voltou com 10 jogadores reservas e caiu de produção. A seleção do DF se aproveitou disso e passou a coordenar melhor as jogadas e teve algumas oportunidades de marcar. A maior chance foi através de Marco Antônio, aos 45 minutos, que entrou sozinho, frente a frente com o goleiro e não conseguiu fazer o gol.
José da Silva Mello foi o árbitro e as duas seleções formaram assim: 
SANTA CATARINA - Luís Carlos (Gilson), Bruno (Assis), Levir (Carlos Alberto), Gilberto (Silva) e Fantick (Hamilton); Miro Oliveira (Careca), Balduíno (Caco) e Toninho Vanusa (Osmarzinho); Britinho, Albeneir (Flávio) e Passos (Larry).
DISTRITO FEDERAL - Joaldo, Cidão (Ricardo), Zinha, Jonas Foca e Pacheco; Barão, Wander (Marco Antônio) e Marquinhos; Santos, Éder Antunes (Zeca) e Marcelo (Lino). Técnico: Pedro Pradera. 
Obs.: o único jogador que viajou e não jogou foi o goleiro Bocaiúva, em função da grande atuação de Joaldo. O apoiador Raimundinho, do Taguatinga, foi cortado na véspera da viagem, sendo convocado para seu lugar Marco Antônio, do Brasília.
O presidente da Federação Metropolitana de Futebol, Adilson Peres, foi o chefe da delegação que se dirigiu a Florianópolis. Além dele, viajaram Luís Serejo, Arnaldo Gomes, Almir Vieira (Supervisor), Altair Siqueira (Preparador Físico) e Marreta (Massagista).
A seleção de Santa Catarina não foi a mesma que foi derrotada no dia 23 de julho. Desta vez, apenas os dois clubes de Florianópolis, Avaí e Figueirense, formaram um combinado, sob a orientação dos seus treinadores Geraldo Damasceno (Figueirense) e Ladinho (Avaí).
Houve comentários que Rivelino voltaria a defender a seleção do DF, mas isso não aconteceu. Da mesma forma, Renato Sá ficou de defender a seleção catarinense. Também não compareceu.
A renda serviu para ajudar os três clubes catarinenses mais atingidos com as enchentes: Blumenau, Joaçaba e Rio do Sul.



terça-feira, 24 de novembro de 2015

OS TÉCNICOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Campeonato Brasiliense de 1990


Dadá Maravilha, técnico do Tiradentes
BRASÍLIA - 14 jogos

Carlos Alberto do Carmo Reis (Remo): 14 jogos, de 21 de janeiro a 15 de abril.

CEILÂNDIA - 14 jogos

Rubens Ferreira Meirelles: 6 jogos, de 21 de janeiro a 24 de fevereiro;
Milton Vieira de Moura: 5 jogos, sendo um no dia 4 de março e quatro de 1º a 15 de abril
Édson Souza (Edinho): 3 jogos, de 18 a 25 de março.

GAMA - 18 jogos

Hélio Alcântara: 1 jogo, no dia 28 de janeiro;
Orlando Pereira "Lelé": 17 jogos, de 4 de fevereiro a 29 de abril.

GUARÁ - 16 jogos

Josemar Macedo da Cunha: 16 jogos, de 21 de janeiro a 15 de abril.

PLANALTINA - 14 jogos

Christovam Ferreira, 7 jogos: de 21 de janeiro a 4 de março;
Francisco Ubiraci Rodrigues de Oliveira (Bira): 7 jogos, de 18 de março a 15 de abril.

SOBRADINHO - 14 jogos

Mário Cézar de Oliveira: 5 jogos, de 21 de janeiro a 18 de fevereiro;
Valdemar Gonçalves Filho: 6 jogos, de 24 de fevereiro a 1º de abril; e
José Antônio Furtado Leal: 3 jogos, de 4 a 15 de abril.

TAGUATINGA - 14 jogos

Nilson Ramos: 1 jogo, no dia 21 de janeiro.
Mozair Barbosa: 13 jogos, de 28 de janeiro a 15 de abril.

TIRADENTES - 16 jogos

Jorge Medina: 5 jogos, de 21 de janeiro a 18 de fevereiro;
Roberto Ruben Delgado: 3 jogos, de 24 de fevereiro a 18 de março; e
Dario José dos Santos (Dadá Maravilha): 8 jogos, de 21 de março a 29 de abril.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS CIDADES SATÉLITES: Gama - 1973


A Mini-Copa de Futebol Amador do Gama contou com a participação de oito equipes da cidade: Brasiliense, Coenge, Cruzeiro, Flamengo, Gaminha, Minas, Palmeiras e Vasco da Gama.
O certame começou em princípios do mês de novembro e as partidas foram realizadas no estádio do Centro Esportivo e Cultural do Gama. Numeroso público compareceu ao local para prestigiá-las.
No dia 30 de dezembro de 1973 foi encerrado o 1º turno, que apresentou a seguinte classificação final: 1º - Vasco da Gama, 3 pontos perdidos; 2º - Gaminha, 4; 3º - Palmeiras, 5; 4º - Cruzeiro, 6; 5º - Flamengo, 7; 6º - Coenge, 8; 7º - Minas, 9 e 8º - Brasiliense, 14 pontos perdidos (ou seja, perdeu as sete partidas que disputou).
De acordo com o regulamento da competição somente os quatro primeiros colocados se classificariam para a fase final do campeonato e estas foram, Vasco da Gama, Gaminha, Palmeiras e Cruzeiro. Esses times decidiriam, em um quadrangular, quem seria o campeão.
A última rodada do quadrangular somente foi realizada em 27 de janeiro de 1974.
Na preliminar, com início às 14 horas, jogaram Vasco da Gama x Cruzeiro. O Vasco sagrou-se vice-campeão ao vencer com facilidade: 3 x 0.
Às 16 horas teve início a partida que decidiu o campeonato, entre Gaminha e Palmeiras. Ao Gaminha bastava um simples empate para chegar ao título de campeão, mas em momento algum o time jogou pela igualdade no marcador. Praticando um futebol rápido e envolvente, acabou vencendo pelo dilatado placar de 4 x 1. 
O Gaminha realizou uma de suas melhores apresentações frente ao Palmeiras. Os gols do time campeão foram assinalados por intermédio de Diogo (2), Reco e Escurinho. Na partida decisiva, o Gaminha alinhou Hugo, Rosival, Domingos, Silva e Campos; Rildo e Diogo; Reco, Fernando, Chiquinho e Escurinho. Os maiores nomes do time campeão foram Rildo, Hugo e Reco, todos eles ex-integrantes de várias seleções amadoras formadas no DF.
Entre os aspirantes, os quatro finalistas foram Flamengo, Gaminha, Coenge e Minas.
A Comissão Organizadora da Mini-Copa do Gama tinha na Presidência Dionísio dos Santos.



domingo, 22 de novembro de 2015

OS CAMPEÕES: Colombo - 1971


O Campeonato Brasiliense de 1971 igualou o menor número de participantes em toda a história da competição: 5.
Anteriormente, na época em que existiam dois campeonatos (amador e profissional), os anos de 1964, 1965 e 1968 também tiveram esse mesmo número.
Depois disso, nunca mais esse reduzido número de clubes tomou parte de uma edição do campeonato brasiliense.
Para chegar ao seu primeiro e único título de campeão brasiliense, o Colombo disputou oito jogos, vencendo cinco e empatando três, ou seja, de forma invicta. Teve um aproveitamento de 81,3%. Marcou doze gols e sofreu três.
Teve apenas um técnico a dirigi-lo: Benedito Raimundo Sobrinho, o Paulista.
Os dois goleiros do Colombo foram Carlos José e Kill.
No campeonato brasiliense de 1971, o Colombo utilizou 22 jogadores, que tiveram esse desempenho:

APELIDO
NOME COMPLETO
JOGOS DISPUTADOS
GOLS MARCADOS
GOLS SOFRIDOS
Carlos José
Carlos José de Melo Passos
8
3
Kill
Ademar Kill
1
Alemão
1
Diogo
Diogo Piloto da Silva
8
Evandro
Luiz Evandro Magalhães dos Santos
1
Gentil
Gentil Gomes Fernandes de Sá
2
Gonçalves
Sebastião Luiz Gonçalves
5
Hermes
Hermes Carneiro
7
1
Joãozinho
João Batista Rizza
1
Jonas Foca
Jonas Francisco dos Santos
8
Luiz Gonçalves
Luiz Gonçalves da Silva
4
Luizinho
Luiz Gonzaga da Silva
3
Macalé
5
1
Nego
3
Paulinho
Paulo Silas Rocha
3
1
Paulo Moreira
Paulo Moreira
8
Pedro Léo
Pedro Léo Moutinho Neto
6
2
Procópio
5
1
Sir Peres
Sir Peres de Barros
7
Toninho
Antônio Nonato da Silva
2
Zé Carlos
José Carlos Balduíno
6
5
Zoca
Oswaldo José Corrêa
6
1




sábado, 21 de novembro de 2015

VOCÊ SABIA?


Julinho e Kayke
Que o centro-avante Kayke, reserva imediato do peruano Paolo Guerrero no Flamengo, é filho de um ex-jogador do futebol brasiliense?
Nascido em Brasília (DF), no dia 1º de abril de 1988, Kayke Moreno de Andrade Rodrigues saiu de Brasília e foi para o Rio de Janeiro ainda bebê. 
Kayke é um dos três filhos de Júlio César Rodrigues, o Julinho, o “Canhão do Planalto”, que defendeu o Ceub por três anos e disputou três Campeonatos Brasileiros pelo clube. Depois atuou no Brasília, onde foi campeão brasiliense em 1977, passou um tempo fora de Brasília, retornou em 1983 para jogar no Taguatinga e em 1984 voltou a defender o Brasília, quando novamente foi campeão brasiliense. Atualmente mora no Rio de Janeiro.
Cria da base do Flamengo, podemos dizer que Kayke, aos 27 anos, já rodou o mundo. Em 2007 Kayke foi promovido aos profissionais. Não recebeu muitas oportunidades ao longo do ano pelos então técnicos Ney Franco e Joel Santana. Em 2008, foi emprestado ao Brasiliense para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A SELEÇÃO BRASILIENSE DE TODOS OS TEMPOS


Na opinião do ex-jogador Moreirinha

No último dia 16 de novembro, postamos uma matéria sobre a carreira do ex-jogador Moreirinha, que passou por todas as categorias do futebol de Brasília (do dente-de-leite até o profissionalismo, conquistando títulos em todas elas), de 1970 até 1983.
Em rápida conversa que tivemos, solicitamos que Moreirinha escalasse o que ele consideraria a SELEÇÃO BRASILIENSE DE TODOS OS TEMPOS, logicamente entre aqueles jogadores que ele viu jogar, ou foram adversários, dividindo-a em equipes “A” e “B”.

Com esquemas táticos variando do 4-3-3 para 4-4-2, a equipe “A” de Moreirinha seria assim formada: 
Paulo Victor, Luisinho, Cláudio Oliveira, Jonas Foca e Nonoca; Capela, Moreirinha, Péricles e Zé Maurício; Vilmar e Edmar.

Já a equipe “B” seria integrada pelos seguintes craques: Déo, Aderbal, Kidão, Manoel Silva e Zé Mário; Alencar, Kleber, Wander e Ernâni Banana; Junior Brasília e Santos.

Solicitado, ainda, a indicar os três melhores treinadores com quem trabalhou, Moreirinha escolheu estes: Airton Nogueira, João Avelino e Alaor Capella.

Os três melhores dirigentes para Moreirinha foram José da Silva Neto, do Brasília, Adilson Peres, do Ceub, e o Coronel Joaquim Barbosa, do Tiradentes.

Para encerrar, Moreirinha nomeou os três melhores árbitros que viu passar pelo futebol brasiliense: José Mário Vinhas, Edson Rezende de Oliveira e Jamir Carlos Garcez.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

AS DECISÕES: A CONTURBADA DECISÃO DO CAMPEONATO BRASILIENSE DE 2000




Bandeirante e Gama haviam chegado às semifinais do Campeonato Brasiliense de 2000.
Em dois jogos, o Bandeirante enfrentaria o Brasília e o Gama teria o Dom Pedro II como adversário.
O Bandeirante venceu uma por 2 x 1 e empatou a outra por 1 x 1. Gama e Dom Pedro II empataram as duas partidas que fizeram: 1 x 1 e 0 x 0, resultados que deram a vaga na decisão do campeonato ao Gama por ter melhor campanha que seu adversário.
Veio o primeiro jogo da final, no dia 25 de junho de 2000. Com a melhor campanha na Primeira Fase, o Gama tinha a vantagem de jogar pelo empate no caso de vencer essa primeira partida.
Em busca de seu sexto título em sete anos, o Gama entrou em campo com uma formação mais ofensiva, com três atacantes.
Pela primeira vez numa decisão, o Bandeirante entrou mais cauteloso.
Com o meio de campo desorganizado, o Bandeirante foi totalmente dominado no primeiro tempo. O Gama teve duas grandes oportunidades de inaugurar o marcador, mas isso não aconteceu.
Mesmo retornando para o segundo tempo melhor que o Bandeirante, o Gama só marcou seu gol aos 21 minutos, através de Abimael. Essa vantagem deu a falsa sensação de que o Bandeirante estava morto. O Gama passou a tocar a bola. No entanto, duas alterações feitas pelo técnico Eurípedes Bueno fizeram com que o Bandeirante chegasse ao empate aos 35 minutos, com um gol espetacular, de bicicleta, marcado por Alessandro Bocão.
A ficha técnica do jogo foi a seguinte:
BANDEIRANTE 1 x 1 GAMA 
Data: 25.06.2000 
Local: Mané Garrincha, Brasília 
Árbitro: Jamir Carlos Garcez
Renda: R$ 8.536,00
Público: 6.104 pagantes
Gols: Abimael, 66 e Alessandro Bocão, 80
BANDEIRANTE: André, Viana (Toni), Junior, Flávio e Rômulo (Roberto); Bira, Evilásio (Duílio), Marquinhos Brazlândia e Júlio César; Jackson e Alessandro Bocão. Técnico: Eurípedes Bueno.
GAMA: Fernando, Paulo Henrique, Gerson, Nen e Mika; Deda, Washington (Kabila), Lindomar e Romualdo (Rodrigão); Abimael e Marcelo França (Mário Zan). Técnico: Walter Ferreira.
Antes da realização do segundo jogo entre Gama e Bandeirante, no Bezerrão, no dia 29 de junho de 2000 o Gama foi suspenso pela FIFA por ter recorrido à Justiça comum para permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro em 2000. A punição seria até setembro, quando haveria nova reunião para definir a pena que caberia ao clube. A FIFA também proibiu qualquer clube filiado à CBF de “manter relações esportivas” com o Gama. Imediatamente a Federação Metropolitana de Futebol informou a suspensão das duas partidas finais do Campeonato Brasiliense, marcadas para os dias 2 e 9 de julho de 2000.
No dia seguinte o juiz Jansen Fialho de Almeida acatou ação do PTB e expediu liminar tornando ineficaz a punição da FIFA ao Gama e determinando à FMF que mantivesse os jogos finais do Campeonato Brasiliense. A FMF cumpriu a decisão e marcou as partidas.
No dia 2 de julho, o Bandeirante não apareceu para o jogo contra o Gama, alegando obediência à FIFA e desconhecendo a decisão da Vara Cível de Planaltina. O Gama esperou os 30 minutos regulamentares, em campo, e passou a aguardar a confirmação da sua vitória por WO. O Bandeirante recorreu ao Tribunal de Justiça Desportiva.
No dia 4 de julho os clubes brasilienses estiveram reunidos na sede da FMF para anunciar que obedeceriam às determinações da FIFA. O Gama ficou isolado.
Da mesma forma que fez no dia 2 de julho, uma semana depois, 9 de julho, o Bandeirante voltou a não aparecer para enfrentar o Gama, preferindo desprezar a ordem judicial. Sua atitude agradou em cheio à CBF, que chegou a anunciar um convite ao Bandeirante para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro de 2000. 
Como havia entrado em campo nas duas vezes, o Gama passou a reivindicar o título de campeão. A Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da FMF chegou a anular o primeiro WO.
Com o fim da punição internacional, entretanto, o título voltaria a ser disputado em campo, graças a manobra capitaneada pelo presidente da Federação Metropolitana de Futebol, Weber Magalhães. Os finalistas concordaram em alterar o regulamento. A melhor-de-três foi reduzida a dois jogos.
Nessa nova fórmula, os clubes precisariam vencer durante os 90 minutos para ficar com a taça. Se ninguém levasse a melhor no tempo normal, haveria prorrogação, com a vantagem do empate para o Gama, beneficiado por ter feito a melhor campanha em todo o campeonato.
Depois de mais de um mês de paralisação, no dia 27 de julho, Gama e Bandeirante entrariam em campo para definir quem seria o campeão brasiliense de 2000.
O Gama foi recebido com uma estrondosa queima de fogos para delírio dos mais de 16 mil torcedores que compareceram ao Bezerrão. Minutos depois, de mãos dadas e sob vaias, entraram os jogadores do Bandeirante.
Com apoio da torcida, o Gama começou arrasador. Com menos de dez minutos de jogo já havia desperdiçado duas chances de abrir o placar. Quando o time da casa tinha o domínio da partida, veio a surpresa. Numa cobrança de falta, Evilásio, de cabeça, marcou para o Bandeirante, aos 14 minutos.
A resposta do Gama veio aos 22 minutos. Romualdo não conseguiu dominar e Gerson, livre, chutou forte sem condição de defesa para o goleiro Alexandre, empatando.
Com o empate, o Gama continuou buscando a vitória, desperdiçando três ótimas oportunidades. O goleiro Alexandre passou a transformar-se no nome da partida pela excelente atuação.
No segundo tempo, aos 15 minutos, Kabila desempatou a partida para o Gama, com um chute de fora da área, no ângulo. A torcida do Gama começou a gritar “é campeão!”.
Mas o experiente treinador Eurípedes Bueno novamente mexeu na equipe, fazendo três substituições. O Bandeirante se superou e, aos 25 minutos, em cruzamento pela esquerda, Duílio empatou o jogo em 2 x 2.
As duas equipes voltaram a campo para os dois tempos de 15 minutos, válidos pela prorrogação. O resultado de empate foi mantido e, por ter melhor campanha ao longo do campeonato, o Gama garantiu o título de campeão brasiliense, o quarto consecutivo.
O modesto Bandeirante, com uma folha salarial infinitamente menor que a do Gama, sentiu a ausência do atacante Alessandro Bocão, vice-artilheiro do time, com oito gols, negociado com o Vitória, da Bahia, durante a novela da paralisação do campeonato. Surpreendeu ao terminar o campeonato como vice-campeão e ainda com uma invencibilidade de 19 jogos.
A “súmula” do jogo decisivo foi a seguinte:
GAMA 2 x 2 BANDEIRANTE 
Data: 27.07.2000 
Local: Bezerrão, Gama 
Árbitro: Paulo Renato Viana Coelho
Renda: R$ 16.503,00
Público: 16.203 pagantes
Expulsão: Bira, do Bandeirante
Gols: Evilásio, 14; Gerson, 22; Kabila, 60 e Duílio, 70; na prorrogação: Gama 0 x 0 Bandeirante
GAMA: Fernando, Paulo Henrique, Gerson, Nen e Rodriguinho; Deda, Kabila, Lindomar e Mário Zan (Ésio); Abimael (Marcelo França) e Romualdo. Técnico: Vagner Benazzi.
BANDEIRANTE: Alexandre, Viana (Duílio), Junior, Flávio e Ricardo (Roberto); Bira, Evilásio, Marquinhos Brazlândia e Júlio César; Jackson e Toni (Washington). Técnico: Eurípedes Bueno.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

CATEGORIAS DE BASE: INFANTIL E INFANTO-JUVENIL EM 1972


Déo (aqui no Brasília, em 1980),
foi o goleiro do infanto-juvenil do Guará

No ano de 1972, a Federação Desportiva de Brasília promoveu duas competições nas suas categorias de base, sendo uma infantil e a outra infanto-juvenil.

INFANTIL

O campeonato infantil reuniu treze equipes, que na Primeira Fase foram assim divididas:

GRUPO A
GRUPO B
Ação Social do Planalto
Clube de Regatas Guará
Cruzeiro Novo E. C.
Clube dos Sargentos e Subtenentes do Exército - CSSEx
Dínamo Atlético Clube
Colégio da Asa Norte - CAN
Minas Brasília Tênis Clube
Colégio Dom Bosco
Real Esporte Sobradinho
Império de Brasília F. C.
Torino Futebol Clube
Paranoá Esporte Clube
União Recreativa de Taguatinga - URT

O regulamento do torneio previa a realização de jogos dentro dos grupos na Primeira Fase, em dois turnos, classificando os dois primeiros colocados de cada grupo para a Fase Final, que também seria realizada em dois turnos.
Alguns clubes, como Dom Bosco, Real, Paranoá, Torino e Planalto desistiram da competição antes do final da Primeira Fase.
Classificaram-se para a Fase Final Dínamo e URT no Grupo A e Guará e o Colégio da Asa Norte - CAN no B.
Os resultados da Fase Final foram esses:

1º TURNO

17.10.1972
DÍNAMO 1 x 0 GUARÁ
URT 2 x 2 ASA NORTE

24.10.1972
URT 3 x 1 GUARÁ
DÍNAMO 2 x 0 ASA NORTE

01.10.1972
GUARÁ 2 x 1 ASA NORTE
DINAMO 0 x 0 URT

2º TURNO

08.10.1972
DINAMO 1 x 1 GUARÁ
ASA NORTE 0 x 0 URT

15.10.1972
DINAMO 0 x 0 URT
GUARÁ 2 x 1 ASA NORTE

22.10.1972
URT 1 x 1 GUARÁ
DINAMO WO x 0 ASA NORTE 

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CF
CLUBES
J
V
E
D
GF
GC
SG
PG
DÍNAMO
6
3
3
0
5
1
4
9
URT
6
1
5
0
6
4
2
7
GUARÁ
6
2
2
2
7
8
-1
6
ASA NORTE
6
0
2
4
4
9
-5
2

Os demais colocados foram: 5º - Império de Brasília, 6º - Cruzeiro Novo, 7º - Colégio Dom Bosco, 8º - Ação Social do Planalto, 9º - Torino, Real e CSSEx e 12º - Paranoá.

NOTAS:

Alguns jogadores que atuaram no campeonato de infantis e que viriam a brilhar, alguns anos depois, no futebol adulto do DF:
No Guará: Maurício de Freitas Filgueiras e Wilson Roberto Magalhães
No Colégio da Asa Norte: Paulo Hermes de Souza Félix, o Peba
Na URT: Roldão Moreira de Novais.

INFANTO-JUVENIL

Onze clubes participaram do campeonato na categoria infanto-juvenil, que também teve início no dia 11 de junho de 1972: Ação Social do Planalto, Associação Atlética 408 Sul, Central Futebol Clube, Clube de Regatas Guará, Colégio Dom Bosco, Defelê Futebol Clube, Dínamo Atlético Clube, Esporte Clube Bahia, Minas-Brasília Tênis Clube, Real Esporte de Sobradinho e URT - União Recreativa de Taguatinga.
Também entre os infanto-juvenis alguns clubes não chegaram ao final da competição, que previa turno e returno para apurar o resultado final.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CF
CLUBES
JOGOS
GF
GC
S
PG
CENTRAL
17
21
6
15
26
DEFELÊ
17
17
12
5
24
GUARÁ
17
22
17
5
23
REAL
16
19
15
4
21
DÍNAMO
17
21
16
5
19
BAHIA
17
14
25
-11
14
MINAS-BRASÍLIA
12
7
11
-4
8
URT
9
10
18
-8
7
DOM BOSCO
5
5
4
1
5
10º
PLANALTO
5
10
8
2
4
11º
A. A. 408 Sul
5
8
1
7
1

NOTAS:
Entre os jogadores que disputaram o campeonato infanto-juvenil e que vieram a se destacar no futebol adulto do DF anos depois estiveram:
No Guará: Adelmar Carvalho Cabral (Déo), Uel Pinto Ribeiro (Uel) e Domingos Ribeiro de Araújo Neto (Esquerdinha);
No Central: Ariston Rocha Drumond de Albuquerque (Ariston)
No Real: Antônio Luiz Medeiros de Souza (Kidão)
No Defelê: Maribaldo Almeida do Nascimento (Baduca)
No Colégio Dom Bosco: João Inácio Ramos Dourado, o Douradinho.

Os jogos de ambas as categorias foram realizados nos campos do Defelê, do Colégio Dom Bosco, no Corpo de Bombeiros da Vila Planalto, do Minas-Brasília Tênis Clube, da ASCB e no Estádio Pelezão.