terça-feira, 7 de maio de 2024

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE (in memoriam): Oscar



NOME COMPLETO: Oscar Ferreira Santana
APELIDO: Oscar
LOCAL E DATA DE NASCIMENTO: Cristalina (GO), 7 de maio de 1944
POSIÇÃO EM CAMPO: Ponta-Esquerda

LINHA DO TEMPO

Começou a jogar futebol no Colombo, da então Cidade Livre (hoje Núcleo Bandeirante), em 1962, revezando entre as equipes de juvenis e de aspirantes. No mesmo ano passou a defender o Goianésia Esporte Clube que, nesta época, disputava o Campeonato Goiano do Interior.

Voltou para Brasília em 1963 e foi inscrito pelo Colombo para disputar o Campeonato Brasiliense desse ano. No dia 12 de maio estava no time do Colombo que foi vice-campeão do Torneio Início.

Goianésia
Depois, foi para o Vila Nova, de Goiânia-GO, onde conquistou o título de campeão goiano de 1963.

Em 1964, transferiu-se para Luziânia. No dia 23 de fevereiro de 1964, fez parte da equipe do Luziânia Esporte Clube que excursionou até Paracatu (MG), onde o Amoreiras, local, foi goleado por 5 x 2.
No dia 24 de maio de 1964, o Luziânia recebeu o Rabello, de Brasília, em seu estádio, e foi derrotado. O Luziânia atuou com Marreco, Coquinho, Félix, Osmar e Tiãozinho; Peru e Tomé; Bubu, Invasão, Carlos e Oscar.

Excursão a Paracatu
No dia 15 de maio de 1966, no estádio Francisco das Chagas Rocha, em Luziânia, Oscar integrou a equipe do Luziânia no empate em 3 x 3 com a Seleção de Brasília.
Sua estreia numa competição oficial aconteceu em 12 de junho de 1966, quando Oscar tomou parte do Torneio Início do Campeonato Brasiliense de Profissionais de 1966, que contou com a participação de sete equipes. Logo em sua primeira participação, o Luziânia foi derrotado pelo Pederneiras.
Pelo Campeonato Brasiliense a estreia de Oscar aconteceu em 26 de junho de 1966, no estádio Pelezão, em jogo válido pela segunda rodada do primeiro turno, com vitória de 3 x 1.
Na primeira rodada do returno, no dia 14 de agosto de 1966, Oscar marcou seu primeiro gol com a camisa do Luziânia, na goleada de 8 x 3 sobre o Flamengo, de Taguatinga, no estádio Ciro Machado do Espírito Santo. Nesse dia, o Luziânia atuou com os seguinte jogadores: Walmir Gato, William, Zezão (Ditinho), Bimba e Coquinho; Bolinha e Peru; Oscar, Sabará, Hermes Carneiro e Raimundinho. Técnico: Wander Abdalla.

Luziânia
Oscar disputou dez jogos válidos pelo Campeonato Brasiliense de Profissionais de 1966.
Pouco tempo depois, teve início o torneio de profissionais “Engenheiro Plínio Cantanhede”, realizado com rodadas duplas e que apontaria as quatro equipes classificadas para a disputa da Taça Brasil Central com equipes de Brasília, Anápolis e Goiânia.
Logo na estreia, no dia 23 de outubro de 1966, Oscar marcou um dos gols do empate de 3 x 3 com o Defelê.
A última partida de Oscar pelo Luziânia e, consequentemente, a última participação do clube em competições como profissional na década de 60, foi no dia 10 de novembro de 1966, na derrota para o Flamengo, de Taguatinga, por 5 x 2. O Luziânia atuou com Walmir Gato, Coquinho, Ildomar, Ditinho e Ciliu; Bolinha e Peru; Oscar, Sabará, Hermes Carneiro (Antônio) e Raimundinho. Técnico: Agostinho Pereira Ventura “Sabará”.
Em 9 de abril de 1967 aconteceu a Assembleia Geral na Federação Desportiva de Brasília, onde ficou decidido que o Luziânia não participaria do campeonato brasiliense de 1967, em virtude de nova grave crise em que se encontrava o clube. Com o fim do time, vários jogadores foram para outras equipes do futebol de Brasília, dentre eles Oscar.

Coenge
Oscar, então, foi para o Coenge Futebol Clube, do Gama, em 1967, que, nesse ano, integrava o Departamento Autônomo da Federação Desportiva de Brasília, uma espécie de departamento responsável pelo futebol amador da entidade. Desde o ano anterior, 1966, o departamento organizava um campeonato entre as equipes não profissionais, divididas, em sua primeira fase, por regiões, chamadas de séries, no Gama, em Taguatinga, em Sobradinho e no Plano Piloto. Posteriormente, os dois primeiros de cada série disputavam a fase final. O Coenge foi o campeão da Série Gama.
No final desse ano, nos dias 26 de novembro e 3 de dezembro de 1967, Oscar participou de um torneio quadrangular que contou com o Coenge e A. A. Cultural Mariana, ambos do Gama, e Rabello e Cruzeiro do Sul, ambos de Brasília e representados por times mistos. O Coenge ficou com o segundo lugar no torneio, sendo derrotado na decisão contra o Cruzeiro do Sul com essa formação: Tonho, Dimenor, Tarcísio, Xixico e Mauro; Pelezão e Divino; Pelezinho, Dera, Eraldo e Oscar.

Na preliminar do amistoso interestadual Guará 0 x 2 Flamengo, do Rio de Janeiro, realizado em 18 de junho de 1968, no estádio de Brasília, Oscar foi um dos destaques da goleada do Coenge sobre o Civilsan, por 7 x 2, ao marcar dois gols. O Coenge atuou com Tonho, Ferraz, Dirceu, Duchinha e Mauro; Pelezão (Jânio) e Divino (Jandaia); Pelezinho (Assis), Noé, Eraldo e Oscar.
O Coenge foi o campeão do torneio como parte dos festejos do 8º aniversário da cidade do Gama, realizado nos dias 6 e 13 de outubro e que contou com a participação de dez equipes.
O Coenge conquistou o bicampeonato da Série Gama, do Departamento Autônomo, superando União, Real, Gaminha, Guarani, Grêmio, Minas e Imperial.
A Fase Final do campeonato do Departamento Autônomo foi iniciada no dia 1º de dezembro e reuniu Gaminha e Coenge (representantes do Gama), Civilsan (Plano Piloto), Brasília, Meta e Setor Automobilístico (Taguatinga) e Manufatura (Sobradinho). Foi necessária uma superdecisão entre Gaminha, Civilsan e Coenge, todos com três pontos perdidos, para se conhecer o campeão.
Mas a torcida teve que esperar a virada de ano para saber quem seria o vencedor.
Um gol de Oscar, aos 34 minutos da primeira etapa, deu ao Coenge a vitória de 1 x 0 sobre o Gaminha e o título de campeão do Departamento Autônomo, edição 1968, no dia 2 de fevereiro de 1969. O Coenge foi campeão com Hugo, Dirceu (Minhoca), Eraldo, Ferraz e Xixico (Duchinha); Mauro e Divino; Noé, Pelezinho, Tatá e Oscar.

No começo de 1969, Oscar foi um dos convocados para integrar a Seleção do DF que enfrentaria o Olaria, do Rio de Janeiro.
No jogo-treino realizado no dia 9 de fevereiro, Oscar fez parte da Seleção “B” e marcou um dos gols da derrota para a “A”, por 4 x 2. Oscar não participou do amistoso interestadual do dia 11 de fevereiro, quando a seleção do DF foi goleada pelo clube carioca, por 5 x 0.
Para o amistoso contra o Flamengo, do Rio de Janeiro (no dia 2 de março), o selecionado brasiliense realizou um jogo no dia 23 de fevereiro contra o DAE e venceu por 7 x 2, com um gol de Oscar.
O Flamengo trouxe Garrincha como maior atração, abriu uma boa diferença ainda no primeiro tempo (3 x 0), mas resolveu abandonar o gramado com 60 minutos de jogo, depois da expulsão de dois de seus jogadores. Além disso, obedecendo ordens do treinador Tim, os jogadores Zezinho, João Daniel e Garrincha simularam uma contusão e abandonaram o gramado, forçando o árbitro a encerrar a peleja.
O técnico da Seleção do DF foi José Dias, que escalou o seguinte time: Hugo, Jonas (Fernandes), Eraldo, Paulinho e Xixico; Eduardo e Divino; Noé, Guairacá, Pelezinho (Argenta) e Oscar (Marão).
A partir de 13 de abril de 1969, o Coenge iniciou a campanha que lhe daria, pela primeira vez, o título de campeão brasiliense de futebol.
Quando a Federação Desportiva de Brasília deu uma pausa no Campeonato Brasiliense de 1969, convocou duas seleções formadas por jogadores dos clubes disputantes da competição, para uma série “melhor-de-três”.
Oscar fez parte do selecionado “B”, que teve como técnico Eurípedes Bueno, juntamente com os jogadores Hugo, Ferraz, Tatá, Xixico, Pelezão, Divino, Minhoca, Pelezinho, Garrinchinha e Oscar (Coenge), Índio, Gildásio, Triste, Jeremias, Negão, Toinho, Santos, Luizinho, Cabeleira e Nemias (Brasília), Chiquinho, Dirceu e Ary (Flamengo), Ivan e Germano (Vila Matias), Juvenil e Parada (Cultural Mariana), Hélio (Meta) e Neco (Guarany).

O primeiro jogo foi no dia 6 de julho e a Seleção “B” venceu a “A” por 1 x 0. A Seleção “B” venceu com Hugo, Ferraz, Gildásio, Triste e Luisinho; Jorrâneo e Nemias (Dirceu); Toinho, Noé, Pelezinho (Ivan) e Oscar (Cabeleira).
O terceiro jogo previsto para 13 de julho foi dispensado, pois a Seleção “B” venceu por 4 x 3, no dia 9 de julho.
No dia 24 de julho de 1969, a Seleção do Distrito Federal, formada por jogadores do Coenge, do Gama, e do Brasília, de Taguatinga, jogou contra o Atlético Mineiro, no Estádio Pelezão, sendo derrotada por 4 x 0. A seleção jogou com Índio, Ferraz, Tatá, Triste e Luizinho (Gildásio); Divino e Pelezinho; Santos, Negão (Noé), Toinho e Cabeleireira (Oscar).
O Coenge foi ao Estádio Vasco Viana de Andrade, na Metropolitana, no dia 3 de agosto de 1969, enfrentar o Grêmio, empatando em 1 x 1, com um gol de Oscar.
Em dezembro de 1969, a Federação Desportiva de Brasília promoveu o Troféu Imprensa Esportiva, entre as seleções das cidades de Brasília, Gama, Núcleo Bandeirante e Taguatinga.
No jogo contra Taguatinga, no dia 20 de dezembro de 1969, Oscar substituiu Reco e não conseguiu ajudar a reverter a derrota de 2 x 1.

No dia 1º de fevereiro de 1970, aconteceu o jogo do Coenge contra a Portuguesa, do Rio de Janeiro, que terminou empatado em 1 x 1. O time do Coenge foi Carlos José, Jaimir, Elias (Ferraz), Mauro, Xixico, Pelezão, Divino, Augustin,  Pelezinho, Zé Carlos (Noé) e Oscar.
Logo depois, em 22 de fevereiro de 1970, Oscar estava na equipe do Coenge que venceu o Goiânia, no Estádio Pelezão, por 3 x 1.
Amistosamente, o Coenge jogou no dia 22 de março de 1970 e ganhou do Brasília, de Taguatinga, por 3 x 0, com um dos gols marcado por Oscar.
No 10º aniversário de Brasília (21 de abril de 1970), Oscar estava no time do Coenge que jogou contra o Tupi, de Juiz de Fora (MG), no empate em 0 x 0, na preliminar de Grêmio, de Porto Alegre, 2 x 0 Atlético Mineiro.
No início do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, em 5 de julho de 1970, o Coenge jogou contra o Planalto e venceu por 3 x 1, com dois gols de Oscar. Oscar foi escolhido craque da rodada.
Na goleada de 7 x 2 aplicada sobre o Carioca, no dia 2 de agosto de 1970, Oscar voltou a marcar.
No final do torneio, o Coenge ficou com o vice-campeonato, recebendo o Troféu DETUR.
A próxima disputa que Oscar passaria a disputar seria o Campeonato de Futebol Amador do DF (campeonato oficial), do qual dez equipes participaram.
Logo em sua estreia, no dia 6 de setembro de 1970, marcou o único gol do jogo em que o Coenge derrotou o Defelê, por 1 x 0.
Uma semana depois, em 13 de setembro de 1970, o Coenge voltou a vencer, desta vez o Carioca, por 2 x 0, com um dos gols sendo marcado por Oscar.
Na terceira rodada, em 27 de setembro, no empate em 2 x 2 com o Colombo, mais um gol marcado por Oscar.
Oscar marcou seu quarto gol seguido, em novo empate em 2 x 2, desta vez contra o Planalto, no dia 4 de outubro de 1970.
No total, foram oito jogos, com cinco gols marcados por Oscar.

Em 1971, a FDB promoveu o Torneio Governador Hélio Prates da Silveira, que teve início em março.
No dia 28 de março, o Coenge perdeu para o Serviço Gráfico por 3 x 1. Oscar marcou para o Coenge.
O torneio marcou o início da decadência do Coenge. Assim como outros clubes, foi punido por inadimplência, com a perda de pontos em vários jogos. Depois, o Coenge se ausentou das reuniões, o que também era motivo para punições, e foi decidido, no dia 23 de junho de 1971, em assembleia, que os jogadores pertencentes a estas agremiações estavam liberados para disputar partidas por outros times. Desta forma, Oscar deixou o Coenge.
Em 13 de agosto de 1971, aconteceu a Assembleia da Federação Desportiva de Brasília que desfilou várias dessas associações, uma delas, o Coenge.

Com o fim do Coenge, em 1972 Oscar passou a fazer parte do elenco da Associação Atlética Serviço Social, que estreava nesse ano no Campeonato Brasiliense.
Curiosidade: a A. A. Serviço Social era formada, basicamente, por jogadores de vários clubes extintos, como Defelê, Planalto, Coenge e Civilsan. Um desses jogadores foi Antônio Valmir Campelo Bezerra, o mesmo político que deu o nome ao estádio do Gama, o Bezerrão.
O primeiro jogo de Oscar em seu novo clube foi no dia 19 de agosto de 1972, na vitória sobre o Piloto, por 4 x 1, no Pelezão. O Serviço Social formou com Laudislon, Pereira, Ivan, Triste e Zacarias; Bazan e Santiago; Zé do Norte (Zinho), Merlo, Manoel e Oscar. Técnico: Eurípedes Bueno.
No final do campeonato, o Serviço Social ficou com a quinta colocação. Oscar participou de dez jogos, tendo marcado dois gols.

Santa Cruz, do Gama
A partir de 1973 e até 1975, Oscar voltou a disputar apenas as competições do Gama. A Organização dos Esportes do Gama foi fundada em 2 de março de 1974 e por aqui ficou até a criação do campeonato de profissionais, em 1976, quando passou a defender a Sociedade Esportiva do Gama.
Seu primeiro jogo com a camisa do Gama foi em 5 de junho de 1976, no Pelezão, na derrota de 1 x 0 para o Canarinho. Formou o Gama com Morais, Bastos (Bill), Serginho, Santana e Carlão; Dequinha, Chicão e Galego; Almir, Zé Luiz e Oscar. Técnico: Jesus Santos.

Gama
Foram dez jogos com a camisa do Gama no Campeonato Brasiliense de 1976.
Ficou um tempo afastado dos gramados após desentendimento com a diretoria do Gama.
O último jogo de Oscar com a camisa do Gama aconteceu em 18 de abril de 1982, no empate em 0 x 0 com o Guará, no Bezerrão. O Gama formou com Toinho, Anselmo, William, Zinha e Zenildo; Vicente, Sidnei e Manoel Ferreira; Chiquinho (Oscar), Nilson e Marcelo (Quincas). Técnico: Carlos Morales.
Durante muito tempo continuou atuando em clubes de futebol amador do Distrito Federal e jogos comemorativos de veteranos.

Veteranos do Gama
No dia 12 de outubro de 1986, Oscar foi convidado para fazer parte da seleção de veteranos do Gama que enfrentou a Seleção Brasileira de Masters, que tinha, entre outros, Ademir da Guia, Adãozinho, Ado, Paraná, Buião e Tobias. O jogo foi no Bezerrão. Oscar jogou muito bem e deu as duas assistências para os dois gols do Gama, no empate em 2 x 2.
Depois, em 1992, participou de outro jogo reunindo veteranos, tais como Orlando Lelé, Cid, Aderbal, Alaor Capella, Dinarte e Zé Carlos, só para citar alguns.
Morava em Águas Lindas de Goiás, quando faleceu no dia 1º de janeiro de 2021.


Nota:
Segundo alguns que o viram jogar, Oscar era um jogador muito eficiente como falso ponta de retorno ou recomposição de esquemas, e sabia aplicar bons dribles. Era um jogador muito esforçado e de boa assistência. Um verdadeiro e incansável motorzinho, fazendo o terceiro homem de meio de campo pelo lado esquerdo.


Seleção do DF de 1969, o último à direita





Colaborações: 
José Egídio Pereira Lima
Paulo Roberto Silva.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

OS CLUBES DO DF NAS COMPETIÇÕES NACIONAIS – Série D - 2024 - Rodadas 1 e 2



CAPITAL-TO 2 x 0 REAL BRASÍLIA
Data: 27.04.2024
Local: Nilton Santos, Palmas (TO)
Árbitro: Jackson Ribeiro de Souza Sobrinho (SE)
Renda: R$ 1.710,00
Público: 114 pagantes
Gols: Márcio Junior, 50 e Arango, 66
CAPITAL-TO: Guilherme Prezzi, Gustavo Lobó, Washington, Arthur e Jander; Márcio Júnior, Wellington, David (Lucas Lopes) e Arthurzinho (Arango); Caio Vidal (William) e Weslley (Hector). Técnico: Givanildo Sales.
REAL BRASÍLIA: Wendell, Caio Mendes, Davy Einstein, Tiago Caveira (Felipe Mendes) e Gabriel Lima; Matheus Obina (Tássio), Fabrício Bigode, PH e Guilherme (Thiago André); Uéderson (Juan Azevedo) e Marcos Brazion. Técnico: Marcelo Caranhato.

BRASILIENSE 1 x 0 ANÁPOLIS-GO
Data: 28.04.2024
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: José Henrique de Azevedo Junior (MA)
Renda: R$ 2.890,00
Público: 462 pagantes
Gol: Gui Mendes, 89
BRASILIENSE: Wagner Coradin, Netinho, Igor Morais, Keynan e Márcio Duarte; Aldo, Nenê Bonilha (Joãozinho) e Tarta (Lila); João Santos (Gui Mendes), Tobinha (Ian Carlos) e Everton Kanela (Lucas Vieira). Técnico: Roberto Santos.
ANÁPOLIS: Wellerson, Breno (André), Igor, Luizão e Léo; Kevyn, Paulinho e Zotti (Pedro Thomaz); Tatá (Marcos Uberaba), Douglas (Luizinho) e Marcão (Gonzalo). Técnico: Luís Carlos Winck.

REAL BRASÍLIA 0 x 2 IPORÁ-GO
Data: 04.05.2024
Local: Ciro Machado do Espírito Santo, Brasília (DF)
Renda: R$ 460,00
Público: 74 pessoas
Árbitro: Fábio Gomes de Sousa (PI)
Expulsão: Tássio, do Real Brasília
Gols: Danillo Ribeiro, 33 e 90+2
REAL BRASÍLIA: Wendell, Caio Mendes (Lucas Luzzi), Davy, Tiago Caveira e Breno Lopes (Marquinhos); Obina (Tássio), Fabrício Bigode, Gabriel Lima e PH; Uederson (Emanuel) e Thiago André (Pedrinho). Técnico: Marcelo Caranhato.
IPORÁ: Luís Felype, Daniel Mendonça (Felipe Alves), Bahia, Lucas Barboza e Danillo Ribeiro; Bosco, Auecione Filho (Tiago) e Pedro Bambu; Caio Pirata (Carlos) (Henrique), Luquinhas e Du Gaia. Técnico: Kiko Araújo.

CRAC-GO 1 x 0 BRASILIENSE
Data: 05.05.2024
Local: Genervino da Fonseca, Catalão (GO)
Árbitro: Tiago Nascimento dos Santos (PE)
Renda: R$ 24.160,00
Público: 1.685 pagantes
Gol: Jeremias, 4
CRAC: Cleriston, Potiguar, Italo Melo, Éder Lima e Chico Bala; Robson Alemão, Felipe Guedes e Jefferson Victor (Jailson); Janderson (Adailson), Jeremias (Evanderson) e Yuri Mamute (Anderson Magrão). Técnico: Paulo Massaro.
BRASILIENSE: Wagner, Netinho, Keynan, Igor Morais e Márcio Duarte (Romário); Aldo (Lila), Galhardo e Rodolfo (Joãozinho); Gui Mendes (João Santos), Tobinha e Everton Kanela. Técnico: Paulo Roberto.



domingo, 5 de maio de 2024

JOGOS INUSITADOS: um empate de 5 x 5


Como não é um placar que acontece todos os dias, tivemos a preocupação de pesquisar no Google por outros jogos com esse resultado final. Passadas dezenas de páginas no Google, encontramos apenas três casos (se o amigo leitor se lembrar de mais algum, favor inserir nos comentários dessa postagem).
O primeiro foi um amistoso realizado na cidade de Brusque (SC), entre Carlos Renaux e o Botafogo, do Rio de Janeiro, no dia 30 de março de 1958. Depois de estar perdendo por 5 x 1, o alvinegro carioca reagiu e chegou ao empate de 5 x 5.
O segundo só veio a acontecer muitos anos depois, pelo Campeonato Inglês, na despedida de Sir Alex Ferguson do comando do Manchester United. No dia 19 de maio de 2013, West Bromwich e Manchester United voltaram a repetir esse mesmo placar: 5 x 5.
A última vez encontrada em nossa pesquisa foi no dia 5 de março de 2014. Naquele dia, em jogo válido pelo Campeonato Paulista da Série A-1, aconteceu outro jogo com placar inusitado: São Bernardo 5 x 5 Rio Claro.
Alguns amigos, dentre eles Raul Martins Dias, lembrou de mais dois: Portuguesa de Desportos 5 x 5 Figueirense, pelo Campeonato Brasileiro de 2008, e Atlético Mineiro 5 x 5 Botafogo, no Campeonato Brasileiro de 1998.
Outros ainda lembraram de Arsenal 5 x 5 Liverpool, pela FA Cup de 2019, Corinthians 5 x 5 Portuguesa de Desportos no Torneio Rio-São Paulo de 1955, e Olympique Marseille 5 x 5 Lyon, pelo Campeonato Francês da temporada 2009/2010.

O JOGO INUSITADO da vez foi válido pelo 2º turno do Campeonato Brasiliense de 1998. No Estádio Rio Preto, em Unaí (MG), Itapuã e Planaltina não tinham mais chances de disputar o título. Pior ainda, eram penúltimo (Itapuã) e último (Planaltina) colocados entre os dez clubes que tomaram parte da competição.
Nos 17 jogos que ambos disputaram anteriormente, tinham perdido dez. Os ataques estavam rigorosamente iguais, ambos com 14 gols marcados até esse momento (média de 0,8 gols/jogo). Portanto, não era de se esperar um jogo com muitos gols marcados.
Mas o que se viu em campo foi um jogo de tirar o fôlego do início ao fim. Dois gols com menos de dez minutos de jogo e muita ofensividade. Consequência: um empate de 5 x 5.
Os visitantes saíram na frente logo aos seis minutos de jogo, através de Luciano. Um minuto depois, João Batista empatou para o Itapuã e novamente marcou aos 38, virando o placar para o time da casa.
Veio o segundo tempo e uma reação impressionante do Planaltina, que marcou três gols seguidos, por intermédio de Márcio, Luciano e Merrê, colocando o Planaltina em boa vantagem no placar: 4 x 2.
Nova reação do Itapuã, que marcou dois gols seguidos, empatando o jogo em 4 x 4. Os gols foram de Vilmar e Valdez.
Aos 36 minutos do 2º tempo, Fabinho marcou o quinto gol do Planaltina.
O jogo encaminhava-se para seu final quando, no último minuto, Lindomar, que havia substituído João Batista, marcou o quinto e último gol do Itapuã, decretando o incomum empate de 5 x 5.
A ficha técnica desse jogo foi a seguinte:

ITAPUÃ 5 x 5 PLANALTINA 
Data: 26.04.1998 
Local: Rio Preto, Unaí 
Árbitro: Nilton Castro de Souza 
Gols: Luciano, 6; João Batista, 7 e 38; Márcio, 54; Luciano, 64; Merrê, 65; Vilmar, 66; Valdez, 80; Fabinho, 81 e Lindomar, 90
ITAPUÃ: Edson, Paulo Henrique, Valdez, Cleiton e Evandro; Pedro (Décio), Zé da Estrada, Vilmar e João Batista (Lindomar); Muruim (Gê) e Robinho. Técnico: Osvaldo Pereira da Silva (Metralha).
PLANALTINA: Capucho, Fabinho, Joel, Alípio e Tita; Elton (Isaías), Merrê, Chico (Marcos) e Zé Carlos; Alemão (Márcio) e Luciano. Técnico: Zé Vasco (interino).



sábado, 4 de maio de 2024

OS TÉCNICOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Canhoto


Antônio Humberto Nobre, o Canhoto, nasceu em Senador Pompeu (CE), em 4 de maio de 1943.
Iniciou sua carreira de jogador em Fernandópolis, interior de São Paulo, atuando pela Associação Bancária de Esportes (que mais tarde viraria Fernandópolis Futebol Clube), ali permanecendo de 1962 a 1966, na segunda e terceira divisões de profissionais do Estado.
A A.B.E. estreou em campeonatos paulistas em 1963, na Quarta Divisão.
Em 1964 o campeonato da quarta divisão era disputado em duas chaves (interior e capital). Os campeões de cada chave faziam a final do campeonato. A A.B.E. foi campeã da chave do interior e decidiu com o São José E. C., de São José dos Campos, o título do campeonato. Após perder por 2 x 1 em Fernandópolis, acabou empatando por 0 x 0 em São José dos Campos, ficando com o vice-campeonato.
Pela conquista da chave do interior, realizou um amistoso em Fernandópolis contra o São Paulo Futebol Clube, no dia 25 de novembro de 1964, para a entrega das faixas. O São Paulo venceu por 4 x 1.
A A.B.E. conquistou acesso a Terceira Divisão (atual A-3) de 1965. Em 1966, já como Fernandópolis Futebol Clube, disputou a Terceira Divisão.
Passou para o São Paulo no ano de 1967. Sua estreia aconteceu no dia 28 de fevereiro de 1967, num amistoso internacional disputado em Buenos Aires, quando o São Paulo venceu o Atlanta, da Argentina, por 2 x 1.
Foi titular do São Paulo durante boa parte do então torneio Robertão de 1967. Como não conseguiu se manter na posição, acabou voltando para o banco de reservas. No São Paulo, Canhoto disputou 22 jogos (8 vitórias, 8 empates e 6 derrotas), todos em 1967, sendo seu único título um vice-campeonato paulista nesse mesmo ano.
Mas teve a sorte de sair para o Internacional, de Porto Alegre, onde teve passagem marcante, sagrando-se tricampeão gaúcho como titular entre 1968 e 1971. Foi até convocado para uma Seleção Gaúcha como melhor ponta-esquerda da temporada.
Saiu em 1971 porque teve o único atrito de sua carreira com um treinador. Dino Sani queria obrigar Canhoto a dormir no estádio. Como era um jogador de responsabilidade e tinha sua moradia certa e de longo tempo na cidade, não concordou com Dino Sani. Comunicou à diretoria do clube que não aceitava dormir no estádio e rescindiu o seu contrato.
No mesmo ano foi para o Londrina, do Paraná. No Londrina encontrou um presidente que o apadrinhou nos seus estudos. Lá jogou de 1971 a 1977 e encerrou a carreira de jogador.
Nesse intervalo, formou-se em 1974 na Universidade Estadual de Londrina.
Canhoto chegou ao DF em 1979, quando sua esposa foi transferida para servir no Ministério da Justiça. Ele estava gerenciando um posto de gasolina e um restaurante que tinha em São Paulo. Como era formado em jornalismo, veio decidido a encarar a profissão. Já estava com tudo acertado para trabalhar como repórter do Jornal de Brasília à tarde e à noite como revisor.
Um dia, foi ao supermercado Carrefour fazer compras. Viu uns refletores por detrás do estabelecimento comercial e perguntou o que era aquilo. Informaram-lhe que era o estádio Pelezão. Resolveu dar uma passada por lá para ver se havia algum time treinando e, quem sabe, pudesse ajudar a encontrar Julinho, com quem tinha jogado no Londrina e ficou sabendo que estava em Brasília. Quis o destino que tudo caminhasse para seu retorno aos gramados. Ocorreu exatamente isso. Dias depois do treino, um diretor do Taguatinga apareceu à procura de alguém que pudesse dirigir os juvenis de seu clube. Julinho o apresentou e o indicou para o cargo. Canhoto desistiu de trabalhar no jornal.
O Taguatinga perdeu o 1º turno do campeonato de profissionais, o treinador Bugue caiu e ele foi convidado para assumir o time de profissionais. Ficou horrorizado com o futebol de Brasília. Encontrou jogadores com seis meses de salário atrasado e outros que trabalhavam para complementar a renda. Depois que Froylan Pinto assumiu o Taguatinga o futebol passou a ser outra realidade.
Adepto do futebol-força e admirador de Rubens Minelli, Canhoto armou um time valente e competitivo, que lutava do primeiro ao último minuto de jogo.
Sua estreia no comando do Taguatinga foi em 26 de julho de 1981, no Serejão, com empate de 2 x 2 com o Sobradinho. Levou o Taguatinga à decisão do 2º turno (que perdeu para o Brasília) e à final do 3º turno, superando o Guará. Foram 18 jogos no comando do Taguatinga e a conquista do primeiro título de campeão brasiliense na história do clube, levando a melhor num triangular final contra Guará e Brasília.
Permaneceu no Taguatinga, entre jogos válidos pelo campeonato brasiliense e brasileiro no período de 1982 a 1984, obtendo como melhor colocação apenas um terceiro lugar no campeonato brasiliense de 1983.
Depois de dirigir a equipe Sub-20 do Londrina nos anos de 1984 e 1985, retornou ao futebol do Distrito Federal, onde treinou o Gama no campeonato brasiliense de 1985 e o Tiradentes no de 1986.
Novamente foi treinador do Sub-20 do Londrina de 1986 a 1988, ano em que voltaria a ser o treinador do Taguatinga nos anos de 1988 e 1989, neste último conquistando mais um título de campeão brasiliense.
Em 1990 foi técnico do Mogi Mirim no Campeonato Paulista.
No ano de 1994, foi o técnico do Taguatinga no Campeonato Brasiliense.
Em 1995, o PSTC - Paraná Soccer Technical Center formou a sua primeira comissão técnica liderada por Canhoto, fazendo sucesso com sua primeira participação.
Em 1996, Canhoto foi contratado pelo Paraná Clube.
Em 1998, passou pelo Londrina.
Em 2003, foi campeão alagoano dirigindo o ASA, clube que ainda dirigiu em 2004.
Em 2012, esteve comandando a equipe Sub-18 do ASA no campeonato alagoano dessa categoria.
A última referência que encontramos sobre Canhoto atuando no futebol é que ele foi o técnico dos Masters do São José no Campeonato Gaúcho de 2014.
Depois que largou o futebol, foi morar em Curitiba, onde se encontra hoje cuidando da família e da saúde.


sexta-feira, 3 de maio de 2024

OS CLUBES DO DF: 1º de Maio E. C.


O 1º de Maio Esporte Clube foi fundado em 1º de maio de 1960.
Pertencia ao Departamento de Limpeza Pública, ligada à Prefeitura Municipal do Distrito Federal.
Era alvinegro, com uniforme semelhante ao do Botafogo, do Rio de Janeiro.
O 1º de Maio só viria a disputar jogos por uma competição oficial da Federação Desportiva de Brasília no dia 2 de junho de 1963, quando tomou parte do Torneio Início da Liga dos Clubes Independentes, no campo do Esporte Clube W-3.
Quando, em 1964, o profissionalismo foi implantado no futebol do Distrito Federal, o 1º de Maio resolveu aderir à nova categoria. Seu presidente, Nelson Andrade de Oliveira Filho (diretor do Departamento de Limpeza Pública da Prefeitura do Distrito Federal) trouxe para ser o treinador do clube o ex-zagueiro da Seleção Brasileira, Juvenal Francisco Dias.
Logo em seu primeiro jogo, no dia 12 de janeiro de 1964, no Estádio Israel Pinheiro, campo do Guará, venceu o Unidos de Sobradinho por 5 x 2. Os gols do 1º de Maio foram marcados por Cascorel (2), Goiano (2) e Belini. Atuou o 1º de Maio com: Chicão, Geraldinho e Aderbal; Ailton, Carneiro (Pedroca) e Tuiste; Raimundinho (Zeca), Cascorel, Goiano, Azulinho e Manoel (Belini).
Na preliminar, entre equipes aspirantes, o 1º de Maio venceu por 4 x 0, com gols de Preá (2), Guido e Oliveira.
No dia 23 de fevereiro de 1964 foi até o bastante castigado campo pelas chuvas Aristóteles Góes, e venceu o Nacional por 2 x 1. Formou com Chicão, Geraldinho, Aderbal, Morales e Alfredo; Bolinha e Azulinho (Ceará); Raimundinho, Zeca, Cascorel e Manoel (Goiano). Cascorel marcou os dois gols do 1º de Maio.
Na Assembleia Geral realizada em 25 de fevereiro de 1964 e que aprovou a reforma nos estatutos da Federação, criando a Divisão de Futebol Profissional, foram tomadas outras decisões, sendo uma delas aceitar, a título precário, a filiação do 1º de Maio.
A primeira competição oficial de que participou o 1º de Maio foi o Torneio “Prefeito Ivo Magalhães”, realizado no dia 8 de março de 1964 e que contou com a participação dos quatro clubes que aderiram ao profissionalismo: Rabello, 1º de Maio, Colombo e Luziânia.
Em sua estreia, no estádio Israel Pinheiro, o 1º de Maio conseguiu um grande resultado ao empatar em 1 x 1 com o poderoso Rabello, em jogo tumultuado e com duas expulsões.
Aos 44 minutos do 1º tempo, Azulinho abriu a contagem para o 1º de Maio e entrou para a história ao marcar o primeiro gol em uma competição de profissionais em Brasília. Cascorel cruzou, Gaguinho tocou na bola, Luziné tentou afastar da área e surgiu a cabeçada de Azulinho.
O 1º de Maio atuou com Chicão (Gato), Geraldinho, Aderbal, Morales e Alfredo; Bolinha (Ailton) e Azulinho (Goiano); Raimundinho, Zeca, Cascorel e Manuel (Ceará).
Empatou os outros dois jogos contra o Luziânia e com o Colombo, ambos pelo placar de 1 x 1, e terminou com o vice-campeonato do torneio.
No dia 31 de agosto de 1964 aconteceram eleição e posse da nova diretoria do 1º de Maio, ficando assim constituída: Presidente: Osmar Barros Barata; Vice-Presidente: Norberto Vicente da Silva; 1º Secretário: Jeremias Leite da Silva; 2º Secretário: Darlan Rocha; 1º Tesoureiro: Antônio Henrique de Carvalho Costandrade; 2º Tesoureiro: Milton Rodrigues de Souza e Diretor Esportivo: Manoel Maurílio da Silva.
No mês de setembro de 1964, o River, de Teresina (PI), fez uma pequena excursão ao Distrito Federal, disputando dois jogos, um deles contra o 1º de Maio, no dia 8 de setembro de 1964. O novato clube brasiliense foi goleado pelo marcador de 5 x 0.
Veio, então, a realização do primeiro campeonato brasiliense de profissionais. Tomaram parte da competição cinco clubes, a saber: Colombo, Defelê, Luziânia, 1º de Maio e Rabello.
Novamente estreou contra o Rabello, no dia 4 de outubro de 1964, desta vez perdendo por 2 x 0. A equipe da estreia foi formada com Gato, Alfredo, Tranqueira, Bastinhos e Miranda; Bibi e Bolinha; Ceará (Goiano), Zeca, Cascorel e Raimundinho.
O último jogo oficial de sua história aconteceu no dia 22 de novembro de 1964, quando foi derrotado pelo Defelê, por 3 x 2.
O 1º de Maio formou com Amaury, Alfredo, Firmo, Peoco e Miranda; Bibi e Cascorel; Zeca, Clarindo, Bolinha e Ceará.
Os dois gols do 1º de Maio foram marcados por Clarindo e Cascorel.
Na verdade, seu último jogo deveria ser contra o Luziânia, mas resolveu não comparecer ao estádio dessa cidade, sendo derrotado por WO.
Na classificação final do campeonato brasiliense de 1964, o 1º de Maio ficou com a quinta e última colocação. Sua campanha foi: oito jogos, nenhuma vitória, um empate e sete derrotas. Marcou apenas três gols e sofreu 14.
Elegeu sua nova diretoria no dia 27 de janeiro de 1965, que ficou assim constituída: Presidente: Idelson Gadioli dos Santos; Vice-Presidente: Raimundo Nonato da Silva; 1º Secretário: Roberto Pozzatti; 2º Secretário: Aldemar Sampaio; 1º Tesoureiro: José Gadioli dos Santos; 2º Tesoureiro: Alberto Evangelista Rêgo; Diretor de Esportes: Itamar Jardim Lopes e Orador: Manoel Barros da Costa. Conselho Fiscal: José Norberto da Silva, Francisco Lourenço de Carvalho, Antônio Pedro Filho, Raimundo de Souza Carvalho e Adelino Avelino da Rocha.
Representantes na FDB: Ariovaldo Salles, Antônio Gomes de Souza e Roberto Pozzatti.
Também no mesmo dia, reiniciando as suas atividades após longo período de inatividade, o Luziânia disputou um amistoso contra o 1º de Maio, de Brasília.
Antes de fechar suas portas em definitivo, disputou dois amistosos no ano de 1965. O primeiro, no dia 14 de fevereiro, em Luziânia (GO), sendo derrotado pelo clube do mesmo nome, por 3 x 2.
Em 7 de março, nova derrota, dessa vez diante do Grêmio, por 3 x 0. O jogo foi interrompido aos 25 minutos do 2º tempo, quando o jogador Índio, do 1º de Maio, agrediu o árbitro da partida, que encerrou a partida antes do tempo regulamentar.
O 1º de Maio entrou em campo pela última vez com Tarzan, Miranda, Firmo, Neto e Airton; China e Cascorel; Goiano, Índio, Baiano e Antônio.
No dia 5 de abril de 1965, o 1º de Maio Esporte Clube encaminhou ofício à Federação Desportiva de Brasília, assinado pelo seu Presidente, solicitando licença da disputa do campeonato profissional de 1965.



quinta-feira, 2 de maio de 2024

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Dorival

(*) Homenagem póstuma ao craque Dorival

 

Dorival Rosa Correia nasceu em Goianésia (GO), no dia 2 de maio de 1965.

Em 1982, o Ceilândia voltou a disputar o Campeonato Brasiliense após se licenciar e não disputar o campeonato de 1981. Num plantel totalmente renovado por Eurípedes Bueno de Morais, um meio de campo baixinho e habilidoso começou a aparecer e o Ceilândia ganharia o maior ídolo de sua história: Dorival.

Com 17 anos, Dorival estreou na equipe principal do Ceilândia, no dia 17 de outubro de 1982, no Pelezão, com derrota para o Brasília, por 2 x 0, válido pelo Campeonato Brasiliense desse ano. O Ceilândia formou com Zé Roberto, Evandro (Cícero), Tião, Teixeira e Auro; Alves, Chicão e Dorival; Israel, Valdir (César) e Marquinhos. Técnico: Eurípedes Bueno de Morais.

No mesmo ano, a Comissão Técnica da Seleção do Distrito Federal divulgou a relação dos juniores que integrariam o selecionado brasiliense que disputaria o Campeonato Brasileiro da categoria. Dorival foi um dos convocados pelo treinador Airton Nogueira.

Em 1983 o Ceilândia foi campeão do 1º turno no Campeonato Brasiliense de Juniores de 1983 e o técnico José Antônio Furtado Leal resolveu promover o lançamento de três atletas da equipe de juniores na equipe principal do Ceilândia: o lateral-esquerdo Jair, o meio-campista Dorival e o atacante Cezinha.

Dorival foi novamente convocado para a Seleção Brasiliense de Juniores em 1983, desta vez pelo treinador Josemar Macedo.

Em outubro de 1985, o Taguatinga foi buscá-lo no Ceilândia. Sua estreia no Taguatinga aconteceu em 16 de outubro de 1985, no estádio Serejão, no empate em 2 x 2 com o Gama, em jogo válido pelo 3º turno do Campeonato Brasiliense. O Taguatinga formou com Ronaldo, Índio, Kidão, Zinha e Visoto; Bilzinho, Som e Marquinhos; Aguinaldo, Sena (Dorival) e Serginho Carioca (Boni). Técnico: Mozair Barbosa.

Dorival defendeu o Taguatinga por quatro anos (1985 a 1988), passou pelo Gama em 1989, retornou ao Taguatinga em 1990 e conquistou o título de campeão do DF no ano de 1991.

No dia 6 de dezembro de 1991, a Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD) premiou com troféus e medalhas os três atletas que mais se destacaram ao longo da temporada de 1991, em 42 modalidades esportivas. No futebol os três indicados foram Dorival e Carlinhos, do Taguatinga, e Renaldo, do Guará, que foi o vencedor.

Os últimos clubes defendidos por Dorival foram o Ceilândia, em 1993, o Sobradinho, em 1994, e o Ceilandense, em 1995.

Profissional, Dorival não abandonou o futebol amador da Ceilândia. Ainda muito jovem já jogava na equipe principal do 26 Futebol Clube. Em 1985 se transferiu para o arquirrival da época, o Real Sociedade, de uma quadra vizinha, onde também foi campeão. Em 1992 jogou pelo Dom Bosco, sendo campeão da cidade.

Em 1993 retornou ao 26 FC onde mais uma vez conquistou o campeonato da Ceilândia e vários outros campeonatos que disputou.

Quis o destino que Dorival não completasse seu jogo de nº 200 pelo Campeonato Brasiliense. Em 12 de novembro de 1995, na manhã de um domingo, o craque Dorival fez o último jogo de sua vida com a camisa do 26 Futebol Clube. Fez o gol da vitória sobre a S. E. Estrela. Poucas horas depois, na parte da tarde, Dorival estava trocando um pneu na beira da pista e foi atropelado, vindo a falecer.

O fatídico acidente vitimou um dos maiores jogadores de futebol da cidade de Ceilândia e do DF.


CARREIRA DE DORIVAL NO CAMPEONATO BRASILIENSE DA PRIMEIRA DIVISÃO

ANO

CLUBE

JOGOS

GOLS

1982

CEILÂNDIA

2

1983

CEILÂNDIA

20

1

1984

CEILÂNDIA

9

1

1985

TAGUATINGA

8

1986

TAGUATINGA

21

1

1987

TAGUATINGA

18

1

1988

TAGUATINGA

23

3

1989

GAMA

8

1

1990

TAGUATINGA

12

1991

TAGUATINGA

24

4

1993

CEILÂNDIA

28

5

1994

SOBRADINHO

14

3

1995

CEILANDENSE

12

1

TOTAL

199

21

 

Boni, Eurípedes Bueno (supervisor), Heitor Kanegae, Marcelo, Bilzão, Samarino, Ronaldo e Zinha; Agachados: Joãozinho, Dorival, Som, Marcelo Freitas, Aguinaldo e Paulo Emílio (massagista).