A nova equipe foi inscrita no Campeonato de Futebol Amador de Taguatinga. Nessa
época, boa parte dos jogadores pioneiros não atuava mais e os novos atletas eram
escolhidos pela cidade mesmo. A equipe participou ainda dos campeonatos da própria
L Norte e da Ceilândia – neste último conquistou dois títulos invicta.
Em 1993, Santos deixou o L Norte um pouco de lado para assumir a comissão que dirigiria
o Ceilândia Esporte Clube no Campeonato Brasiliense, em lugar do presidente Antônio
Cardoso.
No ano seguinte, Santos não quis continuar na comissão e resolveu profissionalizar
seu próprio clube.
No dia 10 de março de 1994 foi realizada uma assembleia com a participação de todos
os diretores e sócios para alteração da razão social da associação. A Sociedade
Esportiva e Recreativa L Norte passou a se chamar Sociedade Esportiva Ceilândia.
Foi acrescentada aos estatutos do clube a seguinte redação sobre o escudo do novo
clube: “terá em sua insígnia a cabeça de um dragão ao centro envolvido por duas
bolas e uma coroa simbolizando a caixa d’água na cabeça do mesmo, desenhada em vermelho
e azul com fundo branco, cores oficiais do clube”. Nota: a caixa d’água é o monumento mais famoso da Ceilândia.
Fica no centro da cidade, erguida no local onde foi fixada a pedra fundamental de
Ceilândia.
Pouco mais de um mês depois o nome sofreu outra alteração. Em assembleia de 15 de
abril de 1994 foi alterado, por unanimidade, de Sociedade Esportiva Ceilândia para
Sociedade Esportiva Ceilandense. Na mesma assembleia, Antônio Roberto Reis foi escolhido
para ocupar o cargo de Vice-Presidente.
A estreia do Ceilandense no campeonato brasiliense de profissionais aconteceu no
dia 1º de maio de 1994. Naquele dia, foi até o Estádio Adonir Guimarães e empatou
em 1 x 1 com o time da casa, o Planaltina.
Lourival Perseguini, o Lola, foi o autor do primeiro gol da história da Ceilandense.
O técnico Bira de Oliveira mandou a campo a seguinte equipe: Canela, Flávio, Tonho,
Tião e Lira; Bezerra, Boni e Lola; Marquinhos, Paulinho e Vlad.
Em seu segundo jogo, uma semana depois, conseguiu um grande resultado ao empatar
em 0 x 0 com o Gama, que acabaria vencendo o campeonato daquele ano.
Porém, a equipe, modesta, terminou na nona colocação, na frente apenas do Comercial,
do Núcleo Bandeirante. Menos mal que ainda não havia rebaixamento para a Segunda
Divisão.
Foram 18 jogos, com quatro vitórias e cinco empates. Marcou apenas dez gols e sofreu
dezessete. Somou 13 pontos na classificação final.
Em 1995 melhorou um pouco, ficando com a sexta colocação entre dez participantes,
à frente de Tiradentes e Taguatinga, por exemplo.
Neste mesmo ano, participou, pela primeira vez do Campeonato Brasileiro, integrando
a Terceira Divisão ou Série C. Fez parte do Grupo 9, ao lado de Tiradentes, de Brasília,
e dos goianos Anápolis e Vila Nova.
Na estreia, no dia 27 de agosto, com a equipe reformulada, fez o que para muitos
parecia impossível: venceu o campeão goiano, Vila Nova, por 1 x 0, no Serejão, gol
de Wendell, aos 30 minutos do segundo tempo. Chegou aos nove pontos ganhos, não
suficiente para passar de fase. Foram três vitórias e três derrotas.
No ano em que o Campeonato Brasiliense foi disputado por 14 clubes, 1996, o Ceilandense
ficou com a sexta colocação, à frente de clubes maiores como Brasília, Tiradentes,
Taguatinga e Ceilândia, por exemplo.
Quinto colocado no Brasiliense de 1997, neste ano voltou a disputar o Brasileiro
da Série C, sem também conseguir resultados de expressão. Jogando contra Palmas
e Tocantinópolis, ambos de Tocantins, e o Brasília, ficou em quarto e último lugar.
As duas vitórias conseguidas foram contra os clubes de Tocantins.
Permaneceu na Primeira Divisão do Campeonato Brasiliense até 1999, quando chegou
em nono e penúltimo lugar, sendo rebaixado para a Segunda Divisão.
No ano seguinte, quase voltou, perdendo a chance de garantir uma das duas vagas
para a Primeira Divisão ao ser eliminado, após dois jogos, pela ARUC, nas semifinais.
Em 2001, perdeu outra chance de retornar à elite do campeonato brasiliense, ao ser
novamente derrotada nas semifinais, desta vez pelo Brasília.
Permaneceu mais um ano na Segunda Divisão em 2002, depois de não vencer um jogo
sequer dentre os oito que disputou.
Em 2003, novamente ficou de fora da disputa pelas vagas para a Primeira Divisão,
ao chegar em terceiro lugar no seu grupo (classificavam-se para as semifinais os
dois primeiros colocados dos grupos A e B).
Chegou na oitava colocação no campeonato de 2004 e ainda não foi desta vez que conseguiu
retornar à Primeira Divisão.
Em 2005, chegou muito perto de retornar para a Primeira Divisão. Na final, após
dois jogos contra o Capital, ficou com o vice-campeonato (apenas o campeão era promovido).
Foi quarto colocado em 2006, quinto em 2007 e terceiro em 2008. Em 2009, finalmente,
conseguiu retornar para a Primeira Divisão, após campanha bastante regular, perdendo
apenas um jogo dos nove disputados. Na final, derrotou o Botafogo-DF, por 2 x 1.
Edicarlos, do Ceilandense, foi o artilheiro do campeonato, com 7 gols, ao lado de
Túlio Maravilha, do Botafogo-DF.
Na final, o time formou com Veloso, Alex, Lídio, André Nunes e Djalminha; Betson,
Oliveira (Gustavo), Iron e Kabrine (Gleison); Edicarlos e Geraldo (Keké). O técnico
foi o ex-zagueiro Gerson Vieira.
Foi o primeiro caneco de campeão levantado pela Ceilandense.
Em 2010, o clube mudou mais uma vez de escudo e de uniforme. Devido a uma parceria
entre o Ceilandense e o Atlético Goianiense, o clube mudou seu nome, seu escudo,
seu uniforme e seu mascote, passando a se chamar Sociedade Atlético Ceilandense.
O Atlético Ceilandense fez uma boa campanha em sua volta à Primeira Divisão, chegando
em quarto lugar no campeonato de 2010.
O clube conseguiu um sexto lugar em 2011 e em 2012 quase foi rebaixado, ficando
com o mesmo número de pontos ganhos do 11º colocado, o Formosa.
Neste ano de 2013 foi o sexto lugar entre os doze participantes, garantindo, assim,
sua presença na Primeira Divisão de 2014.