quinta-feira, 17 de abril de 2025

O DIA DE HOJE NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: todos os jogos da rodada com o placar de 1 x 0 - 1988



BRASÍLIA 1 x 0 PLANALTINA
Data: 17/04/1988
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Nilton de Souza Castro
Gol: Filgueira, 66
BRASÍLIA: Nena, Chagas, Cléo, Oliveira e Waldo; Filgueira, Josimar e Rogerinho; Erasmo, Ribamar e Ailton. Técnico: Josemar Macedo da Cunha.
PLANALTINA: Selmício, Laércio, Dourado, Alípio e Olety; Rodrigues, Paulinho e Carlinhos; Vaguinho, Beto (Abel) e Gilmar (Valdir). Técnico: Helder Leal Lacerda.

TAGUATINGA 1 x 0 GAMA
Data: 17/04/1988
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Reinaldo Gomes de Paula
Gol: Marcelo Freitas, 33
TAGUATINGA: Bocaiúva, Marquinhos, Sérgio Abreu, Tião e Visoto; Lindário, Péricles (Mandala) e Wander; Dorival (Marco Antônio), Joãozinho e Marcelo Freitas. Técnico: Mozair Barbosa.
GAMA: Nasser, Toninho, Junior, Juscelino e Zé Celso; Zé Nilo, Boloni e Vicente; Genivaldo (Claudinho), Augusto e Marcelo (Rogério). Técnico: Orlando Pereira "Lelé".

GUARÁ 0 x 1 TIRADENTES
Data: 17/04/1988
Local: CAVE, Guará (DF)
Árbitro: Francisco Guerreiro Chaves   
Gol: Moura, 84
GUARÁ: Capucho, Ricardo, Luiz Fernando, Eusébio e Sérgio Carvalho; Bilzinho, Niltinho e Darlan (Ronaldo); Ivonildo, Antunes e Ribamar (Mário). Técnico: Carlos Barbosa Morales.
TIRADENTES: Déo, Eron, Kidão, Beto Fuscão e Joel; Marco Antônio, Michael e Zé Maurício; Moura, Bé e Ricardo. Técnico: Christovam Ferreira.

SOBRADINHO 0 x 1 CEILÂNDIA
Data: 17/04/1988
Local: Augustinho Lima, Sobradinho (DF)
Árbitro: Ruy Ferreira
Gol: Dida, 55
SOBRADINHO: Paulo Rossi, Hani, Matéia, Camilo e Zuza (Josa); Pedrinho, Carlos Alberto (Roberto) e Rinaldo; Warley, Bibi e Everaldo. Técnico: Dejane Welton Lopes dos Santos.
CEILÂNDIA: Dias, Chaguinha, Paulão, Jânio e Tonhão; Chicão, Edmilson (Dirson) e Tita; Dida (Damião), Marquinhos e Wadi. Técnico: Aldair Félix da Silva.


terça-feira, 15 de abril de 2025

ESQUECIDOS PELO TEMPO: Bimba



Américo da Cruz, o Bimba, nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 15 de abril de 1936.
Foi um zagueiro que jogava com elegância e de um futebol clássico.
Começou nos juvenis da Portuguesa, do Rio de Janeiro, disputou o campeonato carioca de 1958, pelo Bonsucesso, e o campeonato mineiro de 1959, pelo Bela Vista, de Sete Lagoas.
Foi trazido para o futebol de Brasília por indicação do ex-jogador do Botafogo e da Seleção Brasileira, Juvenal, e assinou contrato com o Guará, em 1960, ano em que o clube ficou na segunda colocação do campeonato brasiliense.
Transferiu-se para o Defelê em 1961, quando integrou a primeira Seleção de Brasília formada para disputar um amistoso contra a Seleção de Goiás, em Goiânia, no dia 16 de abril.
Disputou ainda mais três amistosos pela Seleção de Brasília no ano de 1961, contra o Santos, em 21 de abril, Fluminense, em 2 de julho, e Botafogo, em 17 de setembro.
Ao final do ano, tendo conquistado o título de campeão brasiliense, também teve seu mérito reconhecido ao ser escolhido pelo jornal Correio Braziliense o “Melhor jogador de futebol do ano”. Foram escolhidos destaques de todas as modalidades que integravam a Federação Desportiva de Brasília.
Em 1962 foi para o Rabello. Novamente fez parte da Seleção de Brasília que enfrentou o Vasco da Gama, no dia 21 de abril, e a Seleção de Goiás, em 29 de setembro.
Em seu novo time, conquistou a Taça “Candango”, disputada no período de 28 de abril a 1º de maio e que reuniu Guará, Colombo, Defelê e Rabello, no campo do Defelê, e o Torneio da Prefeitura do Distrito Federal, Taça "Embaixador Sette Câmara", com direito a vitória por goleada sobre seu ex-clube, o Defelê, na final, por 5 x 0.
No campeonato brasiliense de 1962, o Rabello ficou na terceira colocação.
No final do ano, Bimba foi um dos convocados para representar o Distrito Federal no Campeonato Brasileiro de Seleções. A Seleção do DF passou por Mato Grosso, mas foi desclassificada por Goiás.
Continuou no Rabello em 1963 e foi convocado para o amistoso da Seleção do Distrito Federal contra o Atlético Mineiro, em 21 de abril.
O Rabello foi o vice-campeão de 1963.
Transferiu-se para o Goiás ainda em 1963 e na metade de 1964 retornou ao Distrito Federal, voltando a defender o Rabello.
Defendeu a Seleção do Distrito Federal em amistosos contra o Ceará, Atlético Mineiro e Treze, da Paraíba.
No Rabello, sagrou-se campeão da primeira competição sob o regime profissional em Brasília.
Em 1965, foi jogar no Guará e perdeu a chance de conquistar o bicampeonato brasiliense, título alcançado pelo Rabello.
Transferiu-se para o Luziânia em 1966, tendo inclusive disputado um amistoso do seu novo time contra a Seleção do Distrito Federal, em 15 de maio (3 x 3).
Em novembro de 1966 foi convocado para defender a Seleção do DF que venceu a Seleção de Goiás, por 2 x 1.
Com o Luziânia, chegou na segunda colocação do campeonato brasiliense de profissionais.
Em 1967, foi contratado para ser o treinador do Guanabara.
No ano de 1968, dividiu seu tempo como jogador do Cruzeiro do Sul e depois como treinador do Alvorada.
Ainda foi técnico do Luziânia no início de 1973.
No início dos anos 80, enfrentando problemas com o álcool, foi internado na Clínica São Miguel, de propriedade do conceituado psiquiatra no DF, Dr. Neilor Rolim, no bairro do Parque Alvorada, às margens da BR 040, em Luziânia. Com a sua habitual irreverência, fez muitos amigos na clínica, dentre eles o ex- jogador do Luziânia, Ziza. Formaram o time da Clínica São Miguel e participaram do campeonato amador de Luziânia. Bimba atuava como jogador e técnico do time da clínica.
Com o fechamento da clínica, foi transferido para o asilo São Vicente de Paula, juntamente com vários companheiros da clínica. Fugiu e foi morar na rodoviária, no centro da cidade de Luziânia, onde hoje é o Centro de Convenções projetado por Oscar Niemayer.
Tornou-se mendigo de rua. Morreu só e abandonado por todos. Faleceu no dia 3 de agosto de 1993, sendo sepultado pela Secretaria de Assistência Social do Município de Luziânia, sem a presença de familiares, só com alguns amigos da época da Clínica São Miguel.

Defelê bicampeão brasiliense - 1961


Colaboração: José Egídio Pereira Lima.




segunda-feira, 14 de abril de 2025

OS GOLEIROS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Welder


Welder Alves da Silva nasceu em Taguatinga (DF), no dia 14 de abril de 1986. Com cinco anos de idade foi morar em Aurora do Tocantins (TO), onde passou a morar na Fazenda Contagem, há uns 8 km da cidade. Morou também na Fazenda Cajazeiras.
Começou sua carreira de goleiro no Interporto Futebol Clube, da cidade de Porto Nacional (TO), em 2000, ano em que se sagrou campeão tocantinense de juniores. Nesse clube ainda permaneceu o ano de 2001, para, em 2002, tentar a sorte no Colatina, do Espírito Santo. Não deu certo por lá e veio para o futebol do DF, onde foi fazer um teste no Gama, quando conheceu o empresário Marcelo da Adega, que também é de Aurora de Tocantins. Marcelo da Adega o apresentou a Neymar Frota, que hoje é presidente do Samambaia, que o levou para fazer testes no Brasiliense.

Seu primeiro clube no Distrito Federal foi o Brasiliense, ainda em 2002, nas categorias de base, mas pelo qual jamais atuou nos três anos no profissional (2003 a 2005).
Em janeiro de 2003, Welder disputou, pelo Brasiliense, a Copa São Paulo de Futebol Junior. No dia 5, o Brasiliense venceu o primeiro jogo contra o Lemense (2 x 1), empatou com o favorito Santos (0 x 0) no dia 9 e perdeu para o Figueirense, no dia 12, por 2 x 0, sendo desclassificado da competição. O treinador Marquinhos Bahia utilizou mais vezes a seguinte constituição: Welder, Fernando, Magrão, Panda e Fábio Vieira (Rafael Viana); Leís, Thiago Xavier, Ailson e Jefferson; Moura (Índio) e Bruno Medina.
Em 2004, Welder foi o goleiro reserva do Brasiliense na Taça Brasília e, depois, um dos jogadores emprestados pelo Brasiliense ao Samambaia, para a disputa da Segunda Divisão do DF. Em nenhuma das duas competições, chegou a atuar.
Para ganhar experiência, foi emprestado novamente a um clube do DF em 2005, desta vez o Dom Pedro II, pelo qual disputou três jogos pelo campeonato brasiliense desse ano. Antes de completar 19 anos, fez sua estreia no dia 16 de janeiro de 2005, no estádio Augustinho Lima, na vitória de 2 x 0 sobre o Sobradinho. O Dom Pedro II formou com Welder, Amaral, Alex, Panda e Zinho Melo; André Bahia (Agnaldo), Junior, Daniel e Bhertonny (Antônio); Michel e Zinho Goiano (Cláudio). Técnico: Marquinhos Bahia.

ADESG
Depois que o campeonato brasiliense foi encerrado, Welder foi emprestado ao ADESG, para a disputa do campeonato do Acre de 2005. A ADESG ficou com o vice-campeonato estadual atuando no último jogo contra o campeão Rio Branco (0 x 0) com Welder, Samuel, Célio, Alex e Oliveira; Cacique, Bigal (Rogerinho), Marcelinho e Márcio (Birosca); Alexandre Love (Estevão) e Zico. Técnico: Marquinhos Bahia.
Vale registrar que, logo depois de deixar o Brasiliense, Welder adquiriu passe livre.
Através do treinador Marquinhos Bahia, Welder foi apresentado a um empresário que o levou para o futebol da Bahia, onde disputou o campeonato estadual pelo Fluminense, de Feira de Santana.

Esportivo
Retornou ao futebol brasiliense para disputar a Segunda Divisão do DF pelo Esportivo, do Guará, ainda em 2006. Welder terminou essa competição como o goleiro menos vazado, sofrendo apenas seis gols nos oito jogos.
Na decisão, contra o Samambaia, então filial do Brasiliense, Welder ficou marcado por uma façanha: nos acréscimos do segundo tempo do jogo, aproveitando-se de sua altura de 1,90 metros, marcou, de cabeça, o gol da vitória de 2 x 1. O Esportivo formou com Welder, Nilmar, Miguel, Natan e Rafinha; Bira, Bruno (Diego), Leís (Haroldinho) e Marcelinho; Bispo (Rafael) e Giovani. Técnico: Mozair Barbosa.
Foi para o futebol do Rio Grande do Norte, alugando seu passe ao ABC. Na reserva do goleiro França, Welder integrou, por pouco tempo, o elenco do time que acabou se sagrando campeão potiguar de 2007.

No final de fevereiro de 2007, ele voltaria ao DF para realizar uma proeza: disputou as três divisões do futebol brasiliense desse ano. Na primeira divisão, foram dez jogos com o Esportivo, do Guará. Depois, seis jogos na segunda, no arco do Ceilandense e, por último, defendeu o Brasília na terceira divisão do DF, disputando cinco jogos e ajudando o clube a ficar com o segundo lugar na classificação final e garantindo uma das duas vagas na Segunda Divisão.
No primeiro semestre de 2008 participou do campeonato paranaense pelo Iraty e, quando voltou ao futebol brasiliense disputou a terceira divisão pelo Brazsat, sagrando-se campeão, disputando todos os sete jogos como titular e sofrendo apenas quatro gols. Pelo Brazsat, em 2008, Welder participou de uma excursão do clube pela Europa, onde jogou em cidades da Espanha e da Holanda.
Em 2009 atuou por dois clubes de Goiás: o Mineiros, no campeonato estadual, e a Anapolina, no Campeonato Brasileiro da Série D.
Nesse mesmo ano, um fato curioso: seu amigo Marcelo da Adega o chamou para jogar no Atlético Ceilandense, que tinha uma parceria com o Gama. Ele tinha acabado de chegar da Anapolina e encontrou o clube com muitos goleiros, resolvendo não jogar. Foi quando Marcelo o convidou para ser Diretor Financeiro do clube, passando a cuidar das finanças do clube.
No ano seguinte, retornaria ao futebol para disputar o campeonato brasiliense da primeira divisão de 2010 pelo Atlético Ceilandense e o da segunda pelo Legião.

Depois de passar por diversos clubes, Welder, finalmente, chegou ao Brasiliense, onde viveu sua melhor fase na carreira. Encontrava-se treinando no Atlético Ceilandense, que mantinha boas relações com o Brasiliense e não teve o menor problema em liberá-lo. Chegou para ser reserva de Gilson, mas para surpresa de muitos, acabou entrando na última partida do campeonato brasiliense de 2011, na decisão contra o Gama e que terminou empatada em 0 x 0. Em sua primeira partida como titular do Brasiliense, Welder ajudou o clube a conquistar o título de campeão desse ano. Na decisão do campeonato, no dia 14 de maio de 2011, no Serejão, o Brasiliense formou com Welder, Cicinho, Raphael, Teco e Chiquinho; Deda, Ferrugem, Ruy e Adrianinho (Iranildo); Bebeto (Coquinho) e Acosta (Rômulo). Técnico: Marcos Soares.
Ficaria no Brasiliense até o ano de 2015. No ano de 2013, voltaria a conquistar o título de campeão brasiliense. Além disso, atuou em quase cinquenta jogos pelo campeonato brasileiro da Série C. Chegou a disputar 110 jogos seguidos pelo Brasiliense. Também recebeu o Troféu “Mané Garrincha”, como melhor goleiro do campeonato brasiliense desse ano.
Em 2014, voltaria a receber esse prêmio, novamente por ter sido eleito o melhor goleiro do campeonato brasiliense.
Depois que deixou o Brasiliense, Welder passou pelos seguintes clubes: em 2015, ICASA, do Ceará, e Brasília, onde disputou a Copa Sul-Americana pelo Brasília no mesmo ano; 2016, Sobradinho, onde disputou sete jogos pelo campeonato brasiliense, e Interporto, de Tocantins e em 2017, Gurupi e Araguaína, ambos de Tocantins. No Gurupi, Welder foi eleito, com 32,8% dos votos, o destaque do clube no Campeonato Brasileiro da Série D em 2017.















sexta-feira, 11 de abril de 2025

ESQUECIDOS PELO TEMPO: Laiguinha


Evaldo Meireles, o Laiguinha, nasceu em Luziânia (GO), no dia 11 de abril de 1953.
Iniciou sua trajetória no futebol no Fluminense, de Luziânia (foto abaixo), com o técnico Bubu.

Fluminense. Em pé, da esquerda para a direita: Vilson, Macionete, Valdeci, Liosório, Darci e João Preto; agachados, na mesma ordem: Ruizinho, Laiguinha, Toin, Paulinho e Carlinhos.
Foto: Acervo Dilmar Tié.


A convite do técnico Zé Preto passou a defender o Luziânia. Participou do campeonato brasiliense, ainda amador, de 1973 e 1974, na posição de volante.
Um dos maiores meio campistas a vestir a camisa do Luziânia, incansável marcador, habilidoso, rápido, objetivo e com uma extraordinária visão do campo.
Faleceu no dia 3 de dezembro de 2022.

Colaboração: José Egídio Pereira Lima.


LUZIÂNIA: Jeová Gomes Carneiro (Presidente), Jackson, Osmar Nunes, Fabinho, Osvaldo, Fernando Melo, Liosório, Wolney, Ciliu e Plautino (Técnico). Agachados: Laiguinha, Baixinho Cachorro, Paulino, Toinho de Laíza, Elizeu, Gaspar e Nonga.



quarta-feira, 9 de abril de 2025

OS TÉCNICOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Carlos Morales (in memoriam)



Carlos Barbosa Morales nasceu em Porto Alegre (RS) em 9 de abril de 1939. Começou no juvenil do Internacional, de Porto Alegre (RS), tornando-se profissional no futebol do interior do Rio Grande do Sul, onde jogou pelo Esperança, de Novo Hamburgo, Aimoré, de São Leopoldo, e Flamengo, de Caxias do Sul, todos do Rio Grande do Sul.
Transferido pela Aeronáutica, veio para Brasília em 1961. Neste mesmo ano, vinculou-se ao Nacional, transferindo-se, no ano seguinte, para o Cruzeiro do Sul, onde, além de jogar, iniciou na carreira de treinador.
Morales foi um bom quarto-zagueiro, ao ponto de ser convocado para defender a Seleção do Distrito Federal num amistoso em Goiânia, no dia 29 de setembro de 1962 (Goiás 2 x 2 Distrito Federal).
Ao fim da Primeira Fase do Campeonato Brasiliense de 1962, integrou a Seleção da Zona Sul, eleita pela crônica esportiva. Em enquete realizada no final do ano de 1962, fez parte dos “Melhores do Futebol Brasiliense”, promoção do jornal Diário Carioca-Brasília. No campeonato de 1962, marcou três gols.
Também aproveitou o ano de 1962 para começar a carreira de treinador, sagrando-se campeão do primeiro Campeonato Brasiliense de Juvenis, pelo Cruzeiro do Sul.
Durante o Torneio Início da Primeira Divisão do Campeonato Brasiliense de 1963, realizado no dia 12 de maio, no campo do Grêmio, Estádio “Vasco Viana de Andrade”, Cruzeiro do Sul e Grêmio empataram em 0 x 0. Nos pênaltis, vitória do Cruzeiro do Sul, com Morales convertendo as três cobranças. Veio o quinto jogo do dia e novo empate de 0 x 0 entre Rabello e Cruzeiro do Sul. A vitória coube ao Rabello, nos pênaltis, por 11 x 10. Detalhe: Arnaldo, do Rabello, fez 11 gols em 12 cobranças e Morales 10.
No campeonato brasiliense de 1963, Morales consagrou-se campeão, com o Cruzeiro do Sul realizando uma excelente campanha: dez vitórias, cinco empates e apenas uma derrota.
Ainda em 1963, foi bicampeão da categoria juvenil pelo mesmo clube.


Em 1965 foi vice-campeão juvenil com o Guará. 
Passou para o Guanabara em 1966, sagrando-se campeão amador naquele ano. 
Foi campeão juvenil em 1967, pelo Rabello. No mesmo clube, passou a auxiliar técnico do argentino Hector Gritta.
Em 1969, dirigiu o Piloto e em setembro passou para o Coenge, onde fez sua estreia em 10 de setembro de 1969, na vitória de 1 x 0 sobre a A. A. Serviço Gráfico.
No Coenge começou a trabalhar com suas principais virtudes: disciplinado, sem ser ditador, e tinha uma moral muito grande junto a todos os jogadores com quem trabalhou. Sua fórmula: o diálogo aberto e franco.
Sagrou-se campeão brasiliense de 1969, título inédito conquistado com o Coenge. Além disso, foi o treinador da Seleção do Gama no Torneio Imprensa Esportiva, iniciado em 21 de dezembro.
Em 1970, ainda no Coenge, foi vice-campeão do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira” e passou a ser representante do clube junto a Federação Desportiva de Brasília.
Substituído por Raimundinho em 1971, no Coenge, foi ser treinador do time amador do Ceub, que ficou com o segundo lugar no campeonato brasiliense de 1972, atrás apenas da A. A. Serviço Gráfico.
O reconhecimento pelo bom trabalho à frente do clube acadêmico veio ao final do ano quando uma comissão formada por jornalistas esportivos e professores do Departamento de Educação Física, Esportes e Recreação - DEFER escolheram os “Destaques do Ano de 1972”, em vários esportes. No futebol, Carlos Morales foi eleito o melhor técnico.
Continuou no Ceub, até ser substituído por João Avelino, que passou a treinar o clube no Campeonato Brasileiro de 1973.
O bom trabalho abriu as portas para o futebol mineiro. Logo depois, treinou equipes de Montes Claros, Passos, Ituiutaba e Jacutinga.
Retornou ao futebol do DF e, em 1980, foi técnico do Sobradinho e do Taguatinga no campeonato brasiliense daquele ano.
Em 1981 foi vice-campeão brasiliense de profissionais pelo Guará, além de ser eleito novamente melhor técnico da temporada.
Dirigiu, seguidamente, times do Distrito Federal: 1982 - Taguatinga e Gama; 1983 e 1984 - Tiradentes; 1987 - novamente no Tiradentes e 1988 - Guará.
Em 3 de março de 1990, graças a uma parceria com o ex-técnico e jogador de futebol, Wander Abdalla, então presidente do Clube de Regatas Guará, Morales criou o seu grande projeto, desenvolvido por mais de 20 anos: a Escolinha de Futebol do Guará (cidade onde passou a morar em 1972), a mais antiga e tradicional escolinha de futebol do DF, que buscava não só ensinar futebol às crianças e jovens do Guará, mas também, tirar crianças carentes das ruas.
A Escolinha passou a contar com cinco professores que davam aula de terça a sexta-feira na parte da manhã e à tarde no campo de futebol do Complexo do CAVE.
O futebol sempre foi uma das suas paixões e, por isso, Morales resolveu juntar o útil ao agradável ao usar seus conhecimentos e amor ao futebol para transmiti-los às crianças, de 4 a 17 anos. Um dos atrativos da escolinha era a participação em torneios e campeonatos inclusive fora do DF. 
A escolinha é responsável por uma grande quantidade de revelações de talentos, o mais recente o atacante Leandro, do ex-Grêmio e hoje no Palmeiras.
Funcionário aposentado pelo Senado Federal, Carlos Morales faleceu no dia 13 de outubro de 2012, de complicações originadas de uma pneumonia.






segunda-feira, 7 de abril de 2025

CAMPANHAS DOS CAMPEÕES: S. E. Itapuã - Segunda Divisão 1997

 

Com a criação da Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense em 1997, também surgiu o interesse em participar da competição dos mais diversos clubes, alguns deles do popularmente chamado “Entorno de Brasília” (por ficar ao redor de Brasília).

Oficialmente reconhecida como Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno, ela foi criada pela Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de 1998. É constituída pelo Distrito Federal e de alguns municípios de Goiás e Minas Gerais (sendo 19 de Goiás e 3 de Minas Gerais, totalizando 22), com uma área pouco menor que a Croácia, por exemplo, com uma população de aproximadamente 4 milhões de habitantes.

A Federação Metropolitana de Futebol foi surpreendida com o pedido de filiação de clubes de outros Estados, que perceberam ser mais viável economicamente disputar o campeonato do DF do que o de seus Estados de origem. A entidade então resolveu autorizar clubes de outras unidades da Federação a participaram de suas competições desde que tivessem sede em cidades localizadas a menos de 200 km de Brasília.

Tomaram parte da primeira edição do Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão Ceilândia, Taguatinga e Atlântida, de Taguatinga, representando o Distrito Federal. Os demais quatro clubes foram de fora do DF: União Esporte Clube, de Paracatu (MG), Clube Atlético Cristalinense, de Cristalina (GO), Bosque Formosa Futebol Clube, de Formosa (GO), e a Sociedade Esportiva Itapuã, de Unaí (MG).

O campeonato foi disputado em dois turnos, ao final dos quais os quatro primeiros colocados disputaram as semifinais e, os vencedores destas, a final.

Sagrou-se campeão o Itapuã, de Unaí.

A campanha do Itapuã para chegar ao título foi a seguinte:

1º TURNO

ITAPUÃ 3 x 2 CEILÂNDIA
Data: 27/04/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: José Renê Costa Galdino
Gols: Cleiton, Rogerinho e William / Rômulo (2)

ITAPUÃ 2 x 2 UNIÃO
Data: 04/05/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Luciano Almeida
Gols: Simão e Josué / Geraldo e Ziel

CRISTALINENSE 2 x 1 ITAPUÃ
Data: 11/05/1997
Local: Salvador Amato, Cristalina (GO)
Árbitro: Arudá Pires Lima
Gols: Rogério e Serginho / William

ITAPUÃ 1 x 0 ATLÂNTIDA
Data: 18/05/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Paulo César de Sena
Gols: Rogerinho

TAGUATINGA 1 x 1 ITAPUÃ
Data: 24/05/1997
Local: Metropolitana, Núcleo Bandeirante (DF)
Árbitro: Paulo Renato Viana Coelho
Gols: Fredson / Muruim

ITAPUÃ 2 x 0 BOSQUE FORMOSA
Data: 07/06/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Nilton de Castro Souza
Gols: Muruim e William

2º TURNO

UNIÃO 1 x 1 ITAPUÃ
Data: 15/06/1997
Local: Frei Norberto, Paracatu (MG)
Árbitro: Eremilson Xavier Macedo
Gols: Renato / Muruim

CEILÂNDIA 1 x 2 ITAPUÃ
Data: 22/06/1997
Local: Metropolitana, Núcleo Bandeirante (DF)
Árbitro: José Renê Costa Galdino
Gols: Caetano / William e Muruim

ITAPUÃ 1 x 1 TAGUATINGA
Data: 29/06/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Iêdo Souza
Gols: Cleiton / Ailton

ITAPUÃ 1 x 0 ATLÂNTIDA
Data: 06/07/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Sérgio Carvalho
Gol: Valdez

BOSQUE FORMOSA 1 x 1 ITAPUÃ
Data: 20/07/1997
Local: Diogão, Formosa (GO)
Árbitro: Alexandre Andrade
Gols: Regis / Muruim

ITAPUÃ 2 x 1 CRISTALINENSE
Data: 27/07/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Sérgio Carvalho
Gols: Josué e Muruim / Elvis

SEMIFINAIS

UNIÃO 2 x 1 ITAPUÃ
Data: 03/08/1997
Local: Frei Norberto, Paracatu (MG)
Árbitro: Iêdo Souza
Gols: Ziel e Robson / Robinho

ITAPUÃ 4 x 1 UNIÃO
Data: 10/08/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Nilton de Castro Souza
Gols: Rogerinho (2) e Serginho (2) / Ziel

FINAL

TAGUATINGA 1 x 1 ITAPUÃ
Data: 17/08/1997
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Jamir Carlos Garcez
Gols: Ailton / Muruim
 
ITAPUÃ 2 x 0 TAGUATINGA

Data: 24/08/1997

Local: Rio Preto, Unaí (MG)

Árbitro: Luciano Almeida

Gols: Muruim e Serginho

 

Saulo Barbosa Souto, o Muruim, do Itapuã, foi o artilheiro do campeonato (juntamente com Ziel, do União), com 8 gols.


A classificação final do Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão de 1997 foi a seguinte: 

CF

CLUBES

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

ITAPUÃ

16

8

6

2

26

16

10

30

TAGUATINGA

16

6

6

4

16

21

-5

24

UNIÃO

14

5

4

5

22

19

3

19

ATLÂNTIDA

14

4

7

3

15

11

4

19

CRISTALINENSE

12

3

4

5

15

15

0

13

CEILÂNDIA

12

2

5

5

15

20

-5

11

BOSQUE FORMOSA

12

1

6

5

6

13

-7

9