terça-feira, 31 de maio de 2022

ARQUIVOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão – Amadores – 1965 – 1º turno

Obs.: neste ano, a Federação Desportiva de Brasília promoveu dois campeonatos, um de profissionais e o outro de amadores

 

PARTICIPANTES:

 

1. ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA GUANABARA

2. ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA CRUZEIRO DO SUL

3. GRÊMIO ESPORTIVO BRASILIENSE

4. PEDERNEIRAS ESPORTE CLUBE

5. VILA MATIAS ESPORTE CLUBE

 

1º TURNO

 

GUANABARA 1 x 1 CRUZEIRO

Data: 06.06.1965

Local: Aristóteles Góes

Árbitro: Nilzo de Sá

Gols: Paulo Afonso para o Guanabara e Walmir para o Cruzeiro do Sul

 

GRÊMIO 2 x 1 VILA MATIAS

Data: 06.06.1965

Local: Vasco Viana de Andrade

Árbitro: José Francisco de Souza

Gols: Edson Galdino e Crispim para o Grêmio e Magno para o Vila Matias

 

PEDERNEIRAS 4 x 0 CRUZEIRO

Data: 13.06.1965

Local: Vasco Viana de Andrade

Árbitro: João da Silva

Gols: Zeca (3) e Zezito

 

GUANABARA 3 x 1 VILA MATIAS

Data: 13.06.1965

Local: Aristóteles Góes

Árbitro: Amphilóphio Pereira da Silva

Renda: CR$ 168.000,00

Gols: Nelício, Cauby e Azulinho para o Guanabara e Jaime para o Vila Matias.

GUANABARA: Raspinha, Cauby, Neir, Toninho e Agassis; Carneiro e Azulinho; Paulo Afonso, Nelício, Lula e Nilson.

 

PEDERNEIRAS 2 x 2 GRÊMIO

Data: 20.06.1965

Local: Aristóteles Góes

Árbitro: Wilson Francini

Renda: CR$ 97.000,00

Gols: Zezito (2) para o Pederneiras e Francisco e Joãozinho para o Grêmio

PEDERNEIRAS: Chico, Tarcísio, Eufrásio, Logodô e Maracanã; Firmo e Cotia; Zeca, Zezito, Deca e Chichico.

GRÊMIO: Weldas, Paulinho, Benicassa, Evangelista e Chagas; Goiano e Walter; Joãozinho, Isaías, Francisco e Edson Galdino.

 

CRUZEIRO 0 x 2 VILA MATIAS

Data: 20.06.1965

Local: Vasco Viana de Andrade

Árbitro: Geraldo Delfino

Renda: CR$ 23.800,00

Gols: Macedinho (2)

 

GRÊMIO 1 x 2 GUANABARA

Data: 27.06.1965

Local: Vasco Viana de Andrade

Árbitro: Djalma Neves

Renda: Cr$ 40.000,00

Gols: Zé Raimundo, 28; Nelício, 53 e Isaías, 75

GRÊMIO: Weldas, Paulinho, Benicassa, Evangelista (Goiano) e Chagas; Walter e Bugue; Joãozinho, Crispim, Isaías e Edson Galdino.

GUANABARA: Raspinha, Zé Luís (Paulinho), Cauby, Serginho e Agassis; Zé Raimundo e Carneiro; Nelício, Lula, Paulo Afonso e Nilson.

 

PEDERNEIRAS 2 x 0 VILA MATIAS

Data: 30.06.1965

Local: Aristóteles Góes

Árbitro: Gésio Lopes da Silva

Gols: Zezito e Doca

 

GRÊMIO 3 x 0 CRUZEIRO

Data: 04.07.1965

Local: Vasco Viana de Andrade

Árbitro: Pedrelino Roque

Renda: Cr$ 36.000,00

Expulsões: Joãozinho, do Grêmio, e Luiz, do Cruzeiro

Gols: Isaías (2) e Paulinho

GRÊMIO: Weldas, Paulinho, Benicassa, Evangelista e Chagas; Walter e Bugue; Joãozinho, Crispim, Isaías e Edson Galdino.

CRUZEIRO: Assis, Hugo, Luiz, Leônidas e Arnaldo; Lory e Mosquito; Barbosinha, Saulzinho, Walmir e Gilberto.

 

PEDERNEIRAS 4 x 1 GUANABARA

Data: 04.07.1965

Local: Aristóteles Góes

Árbitro: Idélcio Gomes de Almeida

Renda: Cr$ 145.000,00

Gols: 1º tempo - Zezito e Maracanã para o Pederneiras; 2º tempo - Zezito e Zeca para o Pederneiras e Lula para o Guanabara.

PEDERNEIRAS: Chico, Tarcísio, Eufrásio, Logodô e Maracanã; Firmo e Saudio; Zeca, Índio, Zezito e Cotia.

GUANABARA: Raspinha, Cauby, Neir, Toninho e Serginho; Waldemar e Walter (Paulinho); Nelício, Lula, Paulo Afonso e Nilson.



domingo, 29 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: dois jogos encerrados antes do fim, no mesmo dia, pelo mesmo árbitro!


Em todos esses anos pesquisando o futebol, lendo jornais, revistas e livros, consultando as mais diversas fontes de pesquisa, escutando as mais curiosas histórias de boleiros, não tivemos conhecimento de um fato semelhante ao que vamos narrar a seguir: no mesmo dia, um árbitro (Elísio Ramos) encerrou dois jogos antes do seu final.  

Preparando-se para o Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, vários times de Brasília realizavam amistosos.
No dia 5 de abril de 1970 aconteceram dois amistosos no Estádio Vasco Viana de Andrade, hoje mais conhecido por Metropolitana, no Núcleo Bandeirante.
Pela manhã, jogaram Piloto e Carioca.
Com gols de Sabino (8 e 40), Paulinho (57) e Lula (65 e 70), o Piloto chegou facilmente ao marcador de 5 x 0. Logo depois do quinto gol, o árbitro Elísio Ramos foi obrigado a encerrar o jogo.
Antes, ele havia expulsado os jogadores Medeiros, Iran e Harley, todos do Carioca, por jogo violento, enquanto Celso e Cléber, da mesma equipe, talvez insatisfeitos com a atuação de Elísio Ramos, deixaram o campo sem dar satisfação ao árbitro, tornando obrigatório o encerramento do jogo.
As equipes atuaram assim:
Piloto: Tião (Barbosa), Alemão, César (Moisés), Luiz e Toinho; Ronaldo (Quincas) e Luizinho; Sabino, Lula (Zé Grillo), Paulinho e Nenê (Boraes).
Carioca: Batista, Nelson, Cléber, Cosan (Iran) e Faixinha; Lúcio (Braz) e Bacalhau; Celso, Harley, Medeiros e Osmar.

Na parte da tarde, por coincidência, Elísio Ramos foi destacado para ser o árbitro de outro jogo no mesmo estádio da Metropolitana, entre Grêmio e CSU.
Ademir, aos 16, Manoelzinho, aos 21 e Zé Carlos, aos 43, no 1º tempo, e Luiz Carlos, aos 13 do 2º, haviam marcado os gols do empate em 2 x 2.
Elísio Ramos expulsou os jogadores Jorge e Zé Carlos, ambos do Grêmio e, logo depois, alegando falta de garantias, deu por encerrado o jogo aos 25 minutos do 2º tempo.
O Grêmio atuava com Kill, Rodolfo, Grossi, Paulinho e Tadeu (Hélio); Orlando (Teixeira) e Pedrinho (Zoca); Jorge, Ademir (Santos), Zé Carlos e Sérgio Augusto (Roberto).
O CSU formou com Zé Walter, Zequinha, Eufrásio, Carlinhos e Didi; César (Farneze) e Julinho; Luiz Carlos, Manoelzinho, Walmir e Chicão.



sábado, 28 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: 30 gols sofridos em 3 jogos


No Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 1961, o “saco de pancadas” do Sobradinho (que nada tem a ver com o Sobradinho de hoje, fundado em 1975) conseguiu a proeza de sofrer três grandes goleadas numa única competição.

Na primeira delas, em 23 de julho de 1961, no Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, foi goleado pelo Alvorada, pelo marcador de 9 x 1. Élcio (2), Jason (2), Mexicano (2), Moacir, Nelson e Chico marcaram para o Alvorada e Ceará fez o gol de honra do Sobradinho. O árbitro foi Antônio Alves Mattos.

Uma semana depois, novo vexame do Sobradinho. No dia 30 de julho de 1961, no Estádio Paulo Linhares, sob arbitragem de Jorge Cardoso, o Sobradinho sofreu a astronômica goleada de 12 x 0 perante o Rabello. Nilo marcou cinco gols, Arnaldo três, Carioca dois e Joãozinho e Roberto, um cada. Esta é a maior goleada já registrada na Primeira Divisão do campeonato brasiliense de futebol em todos os tempos.

Duas semanas depois, outra grande goleada foi aplicada ao Sobradinho. No dia 13 de agosto de 1961, no Estádio Duílio Costa, o Planalto também não teve dó do Sobradinho, vencendo-o por 9 x 1, com gols de Brasil (5), Lima (2) e Azulinho (2), contra um de Valmir. Moacir Siqueira foi o árbitro do jogo.

Logo após esses vexames, o Sobradinho solicitou à Federação Desportiva de Brasília para não mais disputar os jogos restantes, em virtude da crise financeira que atravessava.

 

 

sexta-feira, 27 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: um jogo sem público!


O jogo era válido pela segunda semifinal do torneio de consolação do segundo turno do Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 2012, a Taça “Sócrates”, uma competição dedicada aos terceiros e quartos colocados de cada grupo.
No dia 3 de maio de 2012 o Atlético Ceilandense receberia, no Serejão, o Luziânia.
Dentro de campo, nada de anormal: mesmo com um time formado por reservas, o Luziânia venceu o Atlético Ceilandense, por 3 x 1. O inusitado do jogo aconteceria fora do gramado, mais precisamente nas arquibancadas. A elas não compareceu um só torcedor para conferir o jogo. Isso mesmo! Não tivemos pagantes no jogo.
Pôde ser conferido no borderô disponível no site da Federação Brasiliense de Futebol que esse jogo deu o prejuízo de R$ 1.500,00, equivalente a despesa “Remuneração da Arbitragem e dos Auxiliares”.
A súmula desse jogo foi a seguinte:

ATLÉTICO CEILANDENSE 1 x 3 LUZIÂNIA
Data: 03.05.2012
Local: Abadião
Árbitro: Jucilê Pires
Renda: R$ 0,00
Público: 0 pagante
Gols: Esquerdinha, 46; Romarinho, 80; Leto, 84 e Jânio, 88
ATLÉTICO CEILANDENSE: Rogério, Wanderson, Adriano Cacareco, Maike e Vavá (Léo Gabiru); Bétson, Jefferson, Diego e Leto; Kako (Vinícius) e André Brito (Lesson). Técnico: Marcos Sena.
LUZIÂNIA: Juninho, Betinho (Romarinho), Rafael, Luizão e Niedson; Douglas, Iron, Rodrigo e Allan; Esquerdinha e Pedro Roriz (Pedro Henrique) (Jânio). Técnico: João Carlos Cavalo.



quinta-feira, 26 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: Seleções Exóticas


Viu-se de tudo um pouco no Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 2017.

Entre os jogadores que o disputaram, poderíamos formar uma seleção com:

Dida (Luziânia)

Rafinha (Ceilândia), Dedé (Santa Maria), Perivaldo (Luziânia) e Kabrine (Ceilândia)

Braittini (Brasília) e Michel Platini (Ceilândia);

Robinho (Luziânia), Ballotelli (C. A. Taguatinga), Romário (Santa Maria) e Quarentinha (C. A. Taguatinga).

Se ocultássemos os nomes dos clubes e lembrássemos de cada um deles nas grandes equipes que defenderam, certamente teríamos uma seleção muito forte.

Por outro lado, também poderíamos formar uma seleção com os “desconhecidos”:

Edmar Sucuri (Brasiliense)

Zumba (Paranoá), Danilo Cocada (Bosque Formosa), Sadan (Brasília) e Ratinho (Bosque Formosa)

Acerola (Brasiliense) e Gordo (Gama)

Feijão (Santa Maria), Cabecinha (Paracatu), Chulapa (Santa Maria) e Potita (Gama).

 

Qual dessas duas tem a melhor formação. Façam suas apostas!!!

 

quarta-feira, 25 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: um Treinador em dois times diferentes no mesmo dia


Uma briga política pela segunda vaga do DF no Campeonato Brasileiro de 1978 (a primeira era do Brasília), envolvendo Gama e Taguatinga, quase provocou um fato inédito no futebol, ou seja, um técnico dirigindo dois times diferentes no mesmo dia.
Tudo começou em 2 de fevereiro de 1978, quando reunida a Assembleia Geral de Clubes da Federação Metropolitana de Futebol, esta decidiu licenciar o Canarinho Esporte Clube e o Grêmio Esportivo Brasiliense, ambos pelo período de um ano.
Graças aos apelos do presidente do Taguatinga, Justo Magalhães, o Canarinho escapou de ser desfiliado. Justo Magalhães pediu a presidência da Federação Metropolitana de Futebol e aos demais representantes que dessem um voto de confiança ao Canarinho e não tomassem medidas radicais. Foi feita uma ponderação e a Assembleia achou por bem convocar o presidente do Canarinho, Antônio Ferreira, para que esse fizesse os devidos esclarecimentos. Ao tomar conhecimento de que não poderia afastar-se por completo da FMF, sob pena de o clube ser desfiliado, o dirigente do Canarinho salientou que o clube disputaria as categorias denominadas inferiores.
Por outro lado, o presidente do Gama, Márcio Tannus, foi o único representante a dar um parecer contra a licença do Grêmio, afirmando que era radicalmente contra pedidos de licenciamento e retorno de filiados, dizendo que os clubes deveriam permanecer em completa atividade ou solicitar extinção.
Aproveitando-se da licença do Canarinho, o Taguatinga contratou sete dos seus jogadores e mais o treinador João da Silva, dando, de imediato, entrada nos contratos junto a CBD.
Acontece que o Canarinho ainda tinha uma partida a fazer pelo Torneio Incentivo de 1977, iniciado em outubro de 1977 e que passou para o ano de 1978. Paralisado em dezembro de 1977, seus jogos retornaram no final de janeiro de 1978.
Faltava ao Canarinho justamente um jogo diante do Gama, vencedor do 1º turno, e que, caso o Canarinho fosse vencedor, ajudaria o Taguatinga, que estava na luta pelo returno.
No dia 19 de fevereiro de 1978, estava marcada a rodada dupla Gama x Canarinho e Grêmio x Taguatinga, no Estádio Bezerrão, do Gama.
O jogo Gama x Canarinho foi disputado na parte da manhã. Para surpresa de todos, o Canarinho venceu o Gama por 2 x 0.
Um dos fatos mais comentados durante esse jogo foi a atuação de João da Silva, das arquibancadas, gritando e passando instruções ao preparador físico do Taguatinga, Aparecido, que trabalhava como “treinador formal” do Canarinho.
Na parte da tarde, deveriam jogar Grêmio x Taguatinga. Os times chegaram a entrar em campo. Como técnico do Taguatinga, à beira do gramado, estava o mesmo João da Silva. Foi aí que o árbitro Carlos Alberto Hagstrong, alegando que a marcação ruim do campo não permitia a realização do jogo, suspendeu a partida, deixando os dirigentes do Gama muito irritados.
O Gama recorreu para tentar recuperar os pontos perdidos para o Canarinho, alegando que os jogadores do Canarinho já estariam com rescisão de contrato com o ex-clube. Não ganhou a causa.
Inclusive surgiram comentários da parte dos dirigentes do Gama que “não adiantava a união de esforços entre Taguatinga e Canarinho para impedir que o Gama ganhasse o título e, consequentemente, a segunda vaga no Campeonato Brasileiro”.
Poucos dias depois, o presidente do Taguatinga, Justo Magalhães, foi mais vivo que toda a diretoria do Gama e em uma conversa de cerca de três horas com o presidente da CBD, Heleno Nunes, garantiu a segunda vaga do DF no Campeonato Brasileiro de 1979 para seu clube. Usou de todos os argumentos possíveis e disponíveis para convencer Heleno Nunes de que o futebol profissional do DF só conseguiria progredir se mais uma vaga fosse oferecida aos clubes brasilienses, alegando que o campeonato local teria mais motivação e todos os clubes cresceriam de nível técnico, compulsoriamente.
Na reunião em que a CBD decidiu que o número de participantes do Campeonato Brasileiro de 1978 ficaria em 72, Justo Magalhães conseguiu chegar à sala de reunião dos diretores da entidade com os presidentes de federações, afirmando que era o assessor técnico do presidente da FMF, Gerson Alves de Oliveira. Argumentou que convenceu André Richer para deixá-lo permanecer no recinto. Com isso, quando Goiás apresentou o pedido de aumento para quatro clubes, imediatamente a inscrição da segunda vaga brasiliense pôde ser feita.
Voltando ao torneio local, o Taguatinga venceu o Gama, por 1 x 0, já contando com João da Silva como seu treinador. O resultado inesperadamente colocou o Canarinho no páreo, mas sem time para disputar qualquer partida mais, enquanto que o Taguatinga ainda reclamava os dois pontos do jogo que não disputou contra o Grêmio, que também estava na mesma situação do Canarinho.
A Federação Metropolitana de Futebol fez uma consulta à CBD para saber como proceder nesta questão. Se o Taguatinga ganhasse os dois pontos que não jogou contra o Grêmio, ficaria com o título do segundo turno.
Posteriormente, com a licença de Canarinho e Grêmio confirmadas, o Taguatinga foi apontado como campeão do 2º turno, se qualificando para disputar o título com o Gama, vencedor do 1º.
No dia 26 de março de 1978, o Gama venceu o Taguatinga, por 2 x 0 e sagrou-se campeão do Torneio Incentivo de 1977. No banco de reservas do Taguatinga, como seu treinador, estava João da Silva.
De nada adiantou tudo isso, pois, dias depois, o presidente da CBD, Heleno Nunes, afirmava taxativamente não haver a menor possibilidade de colocar mais um representante do DF no Campeonato Brasileiro, pois o número de 72 participantes já estava definido e em hipótese alguma seria majorado (o que não foi verdade, pois esse número foi aumentado para 74). 


terça-feira, 24 de maio de 2022

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Jânio



Meia-esquerda, canhoto, de bons lançamentos, batia bem para o gol e possuía uma boa visão de jogo. Essas eram as características de Jânio Pinto, ou simplesmente Jânio, que nasceu em Volta Redonda (RJ), no dia 16 de junho de 1959.
Veio para Brasília com apenas um ano de idade.
Começou sua carreira de jogador de futebol nos juvenis do Brasília, com o técnico Ercy Rosa.
Recém-fundado, o Corinthians, do Guará, estava montando uma forte equipe para disputar as competições oficiais da Federação Metropolitana de Futebol. O técnico era Joaquim Cristiano Araújo Neto, o Bugue, que o viu atuando e solicitou a sua contratação.
Sua primeira competição no novo time foi o Torneio Incentivo de 1978, quando o Corinthians chegou em terceiro lugar. Logo depois, o Corinthians daria lugar ao Guará.
Neste mesmo ano, o Vasco da Gama o levou para testes em sua equipe de juvenis. Ficou cinco meses no Rio de Janeiro. O clube carioca até pensou em ficar com ele, mas o Guará pediu muito dinheiro pelo seu passe e a transação não foi concretizada.
Com o Guará, no período de 4 de março a 8 de abril de 1979, sagrou-se campeão do Torneio Seletivo, realizado com a finalidade de escolher o clube que ocuparia uma vaga no Campeonato Brasileiro reservada para o Distrito Federal (as outras eram do Brasília e do Gama).
O Campeonato Brasileiro de 1979 teve o absurdo número de 96 participantes, 22 a mais do que a edição anterior.
A primeira fase foi disputada por oitenta equipes, divididas em oito grupos de dez cada. Os três clubes de Brasília integraram o Grupo C. Somente o Gama, primeiro colocado do grupo, alcançou classificação para a Segunda Fase. O Brasília foi o 9º e o Guará o 10º e último colocado do grupo.
No final de 1979, Jânio defendeu o Distrito Federal no II Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-20.
A Seleção Brasileira se preparava para disputar o Campeonato Mundial Sub-20 na Austrália e realizou diversos amistosos no Brasil. Um deles foi contra o Guará, de Jânio, no dia 7 de setembro de 1981, no Estádio do CAVE, no Guará. O resultado final apontou Guará 3 x 1 Seleção Brasileira de Juniors.
Foi vice-campeão brasiliense de 1981, com o Guará perdendo a final para o Taguatinga, em 15 de novembro de 1981, por 1 x 0.
Em 1982, o Taguatinga pagou três milhões de cruzeiros pelo seu passe, a maior transação do futebol brasiliense até então.
Ficou três anos no Taguatinga. Logo depois, teve uma rápida passagem pelo São Bento, de Sorocaba, onde disputou apenas cinco jogos pelo Campeonato Paulista de 1984, o primeiro deles em 16 de setembro, com derrota de 2 x 1 para o Taubaté. Sua última participação aconteceu em 24 de outubro, no jogo Santos 2 x 1 São Bento. Não marcou gols em sua passagem pelo São Bento.
Em 1985 disputou o Campeonato Paulista pelo Noroeste, passou pelo Londrina, do Paraná, e retornou ao Gama.
No ano seguinte, 1986, defendeu o Tiradentes.
Neste mesmo ano de 1986, transferiu-se para o Equador, contratado para defender o América, de Quito. Logo,
passou para a Liga Deportiva Universitária – LDU, onde foi artilheiro do campeonato nacional de 1988, com 18 gols.
No ano seguinte, foi para o Barcelona, de Guayaquil, sagrando-se campeão equatoriano e artilheiro da equipe, com 14 gols.
O último time em que jogou no Equador foi o Delfín, de Manta, Equador.
Em 1990 se transferiu para o futebol da Bélgica e, no ano seguinte foi acometido de uma pubalgia, lesão essa pouco conhecida na época. Foi tratado pelo Dr. Mark Marteens e ficou curado sem ter que se submeter a uma cirurgia.
Em 1992 retornou ao Brasil, mais precisamente à Brasília, para jogar no Guará, onde disputou o campeonato brasiliense daquele ano e o de 1993. Ainda neste ano, disputou alguns jogos pelo Itumbiara, de Goiás.
Foram suas últimas participações como jogador.
Sua carreira de treinador começou em 1995, no Brasil. Foi técnico do Comercial, de Planaltina, no campeonato brasiliense de 1996.
Esteve à frente do Bandeirante e em 1999 dirigiu os juniors do Guará.
Passou a ser o treinador do Guará no campeonato brasiliense de 2000. Quando foi substituído por Mozair Barbosa, resolveu voltar ao futebol equatoriano.
Desde então, treina times no Equador. Logo que chegou, comandou as equipes do Panamá, Juvenil de Quinindé e Milagro Sporting.
Porém, seu maior feito ocorreu quando resolveu aceitar o convite para assumir o modesto Deportivo Azogues, criado em maio de 2005. A cidade de Azogues (a 405 km de Quito) queria ter um time de futebol profissional. Jânio foi chamado. Não havia nenhum jogador contratado. Jânio levou 14 atletas de Guayaquil e fez teste com vários outros para montar o plantel. O trabalho deu tão certo que o técnico brasileiro conseguiu levar o clube à elite nacional em apenas 12 meses. Ganhou a terceira divisão no segundo semestre de 2005 e a segunda divisão na metade de 2006. Com a campanha histórica, virou um herói na cidade.
No futebol, contudo, gratidão não segura ninguém no cargo. Ao chegar à elite, no Torneo Clausura, que começou em julho de 2007, a equipe fez água. No início de setembro, a equipe estava muito mal colocada e o brasileiro acabou demitido. De acordo com a imprensa local, os dirigentes alegaram que o treinador levava a campo uma formação ofensiva demais e, por isso, perdia muitas partidas: foram duas vitórias, dois empates e seis derrotas.
Jânio mal teve o dissabor do desemprego. Dias depois, era anunciado como comandante do Macará. Esteve à frente da equipe em duas vitórias, um empate e quatro derrotas, resultados suficientes para evitar o rebaixamento. Encerrada a competição, no entanto, ele se viu novamente sem trabalho. Não ficou por uma questão financeira: ele fez uma proposta e o clube fez outra.
Depois do Macará, foi treinador da Liga de Portoviejo e do Municipal Cañar.
Em 2009 levou o Independiente José Terán à primeira divisão.
No ano de 2010, Jânio esteve à frente das equipes do Deportivo Independiente Del Valle, Sociedad Deportiva Aucas, da Segunda Divisão, e voltou a treinar o Macará.
Em 2011 foi treinador do Imbabura Sporting Club.



domingo, 22 de maio de 2022

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Xisté



Wilson Roberto Baialuna, o Xisté, nasceu em Jundiaí (SP), no dia 16 de julho de 1950. E foi lá mesmo em Jundiaí onde ele apareceu para o futebol.

Em 1970, Xisté integrou uma seleção amadora de Jundiaí que enfrentou o Paulista em amistoso local. A partida terminou empatada sem gols, mas o Paulista resolveu chamar dois jogadores do time adversário para testes: Formiga e Serginho Chagas foram os indicados pelo técnico Wanderley Poleto. Como Formiga não foi, Xisté acabou sendo aprovado e assinou um contrato de 10 meses. Passados os 10 meses de contrato, Xisté foi negociado com o Palmeiras, de São Paulo (SP). Ficou no Palmeiras em 1971 e 1972, atuando poucas vezes (apenas nove jogos - 8 vitórias e 1 empate) e marcou um único gol, no dia 19 de dezembro de 1971, na vitória de 3 x 0 sobre o Marília. Em 1972, Xisté trocou o alviverde paulista pelo Pinheiros, do Paraná. Em 1973, Xisté foi emprestado ao América, de São José do Rio Preto (SP) e lá, ajudou o clube a conquistar a Taça dos Invictos, um grande feito para uma equipe do interior, e a ficar em 7º lugar na classificação final, à frente do São Paulo. Após boa passagem pelo time de São José do Rio Preto, Xisté se transferiu para o Ceub, de Brasília. Nesta época, o futebol de Brasília era amador. O único clube profissional era o Ceub e por isso mesmo foi convidado para disputar o Campeonato Brasileiro nos anos de 1973 a 1975. Xisté disputou os três campeonatos brasileiros pelo Ceub como titular absoluto do meio-de-campo. No de 1973, marcou três gols.

Em 1974, marcou dois gols muito importantes no Brasileiro daquele ano, um na vitória sobre o Fortaleza (13 de março) e o outro no empate de 1 x 1 com o São Paulo (29 de maio).

Participou da excursão que o Ceub fez ao interior de São Paulo no período de 16 de fevereiro a 2 de março de 1975.

Ajudou o Ceub a conquistar, em Goiânia, o Torneio Internacional “Osmar Cabral”, competição que ainda tomaram parte Goiânia, Atlético Goianiense e Nacional, de Montevidéu.

Antes de disputar mais um Brasileiro, fez parte da equipe do Ceub que excursionou ao exterior, onde o clube realizou um total de 16 jogos, obtendo 7 vitórias, 2 empates e 7 derrotas.

Foi convocado para defender a Seleção de Brasília no jogo contra a Seleção de Minas Gerais, no dia 13 de julho de 1975, no Mineirão. Resultado do jogo: 0 x 0.

No Brasileiro de 1975, marcou apenas um gol, no dia 21 de setembro, no empate de 2 x 2 com o Sergipe, em Aracaju.

Com o fim do Ceub, em 1976, passou a defender o ABC de Natal (RN), onde conquistou um campeonato estadual.

Logo depois foi negociado com o Atlético Goianiense, onde atuou por duas temporadas (1977/1978).

Com saudades da família, Xisté resolveu voltar a atuar no interior do estado de São Paulo. Passou pelo Fernandópolis (1978/1979), Taquaritinga (1980) e EC Campo Limpo (1981/1982), onde encerrou a carreira disputando o campeonato paulista da terceira divisão.

 

quinta-feira, 19 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: Mauro Naves


Todo mundo que acompanha futebol pela televisão já ouviu falar de Mauro Naves.
Mauro César Vieira Naves nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de junho de 1959.
Mudou-se com a família para Brasília, onde viveu por 17 anos. Na Capital Federal cursou Estatística, na Universidade de Brasília-UnB. Chegou a trabalhar com aplicações em mercado financeiro. Fez então curso de Comunicação, mas não chegou a trabalhar como jornalista.
Cinco anos depois disso, Mauro Naves fazia parte de um time de futebol, quando foi convidado por José Natal, chefe de reportagem da TV Globo de Brasília, para fazer um teste na emissora. Ele aceitou, fez e passou. Foi contratado para a Editoria Geral, em 1987. Fez algumas reportagens políticas, algumas matérias gerais, mas logo foi chamado para cobrir esportes, que era o que mais gostava. Dois anos depois, foi convidado a ir para São Paulo, para a equipe de Esportes.
Desde 1989, Mauro Naves acompanha as transmissões esportivas. Ele esteve presente em todas as finais de campeonato brasileiro. Também participou de vários Grandes Prêmios de Fórmula 1. Foi ele quem fez a última reportagem com Ayrton Senna, antes de sua morte.
Em 1993, Mauro Naves apresentou, pela TV Globo, o programa: "Pequenas Empresas, Grandes Negócios", mas logo voltou aos esportes. Além do Campeonato Brasileiro, ele acompanhou a Taça Libertadores da América, a Copa América, a Copa das Confederações e o Mundial Interclubes. Trabalha ao lado de Galvão Bueno, Tino Marcos, Paulo Roberto Falcão e Arnaldo César Coelho. Cobriu as Olimpíadas de Atlanta, a Copa do Mundo da França, em1998, a Copa do Mundo na Coréia e no Japão, em 2002, a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006 e a da África do Sul, em 2010.
Alguns vão perguntar: e o que isso tem a ver com um blog que fala da história do futebol de Brasília?
Acontece que esse mesmo Mauro Naves disputou o campeonato brasiliense de futebol (oficial, mas amador) em 1975, defendendo o Humaitá
No campeonato brasiliense de 1975, o Humaitá ficou em 7º lugar (oito clubes participaram) e, nos 14 jogos que disputou, ganhou apenas um.
O único gol marcado por Mauro Naves foi em 25 de outubro de 1975, no empate de 4 x 4 com o Campineira (que acabou vencendo o campeonato).

Obs.: depois de muitos anos trabalhando na Rede Globo, hoje em dia o Mauro Naves integra o quadro de jornalistas da ESPN Brasil.


quarta-feira, 18 de maio de 2022

OS CLUBES DO DF: Pioneira


O Pioneira Futebol Clube foi fundado em 18 de fevereiro de 1974, por servidores da Viação Pioneira e Viação Planeta Ltda., em sua sede social situada a QI 24, Lotes 1 a 27, Setor Norte de Taguatinga.
A diretoria executiva para o biênio 1974/1975 ficou assim constituída: Presidente: Yukyio Matsunaga, 1º Vice-Presidente: Saburo Matsunaga, 2º Vice-Presidente: Joaques Makoto Inoi, 1º Secretário: Evandro Alves da Silva, 2º Secretário: José Weliton Cortes Melo, 1º Tesoureiro: José Braga da Silva, 2º Tesoureiro: Jeová Dias Monteiro, Diretor Geral dos Esportes: José Macedo Figueiredo, Diretor Social e Relações Públicas: Francisco Martins Leite Cavalcante, Diretor de Promoções: Ailton Pereira de Almeida, Diretor Administrativo: Aquiochi Kawano, Diretor de Patrimônio: Shigueo Matsunaga, Departamento Médico: Masso Kuriki e Consultor Jurídico: Antônio Lopes Batista.
Nota: os irmãos Matsunaga, de origem japonesa, radicaram-se em Brasília no ano de 1957, antes mesmo dela ser inaugurada, para dedicar-se a agropecuária. Mais tarde, constituíram a Viação Pioneira (pertencente a empresa Irmãos Matsunaga Ltda.), responsável pelo transporte coletivo urbano.
Foram assim definidas as cores oficiais do Pioneira: amarela, verde e vermelho. O uniforme nº 1 do Pioneira era: camisa amarela, calção azul e meias verdes. Já o nº 2 tinha: camisa vermelha com faixa horizontal verde, calção branco e meias vermelhas.
No dia 10 de junho de 1974 aconteceu a Assembleia Geral Extraordinária da Federação Desportiva de Brasília que concedeu filiação ao Pioneira Futebol Clube.
Pouco mais de um mês depois, em 14 de julho de 1974, fez sua estréia em competições oficiais, ao participar do Torneio Início, realizado no Estádio Edson Arantes do Nascimento, o Pelezão. No primeiro jogo, venceu o Luziânia por 1 x 0 e, no penúltimo jogo, foi derrotado pelo Ceub, também por 1 x 0, não chegando à decisão.
Uma semana depois estreou no Campeonato Oficial de Brasília, ainda amador. Em 21 de julho de 1974, com gols de Peixoto e Borges, ganhou do Relações Exteriores, por 2 x 0. Terminou o primeiro turno desse campeonato na terceira colocação, atrás de Jaguar e Humaitá, com 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota.
Veio o segundo turno e a recuperação, ficando com a primeira colocação e habilitando-se para decidir o campeonato com o Jaguar, vencedor do primeiro.
Na decisão, não deu chances ao Jaguar, vencendo as duas partidas, no Pelezão. A primeira, em 1º de dezembro, 3 x 0, gols de Nemias, China e Vital. No segundo, no dia 8 de dezembro, nova vitória, por 2 x 0, com dois gols de Boy. Jogou a última partida com essa formação: Adriano, Aldair, Dão (Diogo), Ruy e Vaninho; Maurício e Nemias; Delfino, Vital (Déo), Boy e Piau. A campanha do campeão foi a seguinte: 12 jogos, 9 vitórias, 2 empates e 1 derrota; 18 gols a favor e 5 contra. Além do título de campeão, teve os artilheiros do campeonato, Nemias e Boy, ambos com 6 gols. O técnico foi Eurípedes Bueno de Morais.
Para manter o elenco em forma, nos meses de janeiro e fevereiro de 1975, realizou quatro amistosos, sendo três interestaduais: no dia 19 de janeiro, no Pelezão, venceu o G. E. Trindade (GO), por 2 x 0 (gols de Piau e Delfino); uma semana depois, 26 de janeiro, perdeu para o Ceub por 3 x 0; em 23 de fevereiro, no Pelezão, empatou de 0 x 0 com o Anápolis (GO) e, três dias depois, novamente no Pelezão, foi derrotado pelo Rio Branco, de Vitória, por 3 x 1.
Estes foram os quatro derradeiros jogos do Pioneira.
Já no mês de março de 1975 começaram a aparecer os primeiros boatos (logo confirmados) de que Brasília se preparava para receber outro clube profissional. O comércio da cidade-satélite de Taguatinga resolveu armar uma equipe para brigar com o Ceub. Assim, em 1º de julho de 1975, na sede da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga - ACIT, diretores da ACIT, a Administração Regional de Taguatinga e representantes da Viação Pioneira promoveram Assembleia Geral Extraordinária para a transformação do Pioneira Futebol Clube em clube profissional de futebol, a mudança do nome para Taguatinga Esporte Clube e a troca das cores do uniforme para azul e branca. Yukyio Matsunaga foi eleito Presidente de Honra do Taguatinga E. C.
No dia 12 de julho de 1975 aconteceu o primeiro amistoso do novo clube, vencendo a URT, de Patos de Minas (MG), por 2 x 0, no Pelezão.
O Taguatinga viria a ser campeão do DF nos anos de 1981, 1989, 1991 a 1993.



terça-feira, 17 de maio de 2022

OS CLUBES DO DF: Humaitá


O Humaitá Esporte Clube foi fundado em 2 de julho de 1968, no Guará. Suas cores oficiais eram a preta e a branca. Seu uniforme era composto por camisa branca com faixa transversal preta, calção branco e meias brancas (semelhante ao Vasco da Gama, do Rio de Janeiro).
Num esforço da família Carvalho, tradicional da cidade do Guará, sempre participou dos campeonatos regionais de futebol, tendo levantado os títulos de campeão do Torneio Imprensa de 1971, campeão da Taça Jarbas Passarinho em 1972 e campeão da Taça IV Aniversário do Guará em 1973.
Filiou-se à Federação Metropolitana de Futebol em 16 de agosto de 1973. Antes, no dia 1º de abril, participou do 1º Festival da Pelota (torneio de jogos com a duração de 60 minutos - 30 x 30 - e, no caso de empate, decisão através de pênaltis), juntamente com outras equipes amadoras de Brasília, terminando como vice-campeão. Na decisão, perdeu de 1 x 0 para o Atlético, de Brazlândia.
Sua estréia na competição oficial de 1973 aconteceu no dia 26 de agosto de 1973, no Estádio Pelezão. Com gols de Vavá e Moisés, contra um de João Dias, venceu o Carioca, por 2 x 1.
Oito clubes disputaram o campeonato de 1973 e o Humaitá ficou na sexta colocação. Nos 17 jogos que disputou, venceu 5, empatou 7 e perdeu 5. Marcou 27 gols e sofreu outros 27, ficando sem saldo de gols. Somou 17 pontos ganhos. O Ceub foi o campeão de 1973.
Defenderam o Humaitá em 1973, os seguintes jogadores:
Goleiro: Waldimar; Defensores: Nazo, Messias, Landulfo, Carlinhos, Itamar, Nenê, Ângelo e Emábio; Atacantes: Assis, Pedrinho, Lord, China, Gilmar, Moisés, Júlio, Vavá e Arleno. Técnico: Wilson Francisco.
Vavá e Moisés estiveram entre os principais artilheiros, marcando cada um 7 gols, ficando na terceira colocação.
No ano de 1974, tornou-se campeão do Torneio Início, evento realizado no dia 14 de julho de 1974, no Pelezão.
Para chegar ao título, venceu o Unidos de Sobradinho (3 x 0), o Jaguar (1 x 0) e, na decisão, goleou o Ceub (4 x 0), ficando com o título de campeão.
No campeonato brasiliense de 1974, disputado por sete equipes, ficou com a quarta colocação, após 10 jogos, onde venceu quatro, empatou dois e perdeu outros quatro.
Em 1975, participou da I Copa Arizona de Futebol Amador, competição promovida pelos cigarros Arizona e A Gazeta Esportiva e que reuniu 64 equipes amadoras de todo o Distrito Federal.
Nas semifinais, derrotou a Campineira, por 2 x 1, gols de Aderbal e Vavá.
Didi era o técnico do Humaitá.
Na final, em 25 de maio de 1975, foi derrotado pelo Unidos de Sobradinho (2 x 0). Jogaram a final pelo Humaitá Edmilson, Nazo, Aderbal, Emábio e Arimatéia; Júlio César, Jânio e Pedrinho; Lóide (Antônio), Elson, Argemiro e Moisés.
Logo depois, nos meses de julho e agosto, disputou o Torneio Quadrangular da F.M.F., em Brazlândia, juntamente com as equipes do A. A. Relações Exteriores, Canarinho e Guadalajara. Foi vice-campeão, atrás do Canarinho.
Também disputou o Torneio Incentivo, com jogos nas preliminares dos encontros do Ceub no Campeonato Brasileiro de 1975. Em três turnos, disputando contra o Brasília e o Campineira, ficou com a segunda colocação.
Já no campeonato brasiliense de 1975, ficou na penúltima colocação. Oito equipes disputaram a competição.
No ano de 1976, disputou o Torneio Imprensa, primeira competição oficial da nova fase do futebol do Distrito Federal, depois da implantação do profissionalismo. Seis equipes competiram e o Humaitá ficou em último.
Veio o fatídico campeonato brasiliense de 1976. Após diversos acontecimentos não muito claros até os dias de hoje, que culminaram com a extinção do Ceub e a perda da vaga de Brasília no Campeonato Brasileiro daquele ano, o Humaitá foi proclamado campeão do 1º turno (antes vencido pelo Ceub e revertido em favor do Humaitá após o abandono do clube acadêmico). Antes do final do campeonato, mudou seu nome para Guará Esporte Clube em Assembléia Geral realizada em 27 de julho de 1976. Já com esse nome, perdeu a decisão do campeonato para o Brasília no dia 16 de outubro de 1976, por 3 x 0. Defenderam o Guará nesse jogo: Bonomo (Batista), Aderbal (Pedrinho II), Zé Mauro, Ivair e Pedrinho I; Heitor, Renildo e Zequinha; China, Redi e Palito. Técnico: Luiz Alberto.


domingo, 15 de maio de 2022

OS CLUBES DO DF: Relações Exteriores


A Associação Atlética Relações Exteriores foi fundada em Brasília (DF), no dia 4 de agosto de 1973, por funcionários do Ministério das Relações Exteriores.
A primeira diretoria foi escolhida nessa mesma data e ficou assim constituída: Presidente – Hermínio Affonso; Vice-Presidente Administrativo – Olavo Coelho Pinho; Vice-Presidente de Esportes – Hélio de Oliveira; Vice-Presidente Recreativo – José Antônio Diogo; 1º Secretário – Ângelo Vicente; 2º Secretário – Adilson Dantas da Silva; 1º Tesoureiro – Ênio Flores de Lyra; 2º Tesoureiro – Newton da Costa Ribeiro; Diretor Social – Hélio José Xavier; Diretor de Esportes – Zeferino Féo; Diretor de Patrimônio – Nilton Soares da Costa; Diretor de Relações Públicas – Carlos Alberto Lopes da Silva; Diretor Infanto-Juvenil – Rubens Álvares de Almeida; Diretor Médico – Nelson Miranda e Diretor Jurídico – Geraldo Affonso Muzzi.
A sede provisória do clube era a sala 13 do subsolo do prédio representativo do Ministério das Relações Exteriores.
As cores oficiais da nova agremiação passaram a ser a verde e a branca, tendo por escudo as iniciais AARE e como símbolo a configuração da pedra que fica em frente à sede do Ministério das Relações Exteriores.
O uniforme número um do Relações Exteriores era composto de camisas e calções brancos com detalhes em verde e os meiões verdes. O número dois tinha camisa verde com detalhes em branco, calções e meiões brancos.
No dia 16 de agosto de 1973 aconteceu a Assembléia Geral da Federação Desportiva de Brasília que aprovou a filiação de vários clubes, dentre eles a A. A. Relações Exteriores.

Poucos dias depois, já fazia sua estreia no campeonato brasiliense de futebol amador. No dia 25 de agosto de 1973, no Estádio Pelezão, perdeu para a A. A. Serviço Gráfico, por 2 x 0. Formou com
Tião, Valete (Paulo), Zé Mauro, Grossi e Robson; Edmilson, Palito e Arnaldo; Lula (Axel), Zequinha e Paulo César. Técnico: José Carlos D’Almeida.
A primeira vitória e o primeiro gol vieram aconteceram na segunda rodada, no dia 2 de setembro de 1973, ao bater o Jaguar, por 2 x 1. Zequinha foi o autor do primeiro gol da história do Relações Exteriores. Redi marcou o segundo.
Não teve um bom desempenho no 1º turno, ficando com a sétima colocação entre os dez participantes. Nos nove jogos que disputou, venceu quatro e perdeu cinco. Marcou onze gols e sofreu treze.
Veio o segundo turno (sem a presença do Serviço Gráfico) e demonstrou um poder de recuperação impressionante, permanecendo invicto nessa fase, ao vencer sete jogos e empatar um. Foram dezessete gols a favor e apenas quatro contra. Ficou um ponto a frente do Ceub, vencedor do 1º turno.
Com isso, conforme previsto no regulamento da competição, Relações Exteriores e Ceub decidiriam, em melhor-de-três o campeonato brasiliense de 1973.
Nos dois primeiros jogos, realizados nos dias 10 e 17 de fevereiro de 1974, aconteceu empate em 1 x 1.
No terceiro e decisivo jogo, perdeu a chance de conquistar o título em seu primeiro ano de existência, ao ser derrotado por 1 x 0, no dia 19 de fevereiro de 1974, no Estádio Pelezão. Neste jogo formou com
Wilsinho, Paulo, Rodolfo, Zé Mauro e Grossi; Edmilson, Arnaldo e Zequinha; Bispo, Lula e Redi.
Sua campanha no campeonato de 1973 foi: 20 jogos, 11 vitórias, 3 empates e 6 derrotas. Assinalou 30 gols e sofreu 20. Totalizou 25 pontos.
Seu centro-avante Humberto foi o artilheiro da competição, com 12 gols.
Alguns jogadores que defenderam o Relações Exteriores em 1973:
Goleiros - Wilsinho, Tião e Daniel; Defensores - Valete, Catuca, Paulo, Grossi, Reginaldo, Zé Mauro, Rodolfo, Edmilson, Chico, Robson e Sirlei; Atacantes - Lula, Alex, Palito, Bispo, Benê, Zequinha, Humberto, Arnaldo, Renato, Paulo César e Redi. O técnico era José Carlos D’Almeida, professor de Educação Física da Academia Nacional de Polícia. A média de idade dos jogadores era inferior aos 23 anos.
Quando a imprensa especializada apontou a Seleção do Ano de 1973, três jogadores do Relações Exteriores faziam parte dela: o goleiro Wilsinho, o zagueiro Grossi e o atacante Humberto.
Também no campeonato brasiliense de futebol de 1974 o Relações Exteriores fez um péssimo primeiro turno irregular. Entre sete equipes participantes, ficou na quinta colocação, isso porque dois clubes acabaram desistindo de continuar disputando o campeonato, empatando dois jogos e perdendo quatro, com direito a um grande vexame.
No dia 15 de setembro de 1974, no Estádio Pelezão, sofreu uma tremenda goleada diante do Unidos de Sobradinho, por 8 x 0. Detalhe: a
equipe do Relações Exteriores inicou a partida com apenas sete jogadores. A partida foi interrompida aos 38 minutos do 1º tempo, quando o atleta do Relações Exteriores, João Luiz, contundiu-se e o clube ficou com apenas seis atletas (número de jogadores insuficiente para uma equipe prosseguir o jogo). Posteriormente, com a desistência do Unidos de Sobradinho, o Relações Exteriores recuperou os pontos perdidos.
Esperava-se uma melhor campanha no segundo turno, tal qual acontecera em 1973. Mas isso não aconteceu! Perdeu os quatro jogos que disputou e, novamente, deu vexame no dia 17 de novembro de 1973, quando foi goleado pelo Ceub, por 4 x 0. A
equipe do Relações Exteriores iniciou a partida com apenas oito jogadores. O jogo foi encerrado aos 40 minutos do 1º tempo, logo depois da marcação do quarto gol, em razão da equipe do Relações Exteriores haver ficado reduzida a seis atletas.
Começou o ano de 1975 disputando um torneio quadrangular promovido pela Federação, juntamente com Canarinho, Guadalajara e Humaitá. Ficou na terceira colocação, após esses resultados: 0 x 3 Humaitá, 0 x 0 Canarinho e 6 x 3 Guadalajara.
No campeonato, disputado por um total de oito equipes, o Relações Exteriores teve o mérito de ser a equipe que mais somou pontos. Por um desses caprichos do regulamento, o campeonato foi dividido em dois turnos, quando foi segundo colocado em ambos: no primeiro, ficou atrás do CSU, e no segundo, do Campineira. Esses dois clubes decidiram o campeonato. O Relações Exteriores ficou com o terceiro lugar, com a seguinte campanha: 14 jogos, 9 vitórias, 3 empates e 2 derrotas; 29 gols a favor e 16 contra.
A Associação Atlética Relações Exteriores foi desativada em 1976, após reconhecer que não tinha estrutura para acompanhar a implantação definitiva do profissionalismo no futebol do Distrito Federal.



sábado, 14 de maio de 2022

OS CLUBES DO DF: Dom Bosco/Ceilândia

Em homenagem ao Ceilândia Esporte Clube, vamos contar um pouco da história da cidade e do clube que lhe deu origem.
Em 1969, com apenas 9 anos de fundação, Brasília já tinha mais de setenta mil favelados, que moravam em mais de quatorze mil barracos, para uma população de 500 mil habitantes em todo o Distrito Federal.
Naquele ano, foi realizado em Brasília um seminário sobre problemas sociais no DF. Reconhecendo a gravidade do problema das favelas e suas consequências, o governador Hélio Prates da Silveira ordenou ao seu Secretário de Serviços Sociais, Otomar Lopes Cardoso, a erradicação das favelas de Brasília.
Foi criado então um grupo de trabalho que mais tarde se transformou em Comissão de Erradicação de Favelas, ao mesmo tempo em que era lançada pela primeira dama, Vera de Almeida Silveira, a Campanha de Erradicação das Invasões (CEI).
Dois anos depois, já estavam demarcados 17.619 lotes de 205 metros quadrados numa área de 20 quilômetros quadrados, ampliada para 231,96 quilômetros quadrados em 1988, ao norte de Taguatinga, nas antigas terras da fazenda Guariroba, de Luziânia - GO. Para ali foram transferidos os moradores das invasões do IAPI, Vila Tenório, Esperança, Bernardo Sayão, Colombo, morros do Querosene e do Urubu, Curral das Éguas e placa das Mercedes, invasões com mais de 15 mil barracos e mais de 80 mil moradores.
A Novacap fez a demarcação em 97 dias, com início em 15 de outubro de 1970.
Em 27 de março de 1971, o governador Hélio Prates da Silveira lançava a pedra fundamental da nova cidade, no local onde hoje está a Caixa D’Água. Às 9 horas daquele sábado, tinha início também o processo de assentamento das 20 primeiras famílias da invasão do IAPI. O secretário Otomar Lopes Cardoso deu à localidade o nome de Ceilândia, inspirado na sigla CEI, com o sufixo “lândia”, de origem inglesa e que significa cidade, então na moda. Foi oficiado, à chegada das famílias ao assentamento, um culto ecumênico em ação de graças.
O clube que deu origem ao Ceilândia foi o Dom Bosco Esporte Clube, fundado em 1963 por Francisco da Silva, o "Seu Chicão", na Vila do IAPI.
A partir de 1975, o futebol do Distrito Federal começou a se profissionalizar. Surgiram Brasília e Gama. O Campineira foi a base do Sobradinho, o Pioneira deu origem ao Taguatinga, mas a Ceilândia continuava sem um representante nas competições oficiais do Distrito Federal.
Somente em 1977 surgiram as primeiras tentativas no sentido de profissionalizar o Dom Bosco.
Finalmente, em 27 de março de 1978, aconteceu a Assembleia que aprovou os estatutos do Dom Bosco, devidamente registrados em cartório. Até então o time existia apenas de fato. Waldir Papa da Fonseca foi o seu primeiro Presidente.
Nessa assembleia foram definidas as cores oficiais do Dom Bosco: preta e branca.
O uniforme oficial número 1 foi definido assim: camisa branca com escudo preto na frente e no centro, calção branco e meias brancas.
Por sugestão da Deputada Maria de Lourdes Abadia, sugeriu-se que o nome do time mudasse, guardando as cores preta e branca do Dom Bosco, mas trocando o escudo acima por uma imagem estilizada da caixa d’água da cidade.
Foi assim que, em 23 de agosto de 1979, o estatuto do time foi alterado mudando o nome de Dom Bosco Esporte Clube para Ceilândia Esporte Clube.
O primeiro jogo oficial do Ceilândia foi disputado contra o Brasília, no Serejão, em 18 de novembro de 1979. O Ceilândia perdeu por 2 x 1, mas Francisco Alves dos Santos, o Risadinha, aos 25 minutos do 2º tempo, fez o gol histórico: o primeiro gol do Ceilândia Esporte Clube.
Formou o Ceilândia com Edson, Renilton, Cidão, Luciano e Adilson; Jura, Paulinho e Chinésio; Mardônio, Risadinha e Zé Carlos. Técnico: João da Silva.



sexta-feira, 13 de maio de 2022

OS CLUBES DO DF: A. A. Guanabara

No ano de 1960, quando ocorreu a transferência de vários funcionários da Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro para Brasília, logo aconteceu uma mobilização com o objetivo de ser criado um clube esportivo que agregasse todo esse pessoal.
Surgiu, assim, o Clube Esportivo Câmara dos Deputados. Com esse nome, disputou, em 17 de julho de 1960, um amistoso contra o Grêmio. Foi derrotado por 4 x 2.
Esse mesmo clube passou a ser, a partir de 15 de agosto de 1960 (data oficial de sua fundação), a Associação Atlética Guanabara. Dentre seus fundadores estavam Mário Fonseca Saraiva, Lincoln de Sena Gonçalves, Sylvio Carlos Knapp Didier, Carlos Brasil de Araújo e Matheus Octávio Mandarino.
Como a maioria era torcedora do Clube de Regatas Flamengo, do Rio de Janeiro, suas cores oficiais passaram a ser vermelha e preta e seu uniforme era idêntico ao do rubro-negro carioca, ou seja, camisa com listras horizontais em vermelho e preto, calção branco e meias listradas em vermelho e preto.
Mário Fonseca Saraiva exercia funções de destaque na Câmara dos Deputados; velho militante do esporte, exerceu o cargo de Secretário da antiga CBD, mesmo depois de radicado em Brasília.
No dia 16 de agosto de 1960 aconteceu a Assembléia Geral que concedeu filiação a A. A. Guanabara.
No dia 21 de agosto de 1960 disputou seu primeiro jogo com o novo nome, um amistoso contra o Nacional, jogo cujo resultado final não conseguimos descobrir.
Uma semana depois, em 28 de agosto, realizou outro amistoso, também com o resultado desconhecido.
No dia 4 de setembro de 1960, aconteceu o Torneio Início, a primeira competição organizada pela nova entidade dirigente dos esportes em Brasília, a Federação Desportiva de Brasília. Solicitaram inscrição 16 clubes, dentre eles a A. A. Guanabara e os jogos foram realizados no Estádio Israel Pinheiro, do Guará.
Logo em sua primeira participação, uma surpresa: empate de 0 x 0 com o Defelê (que viria a ser tricampeão brasiliense de 1960 a 1962); na decisão por pênaltis, vitória do Guanabara por 3 x 2. No segundo jogo, vitória de 1 x 0 sobre o Expansão, gol de Walfredo. Na semifinal, foi derrotado pelo Planalto, por 1 x 0.
Em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer um torneio para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda.
Os 16 clubes foram divididos em 4 grupos. Os clubes com campos em condições de jogo foram cabeças-de-chave. 
O Guanabara integrou o Grupo C (com jogos no campo do Planalto), juntamente com Defelê, Pederneiras e Planalto.
Na primeira rodada do torneio classificatório, no dia 18 de setembro de 1960, o Guanabara foi goleado pelo Defelê, por 4 x 0.
Uma semana depois, em 25 de setembro, nova derrota por goleada, desta vez para o Pederneiras: 4 x 1. Brasil marcou o gol do Guanabara.
Curiosidade: Neiva, do Guanabara, foi expulso de campo; no entanto, o árbitro, João de Souza não conseguiu retirá-lo, ficando o jogador até o final da partida.
Na terceira e última rodada do torneio classificatório, em 9 de outubro, outra vez foi goleado por 4 x 1, diante do Planalto. 
Com isso, o Guanabara passou a fazer parte da Segunda Divisão.
O campeonato da Segunda Divisão foi disputado em turno único e contou com a participação de seis equipes: Associação Atlética Guanabara, Brasil Central Atlético Clube, Esporte Clube Industrial, Esporte Clube Real de Brasília, Sobradinho Esporte Clube e o Trópicos Atlético Clube.
O Guanabara ficou na terceira colocação, invicto, com a seguinte campanha: cinco jogos, duas vitórias e três empates; marcou dez gols e sofreu sete.
Em 1961 continuou na Segunda Divisão. No dia 9 de julho foi realizado o Torneio Início da Segunda Divisão (com quatro equipes) e o Guanabara conquistou seu primeiro troféu de campeão, ao derrotar o La Salle (2 x 0) e o Colombo, na final, por 3 x 1.
Estreou na Segunda Divisão no dia 6 de agosto de 1961, com uma goleada de 4 x 1 sobre o La Salle.
No dia 7 de setembro de 1961, disputou um amistoso com o Guará, com o placar de 0 x 0.
Vencedor do primeiro turno, decidiu o campeonato em uma “melhor-de-três” com o ganhador do segundo, o Colombo.
No primeiro jogo, em 12 de novembro de 1961, empate em 1 x 1, com Walfredo marcando para o Guanabara. Duas semanas depois, em 26 de novembro, novo empate, desta vez em 2 x 2, com gols de Walfredo e Barbosinha para o Guanabara.
Finalmente, no 3 de dezembro de 1961, no Estádio Israel Pinheiro, vitória do Guanabara sobre o Colombo, por 1 x 0, gol de Walfredo, resultado que lhe deu o título de campeão da Segunda Divisão e a ascensão para a principal divisão do campeonato brasiliense em 1962.
Uma das formações do Guanabara foi essa: Ivan Braga, Antônio Carlos Dias (Toninho) e Zenildo Vidal Santos; Pedro Gonçalves de Oliveira (Pedrinho), Antônio Lírio Farneze e Hélcio Rodrigues Dias; Nelício Rodrigues Dias, Hélio Melo Viana, Walfredo Vieira dos Santos, João Dutra Corrêa e Walter de Freitas Oliveira.
Em 1962, quando se reuniu a Seleção de Brasília para o amistoso contra o Vasco da Gama (em 21 de abril: 1 x 1), dois jogadores do Guanabara constavam da lista dos convocados: o goleiro Gonçalinho e o ponteiro-direito Nelício.
Nos dias 30 de maio e 3 de junho foi disputado o Torneio “Antônio Carlos Barbosa”, quadrangular promovido pelo Alvorada, reunindo, além desse clube, Presidência, Guanabara e Cruzeiro do Sul. No dia 30, foi derrotado pelo Presidência (3 x 1) e, no dia 3 de junho venceu o Alvorada (2 x 1).
Em 10 de junho aconteceu a primeira participação em uma competição da Primeira Divisão, o Torneio Início, no Estádio “Ciro Machado do Espírito Santo”. E, novamente, surpreendeu a todos ao conquistar o torneio, após o empate de 0 x 0 com o Nacional (nos pênaltis, vitória de 3 x 1), outro empate de 0 x 0, desta vez com o Rabello (nos pênaltis, nova vitória do Guanabara por 2 x 1, chegando, assim, à final contra o Alvorada. No tempo normal de jogo, empate em 2 x 2. Nos pênaltis, vitória do Guanabara por 6 x 5 e a conquista do título de campeão do Torneio Início.
O Guanabara formou com João I, Toninho e Isaías; João II, Raimundo (Da Silva) e Julinho (Aragão); Luisinho, Barbosinha, Walter (Bocaiúva), Gilberto e Joãozinho.
Logo depois, participou do Torneio da Prefeitura do Distrito Federal, Taça "Embaixador Sette Câmara", com início em 11 de março de 1962.
Seis clubes participaram e o Guanabara ficou com a quinta colocação.
Já o campeonato brasiliense da Primeira Divisão de 1962 teve a participação de dez clubes e foi dividido em duas zonas: o Guanabara ficou na Norte, juntamente com Nacional, Rabello, Defelê e Alvorada.
Classificavam-se os três primeiros colocados de cada zona para a Fase Final do campeonato. O Guanabara não obteve êxito: foram sete jogos, uma vitória, dois empates e quatro derrotas; marcou sete gols e sofreu doze. Na classificação geral, ficou com a oitava colocação.
Alguns jogadores que defenderam o Guanabara: Goleiro: Cláudio; Defensores: Toninho, Farneze, Zenildo, Agassis, Adilson, João e Julinho; Atacantes: Fuso, Régis, Francisco, Barbosa, Walfredo, Hélio, Eli e Walter.
Já o campeonato de aspirantes foi vencido pelo Guanabara, em decisão contra a A. E. Presidência.
O ano de 1963 não começou muito bem: no dia 7 de abril, foi derrotado no amistoso contra o Rabello: 3 x 0.
No Torneio Início, realizado em 12 de maio, no campo do Grêmio, Estádio “Vasco Viana de Andrade”, foi desclassificado logo em seu primeiro jogo: jogando contra o Defelê, após empate em 1 x 1, foi derrotado nos pênaltis.
E terminou mal o ano de 1963, após disputar o campeonato da Primeira Divisão. Entre nove clubes, ficou com a sexta colocação (16 jogos, 3 vitórias, 7 empates e 6 derrotas; 23 gols a favor e 33 contra).
Os jogadores que defenderam o clube foram: Goleiros: Divaldo, Braga e Diogo; Defensores: Zenildo, Toninho, Aldair, Farneze, Agassis, Jair e Isaías; Atacantes: Barbosinha, Eli, Lula, Chico, Walfredo, Hélio, Nilson e Válter. 
Em 25 de fevereiro de 1964 aconteceu a Assembléia Geral que aprovou a reforma nos estatutos da Federação. As categorias passaram a ser: Divisão de Futebol Profissional, Primeira Divisão de Futebol Amador, Segunda Divisão de Futebol Amador, Departamento Autônomo e Divisão de Juvenis.
O Guanabara preferiu continuar na categoria de amadores. 
No dia 10 de maio de 1964 disputou o Torneio Início da Primeira Divisão de Amadores, realizado no Estádio “Aristóteles Góes”. No primeiro jogo venceu o Pederneiras por 1 x 0 e, na decisão do torneio, empatou com o Dínamo em 0 x 0, perdendo o título na cobrança de pênaltis.
Sete clubes participaram da Primeira Divisão de Amadores de 1964: Guanabara, Cruzeiro do Sul, Nacional, Dínamo, Grêmio, Pederneiras e Vila Matias.
Após a realização de dois turnos, o Guanabara sagrou-se campeão, com a seguinte campanha: 12 jogos, 7 vitórias, 4 empates e uma derrota; assinalou 28 gols e sofreu 18.
Entre os artilheiros do campeonato, a primeira posição (junto com Zezito, do Nacional) pertenceu a Lula, do Guanabara, ambos com oito gols. O segundo artilheiro do campeonato também foi do Guanabara, Azulinho, com 6.
Atuaram pelo Guanabara: Goleiro: Diogo; Defensores: Santiago, Walmir, Nelson, Jair, Toninho, Ercy e Agassis; Atacantes: Azulinho, Nelício, Lula, Paulinho, Zezé, Chico e Nilson. Técnico: Adroaldo Lopes.
Esse título deu direito ao Guanabara de defender o futebol do Distrito Federal na Taça Brasil de 1965. Foram dois jogos contra o Atlético Goianiense.
O Guanabara foi aceito pela CBD para disputar a Taça Brasil daquele ano, desde que fosse satisfeita a exigência de “terreno gramado” e capacidade do estádio para o mínimo de dez mil assistentes.
No primeiro jogo, no dia 18 de julho, em Goiânia, derrota de 2 x 0. O Guanabara formou com João, Nair, Cauby, Pelé e Serginho; Moisés (Zé Raimundo) e Azulinho; Paulo Afonso, Lula, Nelício e Nilson.
Uma semana depois, 25 de julho, no Estádio Vasco Viana de Andrade, em Brasília (DF), foi goleado pelo rubro-negro goiano, por 4 x 2. Os gols do Guanabara foram marcados por Paulo Afonso e Nilson. O time foi quase o mesmo do primeiro jogo, com Paulinho no lugar de Nair e Walter revezando com Paulo Afonso na ponta-direita.
Veio o campeonato da Primeira Divisão de Amadores de 1965, com cinco participantes. O Guanabara ficou em segundo lugar, atrás do Pederneiras.
Utilizou esses jogadores: Goleiro: Raspinha; Defensores: Toninho, Zé Luís, Paulinho, Cauby, Nair, Serginho, Agassis e Carneiro; Atacantes: Paulo Afonso, Walter, Zé Raimundo, Lula, Nelício e Nilson.
Como consolo, foi o vencedor da Taça Eficiência de 1965.
A Primeira Divisão de Amadores de 1966 contou com cinco clubes participantes. Além do Guanabara, tomaram parte Cruzeiro do Sul, Nacional, Grêmio e Vila Matias.
O Guanabara voltou a ser campeão, após uma decisão com o Vila Matias. No dia 8 de outubro, empate em 1 x 1. Em 16 de outubro, novo empate em 1 x 1. Finalmente, no dia 23 de outubro, vitória do Guanabara por 2 x 1, sagrando-se campeão. Ely marcou os dois gols do Guanabara, que formou basicamente com Pena (Frajola), Agassis, Sabará, Francisco e Serginho (Manuel); Geraldo (Aragão) e Jair (Lelé); Nelício (Adilson), Lula (Xavier), Paulinho (Mazinho) e Ely (Walter).
Em 1967 só aconteceu a realização do campeonato brasiliense de profissionais e o Guanabara ficou todo esse tempo sem atividades.
Em 10 de maio de 1968, a Associação Atlética Guanabara decidiu não participar do campeonato de futebol amador. A justificativa era concentrar esforços no sentido de construir a sua praça de esportes. Isso nunca aconteceu. Não disputou nenhuma competição oficial neste ano e nos três próximos anos.
No dia 22 de junho de 1971 aconteceu a Assembléia Geral que aprovou a desfiliação da A. A. Guanabara.