terça-feira, 31 de maio de 2022

ARQUIVOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão – Amadores – 1965 – 1º turno

Obs.: neste ano, a Federação Desportiva de Brasília promoveu dois campeonatos, um de profissionais e o outro de amadores

 

PARTICIPANTES:

 

1. ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA GUANABARA

2. ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA CRUZEIRO DO SUL

3. GRÊMIO ESPORTIVO BRASILIENSE

4. PEDERNEIRAS ESPORTE CLUBE

5. VILA MATIAS ESPORTE CLUBE

 

1º TURNO

 

GUANABARA 1 x 1 CRUZEIRO

Data: 06.06.1965

Local: Aristóteles Góes

Árbitro: Nilzo de Sá

Gols: Paulo Afonso para o Guanabara e Walmir para o Cruzeiro do Sul

 

GRÊMIO 2 x 1 VILA MATIAS

Data: 06.06.1965

Local: Vasco Viana de Andrade

Árbitro: José Francisco de Souza

Gols: Edson Galdino e Crispim para o Grêmio e Magno para o Vila Matias

 

PEDERNEIRAS 4 x 0 CRUZEIRO

Data: 13.06.1965

Local: Vasco Viana de Andrade

Árbitro: João da Silva

Gols: Zeca (3) e Zezito

 

GUANABARA 3 x 1 VILA MATIAS

Data: 13.06.1965

Local: Aristóteles Góes

Árbitro: Amphilóphio Pereira da Silva

Renda: CR$ 168.000,00

Gols: Nelício, Cauby e Azulinho para o Guanabara e Jaime para o Vila Matias.

GUANABARA: Raspinha, Cauby, Neir, Toninho e Agassis; Carneiro e Azulinho; Paulo Afonso, Nelício, Lula e Nilson.

 

PEDERNEIRAS 2 x 2 GRÊMIO

Data: 20.06.1965

Local: Aristóteles Góes

Árbitro: Wilson Francini

Renda: CR$ 97.000,00

Gols: Zezito (2) para o Pederneiras e Francisco e Joãozinho para o Grêmio

PEDERNEIRAS: Chico, Tarcísio, Eufrásio, Logodô e Maracanã; Firmo e Cotia; Zeca, Zezito, Deca e Chichico.

GRÊMIO: Weldas, Paulinho, Benicassa, Evangelista e Chagas; Goiano e Walter; Joãozinho, Isaías, Francisco e Edson Galdino.

 

CRUZEIRO 0 x 2 VILA MATIAS

Data: 20.06.1965

Local: Vasco Viana de Andrade

Árbitro: Geraldo Delfino

Renda: CR$ 23.800,00

Gols: Macedinho (2)

 

GRÊMIO 1 x 2 GUANABARA

Data: 27.06.1965

Local: Vasco Viana de Andrade

Árbitro: Djalma Neves

Renda: Cr$ 40.000,00

Gols: Zé Raimundo, 28; Nelício, 53 e Isaías, 75

GRÊMIO: Weldas, Paulinho, Benicassa, Evangelista (Goiano) e Chagas; Walter e Bugue; Joãozinho, Crispim, Isaías e Edson Galdino.

GUANABARA: Raspinha, Zé Luís (Paulinho), Cauby, Serginho e Agassis; Zé Raimundo e Carneiro; Nelício, Lula, Paulo Afonso e Nilson.

 

PEDERNEIRAS 2 x 0 VILA MATIAS

Data: 30.06.1965

Local: Aristóteles Góes

Árbitro: Gésio Lopes da Silva

Gols: Zezito e Doca

 

GRÊMIO 3 x 0 CRUZEIRO

Data: 04.07.1965

Local: Vasco Viana de Andrade

Árbitro: Pedrelino Roque

Renda: Cr$ 36.000,00

Expulsões: Joãozinho, do Grêmio, e Luiz, do Cruzeiro

Gols: Isaías (2) e Paulinho

GRÊMIO: Weldas, Paulinho, Benicassa, Evangelista e Chagas; Walter e Bugue; Joãozinho, Crispim, Isaías e Edson Galdino.

CRUZEIRO: Assis, Hugo, Luiz, Leônidas e Arnaldo; Lory e Mosquito; Barbosinha, Saulzinho, Walmir e Gilberto.

 

PEDERNEIRAS 4 x 1 GUANABARA

Data: 04.07.1965

Local: Aristóteles Góes

Árbitro: Idélcio Gomes de Almeida

Renda: Cr$ 145.000,00

Gols: 1º tempo - Zezito e Maracanã para o Pederneiras; 2º tempo - Zezito e Zeca para o Pederneiras e Lula para o Guanabara.

PEDERNEIRAS: Chico, Tarcísio, Eufrásio, Logodô e Maracanã; Firmo e Saudio; Zeca, Índio, Zezito e Cotia.

GUANABARA: Raspinha, Cauby, Neir, Toninho e Serginho; Waldemar e Walter (Paulinho); Nelício, Lula, Paulo Afonso e Nilson.



domingo, 29 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: dois jogos encerrados antes do fim, no mesmo dia, pelo mesmo árbitro!


Em todos esses anos pesquisando o futebol, lendo jornais, revistas e livros, consultando as mais diversas fontes de pesquisa, escutando as mais curiosas histórias de boleiros, não tivemos conhecimento de um fato semelhante ao que vamos narrar a seguir: no mesmo dia, um árbitro (Elísio Ramos) encerrou dois jogos antes do seu final.  

Preparando-se para o Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, vários times de Brasília realizavam amistosos.
No dia 5 de abril de 1970 aconteceram dois amistosos no Estádio Vasco Viana de Andrade, hoje mais conhecido por Metropolitana, no Núcleo Bandeirante.
Pela manhã, jogaram Piloto e Carioca.
Com gols de Sabino (8 e 40), Paulinho (57) e Lula (65 e 70), o Piloto chegou facilmente ao marcador de 5 x 0. Logo depois do quinto gol, o árbitro Elísio Ramos foi obrigado a encerrar o jogo.
Antes, ele havia expulsado os jogadores Medeiros, Iran e Harley, todos do Carioca, por jogo violento, enquanto Celso e Cléber, da mesma equipe, talvez insatisfeitos com a atuação de Elísio Ramos, deixaram o campo sem dar satisfação ao árbitro, tornando obrigatório o encerramento do jogo.
As equipes atuaram assim:
Piloto: Tião (Barbosa), Alemão, César (Moisés), Luiz e Toinho; Ronaldo (Quincas) e Luizinho; Sabino, Lula (Zé Grillo), Paulinho e Nenê (Boraes).
Carioca: Batista, Nelson, Cléber, Cosan (Iran) e Faixinha; Lúcio (Braz) e Bacalhau; Celso, Harley, Medeiros e Osmar.

Na parte da tarde, por coincidência, Elísio Ramos foi destacado para ser o árbitro de outro jogo no mesmo estádio da Metropolitana, entre Grêmio e CSU.
Ademir, aos 16, Manoelzinho, aos 21 e Zé Carlos, aos 43, no 1º tempo, e Luiz Carlos, aos 13 do 2º, haviam marcado os gols do empate em 2 x 2.
Elísio Ramos expulsou os jogadores Jorge e Zé Carlos, ambos do Grêmio e, logo depois, alegando falta de garantias, deu por encerrado o jogo aos 25 minutos do 2º tempo.
O Grêmio atuava com Kill, Rodolfo, Grossi, Paulinho e Tadeu (Hélio); Orlando (Teixeira) e Pedrinho (Zoca); Jorge, Ademir (Santos), Zé Carlos e Sérgio Augusto (Roberto).
O CSU formou com Zé Walter, Zequinha, Eufrásio, Carlinhos e Didi; César (Farneze) e Julinho; Luiz Carlos, Manoelzinho, Walmir e Chicão.



sábado, 28 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: 30 gols sofridos em 3 jogos


No Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 1961, o “saco de pancadas” do Sobradinho (que nada tem a ver com o Sobradinho de hoje, fundado em 1975) conseguiu a proeza de sofrer três grandes goleadas numa única competição.

Na primeira delas, em 23 de julho de 1961, no Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, foi goleado pelo Alvorada, pelo marcador de 9 x 1. Élcio (2), Jason (2), Mexicano (2), Moacir, Nelson e Chico marcaram para o Alvorada e Ceará fez o gol de honra do Sobradinho. O árbitro foi Antônio Alves Mattos.

Uma semana depois, novo vexame do Sobradinho. No dia 30 de julho de 1961, no Estádio Paulo Linhares, sob arbitragem de Jorge Cardoso, o Sobradinho sofreu a astronômica goleada de 12 x 0 perante o Rabello. Nilo marcou cinco gols, Arnaldo três, Carioca dois e Joãozinho e Roberto, um cada. Esta é a maior goleada já registrada na Primeira Divisão do campeonato brasiliense de futebol em todos os tempos.

Duas semanas depois, outra grande goleada foi aplicada ao Sobradinho. No dia 13 de agosto de 1961, no Estádio Duílio Costa, o Planalto também não teve dó do Sobradinho, vencendo-o por 9 x 1, com gols de Brasil (5), Lima (2) e Azulinho (2), contra um de Valmir. Moacir Siqueira foi o árbitro do jogo.

Logo após esses vexames, o Sobradinho solicitou à Federação Desportiva de Brasília para não mais disputar os jogos restantes, em virtude da crise financeira que atravessava.

 

 

sexta-feira, 27 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: um jogo sem público!


O jogo era válido pela segunda semifinal do torneio de consolação do segundo turno do Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 2012, a Taça “Sócrates”, uma competição dedicada aos terceiros e quartos colocados de cada grupo.
No dia 3 de maio de 2012 o Atlético Ceilandense receberia, no Serejão, o Luziânia.
Dentro de campo, nada de anormal: mesmo com um time formado por reservas, o Luziânia venceu o Atlético Ceilandense, por 3 x 1. O inusitado do jogo aconteceria fora do gramado, mais precisamente nas arquibancadas. A elas não compareceu um só torcedor para conferir o jogo. Isso mesmo! Não tivemos pagantes no jogo.
Pôde ser conferido no borderô disponível no site da Federação Brasiliense de Futebol que esse jogo deu o prejuízo de R$ 1.500,00, equivalente a despesa “Remuneração da Arbitragem e dos Auxiliares”.
A súmula desse jogo foi a seguinte:

ATLÉTICO CEILANDENSE 1 x 3 LUZIÂNIA
Data: 03.05.2012
Local: Abadião
Árbitro: Jucilê Pires
Renda: R$ 0,00
Público: 0 pagante
Gols: Esquerdinha, 46; Romarinho, 80; Leto, 84 e Jânio, 88
ATLÉTICO CEILANDENSE: Rogério, Wanderson, Adriano Cacareco, Maike e Vavá (Léo Gabiru); Bétson, Jefferson, Diego e Leto; Kako (Vinícius) e André Brito (Lesson). Técnico: Marcos Sena.
LUZIÂNIA: Juninho, Betinho (Romarinho), Rafael, Luizão e Niedson; Douglas, Iron, Rodrigo e Allan; Esquerdinha e Pedro Roriz (Pedro Henrique) (Jânio). Técnico: João Carlos Cavalo.



quinta-feira, 26 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: Seleções Exóticas


Viu-se de tudo um pouco no Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 2017.

Entre os jogadores que o disputaram, poderíamos formar uma seleção com:

Dida (Luziânia)

Rafinha (Ceilândia), Dedé (Santa Maria), Perivaldo (Luziânia) e Kabrine (Ceilândia)

Braittini (Brasília) e Michel Platini (Ceilândia);

Robinho (Luziânia), Ballotelli (C. A. Taguatinga), Romário (Santa Maria) e Quarentinha (C. A. Taguatinga).

Se ocultássemos os nomes dos clubes e lembrássemos de cada um deles nas grandes equipes que defenderam, certamente teríamos uma seleção muito forte.

Por outro lado, também poderíamos formar uma seleção com os “desconhecidos”:

Edmar Sucuri (Brasiliense)

Zumba (Paranoá), Danilo Cocada (Bosque Formosa), Sadan (Brasília) e Ratinho (Bosque Formosa)

Acerola (Brasiliense) e Gordo (Gama)

Feijão (Santa Maria), Cabecinha (Paracatu), Chulapa (Santa Maria) e Potita (Gama).

 

Qual dessas duas tem a melhor formação. Façam suas apostas!!!

 

quarta-feira, 25 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: um Treinador em dois times diferentes no mesmo dia


Uma briga política pela segunda vaga do DF no Campeonato Brasileiro de 1978 (a primeira era do Brasília), envolvendo Gama e Taguatinga, quase provocou um fato inédito no futebol, ou seja, um técnico dirigindo dois times diferentes no mesmo dia.
Tudo começou em 2 de fevereiro de 1978, quando reunida a Assembleia Geral de Clubes da Federação Metropolitana de Futebol, esta decidiu licenciar o Canarinho Esporte Clube e o Grêmio Esportivo Brasiliense, ambos pelo período de um ano.
Graças aos apelos do presidente do Taguatinga, Justo Magalhães, o Canarinho escapou de ser desfiliado. Justo Magalhães pediu a presidência da Federação Metropolitana de Futebol e aos demais representantes que dessem um voto de confiança ao Canarinho e não tomassem medidas radicais. Foi feita uma ponderação e a Assembleia achou por bem convocar o presidente do Canarinho, Antônio Ferreira, para que esse fizesse os devidos esclarecimentos. Ao tomar conhecimento de que não poderia afastar-se por completo da FMF, sob pena de o clube ser desfiliado, o dirigente do Canarinho salientou que o clube disputaria as categorias denominadas inferiores.
Por outro lado, o presidente do Gama, Márcio Tannus, foi o único representante a dar um parecer contra a licença do Grêmio, afirmando que era radicalmente contra pedidos de licenciamento e retorno de filiados, dizendo que os clubes deveriam permanecer em completa atividade ou solicitar extinção.
Aproveitando-se da licença do Canarinho, o Taguatinga contratou sete dos seus jogadores e mais o treinador João da Silva, dando, de imediato, entrada nos contratos junto a CBD.
Acontece que o Canarinho ainda tinha uma partida a fazer pelo Torneio Incentivo de 1977, iniciado em outubro de 1977 e que passou para o ano de 1978. Paralisado em dezembro de 1977, seus jogos retornaram no final de janeiro de 1978.
Faltava ao Canarinho justamente um jogo diante do Gama, vencedor do 1º turno, e que, caso o Canarinho fosse vencedor, ajudaria o Taguatinga, que estava na luta pelo returno.
No dia 19 de fevereiro de 1978, estava marcada a rodada dupla Gama x Canarinho e Grêmio x Taguatinga, no Estádio Bezerrão, do Gama.
O jogo Gama x Canarinho foi disputado na parte da manhã. Para surpresa de todos, o Canarinho venceu o Gama por 2 x 0.
Um dos fatos mais comentados durante esse jogo foi a atuação de João da Silva, das arquibancadas, gritando e passando instruções ao preparador físico do Taguatinga, Aparecido, que trabalhava como “treinador formal” do Canarinho.
Na parte da tarde, deveriam jogar Grêmio x Taguatinga. Os times chegaram a entrar em campo. Como técnico do Taguatinga, à beira do gramado, estava o mesmo João da Silva. Foi aí que o árbitro Carlos Alberto Hagstrong, alegando que a marcação ruim do campo não permitia a realização do jogo, suspendeu a partida, deixando os dirigentes do Gama muito irritados.
O Gama recorreu para tentar recuperar os pontos perdidos para o Canarinho, alegando que os jogadores do Canarinho já estariam com rescisão de contrato com o ex-clube. Não ganhou a causa.
Inclusive surgiram comentários da parte dos dirigentes do Gama que “não adiantava a união de esforços entre Taguatinga e Canarinho para impedir que o Gama ganhasse o título e, consequentemente, a segunda vaga no Campeonato Brasileiro”.
Poucos dias depois, o presidente do Taguatinga, Justo Magalhães, foi mais vivo que toda a diretoria do Gama e em uma conversa de cerca de três horas com o presidente da CBD, Heleno Nunes, garantiu a segunda vaga do DF no Campeonato Brasileiro de 1979 para seu clube. Usou de todos os argumentos possíveis e disponíveis para convencer Heleno Nunes de que o futebol profissional do DF só conseguiria progredir se mais uma vaga fosse oferecida aos clubes brasilienses, alegando que o campeonato local teria mais motivação e todos os clubes cresceriam de nível técnico, compulsoriamente.
Na reunião em que a CBD decidiu que o número de participantes do Campeonato Brasileiro de 1978 ficaria em 72, Justo Magalhães conseguiu chegar à sala de reunião dos diretores da entidade com os presidentes de federações, afirmando que era o assessor técnico do presidente da FMF, Gerson Alves de Oliveira. Argumentou que convenceu André Richer para deixá-lo permanecer no recinto. Com isso, quando Goiás apresentou o pedido de aumento para quatro clubes, imediatamente a inscrição da segunda vaga brasiliense pôde ser feita.
Voltando ao torneio local, o Taguatinga venceu o Gama, por 1 x 0, já contando com João da Silva como seu treinador. O resultado inesperadamente colocou o Canarinho no páreo, mas sem time para disputar qualquer partida mais, enquanto que o Taguatinga ainda reclamava os dois pontos do jogo que não disputou contra o Grêmio, que também estava na mesma situação do Canarinho.
A Federação Metropolitana de Futebol fez uma consulta à CBD para saber como proceder nesta questão. Se o Taguatinga ganhasse os dois pontos que não jogou contra o Grêmio, ficaria com o título do segundo turno.
Posteriormente, com a licença de Canarinho e Grêmio confirmadas, o Taguatinga foi apontado como campeão do 2º turno, se qualificando para disputar o título com o Gama, vencedor do 1º.
No dia 26 de março de 1978, o Gama venceu o Taguatinga, por 2 x 0 e sagrou-se campeão do Torneio Incentivo de 1977. No banco de reservas do Taguatinga, como seu treinador, estava João da Silva.
De nada adiantou tudo isso, pois, dias depois, o presidente da CBD, Heleno Nunes, afirmava taxativamente não haver a menor possibilidade de colocar mais um representante do DF no Campeonato Brasileiro, pois o número de 72 participantes já estava definido e em hipótese alguma seria majorado (o que não foi verdade, pois esse número foi aumentado para 74). 


terça-feira, 24 de maio de 2022

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Jânio



Meia-esquerda, canhoto, de bons lançamentos, batia bem para o gol e possuía uma boa visão de jogo. Essas eram as características de Jânio Pinto, ou simplesmente Jânio, que nasceu em Volta Redonda (RJ), no dia 16 de junho de 1959.
Veio para Brasília com apenas um ano de idade.
Começou sua carreira de jogador de futebol nos juvenis do Brasília, com o técnico Ercy Rosa.
Recém-fundado, o Corinthians, do Guará, estava montando uma forte equipe para disputar as competições oficiais da Federação Metropolitana de Futebol. O técnico era Joaquim Cristiano Araújo Neto, o Bugue, que o viu atuando e solicitou a sua contratação.
Sua primeira competição no novo time foi o Torneio Incentivo de 1978, quando o Corinthians chegou em terceiro lugar. Logo depois, o Corinthians daria lugar ao Guará.
Neste mesmo ano, o Vasco da Gama o levou para testes em sua equipe de juvenis. Ficou cinco meses no Rio de Janeiro. O clube carioca até pensou em ficar com ele, mas o Guará pediu muito dinheiro pelo seu passe e a transação não foi concretizada.
Com o Guará, no período de 4 de março a 8 de abril de 1979, sagrou-se campeão do Torneio Seletivo, realizado com a finalidade de escolher o clube que ocuparia uma vaga no Campeonato Brasileiro reservada para o Distrito Federal (as outras eram do Brasília e do Gama).
O Campeonato Brasileiro de 1979 teve o absurdo número de 96 participantes, 22 a mais do que a edição anterior.
A primeira fase foi disputada por oitenta equipes, divididas em oito grupos de dez cada. Os três clubes de Brasília integraram o Grupo C. Somente o Gama, primeiro colocado do grupo, alcançou classificação para a Segunda Fase. O Brasília foi o 9º e o Guará o 10º e último colocado do grupo.
No final de 1979, Jânio defendeu o Distrito Federal no II Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-20.
A Seleção Brasileira se preparava para disputar o Campeonato Mundial Sub-20 na Austrália e realizou diversos amistosos no Brasil. Um deles foi contra o Guará, de Jânio, no dia 7 de setembro de 1981, no Estádio do CAVE, no Guará. O resultado final apontou Guará 3 x 1 Seleção Brasileira de Juniors.
Foi vice-campeão brasiliense de 1981, com o Guará perdendo a final para o Taguatinga, em 15 de novembro de 1981, por 1 x 0.
Em 1982, o Taguatinga pagou três milhões de cruzeiros pelo seu passe, a maior transação do futebol brasiliense até então.
Ficou três anos no Taguatinga. Logo depois, teve uma rápida passagem pelo São Bento, de Sorocaba, onde disputou apenas cinco jogos pelo Campeonato Paulista de 1984, o primeiro deles em 16 de setembro, com derrota de 2 x 1 para o Taubaté. Sua última participação aconteceu em 24 de outubro, no jogo Santos 2 x 1 São Bento. Não marcou gols em sua passagem pelo São Bento.
Em 1985 disputou o Campeonato Paulista pelo Noroeste, passou pelo Londrina, do Paraná, e retornou ao Gama.
No ano seguinte, 1986, defendeu o Tiradentes.
Neste mesmo ano de 1986, transferiu-se para o Equador, contratado para defender o América, de Quito. Logo,
passou para a Liga Deportiva Universitária – LDU, onde foi artilheiro do campeonato nacional de 1988, com 18 gols.
No ano seguinte, foi para o Barcelona, de Guayaquil, sagrando-se campeão equatoriano e artilheiro da equipe, com 14 gols.
O último time em que jogou no Equador foi o Delfín, de Manta, Equador.
Em 1990 se transferiu para o futebol da Bélgica e, no ano seguinte foi acometido de uma pubalgia, lesão essa pouco conhecida na época. Foi tratado pelo Dr. Mark Marteens e ficou curado sem ter que se submeter a uma cirurgia.
Em 1992 retornou ao Brasil, mais precisamente à Brasília, para jogar no Guará, onde disputou o campeonato brasiliense daquele ano e o de 1993. Ainda neste ano, disputou alguns jogos pelo Itumbiara, de Goiás.
Foram suas últimas participações como jogador.
Sua carreira de treinador começou em 1995, no Brasil. Foi técnico do Comercial, de Planaltina, no campeonato brasiliense de 1996.
Esteve à frente do Bandeirante e em 1999 dirigiu os juniors do Guará.
Passou a ser o treinador do Guará no campeonato brasiliense de 2000. Quando foi substituído por Mozair Barbosa, resolveu voltar ao futebol equatoriano.
Desde então, treina times no Equador. Logo que chegou, comandou as equipes do Panamá, Juvenil de Quinindé e Milagro Sporting.
Porém, seu maior feito ocorreu quando resolveu aceitar o convite para assumir o modesto Deportivo Azogues, criado em maio de 2005. A cidade de Azogues (a 405 km de Quito) queria ter um time de futebol profissional. Jânio foi chamado. Não havia nenhum jogador contratado. Jânio levou 14 atletas de Guayaquil e fez teste com vários outros para montar o plantel. O trabalho deu tão certo que o técnico brasileiro conseguiu levar o clube à elite nacional em apenas 12 meses. Ganhou a terceira divisão no segundo semestre de 2005 e a segunda divisão na metade de 2006. Com a campanha histórica, virou um herói na cidade.
No futebol, contudo, gratidão não segura ninguém no cargo. Ao chegar à elite, no Torneo Clausura, que começou em julho de 2007, a equipe fez água. No início de setembro, a equipe estava muito mal colocada e o brasileiro acabou demitido. De acordo com a imprensa local, os dirigentes alegaram que o treinador levava a campo uma formação ofensiva demais e, por isso, perdia muitas partidas: foram duas vitórias, dois empates e seis derrotas.
Jânio mal teve o dissabor do desemprego. Dias depois, era anunciado como comandante do Macará. Esteve à frente da equipe em duas vitórias, um empate e quatro derrotas, resultados suficientes para evitar o rebaixamento. Encerrada a competição, no entanto, ele se viu novamente sem trabalho. Não ficou por uma questão financeira: ele fez uma proposta e o clube fez outra.
Depois do Macará, foi treinador da Liga de Portoviejo e do Municipal Cañar.
Em 2009 levou o Independiente José Terán à primeira divisão.
No ano de 2010, Jânio esteve à frente das equipes do Deportivo Independiente Del Valle, Sociedad Deportiva Aucas, da Segunda Divisão, e voltou a treinar o Macará.
Em 2011 foi treinador do Imbabura Sporting Club.



domingo, 22 de maio de 2022

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Xisté



Wilson Roberto Baialuna, o Xisté, nasceu em Jundiaí (SP), no dia 16 de julho de 1950. E foi lá mesmo em Jundiaí onde ele apareceu para o futebol.

Em 1970, Xisté integrou uma seleção amadora de Jundiaí que enfrentou o Paulista em amistoso local. A partida terminou empatada sem gols, mas o Paulista resolveu chamar dois jogadores do time adversário para testes: Formiga e Serginho Chagas foram os indicados pelo técnico Wanderley Poleto. Como Formiga não foi, Xisté acabou sendo aprovado e assinou um contrato de 10 meses. Passados os 10 meses de contrato, Xisté foi negociado com o Palmeiras, de São Paulo (SP). Ficou no Palmeiras em 1971 e 1972, atuando poucas vezes (apenas nove jogos - 8 vitórias e 1 empate) e marcou um único gol, no dia 19 de dezembro de 1971, na vitória de 3 x 0 sobre o Marília. Em 1972, Xisté trocou o alviverde paulista pelo Pinheiros, do Paraná. Em 1973, Xisté foi emprestado ao América, de São José do Rio Preto (SP) e lá, ajudou o clube a conquistar a Taça dos Invictos, um grande feito para uma equipe do interior, e a ficar em 7º lugar na classificação final, à frente do São Paulo. Após boa passagem pelo time de São José do Rio Preto, Xisté se transferiu para o Ceub, de Brasília. Nesta época, o futebol de Brasília era amador. O único clube profissional era o Ceub e por isso mesmo foi convidado para disputar o Campeonato Brasileiro nos anos de 1973 a 1975. Xisté disputou os três campeonatos brasileiros pelo Ceub como titular absoluto do meio-de-campo. No de 1973, marcou três gols.

Em 1974, marcou dois gols muito importantes no Brasileiro daquele ano, um na vitória sobre o Fortaleza (13 de março) e o outro no empate de 1 x 1 com o São Paulo (29 de maio).

Participou da excursão que o Ceub fez ao interior de São Paulo no período de 16 de fevereiro a 2 de março de 1975.

Ajudou o Ceub a conquistar, em Goiânia, o Torneio Internacional “Osmar Cabral”, competição que ainda tomaram parte Goiânia, Atlético Goianiense e Nacional, de Montevidéu.

Antes de disputar mais um Brasileiro, fez parte da equipe do Ceub que excursionou ao exterior, onde o clube realizou um total de 16 jogos, obtendo 7 vitórias, 2 empates e 7 derrotas.

Foi convocado para defender a Seleção de Brasília no jogo contra a Seleção de Minas Gerais, no dia 13 de julho de 1975, no Mineirão. Resultado do jogo: 0 x 0.

No Brasileiro de 1975, marcou apenas um gol, no dia 21 de setembro, no empate de 2 x 2 com o Sergipe, em Aracaju.

Com o fim do Ceub, em 1976, passou a defender o ABC de Natal (RN), onde conquistou um campeonato estadual.

Logo depois foi negociado com o Atlético Goianiense, onde atuou por duas temporadas (1977/1978).

Com saudades da família, Xisté resolveu voltar a atuar no interior do estado de São Paulo. Passou pelo Fernandópolis (1978/1979), Taquaritinga (1980) e EC Campo Limpo (1981/1982), onde encerrou a carreira disputando o campeonato paulista da terceira divisão.

 

quinta-feira, 19 de maio de 2022

CURIOSIDADES DO FUTEBOL BRASILIENSE: Mauro Naves


Todo mundo que acompanha futebol pela televisão já ouviu falar de Mauro Naves.
Mauro César Vieira Naves nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de junho de 1959.
Mudou-se com a família para Brasília, onde viveu por 17 anos. Na Capital Federal cursou Estatística, na Universidade de Brasília-UnB. Chegou a trabalhar com aplicações em mercado financeiro. Fez então curso de Comunicação, mas não chegou a trabalhar como jornalista.
Cinco anos depois disso, Mauro Naves fazia parte de um time de futebol, quando foi convidado por José Natal, chefe de reportagem da TV Globo de Brasília, para fazer um teste na emissora. Ele aceitou, fez e passou. Foi contratado para a Editoria Geral, em 1987. Fez algumas reportagens políticas, algumas matérias gerais, mas logo foi chamado para cobrir esportes, que era o que mais gostava. Dois anos depois, foi convidado a ir para São Paulo, para a equipe de Esportes.
Desde 1989, Mauro Naves acompanha as transmissões esportivas. Ele esteve presente em todas as finais de campeonato brasileiro. Também participou de vários Grandes Prêmios de Fórmula 1. Foi ele quem fez a última reportagem com Ayrton Senna, antes de sua morte.
Em 1993, Mauro Naves apresentou, pela TV Globo, o programa: "Pequenas Empresas, Grandes Negócios", mas logo voltou aos esportes. Além do Campeonato Brasileiro, ele acompanhou a Taça Libertadores da América, a Copa América, a Copa das Confederações e o Mundial Interclubes. Trabalha ao lado de Galvão Bueno, Tino Marcos, Paulo Roberto Falcão e Arnaldo César Coelho. Cobriu as Olimpíadas de Atlanta, a Copa do Mundo da França, em1998, a Copa do Mundo na Coréia e no Japão, em 2002, a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006 e a da África do Sul, em 2010.
Alguns vão perguntar: e o que isso tem a ver com um blog que fala da história do futebol de Brasília?
Acontece que esse mesmo Mauro Naves disputou o campeonato brasiliense de futebol (oficial, mas amador) em 1975, defendendo o Humaitá
No campeonato brasiliense de 1975, o Humaitá ficou em 7º lugar (oito clubes participaram) e, nos 14 jogos que disputou, ganhou apenas um.
O único gol marcado por Mauro Naves foi em 25 de outubro de 1975, no empate de 4 x 4 com o Campineira (que acabou vencendo o campeonato).

Obs.: depois de muitos anos trabalhando na Rede Globo, hoje em dia o Mauro Naves integra o quadro de jornalistas da ESPN Brasil.


quarta-feira, 18 de maio de 2022

OS CLUBES DO DF: Pioneira


O Pioneira Futebol Clube foi fundado em 18 de fevereiro de 1974, por servidores da Viação Pioneira e Viação Planeta Ltda., em sua sede social situada a QI 24, Lotes 1 a 27, Setor Norte de Taguatinga.
A diretoria executiva para o biênio 1974/1975 ficou assim constituída: Presidente: Yukyio Matsunaga, 1º Vice-Presidente: Saburo Matsunaga, 2º Vice-Presidente: Joaques Makoto Inoi, 1º Secretário: Evandro Alves da Silva, 2º Secretário: José Weliton Cortes Melo, 1º Tesoureiro: José Braga da Silva, 2º Tesoureiro: Jeová Dias Monteiro, Diretor Geral dos Esportes: José Macedo Figueiredo, Diretor Social e Relações Públicas: Francisco Martins Leite Cavalcante, Diretor de Promoções: Ailton Pereira de Almeida, Diretor Administrativo: Aquiochi Kawano, Diretor de Patrimônio: Shigueo Matsunaga, Departamento Médico: Masso Kuriki e Consultor Jurídico: Antônio Lopes Batista.
Nota: os irmãos Matsunaga, de origem japonesa, radicaram-se em Brasília no ano de 1957, antes mesmo dela ser inaugurada, para dedicar-se a agropecuária. Mais tarde, constituíram a Viação Pioneira (pertencente a empresa Irmãos Matsunaga Ltda.), responsável pelo transporte coletivo urbano.
Foram assim definidas as cores oficiais do Pioneira: amarela, verde e vermelho. O uniforme nº 1 do Pioneira era: camisa amarela, calção azul e meias verdes. Já o nº 2 tinha: camisa vermelha com faixa horizontal verde, calção branco e meias vermelhas.
No dia 10 de junho de 1974 aconteceu a Assembleia Geral Extraordinária da Federação Desportiva de Brasília que concedeu filiação ao Pioneira Futebol Clube.
Pouco mais de um mês depois, em 14 de julho de 1974, fez sua estréia em competições oficiais, ao participar do Torneio Início, realizado no Estádio Edson Arantes do Nascimento, o Pelezão. No primeiro jogo, venceu o Luziânia por 1 x 0 e, no penúltimo jogo, foi derrotado pelo Ceub, também por 1 x 0, não chegando à decisão.
Uma semana depois estreou no Campeonato Oficial de Brasília, ainda amador. Em 21 de julho de 1974, com gols de Peixoto e Borges, ganhou do Relações Exteriores, por 2 x 0. Terminou o primeiro turno desse campeonato na terceira colocação, atrás de Jaguar e Humaitá, com 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota.
Veio o segundo turno e a recuperação, ficando com a primeira colocação e habilitando-se para decidir o campeonato com o Jaguar, vencedor do primeiro.
Na decisão, não deu chances ao Jaguar, vencendo as duas partidas, no Pelezão. A primeira, em 1º de dezembro, 3 x 0, gols de Nemias, China e Vital. No segundo, no dia 8 de dezembro, nova vitória, por 2 x 0, com dois gols de Boy. Jogou a última partida com essa formação: Adriano, Aldair, Dão (Diogo), Ruy e Vaninho; Maurício e Nemias; Delfino, Vital (Déo), Boy e Piau. A campanha do campeão foi a seguinte: 12 jogos, 9 vitórias, 2 empates e 1 derrota; 18 gols a favor e 5 contra. Além do título de campeão, teve os artilheiros do campeonato, Nemias e Boy, ambos com 6 gols. O técnico foi Eurípedes Bueno de Morais.
Para manter o elenco em forma, nos meses de janeiro e fevereiro de 1975, realizou quatro amistosos, sendo três interestaduais: no dia 19 de janeiro, no Pelezão, venceu o G. E. Trindade (GO), por 2 x 0 (gols de Piau e Delfino); uma semana depois, 26 de janeiro, perdeu para o Ceub por 3 x 0; em 23 de fevereiro, no Pelezão, empatou de 0 x 0 com o Anápolis (GO) e, três dias depois, novamente no Pelezão, foi derrotado pelo Rio Branco, de Vitória, por 3 x 1.
Estes foram os quatro derradeiros jogos do Pioneira.
Já no mês de março de 1975 começaram a aparecer os primeiros boatos (logo confirmados) de que Brasília se preparava para receber outro clube profissional. O comércio da cidade-satélite de Taguatinga resolveu armar uma equipe para brigar com o Ceub. Assim, em 1º de julho de 1975, na sede da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga - ACIT, diretores da ACIT, a Administração Regional de Taguatinga e representantes da Viação Pioneira promoveram Assembleia Geral Extraordinária para a transformação do Pioneira Futebol Clube em clube profissional de futebol, a mudança do nome para Taguatinga Esporte Clube e a troca das cores do uniforme para azul e branca. Yukyio Matsunaga foi eleito Presidente de Honra do Taguatinga E. C.
No dia 12 de julho de 1975 aconteceu o primeiro amistoso do novo clube, vencendo a URT, de Patos de Minas (MG), por 2 x 0, no Pelezão.
O Taguatinga viria a ser campeão do DF nos anos de 1981, 1989, 1991 a 1993.



sábado, 14 de maio de 2022

OS CLUBES DO DF: Dom Bosco/Ceilândia

Em homenagem ao Ceilândia Esporte Clube, vamos contar um pouco da história da cidade e do clube que lhe deu origem.
Em 1969, com apenas 9 anos de fundação, Brasília já tinha mais de setenta mil favelados, que moravam em mais de quatorze mil barracos, para uma população de 500 mil habitantes em todo o Distrito Federal.
Naquele ano, foi realizado em Brasília um seminário sobre problemas sociais no DF. Reconhecendo a gravidade do problema das favelas e suas consequências, o governador Hélio Prates da Silveira ordenou ao seu Secretário de Serviços Sociais, Otomar Lopes Cardoso, a erradicação das favelas de Brasília.
Foi criado então um grupo de trabalho que mais tarde se transformou em Comissão de Erradicação de Favelas, ao mesmo tempo em que era lançada pela primeira dama, Vera de Almeida Silveira, a Campanha de Erradicação das Invasões (CEI).
Dois anos depois, já estavam demarcados 17.619 lotes de 205 metros quadrados numa área de 20 quilômetros quadrados, ampliada para 231,96 quilômetros quadrados em 1988, ao norte de Taguatinga, nas antigas terras da fazenda Guariroba, de Luziânia - GO. Para ali foram transferidos os moradores das invasões do IAPI, Vila Tenório, Esperança, Bernardo Sayão, Colombo, morros do Querosene e do Urubu, Curral das Éguas e placa das Mercedes, invasões com mais de 15 mil barracos e mais de 80 mil moradores.
A Novacap fez a demarcação em 97 dias, com início em 15 de outubro de 1970.
Em 27 de março de 1971, o governador Hélio Prates da Silveira lançava a pedra fundamental da nova cidade, no local onde hoje está a Caixa D’Água. Às 9 horas daquele sábado, tinha início também o processo de assentamento das 20 primeiras famílias da invasão do IAPI. O secretário Otomar Lopes Cardoso deu à localidade o nome de Ceilândia, inspirado na sigla CEI, com o sufixo “lândia”, de origem inglesa e que significa cidade, então na moda. Foi oficiado, à chegada das famílias ao assentamento, um culto ecumênico em ação de graças.
O clube que deu origem ao Ceilândia foi o Dom Bosco Esporte Clube, fundado em 1963 por Francisco da Silva, o "Seu Chicão", na Vila do IAPI.
A partir de 1975, o futebol do Distrito Federal começou a se profissionalizar. Surgiram Brasília e Gama. O Campineira foi a base do Sobradinho, o Pioneira deu origem ao Taguatinga, mas a Ceilândia continuava sem um representante nas competições oficiais do Distrito Federal.
Somente em 1977 surgiram as primeiras tentativas no sentido de profissionalizar o Dom Bosco.
Finalmente, em 27 de março de 1978, aconteceu a Assembleia que aprovou os estatutos do Dom Bosco, devidamente registrados em cartório. Até então o time existia apenas de fato. Waldir Papa da Fonseca foi o seu primeiro Presidente.
Nessa assembleia foram definidas as cores oficiais do Dom Bosco: preta e branca.
O uniforme oficial número 1 foi definido assim: camisa branca com escudo preto na frente e no centro, calção branco e meias brancas.
Por sugestão da Deputada Maria de Lourdes Abadia, sugeriu-se que o nome do time mudasse, guardando as cores preta e branca do Dom Bosco, mas trocando o escudo acima por uma imagem estilizada da caixa d’água da cidade.

Foi assim que, em 23 de agosto de 1979, o estatuto do time foi alterado mudando o nome de Dom Bosco Esporte Clube para Ceilândia Esporte Clube.
O primeiro jogo oficial do Ceilândia foi disputado contra o Brasília, no Serejão, em 18 de novembro de 1979. O Ceilândia perdeu por 2 x 1, mas Francisco Alves dos Santos, o Risadinha, aos 25 minutos do 2º tempo, fez o gol histórico: o primeiro gol do Ceilândia Esporte Clube.
Formou o Ceilândia com Edson, Renilton, Cidão, Luciano e Adilson; Jura, Paulinho e Chinésio; Mardônio, Risadinha e Zé Carlos. Técnico: João da Silva.



quinta-feira, 12 de maio de 2022

ARQUIVOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Campeonato Brasiliense de Juvenis – 1978


PARTICIPANTES:

1.                  A. A. B. B.

2.                  BRASÍLIA

3.                  CORINTHIANS

4.                  DESPORTIVA BANDEIRANTE

5.                  GAMA

6.                  GRÊMIO

7.                  GUADALAJARA

8.                  GUARÁ

9.                  HUMAITÁ

10.              SOBRADINHO

11.              TAGUATINGA 

1º TURNO

17.06.1978

CORINTHIANS 1 x 0 GAMA

GUARÁ 3 x 2 TAGUATINGA

SOBRADINHO 2 x 1 HUMAITÁ

GRÊMIO 1 x 0 AABB

DESPORTIVA BANDEIRANTE 1 x 1 BRASÍLIA

 

23.06.1978

CORINTHIANS 0 x 0 GRÊMIO

BRASÍLIA 4 x 0 GUADALAJARA

SOBRADINHO 2 x 0 GAMA

TAGUATINGA 3 x 1 HUMAITÁ

AABB 2 x 0 DESPORTIVA BANDEIRANTE

 

01.07.1978

CORINTHIANS 1 x 1 AABB

GRÊMIO 4 x 1 HUMAITÁ

BRASÍLIA 0 x 0 SOBRADINHO

GUADALAJARA 1 x 1 TAGUATINGA

DESPORTIVA BANDEIRANTE 3 x 1 GUARÁ

 

09.07.1978

DESPORTIVA BANDEIRANTE 1 x 0 CORINTHIANS

TAGUATINGA 2 x 3 GAMA

AABB 8 x 0 GUADALAJARA

GRÊMIO 0 x 0 SOBRADINHO

HUMAITÁ 2 x 4 GUARÁ

 

15.07.1978

CORINTHIANS 1 x 1 SOBRADINHO

HUMAITÁ 2 x 3 GUADALAJARA

BRASÍLIA 2 x 2 GUARÁ

AABB 1 x 2 TAGUATINGA

GAMA 2 x 0 DESPORTIVA BANDEIRANTE

 

22.07.1978

GUARÁ 1 x 2 AABB

GAMA 2 x 0 GUADALAJARA

BRASÍLIA 8 x 0 HUMAITÁ

CORINTHIANS 1 x 2 TAGUATINGA

DESPORTIVA BANDEIRANTE 2 x 2 GRÊMIO

 

29.07.1978

SOBRADINHO 1 x 1 GUARÁ

CORINTHIANS 4 x 1 HUMAITÁ

AABB 2 x 4 GAMA

DESPORTIVA BANDEIRANTE 1 x 0 GUADALAJARA

BRASÍLIA 1 x 1 GRÊMIO

 

05.08.1978

TAGUATINGA 3 x 1 GRÊMIO

GAMA 0 x 0 GUARÁ

BRASÍLIA 2 x 1 AABB

CORINTHIANS 5 x 1 GUADALAJARA

DESPORTIVA BANDEIRANTE 0 x 1 SOBRADINHO

 

12.08.1978

SOBRADINHO 1 x 1 AABB

GRÊMIO 2 x 3 GAMA

BRASÍLIA 3 x 0 TAGUATINGA

DESPORTIVA BANDEIRANTE 3 x 2 HUMAITÁ

GUARÁ 3 x 1 GUADALAJARA

 

19.08.1978

DESPORTIVA BANDEIRANTE 0 x 3 TAGUATINGA

GRÊMIO 2 x 4 GUARÁ

BRASÍLIA 7 x 1 CORINTHIANS

HUMAITÁ 2 x 1 GAMA

GUADALAJARA 1 x 3 SOBRADINHO

 

26.08.1978

GUARÁ 1 x 1 CORINTHIANS

AABB 1 x 4 HUMAITÁ

TAGUATINGA 1 x 0 SOBRADINHO

GRÊMIO 5 x 0 GUADALAJARA

BRASÍLIA 2 x 0 GAMA

 

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO 1º TURNO

CF

CLUBES

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

BRASÍLIA

10

6

4

0

30

6

24

16

TAGUATINGA

10

6

1

3

19

14

5

13

SOBRADINHO

10

4

5

1

11

6

5

13

GUARÁ

10

4

4

2

20

16

4

12

GAMA

10

5

1

4

15

13

2

11

DESPORTIVA BANDEIRANTE

10

4

2

4

11

14

-3

10

GRÊMIO

10

3

4

3

18

14

4

10

CORINTHIANS

10

3

4

3

15

15

0

10

AABB

10

3

2

5

19

16

3

8

10º

HUMAITÁ

10

2

0

8

16

33

-17

4

11º

GUADALAJARA

10

1

1

8

7

34

-27

3

 

NOTA:

Corinthians e Humaitá não disputaram o 2º turno.

 

2º TURNO

03.09.1978

BRASÍLIA 3 x 1 DESPORTIVA BANDEIRANTE

GUARÁ 1 x 0 GAMA

GRÊMIO 2 x 2 AABB

 

10.09.1978

GUADALAJARA 0 x 2 TAGUATINGA

GUARÁ 5 x 0 GRÊMIO

BRASÍLIA 1 x 0 SOBRADINHO

GAMA 1 x 0 DESPORTIVA BANDEIRANTE

 

17.09.1978

TAGUATINGA 1 x 1 BRASÍLIA

GRÊMIO 3 x 2 DESPORTIVA BANDEIRANTE

GAMA 1 x 0 SOBRADINHO

AABB 3 x 1 GUADALAJARA

 

24.09.1978

BRASÍLIA 2 x 1 AABB

TAGUATINGA 1 x 1 GAMA

SOBRADINHO 4 x 0 GRÊMIO

 

01.10.1978

DESPORTIVA BANDEIRANTE 1 x 0 GUADALAJARA

GAMA 0 x 0 BRASÍLIA

GUARÁ 1 x 2 SOBRADINHO

TAGUATINGA 2 x 0 GRÊMIO

 

08.10.1978

GRÊMIO 0 x 3 BRASÍLIA

GUARÁ 1 x 1 TAGUATINGA

 

12.10.1978

TAGUATINGA 0 x 1 SOBRADINHO

GUARÁ 4 x 1 DESPORTIVA BANDEIRANTE

 

15.10.1978

TAGUATINGA 1 x 0 DESPORTIVA BANDEIRANTE

GAMA 2 x 1 GRÊMIO

SOBRADINHO 2 x 4 GUADALAJARA

GUARÁ 2 x 1 BRASÍLIA

 

22.10.1978

BRASÍLIA 11 x 0 GUADALAJARA

AABB 2 x 0 DESPORTIVA BANDEIRANTE

 

29.10.1978

GAMA 2 x 1 GUADALAJARA

GUARÁ 2 x 0 AABB

 

05.11.1978

GUARÁ 3 x 0 GUADALAJARA

 

07.11.1978

AABB 1 x 2 TAGUATINGA

 

12.11.1978

SOBRADINHO 1 x 0 AABB

 

19.11.1978

AABB 1 x 1 GAMA

GUADALAJARA 2 x 3 GRÊMIO

 

JOGO CANCELADO

Sobradinho x Desportiva Bandeirante

 

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO 2º TURNO

CF

CLUBES

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

GUARÁ

8

6

1

1

19

8

11

13

BRASÍLIA

8

5

2

1

25

5

20

12

TAGUATINGA

8

4

3

1

10

5

5

11

GAMA

8

4

3

1

8

5

3

11

SOBRADINHO

7

4

0

3

10

7

3

8

AABB

8

2

2

4

10

11

-1

6

GRÊMIO

8

2

1

5

9

22

-13

5

DESPORTIVA BANDEIRANTE

7

1

0

6

5

14

-9

2

GUADALAJARA

8

1

0

7

8

27

-19

2

 

DECISÃO DO CAMPEONATO

 

12.11.1978

GUARÁ 0 x 1 BRASÍLIA

 

19.11.1978

BRASÍLIA 2 x 0 GUARÁ

 

CLASSIFICAÇÃO FINAL

CF

CLUBES

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

BRASÍLIA

20

13

6

1

58

11

47

32

GUARÁ

20

10

5

5

39

27

12

25

TAGUATINGA

18

10

4

4

29

19

10

24

GAMA

18

9

4

5

23

18

5

22

SOBRADINHO

17

8

5

4

21

13

8

21

GRÊMIO

18

5

5

8

27

36

-9

15

AABB

18

5

4

9

29

27

2

14

DESPORTIVA BANDEIRANTE

17

5

2

10

16

28

-12

12

GUADALAJARA

18

2

1

15

15

61

-46

5

10º

CORINTHIANS

10

3

4

3

15

15

0

10

11º

HUMAITÁ

10

2

0

8

16

33

-17

4

 

TIME BASE DO BRASÍLIA

Maurício, Isaías, Mário, Ledis e Everton; Marco Antônio, Vilmar e Maurinho; Jair (Sidney), Silva e Wander. Técnico: Ercy Rosa.

 

PRINCIPAIS ARTILHEIROS:

1º - Vilmar, do Brasília, 13 gols;

2º - Silva, do Brasília, 12.

 

GOLEIRO MENOS VAZADO:

Maurício, do Brasília (8 gols em 16 jogos)

 

Campeão da Taça Disciplina: Guará.