segunda-feira, 31 de agosto de 2020

EXCURSÃO DO E. C. BAHIA AO DISTRITO FEDERAL - 1966


Entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro de 1966, o Esporte Clube Bahia, de Salvador (BA), esteve atuando por gramados brasilienses.
Em sua primeira apresentação, no dia 31 de agosto de 1966, o Bahia foi derrotado pelo Pederneiras, por 1 x 0.
O primeiro tempo foi equilibrado, onde o Bahia perdeu as melhores chances para inaugurar o marcador, aproveitando-se do nervosismo dos jogadores do Pederneiras, que faziam o seu primeiro encontro interestadual.
Edinho, do Bahia, perdeu a grande chance do primeiro tempo quando penetrou sozinho pela área do Pederneiras, chutando para fora, depois de receber ótimo cruzamento de Nona.
A melhor chance do Pederneiras foi através de Lima, quando driblou quase toda a defesa baiana e, desequilibrado, chutou para fora, com a meta do Bahia completamente desguarnecida.
Para o segundo tempo, desinibido em suas linhas, o Pederneiras apresentou um futebol bastante superior ao primeiro tempo, com Firmo e Tião dominando as ações no meio de campo.
Aos 9 minutos, Moisés assinalou o tento da vitória do Pederneiras, desviando com o bico da chuteira o cruzamento que foi feito por Lima, após boa jogada individual.

PEDERNEIRAS 1 x 0 BAHIA
Data: 31 de agosto de 1966
Local: Estádio da FDB
Árbitro: Idélcio Gomes de Almeida
Renda: Cr$ 2.900.000,00
Gol: Moisés, 54
PEDERNEIRAS: Chico, Marinho (Tarcísio), Juarez, Farneze e Bolinha; Firmo e Tião; Deca, Zezito, Moisés e Lula.
BAHIA: Jair, Virgílio, Henrique (Tiago), Ivan (Ailton) e Florisvaldo; Enaldo (Ivan II) e Aurelino; Biriba, Nona, Edinho (Valfredo) e Delorme (Bronzeado). Técnico: Pinguela.




sábado, 29 de agosto de 2020

CHUVA DE GOLS EM AMISTOSO INTERESTADUAL - 1965


Rabello e Ipiranga, de Anápolis, ofereceram um espetáculo dos mais interessantes no dia 29 de agosto de 1965, com supremacia dos ataques sobre as defesas. Placar final: empate em 4 x 4.
O jogo foi realizado no Estádio Paulo Linhares e teve como árbitro Rubem Pacheco.
A ordem na marcação dos gols foi a seguinte: 1º tempo - 4 minutos - Beto Pretti; 8 – Clarindo (que enfrentava seu ex-clube pela primeira vez); 19 – Zezé; 29 – Candão (contra); 30 – Teles; 40 – Djalma. No 2º tempo, Celso, aos 14 e Djalma, aos 35, deram números finais ao marcador.
Jogou o Rabello com Nelson, Délio, Gegê, Candão e Jair; Zé Maria e Beto Pretti; Zezé, Djalma, Invasão (Zoca) e Tião.
O Ipiranga atuou com Julião (Nenzinho), Altamiro, Marão, França (Nonô) e Nívio (Adriano); Adilson e Celso; Garrincha, Teles, Herculano e Clarindo (Zagalo).



sexta-feira, 28 de agosto de 2020

GRANDES RESULTADOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Guará 2 x 1 Seleção do Departamento Autônomo-RJ


Na tarde de 28 de agosto de 1960, o Clube de Regatas Guará venceu a Seleção do Departamento Autônomo da Federação Carioca de Futebol, por 2 x 1, em jogo movimentado que agradou ao público presente ao Estádio Israel Pinheiro.
Nos primeiros quarenta e cinco minutos de jogo, a seleção carioca apresentou um futebol melhor do que a equipe brasiliense.
O Guará, com Sabará e Maia armando as ações, tendo o vento desfavorável, não conseguiu completar com êxito as jogadas.
Por sua vez, a equipe carioca, jogando mais a base de deslocamentos de seus atacantes e confiando o trabalho de meio campo a Lulu e Jaci, trabalhou mais à vontade. O seu ataque criou situações delicadas para a meta de Laerte, concluídas sem atingir o objetivo.
O primeiro tempo apresentou lances eletrizantes, tendo sido desperdiçado um pênalti, mal cobrado por Maia.
No segundo tempo, logo aos três minutos, o zagueiro central Tostão cometeu falta em Paulinho. Jaci bateu, colocando a bola no canto esquerdo de Laerte, assinalando o primeiro gol carioca.
Esse gol fez crescer os pupilos de Juvenal e o que se viu foi a melhoria de produção do quadro do Guará, com Sabará e Maia coordenando bem melhor as ações no meio do campo. Aos 13 minutos, após driblar seguidamente o médio Osmário, Sabará atirou de fora da área, marcando o gol de empate e o mais bonito da tarde.
Severo, após receber excelente passe de Maia, marcou o gol da vitória brasiliense aos 18 minutos da etapa complementar.
Tostão e Paulinho foram expulsos.
As equipes formaram assim:
Guará - Laerte, Pedrinho (Camilo) e Tostão; Sabará, Bimba e Clemente; Tanga (Carlinhos), Severo, Maia, Fernandinho (Paulo Reis) e Luisinho. Técnico: Juvenal.
Seleção do Departamento Autônomo: Albino (Waldir), Alemão e Jomery; Lulu, Osmário e Bilaco; Nenem, Guina, Paulinho, Jaci e Baduca (Zezinho).
O árbitro da partida foi José Pereira Junior, do Rio de Janeiro.



quarta-feira, 26 de agosto de 2020

HÁ 55 ANOS NO FUTEBOL BRASILIENSE: 26 de agosto de 1965


Neste dia aconteceu eleição da nova diretoria do Central Clube Nacional, assim constituída:
Presidente - Américo Stival
Vice-Presidente - Vicente Valadares da Silva
1º Secretário - Francisco Fabiano Portela
2º Secretário - Olavo Silveira Medeiros
1º Tesoureiro - Antônio Marques da Silva e
2º Tesoureiro - Saudio Peixoto.

Foram entregues os diplomas conferidos pelo Curso Nacional para Árbitros de Futebol, realizado no Rio de Janeiro, em março de 1965, na sede da Confederação Brasileira de Desportos - CBD aos seguintes elementos vinculados a Federação Desportiva de Brasília:
Carlos Alberto Andrade
Eduino Edmundo Lima
Gésio Lopes da Silva
Idélcio Gomes Almeida
Jorge Cardoso
José Francisco de Souza
Milton da Silva Freitas e
Pedro Celestino Machado.

Jackson Augusto Roedel e Edilson Braga foram nomeados representantes do Clube de Regatas Guará junto a Federação Desportiva de Brasília.

Aconteceu a transferência do jogador Tarcílio Natal da Silva (Cid) da Federação Mineira de Futebol para a Federação Desportiva de Brasília, onde passaria a defender o Colombo.




terça-feira, 25 de agosto de 2020

ANIVERSARIANTE DO DIA: Piloto Atlético Clube



O Piloto Atlético Clube foi fundado em 25 de agosto de 1967, após reunião realizada na sala nº 703, no 7º andar do Edifício Seguradoras – IRB, da qual participaram 27 pessoas.
Sua primeira diretoria foi assim formada: Presidente – Carlos Adalberto Estuqui; Vice-Presidente – Idílio Lóss; Secretário – Renato Antônio Maia; Vice-Secretário – José Eduardo Perdigão da Cunha; Tesoureiro – Lacir Evander Coutinho; Vice-Tesoureiro – Márcio Cyrne de Macedo; Diretor de Esportes – Sirineu Lasmar de Melo; Diretor Social – Dirceu Ramos da Silva; Diretor de Patrimônio – Martiniano Alves Coelho; Diretor Técnico – Alício Santos. Suplentes da Diretoria – Carmelito Cardoso da Silva, Luiz Araújo de Souza, José Gonçalves Ribeiro Filho, Hilton Ladislau de Moura e José Paulino da Silva.
Depois de efetivarem a composição do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal, foram definidas que as cores cinza e branca seriam as oficiais do clube, a figurarem em bandeiras, flâmulas, uniformes e em todos os papéis do clube.
Embora fundado na vigência do profissionalismo, só disputou campeonatos amadores. Filiou-se à Federação Desportiva de Brasília em 1969, quando tomou parte do campeonato daquele ano.
Seu começo foi animador. Em sua primeira participação oficial, no dia 20 de abril de 1969, no Estádio Pelezão, com arbitragem de Silvio Fernandes, venceu o Atlas por 7 x 0. Magno (2), Melinho (2), Lula, Orlando e Paulo Roberto (contra) marcaram os gols do Piloto.
Aplicou outra goleada no dia 26 de abril, desta vez sobre o Alvorada, por 4 x 0. Empatou em 0 x 0 com o Serviço Gráfico em 4 de maio, venceu o Unidos de Sobradinho por 2 x 1 (11.05) e conheceu sua primeira derrota em 18 de maio, diante do Rabello (3 x 2). No total, no primeiro turno, foram 10 jogos. Ficou em quinto lugar no Grupo A, o que lhe deu o direito de passar para a Fase Final, que reuniria doze clubes (os seis primeiros colocados de cada grupo).
Também começou bem a Fase Final, com vitórias sobre dois fortes times de Taguatinga: 3 x 2 no Flamengo e 1 x 0 no Brasília. Depois disso, perdeu mais do que ganhou e ficou com a oitava colocação. Foram onze jogos, com cinco vitórias, um empate e cinco derrotas. Marcou 14 gols e sofreu 19.
Defenderam o Piloto os goleiros Moacir e Marcinho; os zagueiros Orlando, Moacir II, Walmar, Délio, Japão, Afonsinho, Maruim e Jackson e os atacantes Sabino, Melinho, Tote, Baixinho, Lula, Irineu, Borales, Alemão, Magno e Sinval.
Foi muito mal nas duas competições oficiais que disputou em 1970. Na primeira, o Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, com oito equipes participando, ficou com a sétima colocação. Nos sete jogos que disputou, venceu apenas um, empatou dois e perdeu quatro. Foram oito gols a favor e treze contra.
Também não foi nada bem no campeonato oficial de 1970, disputado por dez equipes, quando chegou na oitava colocação, não se classificando para disputar a Fase Final (somente os seis primeiros colocados a disputaram). Com apenas duas vitórias e três empates nos seus 9 jogos, somou sete pontos. Seu artilheiro foi Paulinho, com cinco gols.
Como curiosidade, registramos que o primeiro jogo na Loteria Esportiva envolvendo clubes de Brasília aconteceu no Concurso Teste nº 16, com jogos nos dias 19 e 20 de setembro de 1970. Neste jogo, o Piloto perdeu para o Planalto, por 2 x 1. Coluna 2!
Em 1971, quase chegou ao fundo do poço. Novamente foi muito mal no Torneio Governador do Distrito Federal, chegando ao ponto máximo de ser penalizado com a perda de pontos em alguns jogos por não estar em dia com os “cofres” da Federação Desportiva de Brasília. Ficou com a nona posição, na frente apenas de Coenge e CSU, que desistiram do campeonato antes do seu término.
Seu último jogo aconteceu em 9 de maio de 1971, com vitória de 2 x 1 sobre o Gaminha, pelo Torneio Candango, no campo da Cultural Mariana, no Gama, com arbitragem de Amauri de Barros. Itamar e Zé Grilo marcaram para o Piloto e Chiquinho para o Gaminha.
Três dias depois (12 de maio de 1971), o Piloto encaminhou ofício a Federação Desportiva de Brasília solicitando dispensa da participação nos três últimos jogos do Torneio Candango. Apesar de ter a solicitação indeferida, ainda assim não compareceu aos jogos.
A situação ficou tão crítica que nem se inscreveu para participar do campeonato de 1971.
Retornou em 1972, quando tentou montar um bom time com as contratações de jogadores veteranos, como o goleiro Matil e o ponteiro Manoelzinho (ambos ex-Civilsan), e jovens promessas, como Péricles de Carvalho (ex-Defelê).
Chegou na quarta colocação, com a seguinte campanha: 12 jogos, 4 vitórias, 4 empates e 4 derrotas. Marcou 13 gols e sofreu 16. Totalizou 12 pontos ganhos. Sete equipes participaram desse campeonato, vencido pela A. A. Serviço Gráfico. Péricles foi o artilheiro do time com 4 gols.
Como consolo, ganhou a Taça Disciplina, com 11 pontos negativos.
Defenderam o Piloto em 1972 os seguintes jogadores:
Goleiros: Bonomo, Toninho, Matil, Waldemar e Ernani; Defensores: Célio, Walter, Junior, Quarenta, Lima, Amaury e Piau; Atacantes: Manoelzinho, Paiva, Sabará, Heitor, Paulinho, Valdecy, Tião, Péricles, Zé Grilo e Zequinha. O treinador era Didi de Carvalho.
Quando se esperava por um equilíbrio, isso não aconteceu. Em 1973, chegou a se inscrever no campeonato, mas depois desistiu, antes do seu início (em 25 de agosto de 1973).
Desfiliou-se neste mesmo ano, segundo algumas fontes após perder o apoio da TCB – Transportes Coletivos de Brasília, empresa estatal de transportes do Governo do Distrito Federal.



domingo, 23 de agosto de 2020

GRANDES RESULTADOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: empate da Seleção do DF com o Atlético Mineiro



Terminou sem vencedor o amistoso interestadual realizado no dia 23 de agosto de 1964, no campo do Defelê, entre a Seleção do Distrito Federal e o Atlético Mineiro, de Belo Horizonte-MG.
O placar final foi de 1 x 1, gols assinalados no 1º tempo, na cobrança de penalidades máximas.
Foi a melhor exibição do selecionado brasiliense nessa fase de encontros interestaduais, justamente contra uma das mais categorizadas equipes do futebol brasileiro.
A seleção foi nitidamente superior no 1º tempo e merecia ter feito mais de um gol. Em contraposição, no período derradeiro, o alvinegro subiu de produção e teve várias chances de ampliar o marcador.
Essa radical transformação se deveu à saída de Sabará, por motivos inexplicáveis, e a de Beto Pretti, por contusão. Isso fez com que caísse de produção o ataque local.
No selecionado, Gaguinho foi uma das principais figuras. Aderbal, seguro e batalhador. Bimba, excelente na cobertura e sempre bem colocado. Sir Peres, o melhor do time, com atuação nota dez. João Dutra, habilidoso, mas pecando por prender muito a bola. Sabará, bom e injustamente substituído. Djalma, muito útil e trabalhador, foi dos melhores.

SELEÇÃO DO DISTRITO FEDERAL 1 x 1 ATLÉTICO MINEIRO
Data: 23 de agosto de 1964
Local: Estádio Ciro Machado do Espírito Santo
Árbitro: Eduíno Edmundo Lima
Renda: Cr$ 1.208.000,00
Gols: Djalma, de pênalti, para a Seleção do Distrito Federal, e Décio Teixeira, de pênalti, para o Atlético Mineiro.
DISTRITO FEDERAL: Gaguinho, Aderbal, Bimba, Sir Peres e Lúcio; João Dutra e Beto Pretti (Paulista); Sabará (Fernandinho), Djalma, Baiano (Alaor Capella) e Arnaldo. Técnico: Didi de Carvalho.
ATLÉTICO MINEIRO: Joélcio, Marcelino (Warlei), Grapete, Bueno e Décio Teixeira; Buglê e Benê; Buião, Luiz Carlos (Coutinho), Tito (Viladôniga) e Hélio. Técnico: Afonso Silva.


sexta-feira, 21 de agosto de 2020

JOGADORES QUE MAIS ATUARAM NO CAMPEONATO BRASILIENSE DA PRIMEIRA DIVISÃO DE AMADORES - 1964



CRUZEIRO DO SUL
Goleiros: João e Pedro; Defensores: Zé Paulo, Mello, Davis, Waldemar, Pedersoli, Ney, Melinho, Múcio, Humberto, Osmar e Carlinhos; Atacantes: Baianinho, Fino, Belini, Paulinho, Mário César, Zezé, Mosquito, Moisés, Abel, Walmir e Eraldo.

VILA MATIAS
Goleiros: Fernando e Tião; Defensores: Geraldo, Mariano, Paredão, Etevaldo, Tati, Cícero, Macedo, Picão e Canhoto; Atacantes: Zé Maria, Paulo, Baixinho, Maranhão, Eurides, Jaime, Sobral, Camilo e Preá.

GRÊMIO
Goleiros: Weldas e Baganha; Defensores: Jaime, Silas, Paulinho, Zé Nivaldo, Martins, Belchior, Guido, Milton e Cremonês; Atacantes: Avancini, Joãozinho, Hélio Galdino, Alvinho, Itiberê, Bugue e Edson Galdino.

PEDERNEIRAS
Goleiros: Juarez e Roberval; Defensores: Tarciso, Alcides, Paulo, Manoelzinho, Antônio, Josias e Maranhão; Atacantes: Cotia, Deca, Nonô, Cabeção, Pelé, Russo, Luiz e Aristides.

GUANABARA
Goleiro: Diogo; Defensores: Santiago, Walmir, Nelson, Jair, Toninho, Ercy e Agassis; Atacantes: Azulinho, Nelício, Lula, Paulinho, Zezé, Chico e Nilson. Técnico: Adroaldo Lopes.

NACIONAL
Goleiros: Chico e Pena; Defensores: Amazonas, Eufrásio, Couraça, Logodô, Alberto, Valdir, João e Índio; Atacantes: Genival, Ferreira, Zezito, Toinho, Tampinha, Alemão e Chichico.

DÍNAMO
Goleiro: Sarmento; Defensores: Benicassa, Malta, Lúcio, Walter, Cavaquinho e Bazan; Atacantes: Laerte, Zé Paulo, Hiroito, Isaías, Dezoito, Saulzinho, Justino, Edinho e Adilson.




quinta-feira, 20 de agosto de 2020

HÁ 60 ANOS NO FUTEBOL BRASILIENSE: viagem do artilheiro brasiliense para amistoso em Recife


Múcio e Íris no Guará, campeão do Torneio Início de 1959

No dia 21 de agosto de 1960, aconteceria um amistoso entre as equipes do Náutico e do Santa Cruz, no estádio dos Aflitos.
Quem jogava no Santa Cruz era Múcio, com passagem pelo futebol brasiliense. Aconteceu, então, o convite deste para Íris, artilheiro do campeonato brasiliense de 1959, ir até Recife, para participar do amistoso.
Íris resolveu, de uma hora para outra, viajar, pegou uma Rural, que era da família, e partiu para Recife.
No dia 21 de agosto de 1960, Íris começou o jogo entre os titulares do Santa Cruz. O jogo terminou empatado em 3 x 3, tendo Íris marcado um dos gols do tricolor pernambucano. No 2º tempo, foi substituído por Hamilton. Nilsinho e Jorginho marcaram os outros dois gols do Santa Cruz, enquanto Fernando (2) e Tião assinalaram os gols do Náutico.
O primeiro tempo terminou com o placar de 2 x 2. No segundo, o Santa Cruz chegou a ter vantagem no placar numa jogada em que Íris revelou sagacidade e frieza. O Náutico chegaria ao empate definitivo posteriormente.
Sob a direção do árbitro Argemiro Félix de Sena, os times formaram assim:
Santa Cruz - Borracha (Agostinho), Geroldo e Nagel; Biu, Múcio e Nenzinho; Gildo, Íris (Hamilton), Lua, Nilsinho e Jorginho.
Náutico - Waldemar, Nancildo e Zequinha; Bertolo, Cícero e Hélmiton; Tião, Geraldo, Aguinaldo (Nado), Afonsinho (Saquinho) e Fernando.
Íris participou do primeiro treino dirigido pelo novo treinador do Santa Cruz, Ricardo Díez, no dia 24 de agosto de 1960, entre os reservas, que perderam o coletivo pelo placar de 2 x 1, gol marcado por Íris.
No dia seguinte, 25 de agosto de 1960, Íris assinou contrato com o Santa Cruz, de número 62.294, com duração de três meses. Passaria a receber 15 mil cruzeiros mensais entre luvas e ordenado.
Em 1º de setembro de 1960, Íris participou do amistoso em que os aspirantes do Santa Cruz, campeões de 1960, receberam as faixas referentes ao título.
No dia 12 de outubro de 1960 Íris foi submetido a exame médico e aprovado para assinar contrato com o Santa Cruz.



terça-feira, 18 de agosto de 2020

ANIVERSARIANTE DO DIA: Geraldo Galvão


Geraldo Galvão da Silva nasceu no dia 18 de agosto de 1950, em Itamarandiba (MG).
Começou nas categorias de base do Cruzeiro, de Belo Horizonte, e, em 1970, foi emprestado ao Atlético, de Três Corações, para a disputa de um torneio classificatório dos clubes que iriam participar da Primeira Divisão do Campeonato Mineiro desse ano.
Era uma parceria com o Cruzeiro, que mandou 12 jogadores que tinham saído do juvenil, dentre eles Roberto Batata, Miro, Aloísio e Geraldo Galvão.
Retornou ao Cruzeiro em 1971, foi novamente emprestado, desta vez para o Vila Nova, de Goiânia-GO, e até 1973 não teve muitas chances de mostrar o seu futebol. Era uma época em que o Cruzeiro tinha como titular Vanderlei. Foram apenas três jogos em 1971, oito em 1972 e um em 1973, ano em que resolveu se transferir para o América, de São José do Rio Preto-SP.
Em 1974, retorna ao futebol mineiro, contratado pelo América, de Belo Horizonte-MG, que vendeu o atacante Cândido para o Cruzeiro e teve condicionado na transação o empréstimo de Geraldo Galvão. Ficou até 1975.
Antes de chegar ao futebol brasiliense, ainda passou pelo Rio Negro, de Manaus (AM), onde disputou o campeonato amazonense e o Brasileiro de 1976, e o América, de São José do Rio Preto (SP), no ano de 1977.
Depois do empréstimo ao clube paulista, o Cruzeiro exigiu seu retorno a Belo Horizonte. Sem chance no clube mineiro e não sendo negociado, se aborreceu e abandonou a carreira. Ganhou passe livre e resolveu aceitar o convite do Brasília para reforçar a equipe que disputaria o Campeonato Brasileiro de 1977. Fez sua estreia num amistoso contra a Anapolina, em Anápolis, no dia 11 de setembro de 1977. A equipe do Brasília formou com Déo, Ditão (Edvaldo), Jonas Foca, Manoel e Geraldo Galvão (Léo); Capela, Moreirinha (Ney) e Banana; Julinho, Bira e Moisés.
Na competição nacional, o Brasília até conseguiu se classificar para a Segunda Fase, mas depois só pegou pedreira em seu grupo (América-RJ, Corinthians, Internacional e São Paulo) e não conseguiu passar para a fase posterior.
Quando começou o ano de 1978, Geraldo Galvão teve seu contrato rescindido com o Brasília.

No dia 15 de julho de 1979 estreou no Guará, em jogo válido pelo Campeonato Brasiliense, no Bezerrão, contra o Gama. Logo depois também disputaria o Campeonato Brasileiro pela mesma equipe.
Em 1980 se transferiu para o Taguatinga, onde estreou no dia 18 de maio, tendo disputando 23 jogos pelo Campeonato Brasiliense desse ano. No começo de 1981, com Geraldo Galvão na equipe, o Taguatinga venceu o Torneio Classificatório à Taça de Bronze do Campeonato Brasileiro da Série C.
A partir de 7 de junho de 1981 voltaria a ser jogador do Guará ao disputar a partida contra o Tiradentes, válida pelo Campeonato Brasiliense. Foram 21 jogos no total.
O Guará não conquistou o título, mas Geraldo Galvão fez parte da seleção dos melhores do ano em enquetes realizadas pelo Jornal de Brasília e a sucursal do Jornal dos Sports.
Foi jogador do Guará nos anos de 1982, quando disputou o campeonato brasiliense (25 jogos), o Brasileiro da Série B (cinco) e foi eleito pelo jornal Correio Braziliense o melhor lateral esquerdo do futebol do DF no ano, em 1983 (com a incrível marca de 44 jogos em 51 possíveis pelo campeonato brasiliense) e em 1984, quando disputou quinze jogos, o último deles em 10 de novembro de 1984, no Augustinho Lima, frente ao Sobradinho. Neste ano, sagrou-se campeão do II Torneio Centro-Oeste, com participação decisiva ao converter um dos pênaltis que deu a vitória ao Guará sobre o Brasília, após empate em 0 x 0 no tempo normal de jogo.
Geraldo Galvão foi convocado em duas oportunidades para defender a Seleção do DF, ambas em 1980, frente ao selecionado de Goiás.



segunda-feira, 17 de agosto de 2020

HOMENAGEM PÓSTUMA A FROYLAN PINTO


Faleceu na manhã de ontem, 16 de agosto de 2020, o ex-Presidente do Taguatinga Esporte Clube, Froylan Pinto.
Ele vinha lutando contra um câncer na bexiga há quatro anos.
Froylan Pinto Santos nasceu no município de Miguel Calmon, no interior da Bahia, no dia 5 de junho de 1944.
Transferiu-se para Salvador e da capital baiana veio para Taguatinga, onde se estabeleceu.
Criado em 1975, o Taguatinga Esporte Clube só começou a tomar jeito a partir de 1981, quando Froylan Pinto, já empresário da área de construção de prédios industriais e depósitos, assumiu a presidência do clube.
Froylan Pinto assumiu um clube praticamente quebrado, desarticulado, com graves problemas dentro e fora das quatro linhas. Imprimiu uma direção acertada e segura que levou seu clube ao título de campeão e motivou uma cidade praticamente indiferente ao futebol.
Em seu primeiro ano como Presidente, a equipe de esportes do Jornal de Brasília escolheu os melhores da temporada de 1981 no futebol do DF. O Taguatinga teve quatro dos seus jogadores entre os melhores: Édson, Péricles, Serginho e Raimundinho. Teve mais três premiados: Dirigente Nota 10 - Froylan Pinto; Melhor Médico - Flory Machado e o Melhor Massagista - Raspinha.

Já na seleção dos jogadores que melhor se portaram no campeonato de 1981, na opinião da sucursal do Jornal dos Sports, dois jogadores do Taguatinga: Décio e Péricles. O técnico que mais se destacou foi Canhoto, do Taguatinga. O presidente Froylan Pinto destacou-se como o melhor dirigente.
Em 1984, quando o Troféu “Mané Garrincha” foi entregue aos “Melhores do Ano”, eleitos por cronistas esportivos do DF, quatro jogadores do Taguatinga foram premiados: os zagueiros Junior e Gilvan, o lateral Visoto e o meia Marquinhos. Eleito como melhor Presidente de clube Froylan Pinto, do Taguatinga.

Também trabalhou como treinador da equipe e sua primeira experiência foi a seguinte:

TAGUATINGA 2 x 2 GAMA
Data: 24 de outubro de 1993
Local: Serejão
Árbitro: Nilton Castro de Souza
Expulsões: Ésio, do Gama, e Niltinho, do Taguatinga
Gols: Gilson, 28 e Chaguinha, 82; na prorrogação, Chaguinha, 8 e Rogerinho, 15. Na cobrança de pênaltis: Gama 5 x 4 Taguatinga.
TAGUATINGA: Nilton, Gilson, Zinha, Jânio e Eron; Paulo Lima (Alex Sandro), Sílvio e Palhinha; Marquinhos Carioca (Rogerinho), Joãozinho e Niltinho. Técnico: Froylan Pinto.
GAMA: Anderson Santos, Chaguinha, Aquino, Luiz Carlos e Márcio; Oliveira (Adilson), Ésio e Anderson; Gil, Neno e Ediniz (Emerson). Técnico: Joel Martins da Fonseca. 
E assim foi até 9 de novembro de 1994, quando dirigiu o clube pela última vez em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, no empate em 1 x 1 com o Novorizontino, em Novo Horizonte-SP.
Também foi seu último ano na presidência do Taguatinga.

Froylan recebendo mais um troféu conquistado
Todos os cinco títulos de campeão brasiliense (1981, 1989, 1991, 1992 e 1993) conquistados pelo Taguatinga foram com Froylan Pinto na presidência do clube. Além disso, por quatro vezes sagrou-se vice-campeão (1985, 1986, 1987 e 1990).
Não demoraria para a decadência do Taguatinga ser evidenciada, já no ano de 1996, quando o clube chegou na 11ª posição no Campeonato Brasiliense, sendo, pela primeira vez em sua história, rebaixado para a Segunda Divisão do DF (quatorze clubes disputaram a competição e os seis últimos passariam a disputar o Torneio de Descenso, que apontaria os quatro clubes a serem rebaixados). Taguatinga e Ceilândia decidiram não participar da competição.
A situação do clube era tão grave que em 3 de junho de 1996 aconteceu pela primeira vez na história do futebol do DF o “impeachment” de um presidente de clube de futebol por irregularidades contábeis. Reunido nesse dia, o conselho deliberativo do Taguatinga Esporte Clube afastou o presidente Edmilton Gomes de Oliveira com base em auditoria feita pelo conselho fiscal na prestação de contas do período 1994/1995. Edmilton Gomes de Oliveira estava na presidência do Taguatinga desde dezembro de 1994, substituindo Froylan Pinto.
Em 1999 o Taguatinga amargou outro rebaixamento, ficando na lanterna (10º lugar) do campeonato, vencendo apenas dois dos dezoito jogos que disputou.
O último jogo da história do Taguatinga aconteceu no dia 6 de junho de 1999. Já rebaixado para a Segunda Divisão, empatou com o Brasília em 3 x 3, no estádio Augustinho Lima, em Sobradinho. Logo depois, o Taguatinga desativaria seu departamento de futebol.
Fora das quatro linhas, Froylan teve uma curta gestão como o 21º Administrador Regional de Taguatinga, iniciando em 4 de maio de 1990 e terminando em 22 de janeiro de 1991.
Foi sócio fundador do Rotary Club de Taguatinga.
Nas eleições de 2004, foi segundo suplente de Valmir Amaral, sendo indicado graças às relações com o ex-vice-governador Benedito Domingos (PP).
Em 2011, aconteceram sondagens com a finalidade de Froylan Pinto investir no Gama. No entanto, as negociações não foram concluídas.



domingo, 16 de agosto de 2020

OLHO NO LANCE


Lance do jogo válido pelo Campeonato Brasiliense de 1963, entre Defelê e Cruzeiro do Sul, no campo do Guará: o goleiro do Cruzeiro do Sul, Zezinho, defende bola, acossado pelo atacante Invasão, do Defelê.

DEFELÊ 0 x 0 CRUZEIRO
Data: 19 de maio de 1963
Local: Israel Pinheiro (campo do Guará)
Árbitro: Lourandyr de Castro Gomes
Renda: Cr$ 40.000,00
Expulsões: Euclides (Defelê) e Belini (Cruzeiro)
DEFELÊ: Gonçalinho, Zé Paulo, Euclides, Gino e Wilson Godinho; Matarazzo e Campanella; Cid (Reinaldo), Vitinho, Alaor Capella e Invasão.
CRUZEIRO DO SUL: Zezinho, Edilson, Mello, Morales e Pedrinho; Remis (Valdemar) e Beto Pretti; Foguinho, Ceninho, Belini e Raimundinho.

sábado, 15 de agosto de 2020

HOMENAGEM PÓSTUMA A ALAOR CAPELLA


Faleceu no dia de ontem, o ex-jogador e ex-treinador do futebol brasiliense, Alaor Capella.

Alaor Capella dos Santos nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 25 de setembro de 1933.
Começou nas categorias de base do Flamengo, do Rio de Janeiro, onde permaneceu no período de 1953 a 1955.
Ainda em 1955, transferiu-se para o Vitória, de Salvador (BA), ficando por lá até 1956, quando se sagrou campeão baiano em 1955.
Em 1956 foi para o Londrina, logo depois de o clube ser fundado (5 de abril de 1956).
Alaor marcou o primeiro gol da história do Londrina, no amistoso com o Corinthians, de Presidente Prudente (SP), em 24 de junho de 1956.
Foi o segundo maior artilheiro da história do Londrina, marcando 126 gols, no período de 1956 a 1960, perdendo apenas para Gauchinho, que marcou 217.

Entre Vitinho (à esquerda) e Invasão, no Defelê
No clube paranaense conquistou por duas vezes o campeonato do Norte do Paraná, nos anos de 1957 e 1959 (ainda não havia a participação de clubes do norte do Estado na Primeira Divisão). No torneio de 1957, foi o artilheiro da competição, com 10 gols.
Transferiu-se para a Associação Prudentina de Esportes, de Presidente Prudente (SP), onde permaneceu até 1961 e, neste ano, ajudou o clube a sagrar-se campeão da Segunda Divisão de Profissionais, passando a fazer parte da Primeira em 1962.
Voltou a defender um clube do Norte do Paraná entre 1961 e 1962, o Nacional Atlético Clube, de Rolândia.
Em março de 1962 ele foi contratado para jogar no Rabello, de Brasília (DF).
Sua estreia aconteceu no dia 25 de março de 1962, num amistoso em que o Rabello venceu o Nacional por 2 x 0. Alaor marcou o primeiro gol, de cabeça.
Convocado para a Seleção de Brasília que disputou um amistoso contra o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro (RJ), no dia 21 de abril de 1962 (1 x 1), teve a honra de ceder seu lugar para o grande craque Zizinho, que se despedia dos gramados e foi convidado especial para a festa de aniversário de Brasília.
Defelê: no centro entre os agachados
Nos dias 28 de abril e 1º de maio foi realizada a Taça Candango, com a participação do Guará, Colombo, Defelê e Rabello. Na decisão do torneio, no campo do Guará, o Rabello venceu o Guará por 2 x 1, com um gol de Alaor Capella.
Passou a fazer parte com frequência das convocações para defender a Seleção de Brasília, inclusive a que disputou o Campeonato Brasileiro de 1962, superando Mato Grosso na primeira rodada e sendo eliminada por Goiás na fase seguinte.
No campeonato de 1962, o Rabello ficou com a terceira colocação.
Em 1963, os dirigentes do Defelê, maior rival do Rabello, conversaram com Alaor e ofereceram um emprego com um salário melhor. Aconteceu a transferência para o Defelê, onde permaneceu até o ano de 1968, ano em que fez parte do time campeão brasiliense, o último título conquistado pelo Defelê.
No mesmo Defelê, no ano seguinte (1969) começou sua carreira de técnico de futebol.
Depois do Defelê, dirigiu várias equipes de Brasília: Corinthians (1976), Desportiva Bandeirante (1977 a 1979, ano em que foi vice-campeão), Guará (1980 e 1981, quando também foi vice-campeão), Brasília (no campeonato brasileiro de 1981), Gama (1981 e 1982), Guará (1983 a 1984), largou o profissionalismo e sagrou-se campeão amador pelo Pratão em 1984 e voltou a dirigir o Gama em 1985.

A partir de 1990 foi contratado para iniciar Escolinha de Futebol na Associação dos Empregados da CEB – ASCEB nas categorias mirim, infantil e juvenil.
Deste trabalho desenvolvido, foram encaminhados vários jogadores para times profissionais de Brasília e também para o Londrina (PR) e para o Atlético, de Ibirama (SC).
Nas horas de folga, dirigiu o time da AMAGIS-Associação dos Magistrados de Brasília, que venceu a fase regional da Olimpíada da entidade em Cuiabá (MT) e ficou em terceiro lugar na fase nacional, disputada no campo do Flamengo, no Rio de Janeiro. Isso em 1977.
Em 2000, contratado pela Polícia Federal, foi o treinador da equipe de Brasília que disputou a Olimpíada da DPF, em Natal (RN), sagrando-se campeão no futebol de campo e terceira colocada no futebol society.



TROCANDO GATO POR LEBRE: a vinda do Flamengo a Brasília em 1962



Na tarde de 15 de agosto de 1962, no Estádio Israel Pinheiro, aconteceu um amistoso entre o Guará, de Brasília, e o Flamengo, do Rio de Janeiro.
Infelizmente, aqueles que se deslocaram até o campo do Guará, não puderam assistir a um bom espetáculo de futebol, o qual vinha sendo cercado de rara expectativa.
Um dos fatores principais do fraco futebol que se viu deveu-se à falta de entendimentos entre os responsáveis, os promotores da partida.
Como era do conhecimento geral, a imprensa por diversas vezes noticiou a vinda do rubro-negro carioca a Brasília, representado por seus titulares, pelo menos, por alguns dos seus principais valores conforme declarações prestadas à reportagem pelo promotor do encontro.
Isto, entretanto, para a tristeza de muitos não aconteceu e a diretoria do Flamengo mandou a Brasília um quadro de categoria bastante inferior, esta é a verdade.
O jogo foi morno, com a vitória sem brilho do Flamengo, que teve um adversário que cometeu muitos erros. Mas o clima fora de campo foi muito mais quente!
A Federação Desportiva de Brasília expediu nota oficial, que teve o rápido revide, tendo o chefe da delegação do Flamengo, Gunnar Goransson, replicado a nota oficial com outra.
Eis a Nota Oficial assinada por Ademar Gomes Moreira, Presidente da Federação Desportiva de Brasília:
“Tendo em vista a decepcionante atitude assumida pela direção do Clube de Regatas Flamengo, do Estado da Guanabara, que em flagrante desrespeito aos clubes de Brasília, bem como ao povo desportista desta cidade, usou de ardil e malícia para enganá-los, afirmando que viria sua equipe principal e, sem o menor aviso, trouxe uma representação formada por jogadores de segunda e terceira categorias, esta Federação, com a solidariedade das agremiações a ela filiadas, torna público o seu repúdio a tal ato.
Outrossim, comunica ao povo e às autoridades que nenhuma responsabilidade tem a Federação e o C. R. Guará com qualquer despesa decorrente com a realização dessa partida de futebol.
A Federação Desportiva de Brasília, considerando que inúmeros ingressos para o jogo de hoje entre as equipes do C. R. Guará e um pretenso quadro do ex-valoroso C. R. Flamengo já foram vendidos, torna público que a referida partida será executada.
Essa atitude, tomada de comum acordo com os clubes filiados, é para atender os interesses do povo desportista desta cidade”.

A resposta de Gunnar Goransson veio nos seguintes termos:

“Em face das declarações do Sr. Ademar Gomes Moreira, presidente da Federação Desportiva de Brasília, a chefia da delegação do Flamengo sente-se no dever de esclarecer o seguinte:
No ano passado, surgiu um desentendimento artificial entre o ex-presidente da Federação Desportiva de Brasília e o Clube de Regatas do Flamengo.
Há 15 dias, apresentou-se no Rio de Janeiro um cavalheiro que se dizia representante da F.D.B., com o propósito de desfazer os equívocos que marcaram a crise entre ambas as entidades desportivas, no ano passado.
Deseja ele trazer a Brasília o quadro titular do Flamengo para uma exibição, pela qual o clube rubro-negro receberia a quantia de 1 milhão de cruzeiros.
Consultado o Departamento Técnico do Clube, constatou-se a impossibilidade de o Flamengo enviar à Capital do Brasil a sua equipe principal, dadas as responsabilidades decorrentes da posição do clube, no campeonato guanabarino.
Em face disto, prosseguiram os entendimentos, tendo as partes interessadas acordado em que o Flamengo mandaria a Brasília o seu quadro de aspirantes, a fim de enfrentar o Guará, recebendo, em contrapartida, a cota de 400 mil cruzeiros.
A imprensa carioca noticiou amplamente este fato, representada aqui por jornalistas de O Globo e Jornal dos Sports, que acompanharam o desenrolar das conversações, na Guanabara.
Outra intenção não teve o Flamengo senão a de prestigiar a atual diretoria da Federação Desportiva de Brasília, motivo pelo qual fomos colhidos pela estranheza das declarações do Sr. Moreira, nas quais teve a infeliz oportunidade de fazer referências precipitadas ao presidente Fadel Fadel.
O Flamengo veio a Brasília - frise-se bem - para prestigiar a Diretoria da F. D. B.
(ass) Gunnar Goransson - Vice-Presidente de Futebol do C. R. do Flamengo”.

Coincidência ou não, o Almanaque do Flamengo, de autoria de Roberto Assaf e Clóvis Martins, não relaciona esse jogo como sendo um dos disputados pelo Flamengo.
Não por isso, se um dia quiserem citar, aí está a ficha técnica desse jogo:

Guará 0 x 2 Flamengo-RJ
Data: 15 de agosto de 1962
Local: Israel Pinheiro
Árbitro: Lourandyr de Castro Gomes
Renda: CR$ 523.750,00
Gols: Luís Carlos, 43 e 62
Guará: Redola (Chico), Aderbal, Múcio (Edilson) (Enes) e Clemente; Sir Peres e Sabará (Benicassa) (Bananal); Nicotina, Alaor Capella, Zezito, Edinho (Toinho) (Da Silva) e Zizi (Raimundinho).
Flamengo: Ari (Miranda), Hilton (Carlos Alberto), Paulo e Silas; Valtinho e Jaime; Othon, Paulinho, Airton, Luís Carlos e Fraga (Jair).




sexta-feira, 14 de agosto de 2020

ANIVERSARIANTE DO DIA: Ricardo Henrique


NOME COMPLETO: Ricardo Henrique Dias dos Santos

APELIDO: Ricardo

LOCAL E DATA DE NASCIMENTO: Goiânia (GO), 14 de agosto de 1964

POSIÇÃO: Ponteiro Esquerdo

INÍCIO NO FUTEBOL

Começou sua carreira nas categorias de base do Atlético Goianiense, depois passando pelo Vila Nova, também de Goiânia. 
Veio para Brasília com 16 anos. Foi convidado por um amigo seu, Moura, um dos maiores jogadores do futebol brasiliense, para fazer um teste no Guará, na época comandado pelo saudoso “Velho Adelino”.

CARREIRA NO FUTEBOL BRASILIENSE

ANOS

CLUBES

JOGOS

GOLS

1983

GUARÁ

1

1984

GUARÁ

4

1985

GUARÁ

18

2

1986

GUARÁ

13

2

1987

GUARÁ

24

5

1988

TIRADENTES

19

1

1989

TIRADENTES

14

1

1990

GUARÁ

9

1

1991

TIRADENTES

20

2

1992

TIRADENTES

27

9

1993

TIRADENTES

6

2

1994

TIRADENTES

5

1995

TIRADENTES

12

3

1997

PLANALTINA

7

2


Planaltina

ONDE JOGOU FORA DE BRASÍLIA

Em 1993 jogou na Anapolina (GO). Depois jogou no Matsubara, União Bandeirante e Cascavel, todos do Paraná.

ESTREIA NO FUTEBOL PROFISSIONAL

SOBRADINHO 1 x 0 GUARÁ
Data: 05/06/1983
Local: Augustinho Lima
Árbitro: Luiz Vilhena do Nascimento
Gol: Péricles, 9
SOBRADINHO: Joaldo, Cabral, Jadir, Toninho (Serginho) e Rodrigues; Zé Nilo (Edmilson), Uel e Wellington; Artur, Péricles e Zé Vieira. Técnico: Jorge Medina.
GUARÁ: Bocaiúva, Zino, Edvaldo, Carlinhos e Geraldo Galvão; Zé Maurício (Ricardo), Silva e Maurinho; Peba, Niltinho (Éder) e Marcelo. Técnico: Alaor Capella dos Santos.

PRIMEIRO GOL

GUARÁ 3 x 0 TIRADENTES
Data: 07/07/1985
Local: CAVE
Árbitro: Clésio José Penoni
Gols: Carlinhos, 48; Ricardo, 84 e César, 86

ÚLTIMO JOGO

DOM PEDRO II 2 x 1 PLANALTINA
Data: 06/07/1997
Local: Serejão
Árbitro: Nilton Castro de Souza
Gols: Zé Augusto, 2; Merrê, 55 e William, 61
DOM PEDRO II: Teófilo, Flávio, Luisinho, Galego e Torres; Tata, Zé Augusto e Dourado; William (Anderson), Roberto (Carlos Roberto) e Chiquinho. Técnico: Jorge Pimentel.
PLANALTINA: Neneca, Jacó, Marquinhos, Rogério e Índio (Félix); Chico, Oliveira e Ivo; Rildo, Merrê e Ricardo (Ailton). Técnico: Adelmar Carvalho Cabral (Déo).

Tiradentes
TÍTULOS CONQUISTADOS

1986 - Torneio Seletivo para o Campeonato Brasileiro de 1987, atuando pelo Brasília.
1988 - Campeão brasiliense de 1988, defendendo o Tiradentes.

PRÊMIOS INDIVIDUAIS

Eleito o melhor ponta esquerda do futebol brasiliense nos anos de 1993 e 1994, Troféu “Mané Garrincha”, promovido por Ailton Dias, da Rádio Capital.

CONVOCAÇÕES PARA A SELEÇÃO DE BRASÍLIA

Convocado pelo técnico Hércules Brito Ruas para defender a Seleção de Brasília no amistoso contra o Flamengo, do Rio de Janeiro, no dia 5 de julho de 1987, e também para os dois jogos contra Goiás, pelo Campeonato Brasileiro de Seleções desse ano.