Pedro Léo Moutinho Neto nasceu em Conceição do Araguaia (PA), no dia 20 de
junho de 1955.
Começou sua carreira nas categorias de base do Ceub (clube que ainda não tinha
equipe entre os adultos) e, mesmo com idade de juvenil, transferiu-se para o
Coenge, do Gama, por onde disputou o campeonato brasiliense de 1970. Participou
de nove jogos, mas seu time não conseguiu uma vaga no hexagonal final que
apontaria o campeão do DF nesse ano.
Sua estreia no Coenge aconteceu em 6 de setembro de 1970, na vitória de 1 x 0
sobre o Defelê. O Coenge formou com Índio, Márcio, Elias, Mauro e Pereira;
Santiago e Divino; Augustin, Pedro Léo, Paulinho e Oscar. Técnico: Mauro.
Foi jogador do Coenge até se transferir para o Colombo, onde, no dia 8 de agosto de 1971, fez sua estreia
na equipe principal, em um amistoso contra o Santos, de Taguatinga (vitória de
4 x 1). Em seu campo, o Colombo jogou com Carlos José, Gonçalves, Junior
(Alemão), Jonas Foca e Renildo; Orlando (Toninho) e Pedro Léo; Hermes, Zé
Carlos, Diogo e Paulinho (Zequinha).
Em 1971, com 16 anos, Pedro Léo sagrou-se campeão invicto de Brasília, ao
participar de seis dos oito jogos disputados pelo Colombo, tendo marcado dois
gols.
Integrou a equipe dos “Melhores do Ano” de 1971, enquete realizada pelo jornal
Correio Braziliense no final desse ano.
A seleção foi assim integrada: Carlos José (Colombo), Maninho (Grêmio), Melinho
(Serviço Gráfico), Sir Peres (Colombo) e Paulo Moreira (Colombo); Zoca
(Colombo) e Pedro Léo (Colombo); Procópio (Colombo), Walmir (Serviço Gráfico),
Eduardo (Grêmio) e Dinarte (Ceub).
Em 1972, esteve treinando no Cruzeiro, de Porto Alegre (RS), e mesmo sendo
aprovado nos testes não ficou por não pretender afastar-se de seus familiares.
Continuou no Colombo em 1972, tendo disputado doze jogos válidos pelo
Campeonato Brasiliense, quando o seu clube chegou na terceira colocação.
Mais uma vez, no final de 1972, integrou a equipe dos “Melhores do Ano”, eleição
promovida pela editoria de esportes do Correio Braziliense, que contou com a
seguinte formação: Elizaldo (Ceub), Luiz Gonçalves (Colombo), Cláudio Oliveira
(Ceub), Sir Peres (Colombo) e Odair (Grêmio); Marquinhos (Serviço Gráfico) e
Pedro Léo (Colombo); Marco Antônio (Ceub), Marcos (Grêmio), Walmir (Serviço
Gráfico) e Dinarte (Ceub).
Seu último jogo no Colombo foi em 26 de novembro de 1972 no empate em 1 x 1 com
o CEUB, no Pelezão. Jogou o Colombo com Wilsinho, Paulo Moreira, Miguel, Sir
Peres e Ramilson; Zoca e Pedro Léo; Gonçalves, Zé Carlos, Joãozinho e Cid
(Gentil). Técnico: Paulista.
Em 1973, transferiu-se para o CEUB, novamente sagrando-se campeão amador, tendo
disputado treze dos vinte jogos que levou o clube acadêmico ao seu primeiro e
único título de campeão brasiliense. Marcou quatro gols na competição.
Era, então, apesar de sua pouca idade, considerado o melhor meia armador da
cidade.
A estreia no CEUB aconteceu em 2 de setembro de 1973, na vitória de 2 x 0 sobre
o Unidos de Sobradinho, válido pelo Campeonato Brasiliense. Elizaldo, Serginho, Sílvio, Noel e Miguel; Pedro Léo, Rominho e Renatinho
(Wanderley); Albanir, Amorim (Ademir) e Dinarte. Técnico: José Antônio Furtado
Leal. Essa foi a equipe do CEUB.
No dia 14 de dezembro de 1973, numa cerimônia realizada pela editoria de esportes
do Jornal de Brasília. Pela terceira vez consecutiva Pedro Léo integrou a
seleção dos melhores do ano no futebol do DF.
Ao craque do ano, jogador mais disciplinado, melhor técnico, melhor árbitro,
dirigente do ano e melhor diretor da Federação Metropolitana de Futebol foram
entregues troféus. Posteriormente foi divulgada a Seleção do Ano. Com um
detalhe: recebeu mais um troféu por ser considerado o “Craque do Ano”.
A “Seleção do Ano” ficou assim constituída: Wilson (Relações Exteriores), Dedinho (Atlético), Grossi (Relações Exteriores),
Aloísio (CEUB) e Branco (Luziânia); Marquinhos (Luziânia) e Pedro Léo (CEUB);
Humberto (Relações Exteriores), Baiê (Luziânia), Pirombá (Atlético) e Hermes
(Luziânia).
Poucos dias depois, Pedro Léo foi agraciado com a medalha oferecida pelo
Departamento de Educação Física, Esportes e Recreação – DEFER aos atletas e
dirigentes que se destacaram em diversas modalidades esportivas desenvolvidas
no Distrito Federal. No Futebol adulto, Pedro Léo, do Ceub, foi o vencedor.
Também o Diário de Brasília promoveu evento semelhante, ao entregar premiação
aos “Melhores do Esporte de Brasília em 1973”.
Vários esportistas foram escolhidos, entre eles Oscar Schmidt (basquetebol), do
Unidade de Vizinhança) e Alex Dias Ribeiro (automobilismo).
No futebol, os destaques foram: Profissional: Rildo (Ceub); Amador: Pedro Léo
(Ceub); Revelação: Douradinho (Ceub); Infanto-Juvenil: Fernando (Novacap); Técnico:
Airton Nogueira (Novacap e Jaguar); Árbitro: Adélio Nogueira e Melhor
dirigente: Wilson de Andrade, da FMF.
Em 1974, ainda como jogador do Ceub, foi vice-campeão do Torneio Início,
disputado no Pelezão em 14 de julho.
No Campeonato Brasiliense de 1974, o CEUB foi o terceiro colocado.
No dia 1º de março de 1975 aconteceu reunião que definiu pelo retorno do Grêmio
Esportivo Brasiliense às atividades futebolísticas, dando início ao trabalho
que visava levá-lo à profissionalização. A diretoria do Grêmio vinha mantendo
contatos no sentido de reestruturar o departamento de futebol e não demorou
para os jogadores iniciarem os treinamentos com bola, quando começaria a ser
definido o plantel do Grêmio para a disputa do Campeonato Brasiliense, a ser
promovido pela Federação Metropolitana de Futebol.
De início o Grêmio recrutou jogadores amadores de diversos clubes da cidade. Um
dos 18 jogadores convocados para compor o elenco do Grêmio foi Pedro Léo.
Disputou alguns amistosos, mas não retornou às competições oficiais. Somente em
3 de dezembro de 1975 é que o Grêmio comunicou a interrupção da licença,
reintegrando-se aos filiados ativos.
A primeira vez que Pedro Léo defendeu o Grêmio foi em 6 de março de 1976, no
Pelezão, em jogo válido pelo Torneio Imprensa (disputado por seis clubes), que
se tornou a primeira competição oficial no novo regime profissional do DF.
Nesse dia, o Grêmio venceu o Gama, por 6 x 1, com Pedro Léo marcando um dos
seus gols. Formou o Grêmio com Nego, Luís Carlos, Luciano, Fabinho e Grimaldi;
Jaime, Marquinhos e Hamilton (Pedro Léo); Gonçalves, Dionísio e Moacir.
Técnico: Inácio Milani.
O Grêmio conquistou o título de campeão do torneio de forma invicta, tendo
Pedro Léo se tornado um dos artilheiros da competição, com três gols.
Logo depois, no dia 1º de maio de 1976, Pedro Léo faria sua estreia no Grêmio
pelo Campeonato Brasiliense, com vitória de 2 x 0 sobre o Flamengo, do
Cruzeiro.
No conturbado campeonato de 1976, em que o Ceub deixou de existir, o Grêmio tornou-se
vice-campeão. Pedro Léo disputou 14 jogos e marcou um gol.
Sua última partida pelo Grêmio foi em 12 de outubro de 1976, na decisão do
campeonato brasiliense, quando sua equipe foi derrotada pelo Brasília, o
campeão, por 2 x 1.
O Grêmio formou com Careca, Leocrécio (Ricardo), Grimaldi, Luciano e Arlindo;
Pedro Léo, Pedro Nunes (Balduíno) e Gaguinho; Gonçalves, Léo e Cleiton.
Técnico: Otaziano Ferreira da Silva.