sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Excursão do Civilsan pelo interior de Minas Gerais - 1970



Nos dias 30 e 31 de maio de 1970, a S. E. Serveng-Civilsan realizou dois amistosos nas cidades mineiras de Paracatu e João Pinheiro.
Chegou a Paracatu às 11 horas e o jogo estava marcado para as 16 horas do dia 30, quando venceu o Amoreiras Esporte Clube local por 1 x 0, gol de Ditão, aos 44 minutos do 1º tempo.
O Amoreiras atuou com a seguinte constituição: Nivaldo, Lolô, Maurício, Jonas e Manuel; Paulão e Dito; Ovídio, Ratinho, Vilmunde e Zezinho.
Formou o Civilsan com Raspinha, Ditão (Sir Peres), Pedro Pradera, Alaor Capella e Wilson; Bugue, Heitor e Sabará; Manoelzinho, Moisés e Eduardo. Técnico: Otaziano.
A renda foi de NCr$ 1.600,00.

Após o jantar em Paracatu, por volta de 23 horas do sábado, a delegação do Civilsan seguiu para João Pinheiro, onde hospedou-se no Hotel Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Em João Pinheiro, às 16 horas do dia 31 de maio, enfrentou a A. A. e Recreativa Pinheirense. O resultado foi o empate em 0 x 0. As equipes formaram assim:
Pinheirense: Auro, Bezerra, Wilson, Gonzaga e Joaquim; Feira e Piazza; Arara, Ita (Mansinho), Galeno e Tizinho.
Civilsan: Ernâni, Ditão (Sir Peres), Pedro Pradera, Alaor Capella e Wilson; Bugue (Nenê), Heitor e Sabará; Manoelzinho, Moisés e Eduardo (Cid) (Baiano). Técnico: Otaziano.

O árbitro dos dois jogos foi Oswaldo dos Santos, de Brasília.




quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

# PASSARAM POR AQUI: Djalma Santos



Djalma Santos nasceu no bairro do Bom Retiro, em São Paulo (SP), no dia 27 de fevereiro de 1929, e faleceu em Uberaba (MG), em 23 de julho de 2013, aos 84 anos.
Começou no futebol da várzea paulistana e, depois de testes frustrados no Ypiranga e no Corinthians, foi para a Portuguesa de Desportos, onde estreou em 16 de agosto de 1948, na Vila Belmiro, contra o Santos, com derrota de 3 x 2.
Djalma Santos foi ídolo da Portuguesa de Desportos, onde disputou 453 jogos. Fez parte de uma das melhores equipes do clube em todos os tempos, ao lado de jogadores como Brandãozinho, Julinho e Pinga, e conquistou o Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1955 e a Fita Azul em 1951 e 1953. É o segundo maior recordista de jogos disputados pelo clube.
Sua despedida aconteceu em 29 de abril de 1959, pelo Torneio Rio-São Paulo, com vitória de 6 x 3 sobre o Palmeiras.
Transferiu-se para o Palmeiras, onde jogou 498 partidas durante nove anos e conquistou vários títulos. É o sétimo jogador que mais vestiu a camisa da equipe alviverde. Foi no Palmeiras que Djalma Santos conquistou o maior número de títulos de sua carreira: o Campeonato Paulista em 1959, 1963 e 1966; a Taça Brasil de 1960 e 1967. Além disso, venceu o Torneio Rio-São Paulo em 1965.
Estreou no dia 30 de maio de 1959, no Pacaembu, na goleada sobre o Comercial, da capital paulista, por 6 x 1.
Se despediu do Palmeiras em 12 de fevereiro de 1967, no Palestra Itália, num amistoso contra o Náutico.
Encerrou sua carreira no Atlético Paranaense, onde jogou de 1968 a 1972, encerrando sua carreira aos 42 anos de idade, outra marca pouco comum para jogadores de futebol. Conquistou o campeonato paranaense de 1970.
Apesar de ter defendido apenas três clubes na carreira, Djalma Santos vestiu uma vez a camisa do São Paulo, mesmo pertencendo na época ao Palmeiras. No dia 9 de novembro de 1960, jogou como convidado nos festejos da inauguração do Estádio do Morumbi, na vitória de 3 x 0 sobre o Nacional, do Uruguai.

Disputou 114 jogos pela Seleção Brasileira (a primeira delas em 10 de abril de 1952, Brasil 0 x 0 Peru, em Santiago, Chile), marcando três gols. Conquistou a Copa do Mundo de 1958 e 1962; a Taça Oswaldo Cruz em 1955, 1956, 1958, 1961 e 1962; a Taça Bernardo O'Higgins em 1955, 1959 e 1961 e a Taça do Atlântico em 1956 e 1960.
Seu último jogo pela Seleção Brasileira foi em 9 de junho de 1968, Brasil 2 x 0 Uruguai, no Pacaembu, em São Paulo.
Nos anos de 1997 e 2000, Djalma Santos foi eleito pela FIFA como o maior lateral-direito de todos os tempos.
Participou do plantel da Seleção Brasileira em quatro Copas do Mundo: 1954, 1958, 1962 e 1966.

Ao lado de Pelé, são os únicos a iniciarem pelo menos uma partida como titular da Seleção Brasileira em quatro Copas do Mundo.
Djalma Santos e Franz Beckenbauer são os dois únicos jogadores no mundo a terem sido escolhidos três vezes o melhor jogador em sua posição em Copas do Mundo. Djalma foi eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo de 1954, 1958 e 1962.
Terminou a carreira sem ter sido expulso uma única vez.
Na partida final da Copa do Mundo de 1958, Brasil x Suécia, entrou no lugar do titular De Sordi, que estava contundido. Em apenas noventa minutos, foi eleito o melhor jogador da posição no Mundial, que foi o primeiro conquistado pelo Brasil em toda a história.

Em 1963, foi o único brasileiro a integrar a seleção da FIFA, que enfrentou a Inglaterra em um amistoso no Estádio de Wembley.
Após parar de jogar, Djalma seguiu para ser treinador, e teve como primeiro desafio comandar o time do Vitória, de Salvador (BA).

Pouco tempo antes de falecer, Djalma Santos era professor de futebol das escolinhas públicas de Uberaba (MG).

PASSAGEM POR BRASÍLIA

Quando chegou a Brasília, Djalma Santos tornou-se o segundo bicampeão mundial a trabalhar na capital do Brasil: o outro era Nilton Santos, que trabalhava no DEFER.
No dia 23 de fevereiro de 1989, dirigiu o primeiro coletivo como técnico do Guará.

Djalma Santos no Guará
Poucos dias depois, concedeu uma entrevista ao Jornal de Brasília, da qual reproduzimos algumas partes abaixo.
JBr - Sua contratação foi cogitada pela primeira vez em dezembro de 1988, depois dada como irrealizável, mas afinal concretizada. Por que acabou aceitando o convite do Guará?
DS - Meu retorno para a Itália, onde trabalho para um clube da Terceira Divisão, só vai acontecer em setembro, após o término da temporada 1988/89. Dessa forma não há mais impedimento para que oriente uma equipe no Brasil. A proposta do Guará não era a melhor que tinha, mas minha amizade com o Wander Abdalla, presidente do Guará, e com o Nilton Santos, que trabalha no DEFER, influiu bastante. Fico até setembro.
JBr - E o elenco, agradou?
DS - Temos condições de ganhar o título. Entretanto, o trabalho de quinta-feira foi o segundo da rapaziada com bola. Estamos atrasados, alguns jogadores estão meio gordos e vamos precisar de uma atividade intensa.
JBr - Atividade intensa se tem com período integral. Alguns jogadores do Guará tem outro emprego.
DS - É verdade. Isso dificulta, mas os que puderem trabalhar com o futebol integralmente deverão fazê-lo. Vou querer muita atividade com bola, mesmo na preparação física, pois com ela o jogador tem mais motivação.
JBr - Esse duplo emprego denota ainda uma dose de amadorismo, mesmo para o vice-campeão brasiliense. Que ideia tem do futebol no Distrito Federal?
DS - Aqui, apenas dois ou três times deverão ter chances reais de chegar ao título, o que não torna o campeonato muito difícil. A maioria dos times enfrenta mais problemas que o nosso. A rigor, só temos que, comparativamente, recuperar o tempo perdido.
A estreia de Djalma Santos no comando do Guará aconteceu em 5 de março de 1989, no CAVE, com vitória de 3 x 0 sobre o Planaltina.
O Guará foi o primeiro colocado do Grupo B, com cinco vitórias e duas derrotas, e decidiu o 1º turno com o vencedor do Grupo A, o Sobradinho.
Após dois jogos, empate no CAVE e vitória no Augustinho Lima, o Guará conquistou o título de campeão do 1º turno.
No segundo turno o Guará não foi nada bem, vencendo apenas um jogo nos sete que disputou.
A sequência de maus resultados continuou no terceiro turno. 
No dia 14 de junho de 1989, quando o Guará foi derrotado pelo Ceilândia, por 2 x 1, no CAVE, Djalma Santos manifestou seu desejo de deixar o clube pela primeira vez. Na oportunidade, Wander Abdalla alegou que a decisão poderia estar sendo tomada precitadamente.
Uma nova derrota no dia 18 de junho, pelo mesmo marcador, diante do Tiradentes, acabou convencendo Djalma Santos de que era mesmo a hora de sair.
Djalma Santos deixou o Guará após dirigi-lo por 19 jogos, nos quais obteve sete vitórias, seis empates e seis derrotas.
No dia 20 de junho de 1989, pela manhã, antes do início dos treinamentos no estádio do CAVE, Djalma Santos anunciou a todo o elenco do Guará que não era mais o técnico da equipe.
Pediu demissão do cargo ao presidente Wander Abdalla na noite de segunda-feira, 19 de junho, ponderando que não estava conseguindo resultados positivos no comando do time, o que vinha desgastando-o e a equipe. Toda a Comissão Técnica (o preparador físico Jorge Moreira, seu auxiliar Maranhão, o médico Júlio Stohler e o assistente de supervisão Manoel Cajueiro) se demitiu junto com o treinador.
O Guará ficaria com a quarta colocação ao final do campeonato.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

O DIA DE HOJE NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: Brasília x Botafogo-RJ - 1983


Em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro da Série A, o Brasília foi até o Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), enfrentar o Botafogo, ambos com apenas três pontos ganhos e lutando por uma vaga na repescagem, quase sem chances de classificação entre os três primeiros colocados do grupo.
A imprensa chegou a noticiar que era o jogo do ruim contra o pior!
Em um jogo de baixíssima qualidade técnica, o Botafogo conseguiu uma vitória fácil diante do Brasília. O jogo só serviu para mudar a posição de ambos no grupo. Com a vitória, o Botafogo passou a ter um ponto a mais que o Brasília, decretando a desclassificação do colorado brasiliense para a sequência da Taça de Ouro.

BOTAFOGO-RJ 3 x 0 BRASÍLIA
Data: 26 de fevereiro de 1983
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Alvimar Gaspar dos Reis (MG)
Renda: Cr$ 2.167.000,00
Público: 5.060 pagantes
Expulsão: Paulo Sérgio, do Brasília, e Jérson, do Botafogo
Gols: Té, 6, 63 e 83
BOTAFOGO: Paulo Sérgio, Paulo Verdum, Abel, Cristiano e Josimar; Alemão, Ataíde e Jérson; Geraldo, Té (Chicão) e Édson (Serginho). Técnico: Zé Mário.
BRASÍLIA: Déo, Ricardo, Kidão, Jonas Foca e Nilton; Paulo Sérgio, Zu e Wander (Wilson Bispo); Márcio, Larry e Zé Carlos. Técnico: Bugue.



terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

OS CLUBES DO DF: CEUB


No dia 25 de fevereiro de 1971, aconteceu a fundação do Ceub - Centro Esportivo Universitário de Brasília (*), através da Resolução nº 01, do Centro de Ensino Unificado de Brasília - CEUB, dessa mesma data.

(*) Esse nome seria alterado em reunião da diretoria do CEUB realizada no dia 17 de agosto de 1972. Através de Assembleia Geral, o clube decidiu mudar mais uma vez o nome da entidade, passando a chamar-se de agora em diante Ceub Esporte Clube.

Foram sócios fundadores: Alberto Péres, João Herculino de Souza Lopes, Máximo Joaquim Calvo Villar, Flávio Labouriau Barroso, Lauro Franco Leitão, Edmur Carlos Gonçalves de Oliveira, Genulpho da Fraga Rogério, Osmar Gomes Ramagem, Ayrton Klier Péres, Adilson Klier Péres, Humberto de Mendonça Gomes, Luiz Roberto Bastos Serejo, José de Oliveira Neves, Fausto de Vasconcellos Padrão, Hezir Espíndola Gomes Moreira e Jésus Augusto Péres.
E sócios contribuintes: Renato de Aguiar Attuch, Álvaro José Lindoso Veiga, Álcio Carvalho Portela, José Airton Aquino de Oliveira, Flatônio José da Silva, Carlos Alberto Arold Faria, Ramon Geraldo Lopes, Paulo Peres, Ivo Krebs Montenegro, Jupyratan Klier e Pio Pacelli Moreira Lopes.
O Ceub passou a adotar três uniformes: 1º - Camisa amarela, calção branco e meias brancas; 2º - Camisa azul, calção azul e meias azuis e amarelas; e 3º - Camisa com listras amarelas e azuis, calção azul com friso amarelo e meias azuis com faixa amarela.

O Ceub solicitou sua filiação à Federação Desportiva de Brasília no dia 1º de março de 1971. Foi exarado o seguinte despacho: “Tratando-se de nova agremiação, cujas bases patrimoniais, associativas e financeiras conhecemos, aceitamos sua filiação precária “ad referendum” da Assembleia Geral, estipulando um prazo de 30 (trinta) dias para complementação. Publique-se. Em 01/03/1971. a) Dr. Wilson de Andrade - Presidente”.




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

OS GOLEIROS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Abraão



NOME COMPLETO: Abraão Hildo de Carvalho
APELIDO/NOME DE GUERRA: Abraão
POSIÇÃO: Goleiro
DATA E LOCAL DE NASCIMENTO: 24.02.1981, Brasília-DF
INSCRIÇÃO CBF: 154.992
INSCRIÇÃO DF: 3.464

CARREIRA NO FUTEBOL DO DF

ANO

COMPETIÇÃO

CLUBES

JD

TÍTULOS CONQUISTADOS

2000

CAMPEONATO BRASILIENSE 2D

FLAMENGO

2001

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

BRAZLÂNDIA

2001

CAMPEONATO BRASILIENSE 2D

FLAMENGO

2002

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

BRAZLÂNDIA

2003

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

BRAZLÂNDIA

3

2003

CAMPEONATO BRASILIENSE 2D

BRASÍLIA

2004

CAMPEONATO BRASILIENSE 2D

ESPORTIVO

2005

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

BANDEIRANTE

5

2005

CAMPEONATO BRASILIENSE 2D

ESPORTIVO

2006

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

PARANOÁ

2

2006

CAMPEONATO BRASILIENSE 2D

BRAZLÂNDIA

2

2007

CAMPEONATO BRASILEIRO 3D

ESPORTIVO

1

2007

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

PARANOÁ

7

2007

CAMPEONATO BRASILIENSE 2D

BRAZLÂNDIA

9

Campeão brasiliense da Segunda Divisão - 2007

2008

CAMPEONATO BRASILEIRO 3D

DOM PEDRO II

11

2008

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

BRAZLÂNDIA

13

2009

CAMPEONATO BRASILIENSE 2D

CRUZEIRO

5

2011

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

BOTAFOGO

2011

CAMPEONATO BRASILIENSE 2D

BRAZLÂNDIA

5

Campeão brasiliense da Segunda Divisão - 2011

2012

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

BRAZLÂNDIA

7

2013

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

BRAZLÂNDIA

4

2015

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

CEILANDENSE

4

2017

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

C. A. TAGUATINGA

8

2018

CAMPEONATO BRASILIENSE 1D

SANTA MARIA

5


CURIOSIDADES:

Em janeiro de 2017, quando foi contratado pelo C. A. Taguatinga, já havia pendurado as luvas. Depois que terminou o campeonato, anunciou novamente a aposentadoria. Na sequência assumiu a presidência do Brazlândia no dia 3 de abril de 2017 e montou um projeto ambicioso para conquistar o acesso para a Primeira Divisão. Porém, o clube acabou parando nas semifinais da Segunda Divisão e não conquistou seu objetivo.
No ano seguinte, foi a vez do Santa Maria fechar um acordo com o goleiro para defender sua meta no campeonato brasiliense da primeira divisão de 2018.
Abrão também já jogou fora de Brasília, no Araguaína, de Tocantins, em 2008.
Teve uma época em que Abraão dividia seu tempo entre ser goleiro e trocador de ônibus. Viveu um drama quando sofreu um assalto.