Anísio (massagista), Terezo, Fabinho, Luís Carlos, Alencar, Nego, Nenê e Inácio Milani; Agachados: Junior, Marquinhos, Nei, Léo e Xisté |
Na segunda fase do futebol profissional brasiliense (1976 até hoje), a primeira
convocação de uma Seleção de Brasília aconteceu em fevereiro de 1976. O
adversário seria a Seleção Brasileira.
No dia 12 de fevereiro de 1976 foi formada a Comissão Técnica, que ficou assim
formada:
Supervisor: Roulien Rodrigues
Técnico: Cláudio Garcia (Ceub)
Auxiliar Técnico: Inácio Milani (Grêmio)
Assessor: José Jorgito
Preparadores Físicos: Caranambu Bessa (Brasília) e Rubens Freitas (Grêmio)
Médicos: Túlio Vasconcelos (Federação) e Flory Machado (Ceub)
Massagista: Anísio Cabral (Brasília)
Enfermeiro: Edson Alves de Oliveira (Brasília)
Roupeiro: Antônio Português (Grêmio)
No dia seguinte, 13 de fevereiro de 1976, às 20:30 horas, os 22 jogadores
convocados se apresentaram na sede da Federação Metropolitana de Futebol. Foram
eles:
Goleiros: Nêgo (Grêmio) e Norberto (Brasília)
Zagueiros: Terezo (Brasília), Luís Carlos Lopes (Grêmio), Fabinho (Grêmio),
Luís Carlos Teixeira (Brasília), Sidney (Brasília), Grimaldi (Grêmio), Nenê
(Ceub) e Décio (Ceub)
Médios: Renê (Ceub), Raimundinho (Brasília), Alencar (Ceub), Marquinhos
(Grêmio), Xisté (Ceub) e Hamilton (Grêmio)
Atacantes: Junior - que mais tarde passaria a ser chamado de Junior Brasília (Ceub),
Humberto (Brasília), Léo (Grêmio), Mineirinho (Brasília), Gilbertinho (Ceub) e
Nei (Brasília)
O primeiro treino aconteceu no dia 17 de fevereiro, no campo do Corpo de
Bombeiros, no Setor Policial Sul. Os titulares, de camisas amarelas, formaram
com Nego, Terezo, Luís Carlos Teixeira, Fabinho e Grimaldi; Alencar,
Raimundinho e Xisté; Junior, Léo e Nei. Os reservas, com camisas azuis, foram
Norberto, Luís Carlos Lopes, Décio, Sidney e Nenê; Marquinhos, Renê e Hamilton;
Mineirinho, Humberto e Gilbertinho. No decorrer do treino, que durou 90
minutos, Cláudio Garcia trocou Grimaldi por Nenê, Xisté por Marquinhos e Nei
por Humberto.
Os titulares venceram por 5 x 0, com gols de Terezo (2), Léo, Xisté e Humberto.
No dia 19 de fevereiro foi realizado o segundo treino, no campo da SLU -
Serviço de Limpeza Urbana. Os titulares voltaram a vencer, desta vez por 2 x 1,
com dois gols de Léo, enquanto que Humberto descontou para os suplentes.
Assim que terminou o treino, quatro jogadores foram cortados: Grimaldi, Décio,
Mineirinho e Gilbertinho. Grimaldi foi examinado no treino e ficou constatado
que sofreu uma distensão no músculo lombar e não tinha condição de se recuperar
até o momento do jogo.
No dia do jogo, 21 de fevereiro, a seleção brasiliense entrou em campo com
camisas verdes de golas e punhos brancos, calções e meiões brancos.
Valdir Peres saindo do gol para defender a bola |
O gol da seleção brasileira surgiu aos 36 minutos do 1º tempo. Após uma
investida pela direita, com Nelinho, a defesa brasiliense interceptou a jogada.
O centroavante Léo, que jogava muito recuado, recebeu a bola e sozinho tentou
ultrapassar o meio campo. Adiantou demais a bola e esta se ofereceu para
Chicão. Percebendo a defesa adiantada, Chicão esticou um passe para Flecha. O
goleiro Nego fez que ia sair do gol e parou. Quando saiu, não deu mais tempo,
pois Flecha chegou primeiro na bola e marcou o único gol da partida.
Aberta a contagem pensava-se que a seleção brasiliense se apavoraria, temendo
uma goleada. Isso não aconteceu.
Na segunda etapa, a seleção brasiliense apresentou-se muito melhor que o
selecionado brasileiro. Com muita bravura, o time buscou o empate e só não
conseguiu por falta de sorte. Alencar e Marquinhos tomaram conta do meio campo
e todo o ataque se mexia muito. Aos 16 minutos, a seleção brasiliense já
poderia ter empatado a partida. Percebendo a penetração de Marquinhos, Junior
fez um excelente passe. Marquinhos driblou Rivelino e tocou para Nei, que
entraria na área para finalizar, mas foi derrubado. Falta perigosa, que Xisté
cobrou na barreira.
Minutos depois, a seleção de Brasília perdeu a melhor oportunidade para o
empate. Xisté desceu pela ponta esquerda e enfiou um passe para Léo, dentro da
área. O centroavante livrou-se do primeiro marcador e quando tinha tudo para
marcar, perdeu o equilíbrio e permitiu que Miguel salvasse a defesa do apuro.
Após esses dois ataques, a seleção brasileira tratou de acordar e cuidou mais
do meio campo.
Ainda houve um lance de Junior, que fez um cruzamento para a área, Valdir Peres
espalmou e a bola bateu na trave.
O mesmo Junior foi um dos destaques do jogo, ao infernizar a vida de Marinho
Chagas, chegando a dar um balão e vários dribles no lateral esquerdo da Seleção
Brasileira.
O empate acabou não acontecendo.
Junior, Alencar, Marquinhos e Nenê foram as grandes figuras da partida. Pelo
lado da seleção brasileira, somente Nelinho e Amaral mereceram destaques.
A ficha técnica do jogo foi a seguinte:
SELEÇÃO BRASILEIRA 1 x 0 SELEÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
Data: 21 de fevereiro de 1976
Local: Estádio Presidente Médici (atual Mané Garrincha)
Árbitro: Armando Marques
Renda: Cr$ 305.780,00
Público: 27.935 pagantes
Gol: Flecha, 36
BRASIL: Valdir Peres, Nelinho (Getúlio), Miguel, Amaral e Marinho Chagas;
Chicão, Geraldo e Rivelino; Flecha (Edu), Palhinha e Lula (Falcão). Técnico:
Osvaldo Brandão.
DISTRITO FEDERAL: Nêgo, Terezo, Luís Carlos Teixeira, Fabinho e Nenê; Alencar,
Marquinhos e Xisté; Junior, Léo e Nei (Humberto). Técnico: Cláudio Garcia.
Nota:
O presidente Ernesto Geisel e o secretário norte-americano Henry Kissinger
estiveram no estádio. No intervalo do primeiro para o segundo tempo, Marinho e Nelinho
foram à Tribuna de Honra do estádio e ofereceram as camisas do Botafogo e da
Seleção Brasileira às duas autoridades.
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