sexta-feira, 31 de julho de 2020

A PRIMEIRA VEZ A GENTE NÃO ESQUECE: a primeira Copa do Brasil - 1989


A hoje cobiçada Copa do Brasil já foi chamada de “torneio criado para pagar votos das federações que elegeram Ricardo Teixeira”. Isso aconteceu em 1989, ano em que foi criada.
A primeira edição da Copa do Brasil foi disputada por 32 clubes (22 campeões estaduais e os dez vices dos Estados com melhor média de público em seus campeonatos regionais de 1988).

Os 32 participantes foram divididos em 16 grupos de dois.
O representante do Distrito Federal foi o Tiradentes, campeão brasiliense de 1988, que ficou em 9º lugar na classificação final.
Na primeira fase, o Tiradentes enfrentou e levou a melhor sobre o campeão goiano de 1988, o Atlético Goianiense.
O Tiradentes era comandado pelo veterano zagueiro Beto Fuscão e pelo folclórico treinador Dario, o Dadá Maravilha.
No Atlético, o maior destaque era Valdeir “The Flash”, que mais tarde se transferiria para o Botafogo, do Rio de Janeiro.
Eis as fichas técnicas dos dois jogos:

TIRADENTES 1 x 0 ATLÉTICO GOIANIENSE
Data: 19 de julho de 1989
Local: Estádio Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG)
Renda: NCz$ 1.641,00
Público: 395
Gol: Moura, 72
TIRADENTES: Déo, Beto Guarapari, Aquino, Beto Fuscão (Luisão) e Eron; Touro, Vânder e Bé; Régis, Moura e Ahlá (Ronaldo). Técnico: Dario “Dadá” Maravilha.
ATLÉTICO GOIANIENSE: Leonetti, Eugênio, Jatobá, Ferreira e Junior (Ticão); Marçal, Valdeir e Júlio César (Gilson Batata); Fernando Almeida, Mauro Madureira e Gerson. Técnico: Paulo Néli.

ATLÉTICO GOIANIENSE 0 x 0 TIRADENTES
Data: 22 de julho de 1989
Local: Estádio Serra Dourada, Goiânia (GO)
Árbitro: Nacor Benedito Arouche (MA)
Renda: NCz$ 3.607,00
Público: 823
Expulsões: Touro, 66 e Jatobá, 72.
ATLÉTICO GOIANIENSE: Leonetti, Ramón, Jatobá, Ferreira e Eugênio; Ticão, Valdeir (Gilson Batata) e Júlio César; Fernando Almeida (Marçal), Mauro Madureira e Gerson. Técnico: Paulo Néli.
TIRADENTES: Déo, Beto Guarapari, Luisão, Aquino e Eron; Touro, Régis (Ronaldo) e Vânder (Djalma Lima); Moura, Bé e Ahlá. Técnico: Dario “Dadá” Maravilha.

Na segunda fase, o Tiradentes enfrentou o Corinthians paulista.
O primeiro jogo seria realizado no dia 26 de julho, à noite, no Estádio do Canindé. Devido à chuva que caiu em São Paulo durante todo o dia, o jogo foi adiado, transferido para o dia 27 de julho, à tarde (16 horas), no Estádio do Pacaembu.
No primeiro tempo, os jogadores do Corinthians cometeram constantes erros, redundado em contra-ataques do Tiradentes que, para a sorte da torcida corinthiana, sempre foram mal aproveitados. O placar ficou em 0 x 0.
Com o gol de Neto, logo aos dois minutos do segundo tempo, a situação mudou. O Corinthians passou a jogar nos contra-ataques, anulando o adversário. O Tiradentes só teve uma chance de gol no segundo tempo, através de Moura, que chutou cruzado pela direita e Ronaldo colocou para escanteio.
Os demais gols foram marcados por Mauro, aos 12, Marcos Roberto aos 32 e Eduardo aos 43 minutos e Neto aos 45. Resultado final: Corinthians 5 x 0.
Com isso, o Corinthians poderia perder até por 4 x 0 e estaria classificado para as quartas-de-final da Copa do Brasil.

CORINTHIANS 5 x 0 TIRADENTES
Data: 27 de julho de 1989
Local: Estádio Pacaembu, São Paulo (SP)
Árbitro: César Zanfranceschini (GO)
Renda: NCz$ 67.345,00
Público: 11.489
Gols: Neto, 51; Mauro, 56; Marcos Roberto, 75; Eduardo, 87 e Neto, 90.
CORINTHIANS: Ronaldo, Wilson Mano, Marcelo, Pinella e Denys (Ari Bazão); Márcio, Eduardo e Neto; Fabinho, Viola (Marcos Roberto) e Mauro. Técnico: Palhinha.
TIRADENTES: Déo, Beto Guarapari, Luisão, Aquino e Eron (Gilberto); Djalma Lima, Bé e Vânder; Régis, Moura e Ahlá (Ronaldo). Técnico: Dario “Dadá” Maravilha.

A goleada no jogo anterior deu ao Corinthians a oportunidade de poder esperar pelo adversário em seu campo. Essa foi a tática armada pelo técnico Palhinha durante todo o jogo.
Foi através de contra-ataques que o Corinthians criou sua única chance de gol na primeira etapa, através de Mauro, que Déo defendeu.
O Tiradentes passou a pressionar. Marcou a saída de bola corinthiana, mas esbarrou na falta de criatividade de seus jogadores. Mesmo criando as melhores jogadas, o Tiradentes pecou na armação e finalização.
O gol saiu aos 14 minutos do segundo tempo, através do lateral Beto Guarapari, cobrando falta.

TIRADENTES 1 x 0 CORINTHIANS
Data: 29 de julho de 1989
Local: Estádio Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Júlio César Consenza (RJ)
Renda e público: não fornecidos
Gol: Beto Guarapari, 59
TIRADENTES: Déo, Beto Guarapari, Luisão, Aquino e Eron; Djalma Lima, Touro e Bé; Régis, Moura e Vânder. Técnico: Dario “Dadá” Maravilha.
CORINTHIANS: Ronaldo, Wilson Mano, Marcelo, Pinella e Ari Bazão; Márcio, Eduardo e Neto; Fabinho (Marcos Roberto), Viola e Mauro (Nenê). Técnico: Palhinha.


quinta-feira, 30 de julho de 2020

GRANDES RESULTADOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Gama x Botafogo na Copa do Brasil de 2004


O PRIMEIRO JOGO

Em partida com oito gols e cheia de alternâncias no placar, Gama e Botafogo empataram no dia 24 de março de 2004, no primeiro confronto da segunda fase da Copa do Brasil, no Bezerrão.
As emoções na partida não ficaram restritas às quatro linhas. Até pouco mais de duas horas antes do confronto havia a ameaça de a bola não rolar por conta de uma guerra de liminares na Justiça comum.
O público de pouco mais de três mil pessoas viu o Gama jogar melhor na maior parte do primeiro tempo, mas sofrer três gols por falha de marcação.

O Botafogo abriu o placar logo na sua primeira investida, aos dois minutos, com Fernando. Os donos da casa não se abalaram e viraram o jogo. O empate foi aos sete, num chute cruzado de Rodriguinho, e a virada, aos 15, numa cabeçada do zagueiro Emerson. A alegria dos torcedores gamenses durou pouco. O Botafogo chegou ao empate aos 22, gol de Camacho. A jovem equipe candanga sentiu o golpe e acabou surpreendida aos 45, quando Alex Alves colocou o alvinegro à frente novamente.
No segundo tempo, com maior domínio do time carioca, o alviverde empatou aos 14 minutos, num golaço de Goeber, que emendou chute de primeira da meia-lua. Logo em seguida, aos 16, Wesley carimbou a trave. O campeão candango, porém, sofreu novo revés aos 18, com gol de Alex Alves. Aos 24, Camacho poderia ter ampliado, mas acertou o travessão. Victor deu números finais à partida ao igualar novamente o marcador, aos 33. Antes, aos 30, Michel Platini também bateu na trave.
Eis os dados do primeiro jogo:

GAMA 4 x 4 BOTAFOGO
Data: 24 de março de 2004
Local: Estádio Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Elvécio Zequetto (MS)
Renda: R$ 30.200,00
Público: 3.020 pagantes
Gols: Fernando, 2; Rodriguinho, 7; Emerson, 15; Camacho, 22; Alex Alves, 45; Goeber, 59; Alex Alves, 63 e Victor, 78.
Cartões amarelos: Goeber, Túlio, Erivaldo, Sandro e Camacho.
GAMA: Osmair, Weider, Carlos Eduardo, Emerson e Bobby; Erivaldo, Goeber, Wesley e Rodriguinho (Macaé); Victor e Michel Platini. Técnico: Everton Goiano.
BOTAFOGO: Jefferson, Ruy, João Carlos, Sandro e Jorginho Paulista (Daniel); Fernando, Túlio (Carlos Alberto), Valdo (Dill) e Camacho; Almir e Alex Alves. Técnico: Levir Culpi.

O SEGUNDO JOGO

Veio o segundo jogo e as emoções continuaram.
Em pleno Maracanã, a equipe alviverde venceu, pela primeira vez em sete confrontos oficiais, o Botafogo por 3 x 2, de virada.
O Gama comemorou a inédita classificação às oitavas-de-final em dez participações na Copa do Brasil.
A classificação teve direito a gol botafoguense anulado em rebote de pênalti, aos 37 minutos do segundo tempo. O atacante Alex Alves, artilheiro da Copa do Brasil, perdeu o nono gol na competição ao acertar o travessão. O lateral Ruy aproveitou a sobra no que daria a vaga ao alvinegro carioca, pois o duelo de ida acabou em 4 x 4 no Bezerrão. No entanto, Alex Alves acertou a bola antes, em lance ilegal: dois toques. O árbitro chegou a confirmar o gol, mas recuou com as reclamações dos jogadores do Gama.
Com todos os jogadores debutando no Maracanã, o Gama sofreu um gol bem cedo. Logo aos 9 minutos, Alex Alves marcou de cabeça. No minuto seguinte, no entanto, veio o empate-relâmpago: Victor, aproveitando rebote do goleiro Jefferson.
Aos 17, a virada, com o zagueiro-volante Thiago em cobrança de falta. Aos 36, o Gama ampliou, novamente através de Victor.
No segundo tempo, o Botafogo partiu para o abafa. Aos 9 minutos, aproveitando furada do lateral Bobby, Alex Alves diminuiu para o Botafogo.
O Gama, então, se encolheu. O meia Camacho ameaçou o empate com chutes aos 16, 19 e 31 minutos. Aos 34, o já citado lance do pênalti perdido por Alex Alves. Três minutos depois, o próprio Alex Alves mandou a vaga para o travessão.
Sem mais nenhum lance emocionante até o apito final do árbitro, o Gama pôde comemorar a histórica classificação.
Eis a súmula do jogo:

BOTAFOGO 2 x 3 GAMA
Data: 7 de abril de 2004
Local: Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES)
Renda: R$ 66.951,00
Público: 9.966 pagantes
Gols: Alex Alves, 9; Victor, 10; Thiago, 17; Victor, 36 e Alex Alves, 54.
Cartões amarelos: Ruy, João Carlos, Túlio, Fernando, Carlos Eduardo, Michel Platini, Weider, Goeber e Osmair.
BOTAFOGO: Jefferson, Ruy, João Carlos, Sandro e Jorginho Paulista (Daniel); Fernando, Túlio (Carlos Alberto), Valdo e Camacho; Dill (Hugo) e Alex Alves. Técnico: Levir Culpi.
GAMA: Osmair, Weider, Carlos Eduardo, Emerson e Bobby; Thiago (Leandro Leite), Goeber, Wesley e Rodriguinho; Victor (Macaé) e Michel Platini (Genilson). Técnico: Everton Goiano.



quarta-feira, 29 de julho de 2020

OS CLUBES DO DF: C. F. R. Alvorada



Em 1960, a ENACO - Engenharia, Arquitetura e Construção Ltda. era uma construtora com sede no Edifício Ceará, Projeção 8, Sala 1.105 e que tinha como Presidente Valnor de Aguiar.
Como desportista que era, Valnor criou um clube de futebol para disputar torneios contra times de outras construtoras da cidade que começava a crescer. Assim, surgiu o ENACO Esporte Clube.
Sua primeira oportunidade foi o Torneio “Danton Jobim”, em homenagem ao DC-Brasília e aos jornalistas brasileiros, competição disputada por 12 empresas de construção ou ligadas a elas.
O ENACO ficou na Chave B, juntamente com Expansão, Rabello e Nacional.
Os jogos foram realizados nos dias 3, 10 e 17 de julho de 1960. No primeiro jogo, venceu o Expansão por 4 x 2. No dia 10, passou pelo Nacional, por 3 x 1. No terceiro e último jogo, apesar da derrota de 4 x 3 para o Rabello, ficou com a vaga de primeiro lugar do grupo, classificando-se para o triangular final.
Perdeu os dois jogos, para Ribeiro e Planalto, ficando com o terceiro lugar.
Com os bons resultados colhidos, Valnor de Aguiar resolveu criar, em 29 de julho de 1960, o Clube de Futebol e Regatas Alvorada, nascido da fusão dos clubes ENACO e Brasília Palace.
No mesmo dia, entregou ofício solicitando filiação à Federação Desportiva de Brasília. Valnor de Aguiar foi seu primeiro Presidente e Arisberto José Gaspar de Oliveira o representante do clube junto a FDB.
Conforme constava dos seus estatutos, as cores do clube eram vermelha, branca e preta.
A estreia do novo clube aconteceu no amistoso de 28 de agosto de 1960, com derrota para o Consispa, por 5 x 3.
Uma semana depois, em 4 de setembro de 1960, participou de sua primeira competição oficial, o Torneio Início (que levou o nome de Taça "Governador Roberto Silveira"). Além do Alvorada, solicitaram inscrição outros 15 clubes.
Os jogos foram realizados no Estádio Israel Pinheiro, do Guará.
No sorteio, o Alvorada não deu muita sorte, cabendo enfrentar no sétimo jogo do dia, a forte equipe do Rabello (que viria a ser campeão do torneio). Perdeu por 1 x 0.
Por decisão da Assembleia Geral realizada no dia 14 de setembro de 1960 e em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), a Federação Desportiva de Brasília resolveu fazer um torneio para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda.
Os 16 clubes foram divididos em 4 grupos. O Alvorada ficou no Grupo D, com jogos no campo do Rabello, juntamente com Nacional, Rabello e Real.
Na primeira rodada do torneio classificatório, no dia 18 de setembro de 1960, empatou em 1 x 1 com o Real.
Na segunda, em 25.09.1960, perdeu para o Nacional por 1 x 0 e, na terceira, em 09.10.1960, foi goleado pelo Rabello, por 5 x 2. Ficou em último lugar do grupo.
Quando todos já achavam que iriam disputar a Segunda Divisão, em 13 de outubro de 1960, a A. E. Edilson Mota (um dos qualificados para disputar a Primeira Divisão) encaminhou ofício a F.D.B. comunicando a sua extinção.
Para preencher a vaga na Primeira Divisão, a FDB promoveu um torneio eliminatório entre os clubes da Segunda, iniciado em 30 de outubro de 1960.
O primeiro adversário do Alvorada foi o Sobradinho, no campo do Grêmio. Aconteceu empate em 2 x 2, resultado que tornou obrigatória a realização de uma nova partida entre ambos.
Esse jogo aconteceu no dia 6 de novembro de 1960 e o Alvorada venceu por 2 x 1, passando para a fase seguinte, quando enfrentou e venceu, no dia 13 de novembro, ao Guanabara. Com essa vitória, decidiria a vaga para a Primeira Divisão com o Defelê.
Foi aí que aconteceu outro fato que mudaria toda a história. Outro clube qualificado para a Primeira Divisão, o Consispa, resolveu desfiliar-se.
Em virtude dessa desfiliação, a Federação então resolveu não mais realizar a partida entre Defelê e Alvorada, prevista para 20 de novembro de 1960, elevando a ambos para a Primeira Divisão.
A estreia na Primeira Divisão não foi nada agradável: no dia 27 de novembro de 1960, sofreu uma tremenda goleada de 7 x 0 diante do Guará. Era o prenúncio de que o clube não estava preparado para encarar esse desafio. Outras goleadas vieram e o Alvorada ficou com a sexta colocação, com duas vitórias e cinco derrotas. Marcou doze gols e sofreu 32. Atrás do Alvorada ainda ficaram Nacional e Pederneiras.
Eis alguns jogadores que defenderam o Alvorada em 1960: Goleiro: Zequinha; Defensores: Zózimo, Rodrigues, Lindcelso, Tininho e Orlando; Atacantes: Zeca, Lazinho, Erivan, Bolacha, Zezinho, Dondão e Carioca.
No torneio de aspirantes, o Alvorada foi o último colocado.
Em 1961, as coisas não melhoraram para o lado do Alvorada.
No Torneio Início disputado no dia 9 de julho de 1961, no Estádio “Israel Pinheiro”, do Guará, foi desclassificado pelo Nacional.
No campeonato, ficou em 7º lugar, só não ficando com a última colocação por que o Sobradinho resolveu não disputar o campeonato até o seu final. Nos 13 jogos que disputou, venceu apenas um, empatou três e perdeu nove. Marcou 17 gols e sofreu 33.
O goleiro Pena, os defensores Ibê, Roberto, Fontenelle, Venino, Loureiro e Zeca e os atacantes Cícero, Sílvio, Gilberto, Jason, Valquir, Chico, Élcio, Luizinho e Zé Carlos foram alguns dos jogadores que vestiram a camisa do Alvorada em 1961.
Em 1962, nos dias 30 de maio e 3 de junho, promoveu o Torneio “Antônio Carlos Barbosa”, quadrangular que ainda reuniu Presidência, Guanabara e Cruzeiro do Sul. Foi uma festa sem a menor graça para o Alvorada, que perdeu o primeiro jogo para o Cruzeiro do Sul por 6 x 1 e o segundo para o Guanabara (2 x 1).
Recuperou-se uma semana depois (10 de junho), quando foi realizado o Torneio Início, no Estádio “Ciro Machado do Espírito Santo”. Venceu por 1 x 0 o Presidência; depois ficou no 0 x 0 com o Grêmio, conquistando a vitória nos pênaltis (2 x 1). Na final, contra o Guanabara, no tempo normal de jogo empate em 2 x 2; na decisão por pênaltis, vitória do Guanabara por 6 x 5.
O Campeonato da Primeira Divisão de 1962 foi dividido em duas zonas: Norte e Sul. O Alvorada pertencia a Zona Norte, com Nacional, Rabello, Defelê e Guanabara.
Disputou os quatro jogos do 1º turno e perdeu todos. Antes de ser iniciado o segundo turno, o Alvorada encaminhou ofício à Federação Desportiva de Brasília solicitando dispensa do restante do campeonato, no que foi atendido.
Voltou em 1963, novamente realizando uma boa campanha no Torneio Início realizado em 12 de maio, no campo do Grêmio, Estádio “Vasco Viana de Andrade”. Venceu o Nacional (1 x 0) e empatou com o Colombo (0 x 0), perdendo a chance de passar para a final nos pênaltis: 3 x 2 a favor do Colombo.
No campeonato de 1963, disputado por nove equipes, novamente ficou em último lugar. Disputou 16 jogos e só venceu um, empatando quatro e perdendo onze. Marcou apenas nove gols e sofreu 38.
Com isso, foi obrigado a disputar, nos dias 27 de outubro e 3 de novembro, uma melhor-de-três contra o Dínamo (campeão da Segunda Divisão), para ver quem ficaria com a vaga na Primeira Divisão em 1964. Foi a única vez que aconteceu esse tipo de disputa.
No dia 27 de outubro, vitória do Alvorada, por 1 x 0, gol de Azulinho, cobrando pênalti.
No dia 3 de novembro, goleada do Alvorada para cima do Dínamo, por 4 x 1 Dínamo, gols de Moacir (2) e Morato (2) para o Alvorada e Baiano para o Dínamo.
Com esses resultados, o Alvorada permaneceu na Primeira Divisão.
Jogaram mais vezes durante o ano: Goleiros - Toninho e Roberto; Defensores - Ibê, Brun, Veludo, Marujo, Cardoso, Cremonês, Josias e Tomazinho; Atacantes - Batista, Hélcio, Azulinho, Moacir, Zeca, Almir, Baiano, Morato, Delém, Dias, Terêncio e Alemão.
Em 25 de fevereiro de 1964 ocorreu a Assembleia Geral que aprovou a reforma nos estatutos da Federação. As categorias passaram a ser: Divisão de Futebol Profissional, Primeira Divisão de Futebol Amador, Segunda Divisão de Futebol Amador, Departamento Autônomo e Divisão de Juvenis.
O Alvorada não se inscreveu em nenhuma delas.
Em 5 de dezembro de 1965, o Alvorada foi desfiliado da Federação Desportiva de Brasília.
Em 30 de julho de 1967, aconteceu reunião para se conhecer a nova diretoria do clube, que ficou assim composta: Presidente – Valnor de Aguiar; Vice-Presidente Social – João Monteiro; Vice-Presidente Esportivo – José Medeiros Teixeira e Vice-Presidente Financeiro – Moacyr Antônio Machado da Silva.
Somente em 1968, o Alvorada resolveu filiar-se novamente a FDB, na categoria de amadores. Como não houve campeonato amador nesse ano, o clube ficou sem atividades.
Em 1969, tendo em vista a necessidade de movimentar o futebol de Brasília, a Federação Desportiva de Brasília resolveu instituir um torneio oficial, ao qual poderiam concorrer todos os clubes filiados, quer profissionais, amador ou componentes do Departamento Autônomo, todos em igualdade de condições, havendo partidas de amadores com profissionais. Inscreveram-se 24 equipes.
Assim foi o retorno do Alvorada às competições oficiais. Mas, em relação às más campanhas anteriores, nada mudou. Integrando o Grupo A, com onze equipes, o Alvorada foi, de novo, o último colocado. Nos dez jogos que disputou, venceu apenas um e sofreu oito derrotas. Marcou apenas cinco gols e sofreu 27. Um retorno nada agradável!
Não disputou nenhuma competição no ano de 1970 e, em 22 de junho de 1971, aconteceu a Assembleia Geral que aprovou a sua desfiliação definitiva.


segunda-feira, 27 de julho de 2020

OS TÉCNICOS DOS CLUBES QUE DISPUTARAM O CAMPEONATO BRASILIENSE DE 1994



CLUBES
TÉCNICOS
JOGOS
BRASÍLIA
Heitor de Oliveira
18
CEILANDENSE
Sílvio de Jesus Silva
7
Roberto Ruben Delgado
6
Francisco Ubiraci Rodrigues "Bira" de Oliveira
5
COMERCIAL
Francisco das Chagas Sobrinho
18
GAMA
Paulo Roberto dos Santos
13
Joel Martins
8
José "Jota" Alves Monteiro
1
GUARÁ
Francisco Ubiraci Rodrigues "Bira" de Oliveira
11
Marcelino Teixeira de Carvalho
5
Antônio Ferreira Pedroso
1
Geninho
1
PLANALTINA
Carlos Alberto do Carmo Reis (Remo)
18
SAMAMBAIA
Jonas Francisco dos Santos "Foca"
20
SOBRADINHO
José Antônio Furtado Leal
14
Aquino
6
TAGUATINGA
Antônio Humberto Nobre
17
Froylan Pinto
1
TIRADENTES
Nilson Ramos Siqueira
10
Jorge Cardoso Medina
5
Mozair Silviano Barbosa
3