quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

FELIZ ANO NOVO!


QUANDO DEUS APITAR O INÍCIO DE UMA NOVA PARTIDA DA SUA VIDA, SAIBA QUE SERÁ UM JOGO CHEIO DE GRANDES LANCES!
COM MUITOS GOLS DE FELICIDADE!
LANÇAMENTOS CERTEIROS NOS SEUS SONHOS!
CHUTES PARA FORA NAS TRISTEZAS!
DEFESAS SENSACIONAIS DAQUILO QUE VOCÊ AMA E 
UM PLACAR BRILHANDO COM SUA VITÓRIA!


quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

RODADA DUPLA DE JOGOS INUSITADOS: 1967




No dia 9 de abril de 1967, no Estádio de Brasília (que viria mais tarde a ser o Pelezão) aconteceu uma rodada dupla de jogos inusitados, daqueles que nunca mais se verá de novo.

No primeiro jogo do dia, o Flamengo, de Taguatinga, recebeu o Bonsucesso, do Rio de Janeiro. O clube carioca venceu por 3 x 2. Mesmo perdendo, o Flamengo foi um adversário difícil de ser batido.
No 1º tempo, Paulo César marcou o gol dos cariocas, aos 26 minutos. Zoca empatou aos 12 minutos do 2º tempo. Enos desempatou para o Bonsucesso aos 30 e Zé Eustáquio voltou a empatar aos 41. Dois minutos depois, surgiu o gol da vitória do Bonsucesso, por intermédio de Celso.
O Flamengo vendeu cara a derrota atuando com Cláudio, Luiz, Eraldo (Macedo), Gilson e Miranda; Fernandinho e Beto Pretti; Dório, Manoel (Zé Eustáquio), Ademir e Zoca. O Bonsucesso venceu com Jonas, Natal, Jorge (Paulinho), Paulo Lumumba e Albérico; Paulo César e Brandão; Gilbert, Santos (Celso), Enos e Enir. José Matos Sobrinho foi o árbitro do jogo.

No jogo principal da rodada dupla, aconteceu o primeiro jogo internacional da história do Rabello, contra a Seleção do Suriname, antiga Guiana Holandesa.
O Rabello venceu por 2 x 1. No 1º tempo, Sabará, aos 12 minutos, e Zezé, aos 36, marcaram os gols do Rabello. Aos 32 minutos do 2º tempo, Doesburg assinalou o tento da Seleção do Suriname.
As equipes formaram assim: Rabello – Zé Walter, Dão, Wantuil, Carlão e Didi; Zé Maria e Paulinho; Zezé, Sabará, Luiz (Nilson) e Carlinhos. Seleção do Suriname – Sur Blyd, Bosman, Sion, Eliott e Wang Sui (Piqué); Purper Hart (Ryzemburg) e Lagadeua; Monsanto, Bramelo (Kranemburg), Haltman e Schal (Doesburg).
O árbitro do jogo foi Gilberto Nahas e os ingressos tiveram o preço único de 3 mil cruzeiros.



terça-feira, 29 de dezembro de 2015

BATE BOLA COM O TREINADOR FILINTO HOLANDA




Para começar nosso bate papo, diga seu nome completo e qual o local e a data de seu nascimento?
Meu nome completo é Filinto Antônio Teixeira Holanda, sendo mais conhecido por Filinto Holanda. Nasci em Pacoti (CE), no dia 22 de outubro de 1961.

Quando você começou a jogar futebol?
Comecei em 1979, na Escolinha do Fortaleza. Depois passei para a base do Ceará, chegando ao time profissional.

Quem foi seu primeiro treinador? Quem mais o incentivou a continuar a carreira de jogador de futebol?
Meu primeiro técnico foi Jurandir Branco, que trabalhou nas categorias de base do Fortaleza por muitos anos e faleceu neste ano de 2015. Meu maior incentivador foi meu pai, José Moacir Holanda.

Conte um pouco de sua trajetória no futebol, citando os clubes e os anos em que jogou.
Como disse antes, comecei na Escolinha do Fortaleza, em 1979, e depois passei para o Ceará, chegando ao profissionalismo no ano de 1980. De 1982 a 1984, passei por três clubes cearenses: 1982, no Guarany, de Sobral, 1983, no América, de Fortaleza, e 1984, no Calouros do Ar, também de Fortaleza. Em 1985 tive minha primeira experiência fora do Ceará, quando joguei na Esportiva, de Guaxupé, interior de Minas Gerais. Dali passei para o Goianésia, no interior de Goiás, no ano de 1986. Retornei ao Ceará em 1987, para jogar no Guarani, de Juazeiro do Norte. Em 1988, fui jogar no Clube Desportivo Cova da Piedade, equipe que disputava a Segunda Divisão do futebol de Portugal. No ano seguinte, transferi-me para o Clube Desportivo de Cinfães, da Terceira Divisão de Portugal. Retornei ao Brasil em 1990, para jogar no São Luiz Futebol Clube, de São Luís de Montes Belos (GO). Nesse mesmo ano, nesse mesmo clube, iniciei minha carreira de treinador.

E como treinador de futebol, como foi sua extensa carreira?
Tendo iniciado minha carreira de treinador no São Luiz F. C., fiquei nesse clube no período de 1990 a 1992, na Segunda Divisão de Goiás. Nesse último ano, fui para o Caldas Esporte Clube, de Caldas Novas (GO), onde fui treinador em 1992 e Supervisor Técnico nos anos de 1993 e 1994. Ainda em 1994, passei a ser o treinador da Anapolina, de Anápolis (GO). Em 1995, estive no CRAC, de Catalão (GO) e depois no Santa Helena E. C., de Santa Helena de Goiás (GO). Voltei ao Caldas em 1996, onde fui treinador nesse ano e Diretor Técnico em 1997. Neste ano conheci o técnico Luiz Felipe Scolari na pré-temporada que o Palmeiras fez em Caldas Novas e aprendi bastante. Ainda em 1997 fui para o futebol brasiliense, onde conquistei o título do campeonato do Distrito Federal pelo Gama. Retornei ao futebol goiano em 1998, para o Caldas, onde conquistei o acesso à Primeira Divisão, sendo escolhido o melhor treinador da temporada. Passei um longo período no Caldas E. C., de 1998 a 2001. Neste último ano, ainda encontrei um tempo para ser treinador do Minaçu Esporte Clube, também de Goiás. Continuei no futebol goiano por mais algumas temporadas, trabalhando na coordenação das categorias de base do Caldas de 2002 a 2006.
Em 2007 treinei o Trindade, de Goiás, e o Esportivo Guará (DF), no Campeonato Brasileiro da Série C, permanecendo até 2008, quando treinei o Goianésia-GO e depois fui para o Votoraty, de São Paulo. Ainda em 2008 fui convidado para treinar o ASK Ternitz, clube de futebol da Áustria, onde tive a oportunidade de trabalhar fora do Brasil, enfrentando seleções, como a da Bósnia e Eslovênia e clubes do futebol árabe. Permaneci na Áustria até 2009.
Retornei ao futebol brasileiro e tive uma sequência de cinco times cearenses: Guarany, de Sobral (de onde saí sem perder uma partida sequer; com praticamente o mesmo elenco, o Guarany chegou ao título de campeão brasileiro da Série D), Horizonte (de 15.12.2010 a 12.02.2011); Ferroviário (de 12.02.2011 a 09.04.2011); Crato (de 01.11.2011 a 08.02.2012) e Tiradentes (de 08.02 a 05.12.2012).
Depois dessa sequência, fui treinador pela primeira vez de um time do Rio Grande do Norte, o Baraúnas, de 05.12.2012 a 01.06.2013. Voltei ao futebol cearense novamente, treinei o Itapipoca - que subiu para a Primeira Divisão cearense -, mas não fiquei até o final do campeonato, transferindo-me para o Tiradentes, onde estive de 01.11.2013 a 30.01.2014. Voltei ao futebol goiano, fui treinador do Mineiros e, em fevereiro de 2015, deixei o Novo Horizonte, de Goiás, e acertei com o Moto Clube, de São Luís (MA), onde estive de março a novembro de 2015.

Quais os títulos que conquistou como jogador de futebol?
Foram poucos. Fui campeão nas categorias de base do Ceará e no Desportivo Cinfães na Terceira Divisão de Portugal.

E como treinador de futebol?
Campeão da Divisão Intermediária de Goiás, em 1992, no Caldas E. C. Campeão brasiliense de 1997, pelo Gama. Campeão da 1ª Copa Unimed - Taça “Fares Lopes”, em 2010, pelo Horizonte, do Ceará, garantindo vaga ao clube na Copa do Brasil de 2010. Ainda no Horizonte, nos tornamos Campeão do Interior cearense em 2010.

Cite alguns dos seus feitos.
Fui o primeiro técnico a vencer o Goiás Esporte Clube no estádio da Serrinha. Depois passei a ser o único técnico a vencer três vezes o Goiás, no mesmo local, uma pelo Trindade (em março de 2007) e duas pelo Caldas (1996 e 2000). Escolhido melhor técnico do interior de Goiás em 2000, pelo Caldas Esporte Clube. Melhor técnico cearense em 2010, pelo Horizonte.

Além da função de treinador, exerceu alguma outra atividade relacionada ao futebol?
Já fui Supervisor Técnico do Unibol, de Pernambuco, e no Votoraty, agremiação esportiva da cidade de Votorantim, no interior de São Paulo, e Presidente do Caldas Esporte Clube, de 2001 a 2004.

Como você veio parar no Gama?
Quem me levou para o Gama foi o supervisor Edvan Aires. Num jogo entre Caldas, clube que eu dirigia, e o Gama, na época treinado por Joel Martins, pelo Campeonato Brasileiro da Série C, Joel gostou muito do trabalho desenvolvido por mim à frente do time goiano. Quando o Edvan consultou sobre quem poderia trazer para ser o treinador do Gama, Joel me indicou. O Edvan, então; achou que eu poderia dar um jeito no Gama e me contratou.

E deu certo?
No dia em que fui apresentado ao presidente do Gama, Wagner Marques, ele me perguntou o que eu tinha ido fazer lá no Gama (risos), já que o time estava mal na competição local. Ainda no escritório dele, falei de imediato: “vim para ser campeão!” Ele riu. Todas as terças-feiras eu, ele e o Edvan Aires almoçávamos juntos, para falarmos do jogo de domingo passado. Passamos a vencer um jogo atrás do outro e ele sempre me perguntava a mesma coisa e eu sempre respondia “vim para ser campeão”. Acabamos sendo campeões!

Gostaria de voltar ao Gama?
Gostaria muito de voltar ao Gama, onde fiz boas amizades. Quando o Gama esteve em Caldas Novas, ajeitei tudo para eles. Já tive oportunidade de voltar, mas não deu certo.

No pouco tempo em que você esteve no futebol do DF, destacaria o trabalho de algum colega em Brasília?
Mirandinha, no Sobradinho

Qual sua opinião sobre o futebol de Brasília, sabidamente um futebol que não é valorizado pela imprensa brasileira?
Acho que o futebol de Brasília tem tudo para crescer, só falta se organizar de um modo mais profissional.

Você considera que os grandes jogadores do futebol de Brasília tem categoria suficiente para atuar em qualquer clube do Brasil?
O futebol do DF tem atletas de muita qualidade técnica, fato que já foi comprovado quando o Gama fez um grande trabalho nas suas categorias de base nos anos 90.

Dá para se falar que existem grandes rivalidades no futebol de Brasília?
Não acho que tenha grandes rivalidades no futebol do DF.

Quais foram os três melhores dirigentes com quem você trabalhou?
Considerando apenas o futebol do DF, Wagner Marques e Edvan Aires. Fora do DF, Fábio Gonzaga, do Caldas, e Paulo Vagner, no Horizonte-CE.

Deixando de lado a modéstia, fale de suas características como treinador.
Minha filosofia de trabalho sempre foi “venho para dividir; dividir as experiências adquiridas no mundo do futebol”. Procuro aplicar tudo o que aprendi nos clubes por onde já passei. Gosto de ouvir, de escutar os atletas e as pessoas envolvidas no ambiente de trabalho.
Minha experiência no futebol do exterior foi muito importante, pois treinar clubes de outros países sempre traz novas experiências, vivenciando novas culturas e comportamentos.
Sempre fui um profissional dedicado, buscando realizar um grande trabalho, motivado a crescer na carreira.
Sou uma pessoa de fácil relacionamento. Fiz grandes amigos no futebol como Alberto Damasceno, Jurandir Branco, Louralber Monteiro, Anacleto Pires, Júlio Abreu, Paulo Wagner, os Torquatos em Sobral e outros por onde passei. 

Quando era jogador, quem era o seu ídolo no futebol? Teve oportunidade de estar em um campo de futebol ao lado dele?
Na época de jogador meu ídolo era Dario “Peito de Aço”, mas não tive oportunidade de jogar com ele ou contra ele.

E como treinador, quem você mais admirava?
Moésio Gomes, do Fortaleza, mas também não tive oportunidade de tê-lo como adversário.


ACERVO ICONOGRÁFICO


















segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O TIME DOS SONHOS DO BRASILIENSE


Em dez enquetes realizadas no site oficial do Brasiliense, a torcida escolheu os 11 jogadores e o técnico que deveriam compor o "Dream Team", o esquadrão dos melhores da história do Brasiliense.
Os jogadores eleitos foram:

GOLEIRO: Guto

LATERAL-DIREITO: Jamur
ZAGUEIRO-CENTRAL: Gerson
QUARTO-ZAGUEIRO: Jairo
LATERAL-ESQUERDO: Possato

VOLANTES: Deda e Pituca

MEIAS: Iranildo e Adrianinho

ATACANTES: Val Baiano e Wellington Dias.

MELHOR TÉCNICO: Péricles Chamusca.

Fonte: Site do Brasiliense.

domingo, 27 de dezembro de 2015

AS DECISÕES: CAMPEONATO BRASILIENSE DA SEGUNDA DIVISÃO DE 2003


Mesmo com os dois times garantidos na Primeira Divisão em 2004, o jogo que decidiu a Segunda Divisão de 2003 teve ingredientes próprios de uma decisão. Lances emocionantes, volta olímpica, ingresso com preços duplicados para fazer caixa, catimba, lance duvidoso, gol anulado, péssima arbitragem e até briga nas arquibancadas. 

Com todos os titulares remanescentes de times da primeira divisão de 2003, como Bobby (Dom Pedro II), Iron (Ceilândia) e Giovani (Luziânia-GO), o Sobradinho dominou a maior parte da partida, apesar do péssimo gramado. Já o rival Paranoá amargava três desfalques (Rodrigo Berigo, Odair e Luciano) e tinha uma base caseira e jovem. O atacante Alessandro Bocão (ex-Gama), artilheiro da competição, com nove gols, era o jogador mais experiente. 
De qualquer modo, o título coroou a reformulação do alvinegro, bicampeão candango em 1985 e 1986. Depois de amargar o vexatório rebaixamento no primeiro semestre, a reformulação veio com o funcionário público Humberto Júnior, que assumiu o clube.
Já o Paranoá comemorou a ascensão meteórica em sua primeira participação em um torneio profissional. O time foi montado pela veterana comissão técnica, encabeçada por Roberval de Paula (Gerente) e Mozair Barbosa (Treinador).

SOBRADINHO 1 x 0 PARANOÁ
Data: 2 de novembro de 2003
Local: Estádio Augustinho Lima, Sobradinho (DF)
Árbitro: Juarez Abrantes
Público: 3.105 pagantes 
Renda: R$ 6.210,00 
Gol: Giovani, 61 
Cartões amarelos: Ricardinho, Edinho Paraíba e Osmair (Sobradinho) e França, Scheidt, Ronaldo e Alessandro Bocão (Paranoá).
SOBRADINHO: 1. Osmair, 2. André Souza, 3. Piu, 4. Panda e 6. Bobby; 5. Coquinho, 8. Ricardinho, 10. Iron e 11. Edinho Paraíba (14. Jocelmo); 9. Giovani (15. Zé Ricarte) e 7. André Carioca (17. Joãozinho). Técnico: Everton Goiano.
PARANOÁ: 1. França, 2. Fabinho, 3. Scheidt, 4. William e 6. Chocolau; 5. Japão, 7. Ronaldo (15. Cristiano), 11. Oliveira e 8. Marquinho (17. Da Lua); 10. Junior (18. Anderson) e 9. Alessandro Bocão. Técnico: Mozair Barbosa.

sábado, 26 de dezembro de 2015

MILÉSIMA POSTAGEM!!!


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Hoje não publicarei nenhuma matéria relacionada ao futebol do DF, por um motivo muito especial, pelo menos para mim!
No dia de hoje, 26 de dezembro de 2015, o blog está chegando à sua milésima postagem!
A primeira postagem aconteceu no dia 13 de maio de 2011. Dia emblemático, que nos leva a lembrar da libertação dos escravos no Brasil. Até esse dia, eu estava “preso” a uma dúvida: criar ou não criar um blog exclusivamente dedicado ao futebol do DF? Pesava contra a ideia de criar o blog o fato de ser conhecedor das dificuldades que eu encontraria, constatadas até os dias de hoje. Continua não sendo fácil pesquisar o futebol do DF!
Quando decidi por criar o blog, também tomei outra decisão: ele seria, basicamente, para contar aos mais novos e para aqueles que não puderam acompanhá-lo a história do futebol de Brasília, desde o seu começo. Não gostaria que fosse simplesmente para acompanhar o dia-a-dia do futebol brasiliense (que também não é tarefa das mais fáceis), daí a ideia do nome “almanaque”, algo que ajudasse a conhecer e a entender o que de mais relevante aconteceu no futebol do DF desde os seus primórdios até os dias de hoje.
Logo depois da criação do blog, nove comentários me levaram a acreditar que poderia estar no caminho certo. Destaco, principalmente, o do meu amigo Marcus Amorim:
“Demorou, Zé Ricardo! Tenho certeza de que você vai curtir muito publicar esse blog e o retorno que ele certamente dará a você. Certamente passarei sempre por aqui.”.
Junto a comentários incentivadores iguais a esse, durante todo esse tempo também recebi diversas mensagens me parabenizando pela iniciativa, de pessoas agradecendo por termos colocado no blog uma pequena matéria que fosse sobre um parente qualquer, fato que ainda não tinham visto em outro blog, site, jornal ou revista.
Por outro lado, também fui chamado de “maluco” ao pensar em criar um blog dedicado ao futebol brasiliense! Fui criticado por outros por querer divulgar um “futebol sem expressão no cenário nacional”. Para esses e outros que pensaram assim, coloquei a citação de Mahatma Gandhi no espaço dedicado à descrição do blog: “Tudo o que você faz na vida será insignificante! Mas é muito importante que você faça!
Esbarrando nas dificuldades naturais de qualquer ser humano, chegamos à postagem de número 1.000. Não que quantidade signifique, necessariamente, qualidade, mas julgamos que valia o registro, se não por outro motivo, por gratidão.
Primeiro a Deus e à minha família. Ao Criador, por permitir que eu pudesse ter capacidade de criar uma coisa pequena e simples como um blog. À família, por entender a importância para um aposentado de ocupar seu tempo ocioso com algo que gosta de fazer desde os seus oito anos de idade, ou seja, envolver-se com a história do futebol.
Também sou grato aos que leem o que é publicado aqui. Embora o objetivo deste blog não seja o de ser popular, de ganhar prêmios, é claro que desejamos que o mesmo seja lido e divulgado. Querer diferente seria considerar o seu conteúdo irrelevante, e neste caso, melhor seria não publicar nada.
Uma menção especial precisa ser feita às mais de duzentas mil visualizações do blog, de todo o Brasil e do mundo. Ficamos contentes ao ver nas “Estatísticas” do blog, que, além do Brasil, somos acompanhados por leitores e pesquisadores da Alemanha, Estados Unidos, Japão e Rússia, só para citar alguns. Ou seja, estamos sendo lidos em todo o mundo do futebol!
Um agradecimento especial vai para as fontes dos artigos publicados. Embora haja muitos artigos fruto de minhas pesquisas e de exclusivas estatísticas, a maioria chegou aqui pela instrumentalidade de outras pessoas. Não poderia mencionar todos os autores, jornais, revistas, livros, blogs, emails, facebook etc de onde extraí as centenas de artigos completos que usei. De qualquer forma, o Almanaque seria diminuído em muito sem essas colaborações.
Para finalizar, resta dizer que o Almanaque do Futebol Brasiliense pretende continuar até quando Deus permitir!

José Ricardo Caldas e Almeida

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

O ÚLTIMO JOGO DE GARRINCHA


No dia 25 de dezembro de 1982, aos 49 anos, Garrincha desembarcava no aeroporto de Brasília para fazer aquela que seria a última partida de sua vida (morreria poucos dias depois, em 20 de janeiro de 1983). 
Às 15:30 horas entrava em campo com a camisa número sete de um time amador de Planaltina, o Londrina, para enfrentar uma seleção da AGAP - Associação de Garantia ao Atleta Profissional/DF. 
O jogo foi no Estádio Adonir Guimarães, em Planaltina, e Garrincha jogou exatamente 60 minutos.
A seleção da AGAP começou o jogo com 1. Paulo Victor, 2. Robson Nonato, 3. Luiz Fernando Sucupira, 4. Adelmar Carvalho Cabral “Déo”, 5. Antônio Carlos Nicolau “Barão”, 6. Marcelino Teixeira de Carvalho “Marcelo”, 7. Rodolfo Nogueira Junior, 8. Antônio Vieira Lima, 9. Nicácio Apolinário da Silva Filho, 10. Éder Antunes Morgado e 11. Jorge França. Na suplência: 13. Decleudes Rodrigues Costa.
O Londrina entrou em campo com 1. Luís Ribeiro, 2. Joel Rodrigues Pauferro, 3. Vicente Cândido da Silva, 4. Antônio Esteves de Oliveira, 5. Israel Rodrigues Pauferro, 6. José Amauri de Carvalho, 7. Manoel dos Santos “Garrincha”, 8. Sebastião Ferreira Mafra, 9. Paulo Lira, 10. Sebastião Jorge e 11. Joel Apolinário da Silva. No banco de reservas estavam: 12. Valdmar Pereira da Silva, 14. José Jorge Ramos Pires, 15. Geraldo Martins de Oliveira e 16. Cirilo César Filho.
A AGAP venceu por 1 x 0, gol de Éder Antunes, aos 20 minutos do segundo tempo. O árbitro desse jogo foi Eano do Carmo Corrêa, da Federação Metropolitana de Futebol.

PERSONAGENS DO JOGO

O ORGANIZADOR

Manoel Esperidião Pereira, o Manoelzinho, foi quem organizou a última partida de Garrincha. Até hoje ele guarda todo o material usado por Garrincha nesse jogo.
Natural de Caraúba, Paraíba, onde nasceu a 5 de setembro de 1938, Manoelzinho foi jogador de futebol profissional no Santa Cruz, de Recife (PE), River, de Teresina (PI), Treze, de Campina Grande (PB), América, do Rio de Janeiro (RJ), Arica, da Venezuela, e Defelê, de Brasília, onde encerrou a carreira após dez anos de casa.
Sua amizade com Garrincha começou através de Ivan, ex-jogador do América e do Botafogo, seu cunhado, que um dia de 1960 o levou até Raiz da Serra, onde sempre era possível encontrar o jogador do Botafogo.
Nos últimos anos de vida, Garrincha chegou a manifestar o desejo de treinar uma equipe de Brasília. Sabendo que Garrincha não estava bem financeiramente, Manoelzinho tratou de arrumar esse jogo beneficente.

O PATROCINADOR

Antônio Teodoro Ribeiro nasceu em Formosa (GO), em 11 de janeiro de 1958. Foi um dos fundadores do Londrina, juntamente com Hélio Crescêncio da Silva, Sebastião Mafra e Miguel Aguiar, dentre outros, no dia 14 de outubro de 1976. Mas, desde 1974 que ele lidava com futebol, no União, de Planaltina.
Para patrocinar o jogo, ele gastou cerca de 350 mil cruzeiros, 200 mil para Garrincha, enquanto os 150 mil restantes entraram nas despesas com passagens e hospedagens.
Na época do jogo, o Londrina estava com suas atividades paralisadas. Estava tentando se profissionalizar para disputar o campeonato brasiliense, mas perdeu a vaga para o Vasco da Gama de Carlos Fernando Cardoso Neto. Até então havia conquistado 32 troféus e foi campeão amador de Planaltina em sete oportunidades.

O ÁRBITRO

Eano Carmo Correa foi o árbitro do último jogo de Garrincha. Por coincidência, também foi quem atuou como árbitro do último jogo do Ceub.
Nasceu em Porto Real do Colégio, em Alagoas, no dia 5 de junho de 1937. Depois de apitar algumas peladas em Raiz da Serra, fez curso de arbitragem na Federação Metropolitana de Futebol e desde 1966 apitava jogos em Brasília. Guardou a súmula do último jogo de Garrincha e na época havia a informação de que iria cedê-la para a Fundação Cândido Mendes, do Rio de Janeiro, que estava organizando a memória do esporte brasileiro.

O SUBSTITUTO

Valdmar Pereira da Silva, natural de São Domingos (GO), onde nasceu a 3 de fevereiro de 1960, jamais imaginou que um dia viria a substituir Garrincha em uma partida de futebol e muito menos que fosse seu último substituto.
Ele guarda a foto que tirou com Garrincha com muito cuidado e lamentava que nunca o tivesse visto jogar.
Aos 15 minutos do segundo tempo, quando o substituiu, Valdmar sentiu uma emoção muito grande. Teve a sensação de que era o próprio Garrincha entrando em campo.
Valdmar começou a jogar futebol em 1974, num time amador chamado União. Em 1976 foi para o Londrina e lá jogou sempre como ponta-direita, embora tivesse começado como centro-avante. No Londrina ajudou o time a ganhar a maioria dos seus troféus.

O ÚLTIMO “JOÃO”

Nascido a 8 de março de 1958, em Recife (PE), Marcelino Teixeira de Carvalho, chamado de Marcelo, foi o último marcador de Garrincha. Sem querer dificultar, Marcelo procurou fazer apenas uma marcação de cerco. Foi “João” de Garrincha por quatro lances. Num deles, Garrincha partiu para cima dele com a bola dominada, gingou, passou e cruzou, embora o lance não tivesse resultado em nada.
Marcelo bateu muitas peladas de ruas em sua cidade, mas foi em 1976, no Ceub, que começou a carreira no futebol. Era ponta-esquerda do time juvenil do Ceub. Em 1977, foi para o Flamengo. Depois disso, esteve no Paysandu, de Belém (PA), e virou lateral-esquerdo. Em 1980, veio para o Gama e foi vice-campeão brasiliense e campeão da Copa Centro-Oeste. Em 1981 estava no Guará e por aquele clube foi duas vezes vice-campeão.

A ÚLTIMA BARREIRA

Embora fazendo questão de ressaltar que não gostaria que isso tivesse acontecido, o goleiro Paulo Victor defendeu as últimas duas bolas chutadas a gol por Mané Garrincha. No primeiro chute de Garrincha, teve que mostrar muito arrojo para tocar para escanteio uma bola que partiu de uma cobrança de falta da entrada da área. Na segunda, também teve que mandar para escanteio. Dois jogadores cercaram Garrincha, mas ele se livrou deles e cruzou para dentro da área, com a bola indo para dentro da sua meta.
Passando férias em Brasília na época do jogo, o goleiro Paulo Victor só havia visto Garrincha jogar uma vez, em março de 1969, quando tinha treze anos de idade e o Flamengo veio enfrentar uma seleção brasiliense, no Pelezão, vestindo a camisa sete do rubro-negro carioca.
Paulo Victor Barbosa de Carvalho nasceu em Belém (PA), em 7 de junho de 1957. Começou a jogar futebol com Airton Nogueira, nos infantis do Defelê. Depois defendeu a AABB, Novacap, Ceub e vários outros clubes do futebol brasileiro. Defendeu a Seleção Brasileira em oito oportunidades, a primeira delas em junho de 1984, ano em que foi campeão brasileiro defendendo o Fluminense.












Obs.: As fotos foram cedidas por Ermelindo Alves de Oliveira Junior, atual presidente do Londrina.

Confira também uma matéria especial sobre esse jogo:

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS CIDADES SATÉLITES: 59 anos de Núcleo Bandeirante


PERSONAGENS E PERSONALIDADES DO FUTEBOL DO NÚCLEO BANDEIRANTE


ADOLPHO RIZZA
Mineiro de Uberlândia (MG), Adolpho Luís Rizza chegou para Brasília ainda em 1957. Juntamente com seu irmão Antônio, era proprietário do Posto e Recapagem Colombo, na Cidade Livre, hoje Núcleo Bandeirante, durante a construção de Brasília. Seus irmãos Pedro e Luiz também atuaram como empresários na Cidade Livre.
Formada por vários desportistas, a família Rizza foi a maior incentivadora para a fundação, na Cidade Livre, do Clube Atlético Colombo, em 6 de abril de 1960.
Na primeira diretoria do Colombo Adolpho Rizza foi o Diretor Esportivo e Pedro Rizza o Vice-Diretor Esportivo.
Adolpho Rizza também foi o representante do clube junto a Federação Desportiva de Brasília - FDB.

ANA MARIA XAVIER DE MORAIS
Em 1978 a Desportiva entrou para o Guinness Book por ser comandado por uma mulher: Ana Maria Xavier de Morais. É provável que a Desportiva tenha se tornado o primeiro time a ter uma mulher no comando de um time profissional. Antes de se tornar técnica de futebol, Ana Maria jogou em várias equipes amadoras. Para não se afastar do futebol, passou a exercer as funções de roupeira, massagista e preparadora de goleiro nas equipes da Metropolitana, até aparecer a oportunidade de ser técnica. Mais tarde Ana Maria se tornaria árbitra de futebol e hoje desenvolve projetos na área de tecnologia esportiva por meio da Anna Sports.

ARISTEU ARAGÃO FILHO
Apontador Fiscal da Novacap, onde foi admitido em 26 de março de 1960. Na fundação do Esporte Clube Real de Brasília, em 1959, foi eleito 2º Tesoureiro. Jogou nos dois times do Núcleo Bandeirante: Real e Grêmio.

ARMANDO BARRETO
Admitido no DVO - Departamento de Viação e Obras da Novacap em 17 de janeiro de 1958.
Trabalhando nas obras de Brasília, concorreu a uma cadeira na Câmara de Vereadores de Planaltina, em 1958, sendo um dos eleitos.
Armando Barreto era, também, líder em atividades esportivas. Exerceu o cargo de 1º Secretário na ata da primeira reunião da diretoria do Grêmio Esportivo Brasiliense, realizada em 6 de agosto de 1959.
No dia 4 de março de 1963, Armando Barreto foi eleito Presidente do Grêmio, cargo que exerceu até 12 de dezembro de 1965.
Quando foi formalizado o pedido de profissionalização no futebol de Brasília, Armando Barreto foi um dos presidentes a assinar o ofício encaminhado à Federação Desportiva de Brasília.

BUGUE
Depois de jogar futebol pelo Real e Grêmio, Joaquim Cristiano de Araújo Neto, o Bugue, começou sua carreira de treinador no Grêmio, em 1970, quando o clube conquistou o Campeonato Brasiliense daquele ano. Bugue foi treinador de diversos clubes do DF.

CAMPEÕES BRASILIENSES DE 1959
Defenderam o Grêmio: Bosco, Amauri e Hugo; Remis (José), Alemão e Ralph; Carlinhos (Nilo II), Nilo, Jair, Eluff (Edson Galdino) e Roberto (Nobre). Técnico: Rubens Porfírio da Paz.

CAMPEÕES BRASILIENSES DE 1970
Defenderam o Grêmio: Sílvio (Cláudio), Pedrinho (Maninho), Grossi (Gildásio) (Ditão), Paulinho (Floriano) e Lúcio (Coquinho) (Ademir); Orlando (Luiz) e Nemias (Cardoso); Osvaldinho, Marcos (Wanderley), Noé (Zezé) e Santos (Sinval). Técnicos: Bugue (16 jogos) e Antônio Carvalho (um).

CAMPEÕES BRASILIENSES DE 1971
Defenderam o Colombo: Carlos José (Kill), Luiz Gonçalves (Alemão), Jonas Foca, Sir Peres e Paulo Moreira; Zoca (Luizinho) (Toninho) e Pedro Léo (Gentil); Procópio (Zequinha), Zé Carlos (Paulinho), Diogo (Hermes) (Nêgo) (Evandro) e Macalé (Joãozinho). Técnico: Paulista.

JOÃO AURELIANO RODRIGUES
Para não deixar a cidade do Núcleo Bandeirante sem futebol, em 8 de novembro de 1975 foi fundado o Demabra Esporte Clube. O clube foi idéia de João Aureliano Rodrigues, proprietário da DEMABRA - Depósito de Madeiras do Brasil Indústria e Comércio, com sede à Avenida Central do Núcleo Bandeirante.
Na reunião que fundou o clube João Aureliano Rodrigues foi eleito Presidente do Conselho Deliberativo.
Dois anos depois, tendo em vista que o nome Demabra não encontrava amparo na legislação vigente para se manter o clube filiado à FMF, no dia 19 de abril de 1977 foi realizada Assembleia Geral que modificou o nome de Demabra Esporte Clube para Desportiva Bandeirante, nome que foi aprovado por unanimidade após várias discussões. João Aureliano Rodrigues foi eleito Presidente do novo clube.

LAÉRCIO FRANCISCO VILELA LAMOUNIER
Da equipe do Departamento de Organização e Administração Municipal (DOAM), da Novacap. Admitido como Oficial de Administração da Novacap em 12 de fevereiro de 1959. Desportista. Presidente do Grêmio Esportivo Brasiliense em 1960.

MOACYR SOARES DE SOUZA
Da equipe do Departamento de Viação e Obras (DVO), da Novacap. Admitido como Oficial de Administração da Novacap em 2 de janeiro de 1957.
A reunião de fundação do Grêmio aconteceu em sua residência. Além de fundador, fez parte do time campeão de 1959 e representou a equipe em muitas reuniões realizadas na Federação Desportiva de Brasília. Por muitas vezes cedeu sua casa para acolher jogadores contratados pelo Grêmio.

RUBENS PORFÍRIO
Técnico de futebol do Grêmio, campeão de 1959; irmão do General Porfírio da Paz, vice-governador de São Paulo.
Rubens Porfírio começou a treinar clubes de futebol em 1941, em Vianópolis (GO). Foi para Anápolis, transformou o Anápolis em campeão da cidade em 1954 e vice-campeão em 1955. Transferiu-se para Brasília e em abril de 1959 começou a dirigir o Clube de Regatas Guará. Depois foi para o Grêmio.

VASCO VIANA DE ANDRADE
Era um dos dez nomes de maior projeção no tempo da construção de Brasília. 
Nasceu no dia 7 de abril de 1921, em Pouso Alegre (MG). Formou-se em Engenharia pela UFMG e era responsável pela sede do DNER de Pouso Alegre. Chegou a Brasília em 30 de novembro de 1956 e foi nomeado Engenheiro Chefe do DVO - Departamento de Viação e Obras da Novacap. Em 8 de novembro de 1961, foi nomeado Diretor da Novacap. Foi fundador do Clube dos Engenheiros e Arquitetura de Brasília, do Brasília Country Club e do Cota Mil Iate Clube. No futebol, foi homenageado como patrono do Grêmio e do Guará e teve seu nome dado ao estádio da Metropolitana. Mudou-se para Salvador (BA) em 1962 e três anos depois fixou residência em Belo Horizonte (MG). Faleceu em 18 de março de 1993.


terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS CIDADES SATÉLITES: 59 anos de Núcleo Bandeirante




O ESTÁDIO DA METROPOLITANA

Não se sabe ao certo quando foi que o campo foi utilizado pela primeira vez. Alguns dizem que foi em 1958, quando funcionários da Companhia Metropolitana de Construções (CMC) resolveram capinar um terreno ao lado do acampamento para jogarem uma pelada.
O certo é que, comprovado através de matérias em páginas do Diário Carioca, único jornal que circulava em Brasília antes mesmo de sua inauguração, o campo da Metropolitana ou campo do Grêmio foi palco de dois dos três jogos da decisão do campeonato brasiliense de 1959.
Nos dias 15 e 22 de novembro de 1959, Grêmio e Planalto fizeram o segundo e o terceiro jogo, respectivamente, da melhor de três que decidiu o campeonato daquele ano a favor do Grêmio.
Oficialmente conhecido por estádio “Vasco Viana de Andrade” e popularmente chamado de estádio da Metropolitana ou campo do Grêmio, fica localizado no bairro da Metropolitana.
No dia 21 de agosto de 1960, o Grêmio venceu o Planalto por 1 x 0, em jogo amistoso. Antes de iniciar-se o jogo, diversas solenidades foram preparadas pela diretoria do Grêmio, visto que seriam inaugurados na oportunidade os melhoramentos no estádio.
Pouco tempo depois, em 8 de setembro de 1960, o estádio passou por vistoria para realização de jogos oficiais promovidos pela Federação Desportiva de Brasília.
No amistoso realizado em 5 de novembro de 1960 (Grêmio 2 x 2 Rabello), aconteceu a inauguração dos refletores do campo do Grêmio, que passou assim a ser o primeiro clube de Brasília a contar com este tipo de recurso.
O primeiro jogo válido pelo campeonato brasiliense de 1960 aconteceu no dia 27 de novembro, quando o Grêmio venceu o Pederneiras por 4 x 1. Além dessa vez, o estádio foi utilizado em mais três ocasiões em 1960.
O estádio não foi utilizado no campeonato de 1961, mas em 1962 voltou a ser, sediando 13 jogos do campeonato brasiliense desse ano.
No dia 5 de maio de 1963, o campo do Grêmio foi palco do primeiro amistoso internacional realizado no Distrito Federal, quando o Defelê venceu a seleção do Chile, por 2 x 1.


1963

Logo depois, para atender as exigências da Confederação Brasileira de Desportos - CBD com o objetivo de possibilitar a participação de um clube de Brasília na Taça Brasil, o campo do Grêmio passou por grandes reformas.
Imprimiu-se novo ritmo de trabalho para a plantação de grama, construção de alambrados, cerca e arquibancada, bem como a remodelação dos vestiários do estádio. As obras foram supervisionadas por Vasco Viana de Andrade, que era Engenheiro-Chefe da DVO (Departamento de Viação e Obras) do Governo do Distrito Federal e Assessor Técnico do Prefeito Paulo de Tarso, que criou um programa de incentivo aos clubes brasilienses.
O Grêmio iniciou o serviço de plantio de grama através de donativos particulares e da colaboração de firmas, principalmente da M. M. Quadros, que se incumbiu de fazer gratuitamente os trabalhos de terraplanagem.
Assim, no dia 21 de julho de 1963, o Defelê estreava na Taça Brasil, enfrentando o Vila Nova, de Goiânia, no campo do Grêmio.
Com a inauguração do Estádio de Brasília (que viria a ser chamado de Pelezão), em 1965, a quantidade de jogos no campo do Grêmio diminuiu drasticamente: um jogo em 1965 e nenhum no período de 1966 a 1968.
Voltou a sediar jogos pelo campeonato brasiliense em 1969, quando recebeu 17 partidas.
No dia 20 de fevereiro de 1970, o vice-presidente administrativo do Grêmio, Carlos Lúcio Balduíno, anunciou que o estádio Vasco Viana de Andrade seria novamente reformado.
Durante quase três décadas, isso mesmo, décadas, o estádio ficou sem receber jogos válidos pelo campeonato brasiliense. Foi quase que totalmente esquecido em função da concorrência que passou a ter de diversos estádios inaugurados, principalmente na década de 70, e só voltaria a ser sede de um jogo oficial no dia 2 de abril de 1995, quando a Associação Desportiva Comercial Bandeirante empatou com o Ceilandense, em 2 x 2.
A partir de então, o estádio da Metropolitana passou a receber apenas “maquiagens” que garantissem a realização de jogos válidos pelo campeonato brasiliense.
Segundo a última edição do Cadastro Nacional de Estádios de Futebol, da CBF, o Estádio Vasco Viana de Andrade tem capacidade para 3.000 espectadores.
Nos últimos campeonatos brasilienses, o estádio não pôde receber público, pois não possuía alvará de funcionamento para jogos profissionais, faltando a vistoria do Corpo de Bombeiros. Além disso, há muita sujeira nas arquibancadas, onde o desconforto toma conta. Sem cadeiras, nem cobertura, o público não tem onde se esconder do sol ou da chuva. O único banheiro está em más condições e quem está do lado oposto tem que dar uma grande volta para utilizá-lo.