sábado, 19 de dezembro de 2015

A HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS CIDADES SATÉLITES: O Núcleo Bandeirante completa hoje 59 anos de vida



Bandeira do Núcleo Bandeirante

Mapa da cidade

Para comemorar os 59 anos de vida do Núcleo Bandeirante, festejados no dia de hoje, 19 de dezembro, o blog Almanaque do Futebol Brasiliense presta sua homenagem contando um pouco da história da cidade e do futebol em todas essas quase seis décadas.
No primeiro capítulo, o de hoje, conheceremos parte da história da cidade, iniciada no distante ano de 1956.
Nos próximos capítulos, de 20 a 24 de dezembro, falaremos do futebol no Núcleo Bandeirante.

A CIDADE

Imaginado e permitido para existir durante quatro anos, apenas o tempo suficiente para a construção de Brasília, o Núcleo Bandeirante permanece vivo até os dias de hoje e é, sempre, a 19 de dezembro que festeja seu aniversário, reportando-se ao ano de 1956.
Durante os tempos da construção de Brasília, de 1956 a 1960, o Núcleo Bandeirante - conhecido, naquele tempo, apenas como Cidade Livre - exerceu a dupla função de centro do comércio e recepção dos migrantes. Foi a maior área de povoamento anterior à construção da nova Capital Federal.
Para incentivar o comércio, as empresas (hotéis, farmácias e restaurantes) não pagavam impostos e podiam funcionar livremente, sem limite de horário e controle de preços. Os lotes foram cedidos gratuitamente aos interessados em regime de comodato, por apenas quatro anos. Por ser livre de fiscalização, daí surgiu o nome de Cidade Livre.
Com o possível fim da cidade os comerciantes foram transferidos para Brasília, mas os moradores reivindicaram a fixação. Através de gestões, passeatas e outras iniciativas, o anseio dos pioneiros torna-se realidade a 20 de dezembro de 1961, com o Projeto Breno da Silveira transformado na Lei 4.020/61. O Núcleo Bandeirante passa a ser a única cidade-satélite de Brasília nascida por força de uma lei do Congresso Nacional e sancionada por um Presidente da República - João Goulart, que tinha como Primeiro Ministro - o regime era o Parlamentarismo - o ex-presidente Tancredo Neves.
Em 1989, o Núcleo Bandeirante tornou-se, por meio da Lei nº 049, a VIII Região Administrativa do Distrito Federal.
O Núcleo Bandeirante é a menor cidade-satélite de Brasília. Fica a sudoeste do Plano Piloto de Brasília e tem uma área geográfica de 3,9 quilômetros quadrados. A área atrelada à Região Administrativa é composta pelos seguintes locais: Núcleo Bandeirante propriamente dito, Vila Metropolitana, Setor de Clubes, Vila Nova Divinéia, Agrovila Vargem Bonita, Colônia Agrícola Núcleo Bandeirante I e II e Área Isolada Vargem Bonita.
Atualmente 26 mil pessoas moram no Núcleo Bandeirante, de acordo com dados oficiais.
Guarda o Núcleo Bandeirante a tradição dos tempos pioneiros da epopeia da construção e o prestígio de ter sido o berço de Brasília.

A METROPOLITANA

A Metropolitana, espécie de bairro do Núcleo Bandeirante, teve a sua origem no acampamento montado para abrigar os engenheiros e trabalhadores da Companhia Metropolitana de Construções (CMC), empresa responsável pelas obras de terraplanagem da pista de pouso de aviões, futuro aeroporto de Brasília.
Com o crescimento populacional do Núcleo Bandeirante, a Metropolitana integrou-se ao tecido urbano da cidade. 
A Metropolitana é um espaço referencial para a memória e história do Distrito Federal. Lá ainda existem lugares e edificações da época do acampamento como a bica d’água, o campo de futebol, a Igreja Nossa Senhora Aparecida e a Escola da Metropolitana (hoje Centro de Ensino da Metropolitana), esta última, tombada como patrimônio histórico do DF.
Em junho de 1983 o Governador José Ornellas de Souza Filho assinou o Decreto 7.533 que fixou o bairro da Metropolitana.

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