Cento e oitenta anos depois era fundada nessa cidade a Associação Atlética
Luziana (sem o “i”, referência a Santa Luzia).
Os primeiros “bate bola” aconteceram no Largo da Matriz, no campo das Cavalhadas,
sem as medidas oficiais e os jogadores não usavam uniformes e chuteiras: No dia
9 de fevereiro de 1926, esse campo foi adaptado para a prática do futebol,
tendo Gelmires Reis em sua administração municipal reformado o campo.
Durante muito tempo o futebol fez parte do lazer da elite jovem de Santa Luzia,
capitaneada por Juquinha Roriz, Arnaldo Soter, Seu Hilário e tantos outros.
Manoel Gonçalves da Cruz massificou o futebol e todas as classes sociais
tiveram a oportunidade de participar do esporte.
A primeira partida realizada em Santa Luzia, foi no dia 10 de
outubro de 1926, agora com os jogadores uniformizados, com camisas, calções,
meiões e gorros na cabeça. Foi registrado o empate de 1 x 1 entre os times Azul
e Vermelho.
No dia 13 de dezembro de 1926 estava fundada a Associação Atlética
Luziana, adotando as cores azul celeste e branco no seu uniforme. Dentre
outros, fizeram parte da primeira diretoria do clube, o Presidente
Carlos Machado de Araújo e os membros Delfino Meireles e Paulino Lobo Filho.
No início o time da A. A. Luziana realizou jogos amistosos e
torneios contra os times das vizinhas cidades de Vianópolis, Orizona, Pires do
Rio, Anápolis, Paracatu, Cristalina, Goiânia, Planaltina e Formosa,
principalmente em ocasiões de festas tradicionais. As maiores rivalidades eram
com as cidades de Planaltina e Cristalina.
A A. A. Luziana conquistou seu primeiro título de campeão ao vencer ao Copa do
Planalto de 1929.
Com a mudança do nome da cidade de Santa Luzia para Luziânia o clube alterou a
sua denominação de A. A. Luziana para Associação Atlética Luziânia (com o “i”) e
para não desagradar aos torcedores dos times do eixo Rio-São Paulo, os
dirigentes/jogadores do Luziânia mudaram as cores do uniforme do time para vermelho
e branco, semelhante ao do América, do Rio de Janeiro, que tinha a simpatia de muitos
torcedores na cidade.
A nova diretoria do Luziânia, reunida no dia 26 de julho de 1959, tendo como
presidente Francisco das Chagas Rocha, mudou o nome do clube para Luziânia
Esporte Clube, mudando seu uniforme para preto e branco.
Profissionalizou-se em novembro de 1963, juntamente com os times de Brasília.
Ainda no final de 1963, no final do ano foram construídos muros e cercas
do estádio Francisco das Chagas Rocha, o Rochão, numa área doada pela Prefeitura
Municipal. O material da construção dos muros, vestiários, arquibancadas e
alambrados foram frutos de doações, rifas, bailes. O Luziânia possuía um quadro
de 200 sócios, proprietários que contribuíam mensalmente com o clube para a
manutenção do estádio despesas com o departamento de futebol.
O Luziânia disputou os campeonatos brasilienses até 1966 de forma profissional,chegando
a ser vice-campeão em 1966, quando perdeu o título para o Rabello. Disputou
depois as edições de 1973 e 1974 desse campeonato e depois paralisou suas
atividades.
Somente em 1991 o Luziânia foi reativado, contando com o apoio dos desportistas
José Egídio Pereira Lima e Albino Inácio Soares e do prefeito de Luziânia
Zequinha Roriz. Mudou o nome de Luziânia Esporte Clube para Luziânia Futebol
Clube e no ano seguinte disputou o campeonato goiano da segunda divisão e
acabou por subir.
Em 1992 inaugurou o estádio Serra do Lago em um jogo que venceu o
Botafogo, do Rio de Janeiro, por 1 x 0, com gol de Rogerinho.
O Luziânia ficou na divisão principal do campeonato goiano até
1994.
No ano de 1995 foi convidado pelos dirigentes da Federação Metropolitana
de Futebol, Weber Magalhães e Tadeu Roriz, a participar novamente do campeonato
brasiliense. No dia 20 de janeiro garantiu uma nova filiação. Adotou a igreja
do Rosário no escudo, numa sugestão do desportista Albino Inácio Soares, voltou
a usar as cores originais no uniforme do clube, o azul celeste e o branco, e
retornou ao nome de fundação para Associação Atlética Luziânia.
O retorno ao campeonato do DF aconteceu em 1996, quando realizou uma grande
campanha, chegando à segunda fase e sendo eliminado apenas nas semifinais pelo
Guará, que viria a ser campeão. Foi bicampeão dos juniores em 1996 e 1997.
Em 2000 foi rebaixado no campeonato brasiliense, voltando a
disputar a Primeira Divisão em 2002.
Fez uma boa campanha no campeonato brasiliense de 2006 e se
classificou para a Série C, mas acabou eliminado na primeira fase.
Em 2007, o Luziânia foi novamente rebaixado no campeonato brasiliense.
Realizou uma grande campanha na segunda divisão do Distrito
Federal em 2008, quando foi vice-campeão, garantindo vaga na elite do ano
seguinte. Teve também Chimba como artilheiro do campeonato, com 11 gols.
Em 2009 voltou ao campeonato brasiliense da primeira divisão fazendo
boa campanha e levando a sua fiel torcida ao estádio, apesar de ter jogado as
primeiras rodadas do campeonato fora de Luziânia. Não se classificou.
Conquistou o primeiro turno de 2012, ficando com a Taça JK, chegando à final do
campeonato brasiliense com o Ceilândia, ficando com o segundo lugar.
Em 2013 participou da Copa do Brasil enfrentando a equipe do Fortaleza. Empatou
em casa em 0 x 0 e, após novo empate no Estádio Castelão, em Fortaleza, perdeu
a vaga na cobraça de pênaltis.
Em 2014 alcançou o seu maior feito ao conquistar o inédito titulo de campeão brasiliense
da primeira divisão. Disputou o campeonato Brasileiro da Série D, fazendo um
boa campanha.
Neste ano de 2015, além do campeonato brasiliense participou pela primeira vez
da Copa Verde, tendo como primeiro adversário o Estrela do Norte, do Espírito
Santo, perdendo a classificação nos pênaltis, e também foi eliminado da Copa do
Brasil pelo América-MG.
SALA DE TROFÉUS
Bicampeão da Copa do Planalto - 1929 e 1962
Campeão da Taça Cidade de Planaltina ´- 1956
Campeão da Taça Álvaro de Morais - 1958
Campeão da Taça Centenário da Cidade de Planaltina - 1959
Campeão da Taça Zequinha Roriz - 1992
Bicampeão brasiliense de juniores - 1996 e 1997
Campeão Brasiliense Feminino - 2006
Campeão da Taça JK - 1º Turno do Campeonato Brasiliense - 2012
Campeão Brasiliense - 2014
Colaboração: José Egídio Pereira Lima
Nota:
Egídio lançará em 2016 um livro contando toda a história da Associação Atlética
Luziânia.
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