AS DECISÕES: Gama x Brasília - 2015

O Gama chegou tranquilo ao Mané Garrincha para o segundo jogo da decisão do Campeonato Brasiliense de 2015, ocorrido em 2 de maio.

No primeiro encontro, em 26 de abril, havia vencido o Brasília por 3 x 0, com gols de Rafael Grampola, Hériclis e Daniel, todos no segundo tempo.

Mas essa tranquilidade quase desaparece quando, aos quatro minutos de jogo, o zagueiro Dudu recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Esse foi só o primeiro de muitos cartões. O Gama terminou o jogo com nove jogadores em campo. No segundo tempo, Rafinha recebeu o cartão vermelho. Fernandinho, do Brasília, foi a outra expulsão relâmpago - ele havia acabado de entrar em campo.

O Brasília teve mais oportunidades de marcar, tentou muitas vezes pelo menos o gol que abrisse o marcador.

Mas a bola não queria entrar. A pontaria não ajudou, o que irritou bastante o técnico Luís Carlos Souza.

Aos 46 minutos do segundo tempo quem marcou foi o Gama, com um belo chute de Rafael Grampola encobrindo Artur.

Onze anos depois, o Gama voltava a conquistar o título de campeão brasiliense. O Brasília foi vice-campeão pela terceira vez consecutiva.

BRASÍLIA 0 x 1 GAMA

Data: 02.05.2015

Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)

Árbitro: Rodrigo Raposo

Renda: R$ 299.464,00

Público: 24.046 pagantes

Gol: Rafael Grampola, 90+1

BRASÍLIA: Artur, Fernando (Gizo), André, Índio e Santos; Pedro Ayub (Anjinho), Willian, Heverton e Michel Platini; Giba e Morais (Fernandinho). Técnico: Luís Carlos Souza.

GAMA: Pereira, Dudu Gago, Dudu, Gustavo e Rafinha, Baiano, Lucas e Hériclis (Lenilson), Daniel (Gabriel Galhardo), Thiago Miracema (Jesiel) e Rafael Grampola. Técnico: Gilson Granzotto.

FORMAÇÕES: Ceilândia - 1980

Formação do Ceilândia que disputou o Campeonato Brasiliense de 1980.

Da esquerda para a direita, em pé:

Catraca (Massagista), Renilton, Moreira, Carlos, Toninho, Paulinho, Nonato, Arlício, Édson e Júlio César.

Agachados, na mesma ordem: Adilson, Zé Vieira, Lelé, Risadinha, Messias, Zé Lima, Chicão e Zé Carlos.

Colaborou na identificação dos jogadores:
Édson Bonfim, ex-goleiro.

 

FICHA TÉCNICA: Edicarlos

Edicarlos Graciliano de Queiroz nasceu em Mundo Novo (BA), no dia 29 de julho de 1982.

É grande a lista de clubes que Edicarlos defendeu no DF. Começou nos juniores do CFZ, em 2002, e no ano seguinte já era profissional no Santa Maria, do DF.

CARREIRA:

Santa Maria - DF - 2ª Divisão/2003

Brazlândia - DF (2004)

Santa Maria - DF (2005)

Dom Pedro II - DF (2006)

Brazlândia - DF (2ª Divisão/2006)

Paranoá - DF (2007)

Brazlândia - DF (2ª Divisão/2007 - 1ª Divisão/2008)

Brasília - DF (2ª Divisão/2008 - 1ª Divisão/2009)

Ceilandense - DF (2ª Divisão/2009)

Gama - DF (2010)

Legião - DF (2ª Divisão/2010)

Gama - DF (2011)

Jataiense - GO (2011)

Sertãozinho - SP (2011)

Sobradinho - DF (2012)

Bolamense - DF (2ª Divisão/2012)

Santa Maria - DF (2ª Divisão/2013)

Brasiliense - DF (2014)

Samambaia - DF (2ª Divisão/2014)

Ceilândia - DF (1ª Divisão/2015)

Taguatinga - DF (2ª Divisão/2015).

A partir de 2016, Edicarlos passou a atuar no futebol de Tocantins. No currículo acumula passagens por Tocantins (em três oportunidades: 2016, 2017 e 2020), Sparta (2018), Kaburé (2018), Atlético Cerrado (2019) e Araguacema (2019 e 2020).

Também atuou no futebol de Rondônia, onde defendeu o Ji-Paraná, em 2021.

O último clube do DF em que atuou foi o Santa Maria, em 2021.

TÍTULOS CONQUISTADOS:

Atuando por clubes da Segunda Divisão do DF, Edicarlos conquistou seu quinto título. Suas conquistas foram as seguintes:

Campeão brasiliense da 2ª Divisão de 2007, pelo Brazlândia.

Campeão brasiliense da 2ª Divisão de 2008, pelo Brasília.

Campeão brasiliense e artilheiro, com 8 gols, da 2ª Divisão de 2009, pelo Ceilandense.

Artilheiro do campeonato brasiliense da 2ª Divisão de 2014, com 7 gols, atuando pelo Samambaia, que conquistou o título de campeão e passou para a Primeira Divisão.

Artilheiro do campeonato brasiliense da 2ª Divisão de 2015, quando foi autor de metade dos gols marcados (18 de 36), nos onze jogos disputados, atuando pelo C. A. Taguatinga, que conquistou o título de campeão e passou para a Primeira Divisão de 2016.

Além disso, Edicarlos foi artilheiro do campeonato brasiliense da 2ª Divisão de 2013, com 10 gols, atuando pelo Santa Maria, que ficou com vice-campeonato e subiu para a Primeira Divisão de 2014.

Na Primeira Divisão do DF Edicarlos não conquistou título de campeão, mas foi artilheiro do Gama em 2010 e terceiro do campeonato, com 7 gols, e novamente terceiro artilheiro do campeonato de 2012, pelo Sobradinho, com 9 gols, um a menos que Dimba.

O DIA 28 DE JULHO NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: 2º jogo do Defelê na Taça Brasil de 1963

Depois de ser derrotado no primeiro jogo contra o Vila Nova, em casa, no dia 21 de julho de 1963, o Defelê foi para Goiânia com poucas esperanças de reverter o placar de 2 x 0 ocorrido no jogo em Brasília.

Por mais esperançoso que estivesse o torcedor do Defelê, o futebol de Goiânia era bastante superior e isso também foi demonstrado no segundo jogo, ocorrendo mais uma vitória do Vila Nova.

VILA NOVA 3 x 0 DEFELÊ

Data: 28 de julho de 1963

Local: Estádio Pedro Ludovico, Goiânia (GO)

Renda: Cr$ 430.000,00

Árbitro: Urias Crescente, auxiliado por José Muniz Brandão e Otoniel Diniz.

Gols: Paulinho, 5; Artur, 55 e Dica, 73

VILA NOVA: Adilson, Waldemar, Sérgio, Tido e Guaracy; Gibracir e Olacyr; Paulinho, Sete Léguas, Artur e Dica. Técnico: Jorge Rodrigues.

DEFELÊ: Tonho (Matil), Zé Paulo, Alonso Capella, Oswaldo e Gavião; Leônidas e Alaor Capella; Manoelzinho, Bawany (Sabará), Invasão e Ely. Técnico: Léo.

2º TURNO DO CAMPEONATO BRASILIENSE

Também no dia 28 de julho teve início o 2º turno do Campeonato Brasiliense de 1963, com os seguintes jogos:

RABELLO 2 x 0 GRÊMIO

Gols: Enes e Calado

NACIONAL 2 x 0 GUANABARA

Gols: Nilson e Valdir

CRUZEIRO 4 x 0 ALVORADA

Gols: Ceninho (2), Beto Pretti e Raimundinho.

 

 

HÁ 40 ANOS NO FUTEBOL BRASILIENSE: o jogo da solidariedade - 1983

Santos e Zico

Em benefício das vítimas das enchentes que assolaram o sul do Brasil naquele ano, foi realizado um amistoso no dia 23 de julho de 1983, no Estádio Elmo Serejo Farias (Serejão), em Taguatinga, reunindo uma Seleção do Distrito Federal e uma Seleção do Sul, que alguns jornais chamaram de Seleção de Santa Catarina.
A Seleção do Distrito Federal contou com os reforços dos craques Zico e Rivelino.
O placar final foi Seleção do DF 3 x 2 Seleção do Sul. A renda foi de Cr$ 7.889.000,00. José Mário Vinhas atuou como árbitro do jogo.
Marcaram os gols: Bizu, 18; Zico, 48; Silva, 62; Marquinhos, 87 e Éder, 90.
Formou a Seleção do DF com Jonas (Adriano), Cidão (Ricardo), Foca, Zinha e Manoel Silva (Pacheco); Barão, Zico (Marquinhos) e Rivelino (Wander); Santos (Raimundinho), Nilson (Éder Antunes) e Lino (Marcelo). Técnico: Pedro Pradera.
Já a Seleção do Sul atuou com Gilson (Borrachinha), Bruno (Toninho), Adilço (Silva), Gilberto e Álvaro; Careca (Édson), Toninho Vanusa e João Renato; João Carlos, Bizu (Nestor) e Ademir. Técnico: Adelardo Madalena.

ESQUECIDOS PELO TEMPO: Íris

Guará, campeão do Torneio Início de 1959. 

Da esquerda para a direita. Em pé: Múcio, Zuca, Duque, Homero, Silas e Bitinho. Agachados: Sabará, Severo, Íris, Chico Preto e Fausto.

Um dos elementos de primeira grandeza do início do futebol brasiliense, Íris de Jesus Lopes Guimarães nasceu em Planaltina de Goiás (GO), em 17 de julho de 1939.

Levava o futebol no sangue quando foi chamado para defender o Guará no campeonato de 1959. Seu pai, Adonir José Guimarães, escrivão do cartório de Planaltina, grande entusiasta do futebol, pertencia ao time de Planaltina, onde também era fazendeiro.

Seu pai tinha problemas de coração e morreu muito jovem, com apenas 33 anos, no dia 15 de fevereiro de 1948, em Cristalina (GO). Anos depois, Planaltina batizou o estádio da cidade em sua homenagem.

Como vários outros jogadores no começo do futebol de Brasília, Íris era mais um funcionário da Novacap (órgão do Governo do Distrito Federal), da equipe do Departamento de Organização e Administração Municipal - DOAM.

Contratado pela empresa para reforçar o Guará, tornou-se artilheiro isolado da histórica competição de 1959, ao marcar 44 gols, deixando pelo menos um gol em cada jogo, inclusive contra o Brasil Central, quando assinalou oito tentos. Só não marcou contra o Grêmio, no empate de 2 x 2. Ainda assim, o Guará deixou de ir para a final, ao empatar no último jogo do Guará pelo campeonato, com a equipe da EBE, também em 2 x 2, para a surpresa de todos, pois o Guará era um dos principais favoritos ao título de campeão.

Pouco depois da artilharia no Guará, em 21 de agosto de 1960, Íris disputou uma partida pelo Santa Cruz, um amistoso contra o Náutico, no Estádio dos Aflitos. O jogo terminou empatado em 3 x 3, tendo Íris marcado um dos gols do tricolor pernambucano. Foi substituído por Hamilton. Quem jogava no Santa Cruz era Múcio, outro jogador de Brasília e que convidou Íris para ir até Recife. Íris resolveu, de uma hora para outra, viajar até Recife. Pegou uma Rural que era da família e partiu para Recife.

Depois resolveu se aventurar pelo futebol carioca, sendo contratado pelo Bangu. Durante uma excursão pela América do Sul, acabou contratado e virou ídolo do Barcelona, de Guayaquil (Equador). No dia 20 de maio de 1962, Bangu goleou o maior rival do Barcelona, o Emelec, por 4 x 1. Um dos gols foi marcado por Íris. O Bangu atuou com Ubirajara Motta, Ananias, Mário Tito, Hélcio Jacaré e Nilton dos Santos; Paulo César e Correia; Bianchini, Luís Carlos, Beto e Íris. O técnico era Gradim. O Bangu sagrou-se campeão do torneio de Guayaquil.

Neste mesmo ano de 1962, foi vice-campeão equatoriano atuando pelo Barcelona, quando tornou-se artilheiro da competição, ao marcar 9 gols.

O Barcelona sagrou-se campeão equatoriano em 1963, ao empatar com o Emelec em 0 x 0, quando precisava apenas de um empate, depois de uma campanha quase impecável. Ao lado de Íris atuavam outros três brasileiros: o goleiro Helinho, Jair e Hélio Cruz.

Depois transferiu-se para o Emelec, também do Equador, onde encerrou a carreira em 1969.

Antes, tentou retornar ao futebol brasileiro. Em 13 de junho de 1965, participou de amistoso que marcou o retorno do Guará ao futebol de Brasília: amistoso contra o Luziânia (3 x 3). Os gols do Guará foram marcados por Baiano, Niltinho e Íris (gol do empate). Mas teve que voltar para o Equador pois tinha passe preso ao Emelec, do Equador.

Íris vive em Brasília.

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO GRUPO A5 DA SÉRIE D DO CAMPEONATO BRASILEIRO - 2023

CF	CLUBES	J	V	E	D	GF	GC	SG	PG
1º	CEILÂNDIA (DF)	14	7	7	0	28	5	23	28
2º	ANÁPOLIS (GO)	14	6	7	1	26	6	20	25
3º	OPERÁRIO-VG (MT)	14	7	3	4	29	16	13	24
4º	BRASILIENSE (DF)	14	6	6	2	31	11	20	24
5º	UNIÃO (MT)	14	7	2	5	17	9	8	23
6º	IPORÁ (GO)	14	4	4	6	20	20	0	16
7º	INTERPORTO (TO)	14	1	3	10	3	47	-44	6
8º	REAL ARIQUEMES (RO)	14	1	2	11	4	44	-40	5

 

JOGOS REALIZADOS	56
GOLS ASSINALADOS	158
MÉDIA DE GOLS/JOGO	2,82