No Estádio Vasco Viana de Andrade, em
Brasília (DF), o tricampeão brasiliense Defelê, mesmo sendo um clube amador,
fez sua estreia na V Taça Brasil, a maior competição de futebol do País, enfrentando
o Vila Nova, de Goiânia (GO). E não foi feliz, perdendo por 2 x 0.
Logo nos primeiros movimentos,
notava-se que o Vila Nova era mais equipe. Com seus jogadores bem distribuídos em
campo, com um padrão de jogo definido, não dava margem a que os jogadores do
Defelê conseguissem chegar até a meta de Adilson.
Por sua vez o Defelê não atravessava
grande fase técnica. Motivos vários acarretaram o declínio de produção da
equipe, entre outras coisas uma série enorme de contusões que vitimaram os
jogadores do Defelê desde o início dessa temporada. No jogo, apresentou um meio
campo completamente falho, sem marcar e sem distribuir, sobrecarregando o setor
de defesa.
Aproveitando-se de uma indecisão de
Campanella, o meia esquerda Artur fuzilou Matil aos 22 minutos de jogo,
marcando o primeiro tento do Vila Nova.
Ao faltar um minuto para o encerramento
do jogo, Olacir foi à linha de fundo pelo lado esquerdo e cruzou na medida para
Sete Léguas entrar e cabecear para as redes, assinalando o segundo gol do time
goiano.
Leônidas (de camisa branca) |
DEFELÊ 0 x 2 VILA NOVA (GO)
Data: 21 de julho de 1963
Local: Estádio Vasco Viana de Andrade,
Brasília (DF)
Renda: Cr$ 248.100,00
Árbitro: Lourandyr de Castro Gomes,
auxiliado por Carlos Ferreira do Amaral e Jorge Cardoso.
Gols: Artur, 22 e Sete Léguas, 89.
DEFELÊ: Matil (Tonho), Zé Paulo, Alonso
Capella (Oswaldo), Campanella e Gavião; Leônidas e Alaor Capella; Bawany, Invasão, Ely e Brasil. Técnico: Léo.
VILA NOVA: Adilson, Waldemar, Tido,
Sérgio e Guaracy; Olacir e Gibrair; Paulinho, Sete Léguas, Artur e Dica.
Técnico: Jorge Rodrigues.
REGISTRO:
O incipiente futebol brasiliense tinha muito o que fazer para atender às
exigências da então CBD – Confederação Brasileira de Desportos, duas delas um “terreno
gramado” e estádio com a capacidade para o mínimo de dez mil assistentes.
No embalo de milhares de obras ainda existentes na nova Capital Federal,
dentro do que era possível fazer, imprimiu-se novo ritmo de trabalho para a plantação
de grama, construção de alambrados, cerca e arquibancada, bem como a remodelação
dos vestiários no estádio do Grêmio Brasiliense.
As obras foram supervisionadas pelo Engenheiro-Chefe do DVO (Departamento
de Viação e Obras do Governo do Distrito Federal), Vasco Viana de Andrade, assessor
técnico do Prefeito Paulo de Tarso, que criou um programa de incentivo e ajuda aos
clubes.
O Grêmio Brasiliense iniciou o serviço de plantio de grama através de donativos
particulares e de ajuda de firmas, principalmente da M. M. Quadros, que se incumbiu
de fazer de graça os trabalhos de terraplanagem.