sábado, 30 de maio de 2015

GRANDES RESULTADOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Brasília vence os “Meninos da Vila”


Dez dias depois de inaugurar o Estádio de Sobradinho, o Santos voltava a se apresentar no Distrito Federal.
No dia 10 de maio de 1978, a primeira geração dos “Meninos da Vila” chegou a Brasília precisando de uma vitória simples, por qualquer contagem, diante do Brasília, para conseguir a sua classificação antecipada para a próxima etapa do Grupo dos Vencedores do Campeonato Brasileiro, na época chamada de Copa Brasil.

O jogo era válido pelo Grupo C, que já tinha Corinthians e Operário, de Campo Grande (MS) como os únicos classificados matematicamente.
O jogo foi o primeiro de caráter oficial disputado no estádio da cidade-satélite de Taguatinga, o Serejão, e foi, também, a primeira vez que os dois clubes se defrontaram, com a arrecadação atingindo Cr$ 458.402,00 e um público presente de 18.198 espectadores que quase lotou o estádio.
O Santos começou mandando na partida, com o talento de Ailton Lira ganhando a maioria das jogadas no meio de campo, de vez que o Brasília era um time completamente desnorteado, com Ernâni Banana improvisado de centro-avante, mas sempre atrás dos armadores e sem nenhuma objetividade em seus ataques.
Com isso, o Santos dominou a partida e o gol surgiu de uma jogada de contra-ataque muito rápida, aos 25 minutos do 1º tempo. Odair cobrou uma falta para o Brasília, mas jogou a bola exatamente onde havia três jogadores adversários. E da defesa para a chegada à área do Brasília foi tudo muito rápido, com João Paulo cruzando para o centro da área e Reinaldo ganhando de Emerson e tocando para o gol. 
Com 1 x 0 o primeiro tempo foi encerrado, mas antes disso Ailton Lira cometeu a infantilidade de agredir, sem bola, ao zagueiro Newton, que estava caído, e foi expulso pelo árbitro Airton Vieira de Morais, o Sansão.
No segundo tempo era esperado que o Brasília se aproveitasse do fato de contar com um jogador a mais e partisse para cima do adversário. Mas o Santos continuava mandando na partida. Só aos 25 minutos foi que o Brasília conseguiu empurrar o Santos para a defesa e a fixação de Léo entre os zagueiros foi providencial para que aos poucos o gol de empate fosse amadurecendo.
O gol de empate surgiu aos 28 minutos, de uma bola esticada de Péricles para o lateral esquerdo Odair, que vinha sendo a pior figura da partida, com este chutando de primeira, de fora da área, pegando o goleiro Willians adiantado, com a bola entrando no ângulo esquerdo.
O gol fez Odair crescer de produção e com ele todo o Brasília, que daí por diante partiu decisivamente em busca do gol da vitória, que terminou surgindo a quatro minutos do final da partida em uma jogada individual de Ernâni Banana, que também era uma figura apagada na partida.
Banana apanhou uma bola na intermediária e de frente para o gol tirou três da jogada e entregou a bola limpa para o ponteiro esquerdo Lula, que chutou no canto esquerdo para decretar os 2 x 1 definitivos.
Mesmo assim, o Brasília não se contentou com o placar e ainda andou tentando o terceiro gol, fazendo que em menos de vinte minutos o time deixasse de ser apático para fazer levantar toda a torcida presente ao Serejão.

BRASÍLIA 2 x 1 SANTOS 
Data: 10.05.1978 
Local: Serejão, Taguatinga (DF) 
Árbitro: Airton Vieira de Morais (RJ), auxiliado por Cid Marival Fonseca e Arnóbio Passos, ambos de Brasília
Renda: Cr$ 458.402,00 
Público: 18.198 pagantes 
Expulsão: Ailton Lira, do Santos
Gols: Reinaldo, 25; Odair, 73 e Lula, 86
BRASÍLIA: Paulo Victor, Newton, Chavala, Emerson e Odair; Uel (Léo), Péricles e Raimundinho; Zé Carlos (Edmar), Ernâni Banana e Lula. Técnico: Dicão.
SANTOS: Willians, Nelson, Joãozinho, Fernando e Gilberto; Carlos Roberto, Toinzinho e Ailton Lira; Juari, Reinaldo (Nelson Borges) e João Paulo (Bianchi). Técnico: Formiga.


quinta-feira, 28 de maio de 2015

OS TÉCNICOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 1992


BRASÍLIA - 30 jogos

Carlos Alberto do Carmo Reis (Remo): 4 jogos, de 14 a 28 de junho;
Pedro Hugo de Barros: 10 jogos, de 5 de julho a 26 de agosto; e
Heitor de Oliveira: 16 jogos, de 7 de setembro a 15 de novembro.

CEILÂNDIA - 28 jogos

Cláudio Irineu da Silva (Chokito): 4 jogos, de 14 a 28 de junho;
Rubens Ferreira Meireles: 23 jogos, de 4 de julho a 28 de outubro; e
Carlos José Melo Passos: um jogo, no dia 31 de outubro.

GAMA - 28 jogos

Antônio Fabiano Ferreira (Raimundinho): 2 jogos, 14 e 20 de junho;
José Rodrigues da Silva (Pedreira): 3 jogos, de 24 de junho a 5 de julho;
Carlos Alberto do Carmo Reis (Remo): 23 jogos, de 12 de julho a 1º de novembro.

GUARÁ - 28 jogos

Hércules Brito Ruas: 7 jogos, de 14 de junho a 19 de julho;
Roberto Peres: 1 jogo, no dia 26 de julho;
Jonas Francisco dos Santos (Foca): 12 jogos, de 2 de agosto a 30 de setembro; e
Marcelino Carvalho: 8 jogos, de 4 de outubro a 1º de novembro.

PLANALTINA - 28 jogos

Francisco Ubiraci de Oliveira (Bira): 28 jogos, de 14 de junho a 31 de outubro.

SOBRADINHO - 28 jogos

Eli de Oliveira: 19 jogos, de 14 de junho a 26 de setembro;
Manoel Botelho: um jogo, no dia 30 de setembro; e
José de Arimatéia Menezes Bonfim (Matéia): 8 jogos, de 4 de outubro a 1º de novembro.

TAGUATINGA - 32 jogos

Mozair Barbosa: 8 jogos, de 14 de junho a 26 de julho;
Eurípedes Bueno de Morais: 4 jogos, de 2 a 15 de agosto; e
Heitor Mitsuaki Kanegae: 20 jogos, de 22 de agosto a 15 de novembro.

TIRADENTES - 30 jogos

Adelmar Carvalho Cabral (Déo): 20 jogos, de 14 de junho a 23 de setembro; e
Mozair Barbosa: 10 jogos, de 26 de setembro a 31 de outubro.



quarta-feira, 27 de maio de 2015

CAMPEONATO BRASILIENSE DE 1992


CLUBES PARTICIPANTES: 8.
JOGOS REALIZADOS: 116.
GOLS ASSINALADOS: 253.
MÉDIA DE GOLS POR JOGO: 2,18.
MELHOR ATAQUE DO CAMPEONATO: Taguatinga, 62 gols a favor.
PIOR ATAQUE DO CAMPEONATO: Gama, 13 gols a favor.
MELHOR DEFESA DO CAMPEONATO: Taguatinga, 24 gols contra.
PIOR DEFESA DO CAMPEONATO: Tiradentes, 33 gols contra.
MELHOR SALDO DE GOLS: Taguatinga, com 38.
MAIOR NÚMERO DE VITÓRIAS: Taguatinga, com 20.
MENOR NÚMERO DE VITÓRIAS: Gama, com duas.
MENOR NÚMERO DE DERROTAS: Taguatinga, com duas.
MAIOR NÚMERO DE DERROTAS: Ceilândia, com 16.
MELHOR ÍNDICE DE APROVEITAMENTO: Taguatinga, com 78,1%.
MAIOR GOLEADA DO CAMPEONATO: 26.07.1992, Sobradinho 5 x 0 Gama e 04.10.1992, Taguatinga 5 x 0 Ceilândia.
JOGO COM MAIOR NÚMERO DE GOLS MARCADOS: 18.07.1992, Tiradentes 5 x 3 Sobradinho.

ARTILHEIROS

1º - Joãozinho (Taguatinga), 26 gols;
2º - Silva (Sobradinho), 17;
3º - Júlio César (Tiradentes), 11;
4º - Dias (Taguatinga), 10;
5º - Ricardo (Tiradentes), 9;
6º - Marcos (Brasília), 8;
7º - Palhinha (Brasília), Robson (Ceilândia), Serginho (Taguatinga) e Carlinhos (Tiradentes), 7;
8º - Ésio (Brasília) e Gil (Guará), 6;
9º - Filó (Sobradinho), 5;
10º - Josimar (Brasília), Marcelo (Gama), Flávio (Guará), Toninho (Planaltina), Jefferson (Sobradinho) e Lima (Taguatinga), 4;
11º - Edmar e Marcelo França (Brasília), Lula (Ceilândia), Artur e Jânio (Guará), Auro, Carlos Gomes e Joel (Planaltina), Eudes (Sobradinho), Júlio César (Taguatinga) e Aloísio Guerreiro, Ney e Pita (Tiradentes), 3;
12º - Pedro César, Rubens e Sidney (Gama), Dias, Oliveira e Wadi (Guará), Carlinhos e Dida (Planaltina), Paulo Lima, Rogério e Tuta (Taguatinga), Dário, Raildo e Toninho (Tiradentes), 2;
13º - Amorim, Gustavo e Pires (Brasília), Carlinhos, César, Marco Aurélio, Mário, Mário Luís e Vanderley (Ceilândia), Adão, Ismael e Marco Aurélio - contra (Gama), Anderson, Chiquinho, Paulinho, Paulo César e Touro (Guará), Alípio, Claudivan, Dequinha, Freitas e Genilson (Planaltina), Michael, Rildo, Serginho e Zé Nilo (Sobradinho), Djalma Lima, Gomes, Jânio, Márcio, Marco Antônio e Paulão (Taguatinga) e Aquino, Claudinei, Jorge Luís e Tico (Tiradentes), 1 gol cada.

ÁRBITROS QUE MAIS ATUARAM

1º - Luciano Almeida, 10 jogos;
2º - Etevaldo Batista, Jorge Paulo de Oliveira Gomes e Nilton de Castro Souza, 9;
3º - Aldemir da Silva Padilha, 8;
4º - Hermínio Irani Braz Nunes e Lincoln Costa, 7;
5º - Antônio Alves Freire, Brasil Gadelha de Oliveira, Francisco Guerreiro Chaves, Narciso Bastos Portela e Paulo César de Sena, 6;
6º - Luiz Alberto Crespo Cordeiro, Luiz Carlos Tibursky e Raimundo Queiroz, 5;
7º - César Paranhos, 3;
8º - José Ferreira Lima e Manoel da Silva, 2;
9º - Francisco Hilton de Alcântara, Jair Alexandre da Silva, José Henrique Neto, José Oscar Vasconcelos e Júlio César Antunes, 1 jogo cada.

ESTÁDIOS UTILIZADOS

1º - Serejão, 47 jogos;
2º - Mané Garrincha, 20;
3º - Augustinho Lima, 18;
4º - CAVE, 16; e
5º - Adonir Guimarães, 15 jogos.

Total de público em 1992: 15.200

Campeões de 1992
Profissionais: Taguatinga Esporte Clube
Juniores: Clube de Regatas Guará
Juvenis: Planaltina Esporte Clube
Infantil: Associação dos Servidores do Senado Federal - ASSEFE.



terça-feira, 26 de maio de 2015

AS SELEÇÕES DE BRASÍLIA: dois jogos na África



Graças a um convite do Palácio do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores), pela primeira vez na história uma seleção de futebol do Distrito Federal realizou uma excursão internacional, disputando dois amistosos em países da África, nos dias 1º e 3 de abril de 2008.

Seria apenas uma partida, no dia 1º de abril, em Gaborone, capital de Botswana, como parte das comemorações de posse do novo presidente do País, Ian Khama, mas foi acertado um segundo para o dia 3, em Moçambique, na capital, Maputo.
A ideia inicial dos africanos era jogar com a seleção principal do Brasil, mas o calendário apertado dos comandados de Dunga gerou uma nova possibilidade e o Distrito Federal acabou contemplado.
Todas as despesas foram pagas pelos governos dos dois países.
Na convocação se tentou montar uma equipe competitiva, sem prejudicar os clubes que estavam envolvidos na disputa do campeonato do DF e na Copa do Brasil. O único time sem jogadores convocados foi o Unaí.
No dia 12 de março de 2008, a Comissão Técnica, comandada pelo treinador do Legião, Reinaldo Gueldini, divulgou a lista dos 22 jogadores, adiantando que apenas 18 seguiriam viagem rumo à África. 
A lista dos convocados foi esta: Goleiros: Rafael Córdova (Gama) e Osmair (Dom Pedro II); Laterais: Paulo Ricardo (Legião), Amaral (Dom Pedro II), Kaká (Legião) e Magrão (Brazlândia); Zagueiros: Padovani (Brasiliense), Ozéia (Gama), Rodrigo Mello (Dom Pedro II) e Ícaro (Legião); Volantes: Agenor (Brasiliense), Perivaldo (Legião), Welton (Brazlândia) e Carlos Lima (Ceilândia); Meias: Adrianinho (Brasiliense), Luiz Fernando (Ceilândia), Mazinho Brasília (Dom Pedro II) e Ésley (Gama); Atacantes: Léo Guerreiro (Esportivo), Rodrigo Félix e Rodrigo Paraná (Ceilândia) e Michel (Dom Pedro II).
A Comissão Técnica estava assim formada: Técnico - Reinaldo Gueldini (Legião), Preparador Físico - Roberto Peres Patu (Dom Pedro II), Médico - Fabiano Dutra (Brasiliense) e Massagista - Alessandro Silva Oliveira (Gama).

A delegação
Antes da viagem, quatro jogadores foram cortados: o volante Carlos Lima (machucado), o atacante Rodrigo Paraná (sem a documentação necessária) e Amaral e Magrão, por opção do treinador.
A seleção do DF se apresentou no dia 28 de março, às 16 horas, no estádio Mané Garrincha, quando aconteceu o primeiro treino do grupo: goleada de 7 x 0 sobre o time Sub-17 do CFZ.
No dia 29 de março, depois de quase 20 horas de viagem a delegação brasiliense chegou a Johannesburgo, na África do Sul, de onde seguiu para Gaborone.

Estádio Nacional em Gaborone

No dia 1º de abril, com o Estádio Nacional lotado (capacidade para 20 mil pessoas), a Seleção do DF venceu o selecionado de Botswana (107º no Ranking da FIFA), por 1 x 0, gol de Ésley.
A seleção do DF formou com Osmair, Paulo Ricardo, Ozéia, Padovani e Kaká; Agenor, Perivaldo, Luís Fernando (Rodrigo Félix) e Adrianinho (Welton); Ésley (Mazinho Brasília) e Michel (Léo Guerreiro).

Ésley, artilheiro da 
excursão

No dia 2 de abril a delegação viajou para Maputo, capital de Moçambique, onde faria seu segundo jogo.
Esperava-se um jogo mais difícil contra os Mambas, como são conhecidos os moçambicanos. Isto porque em nove jogos na história, Moçambique perdeu apenas uma vez para Botswana.
Mas não foi isso que aconteceu. A Seleção do DF apresentou-se bem melhor que o adversário, goleando-o por 3 x 0. Ésley, que havia marcado na vitória por 1 x 0 diante de Botswana, fez mais dois, com Michel marcando o outro gol, todos no primeiro tempo.
O time jogou com Rafael Córdova, Paulo Ricardo, Ozéia (Ícaro), Padovani (Rodrigo Mello) e Kaká; Welton, Perivaldo, Agenor e Adrianinho (Mazinho Brasília); Ésley (Rodrigo Félix) e Michel (Léo Guerreiro). 
Após o duelo, os atletas receberam uma premiação da Federação Moçambicana de Futebol pela vitória, entregue por Mário Coluna, maior ídolo do país que jogou a Copa de 1966 na Inglaterra, pela Seleção de Portugal.
A Seleção do DF retornou a Capital Federal no dia 4 de abril.



segunda-feira, 25 de maio de 2015

OS CLUBES DO DF NAS COMPETIÇÕES NACIONAIS: Campeonato Brasileiro da Série D - 2015 - 2ª parte


OS CONFRONTOS

O único confronto do Gama que irá se repetir no Grupo A-6 será contra o Botafogo-SP. Anteriormente, eles já se enfrentaram em quatro oportunidades, jamais pela Série D. E o Gama nunca perdeu para o clube do interior paulista. Foram três vitórias e um empate. No ano (1998) em que o Gama venceu o Campeonato Brasileiro da Série B, no dia 10.12, em Ribeirão Preto, o Gama venceu por 2 x 1. Três dias depois, agora no Bezerrão, empate em 1 x 1. No ano seguinte, com ambos os clubes na Série A, outra vitória do Gama em Ribeirão Preto: 3 x 1. Gama e Botafogo só voltariam a se enfrentar em 2001, ainda pela Série A: no dia 2 de dezembro, no Bezerrão, goleada do Gama por 5 x 0.

Valendo por qualquer série do Campeonato Brasileiro, o Gama nunca enfrentou CRAC, Duque de Caxias e Villa Nova (MG).
Por outro lado, todos eles já enfrentaram outros clubes brasilienses em jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro.
Começando pelo CRAC, coincidentemente seus quatro primeiros jogos foram contra o Ceilândia, nos anos de 2004 e 2007, sempre pela Série C. Foram duas vitórias do CRAC, uma do Ceilândia e um empate. Em 2009, pela Série D, o clube de Catalão enfrentou o Brasília em duas oportunidades, ambas apresentando empates. Pela Série D de 2012 o CRAC fez parte de um grupo com Ceilândia e Sobradinho. Foram dois empates contra Ceilândia e Sobradinho, uma derrota para o Ceilândia e uma vitória sobre o Sobradinho.
Já o Duque de Caxias disputou seis jogos contra apenas um clube do Distrito Federal, o Brasiliense. E sempre foram jogos equilibrados. Nos dois primeiros, pela Série B de 2009, dois empates (1 x 1 e 0 x 0). No ano seguinte, 2010, ainda pela Série B, uma vitória para cada lado: 2 x 0 em favor do Brasiliense e 3 x 0 para o Duque de Caxias. Os dois últimos jogos aconteceram em 2012, agora pela Série C, e continuaram equilibrados: 3 x 2 para o Brasiliense e 1 x 0 em favor do Duque de Caxias.
Por último, o Villa Nova, de Nova Lima. Dos adversários do Gama foi o que mais enfrentou clubes do DF pelo Campeonato Brasileiro: um total de 13 jogos. O primeiro deles foi no longínquo 1978, pela Série A. No Mineirão, o Villa Nova goleou o Brasília por 3 x 0. Em 1980, aconteceram dois jogos do Villa Nova contra clubes brasilienses. Novamente no Mineirão, mas pela Série B, o Villa Nova venceu o Guará, por 2 x 0, e no segundo jogo, no Independência, foi derrotado pelo Brasília: 1 x 0.
Passaram-se cinco anos e Villa Nova e Brasília voltaram a se encontrar pela Série A de 1985: no Mineirão e no Mané Garrincha, duas vitórias do Brasília, ambas pelo placar de 2 x 0.
Somente em 1999 o Villa Nova voltaria a enfrentar um clube brasiliense. Na Série C, o Dom Pedro II não foi páreo para o Villa Nova, sendo derrotado nos dois jogos: 4 x 1 e 3 x 1.
Em 2002, novamente pela Série C, foi a vez do Brasiliense não dar chances ao Villa Nova, vencendo os dois jogos: 2 x 1 e 2 x 0.
O “brasiliense” Formosa enfrentou o Villa Nova em 2011, pela Série D, com o resultado de 1 x 0 a favor de cada um dos clubes.
A última vez que o Villa Nova teve como adversário um clube do DF foi no ano passado. O Brasiliense venceu os dois confrontos pela Série D, ambos pelo placar de 2 x 1.
Resumo da ópera: nos 33 jogos envolvendo clubes do DF contra os integrantes do Grupo do Gama em 2015 (Botafogo-SP, CRAC, Duque de Caxias e Villa Nova-MG), aconteceram 16 vitórias de clubes do DF, 10 de fora e sete empates.
Que essa estatística sirva de inspiração para o Gama conseguir uma das duas vagas do Grupo A-6.

domingo, 24 de maio de 2015

OS CLUBES DO DF NAS COMPETIÇÕES NACIONAIS: Campeonato Brasileiro da Série D - 2015 - 1ª parte


A Diretoria de Competições da Confederação Brasileira de Futebol - CBF divulgou no último dia 13 de maio a tabela do Campeonato Brasileiro da Série D 2015, que terá a participação de 40 clubes.

Esses 40 clubes foram definidos de conformidade com critérios técnicos definidos pela CBF, com a seguinte distribuição de vagas por Federações:
a) Federações ranqueadas de 1 a 9 no RNF - Ranking Nacional de Federações de 2015: duas vagas;
b) Federações ranqueadas de 10 a 27 no RNF de 2015: uma vaga.
A atual situação do Ranking Nacional de Federações é a seguinte: 

RANKING NACIONAL DE FEDERAÇÕES - 2015

CF
FEDERAÇÃO
PONTOS
SÃO PAULO
92.821
RIO DE JANEIRO
60.938
MINAS GERAIS
44.864
RIO GRANDE DO SUL
33.936
PARANÁ
32.074
SANTA CATARINA
31.398
GOIÁS
23.175
PERNAMBUCO
21.520
BAHIA
20.031
10º
CEARÁ
16.500
11º
RIO GRANDE DO NORTE
14.832
12º
ALAGOAS
9.277
13º
PARÁ
8.572
14º
MATO GROSSO
7.253
15º
PARAÍBA
5.179
16º
MARANHÃO
4.323
17º
DISTRITO FEDERAL
4.225
18º
AMAZONAS
3.120
19º
ACRE
2.658
20º
SERGIPE
2.113
21º
MATO GROSSO DO SUL
1.944
22º
PIAUÍ
1.827
23º
ESPÍRITO SANTO
1.750
24º
TOCANTINS
1.586
25º
AMAPÁ
1.385
26º
RONDÔNIA
1.221
27º
RORAIMA
1.137

Obs.: revisado e atualizado em 08.12.2014.

As 36 vagas oriundas dos campeonatos estaduais foram assim distribuídas:
a) 2 vagas: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Pernambuco e Bahia;
b) 1 vaga: Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pará, Mato Grosso, Paraíba, Maranhão, Distrito Federal, Amazonas, Acre, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Piauí, Espírito Santo, Tocantins, Amapá, Rondônia e Roraima.
Os critérios técnicos de participação dos clubes no Campeonato são os seguintes:
Critério 1: Ter sofrido descenso no Campeonato Brasileiro da Série C de 2014;
Critério 2: Ter obtido a primeira classificação no campeonato estadual, uma vez excluídos os clubes já pertencentes às séries A, B e C;
Critério 3: Ter obtido a segunda classificação no Campeonato estadual, uma vez excluídos os clubes já pertencentes às séries A, B e C; esse critério é restrito às Federações posicionadas de 1 a 9 no RNF.
O campeonato será disputado em cinco fases: na primeira, os clubes formarão oito grupos de cinco equipes cada, de onde classificar-se-ão os dois primeiros colocados para a fase seguinte; daí em diante os clubes enfrentar-se-ão no sistema eliminatório (“mata-mata”) até ser conhecido o campeão.
O único representante do Distrito Federal, o Gama, está no Grupo A-6, juntamente com Botafogo, de Ribeirão Preto (SP), CRAC, de Catalão (GO), Duque de Caxias, de Duque de Caxias (RJ) e Villa Nova, de Nova Lima (MG).
A competição começa dia 12 de julho, com 16 jogos, um deles Gama x Botafogo, de Ribeirão Preto (SP), no Bezerrão.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

OS CLUBES DO DF: Sobradinho E. C. (1960)


Durante nossas pesquisas visando preparar matérias em homenagem aos 55 anos de vida da cidade de Sobradinho, as quais postamos nos últimos dias, descobrimos dados históricos de um clube que não constava de nossos arquivos. Trata-se do Sobradinho Esporte Clube, que nada tem a ver com o atual Sobradinho Esporte Clube (surgido em 1978, após modificação nos estatutos sociais da Campineira Futebol Clube).

O primeiro Sobradinho Esporte Clube foi fundado em 10 de março de 1960.
Sua praça de esporte tinha o nome de “Praça de Esportes Doutor Geraldo Carneiro” e seu estádio “Estádio Henrique Teixeira Tamm”.
Tinha como cores oficiais o amarelo ouro, o branco, o azul-celeste, o azul pavão, o verde e o vermelho.
O uniforme tinha a camisa de cor amarelo-ouro com golas e punhos brancos, a numeração de cor azul-pavão e fundo branco e o calção branco com listras amarelo-ouro e azul-pavão.
Seu escudo acompanhava as linhas das pilastras do Palácio da Alvorada tendo um “S” ao centro, uma bola contendo as iniciais “E” e “C” e em baixo uma corrente olímpica com cinco elos.
Falar de como seria o escudo.
Em 16 de março de 1960 foram aprovados os estatutos e escolhida a primeira diretoria do Sobradinho, que ficou assim constituída: Presidente de Honra - Henrique Teixeira Tamm; Vice-Presidente de Honra - Heitor Ippolite; Presidente - Raimundo Rodrigues Chaves; Vice-Presidente - José Murillo Macedo Bicalho; Secretário - Moacir Severino Carlos; Tesoureiro - José Fernandes de Araújo; Diretor Jurídico - Nilton Antunes de Oliveira; Diretor de Futebol - Geraldo Vieira de Rezende; Diretor Técnico - Geraldo Araújo; Diretor Social - José Alves de Araújo; Diretor dos Desportos Amadores - Geraldo Magela Madureira Ribeiro e Diretor de Relações Públicas - Sérgio Dias.
Em 16 de agosto de 1960 aconteceu a Assembleia Geral da Federação Desportiva de Brasília que aprovou os estatutos do Sobradinho e concedeu-lhe inscrição para participar do campeonato de futebol de 1960.
A primeira participação do Sobradinho em uma campetição oficial da FDB aconteceu em 4 de setembro de 1960, o Torneio Início, que contou com a participação de 16 clubes e teve seus jogos realizados no Estádio Israel Pinheiro, do Guará.
No quarto jogo do dia, o Sobradinho venceu o Real por 1 x 0. Pateta, contra, marcou o único tento do jogo. Formou o Sobradinho com Ivan, Carrasco, Pedrinho e Braga; Passos e Valmir; Rodrigues, Gaguinho, Ramos, Armando e Signoreti.
Após esse resultado, voltou a tomar parte do torneio no 10º jogo, quando foi derrotado pelo Planalto por 1 x 0, gol marcado por Edson Galba, cobrando pênalti. A única alteração em relação ao primeiro jogo foi Zinho no lugar de Rodrigues.
Dez dias depois, 14 de setembro de 1960, a FDB decidiria que, em virtude do elevado número de clubes inscritos (16), faria um torneio para determinar as oito equipes que disputariam o campeonato da Primeira Divisão e as oito que comporiam a Segunda.
O Sobradinho ficou no Grupo A, com jogos no campo do Guará, juntamente com Edilson Mota, Guará e Industrial.
Fazendo a preliminar de Guará x Edilson Mota, o Sobradinho estreou no dia 18 de setembro de 1960, goleando o Industrial por 4 x 0, com três gols de Zinho e um de Armando. Formou o Sobradinho com Ivan, Pedro, Carrasco e Passos; Eurico e Valmir; Gilvan, Geraldo, Armando, Gaguinho e Zinho.
O segundo jogo do Sobradinho, no dia 25 de setembro de 1960, foi um desastre. Diante do Edilson Mota, sofreu uma tremenda goleada de 11 x 0. No 1º tempo já perdia por 4 x 0. No segundo, além de tomar mais sete gols, perdeu seu jogador Carrasco, do Sobradinho, que sofreu forte pancada na perna direita, sendo removido para o hospital com suspeita de fratura.
Em seu último jogo, diante do Guará, no dia 9 de outubro de 1960, sofreu outra goleada (6 x 0) e perdeu a oportunidade de disputar o campeonato da Primeira Divisão.
Quando já estavam definidos os oito integrantes da Primeira Divisão, eis que um deles, o Edilson Mota, desistiu de disputá-la. 
Para preencher essa vaga, a FDB promoveu um torneio eliminatório entre os clubes da Segunda Divisão. O Sobradinho enfrentou o Alvorada. No primeiro jogo, em 30 de outubro de 1960, empate em 1 x 1. Com esse resultado, fez-se necessária a realização de outra partida, que aconteceu no dia 6 de novembro de 1960, com a vitória do Alvorada sobre o Sobradinho, por 2 x 1.
Não conseguindo classificação para a Primeira Divisão, disputou então o campeonato da Segunda Divisão, com mais cinco equipes.
Após uma campanha invicta (cinco jogos, quatro vitórias e um empate), o Sobradinho sagrou-se campeão.
Conforme o regulamento da época, o campeão da Segunda Divisão deveria enfrentar o último colocado da Primeira (Pederneiras), para ver quem integraria o campeonato da Primeira Divisão em 1961.
A melhor-de-três entre Pederneiras e Sobradinho somente aconteceu em fevereiro de 1961. No dia 5, o Sobradinho goleou por 3 x 0, gols de Fabrício, Zinho e Carneiro. Jogou o Sobradinho com Heitor, Passos, Irques e Carrasco; Carneiro e Dalmo; Paulo, Danton, Zinho, Pirapora e Fabrício.
Para a segunda partida, prevista para o dia 19, o Pederneiras não compareceu. A FDB deu os pontos ao Sobradinho, classificou o mesmo para a Primeira Divisão em 1961 e rebaixou o Pederneiras para a Segunda.
Nos meses de fevereiro e março de 1961, o Sobradinho tomou parte do Torneio “Prefeito Paulo de Tarso”, que reuniu os cinco primeiros colocados da Primeira Divisão de 1960 e mais o Sobradinho, como campeão da Segunda. Ficou na última colocação, após perder os cinco jogos que disputou, marcando apenas sete gols e sofrendo dezenove.
Isso era um prenúncio do vexame que estava para acontecer!
Em seu primeiro jogo, no dia 16 de julho de 1961, foi goleado pelo Guará, por 5 x 1, formando com Ivan, Wilson, Maneco e Pedrinho (Danton); Raulino e Valmir; Zé Paulino, Ceará, Léo, Rocha e Pelé (autor do gol).
Uma semana depois, 23 de julho de 1961, sofreu uma grande goleada diante do Alvorada, por 9 x 1.
No terceiro jogo, no dia 30 de julho de 1961, contra o Rabello, a goleada foi ainda maior: 12 x 0.
Voltou a sofrer outra goleada de 9 x 1 frente ao Planalto, no dia 13 de agosto de 1961. 
Logo depois desse jogo, o Sobradinho solicitou à Federação Desportiva de Brasília para não disputar os jogos restantes, em virtude da grave crise financeira que atravessava.
Não voltou mais a disputar nenhum jogo oficial.
Em 21 de março de 1962, o Sobradinho Esporte Clube encaminhou ofício solicitando dispensa do campeonato de futebol de 1962.
Na Assembleia Geral que aprovou a implantação do profissionalismo no futebol do Distrito Federal, em 08.11.1963, também foi decidida a desfiliação do Sobradinho Esporte Clube.