Guará, campeão do Torneio Início de 1959.
Da esquerda para a direita. Em pé: Múcio, Zuca, Duque, Homero, Silas e Bitinho. Agachados: Sabará, Severo, Íris, Chico Preto e Fausto.
Um dos elementos de primeira grandeza do início do futebol brasiliense, Íris de Jesus Lopes Guimarães nasceu em Planaltina de Goiás (GO), em 17 de julho de 1939.
Levava o futebol no sangue quando foi chamado para defender o Guará no campeonato de 1959. Seu pai, Adonir José Guimarães, escrivão do cartório de Planaltina, grande entusiasta do futebol, pertencia ao time de Planaltina, onde também era fazendeiro.
Seu pai tinha problemas de coração e morreu muito jovem, com apenas 33 anos, no dia 15 de fevereiro de 1948, em Cristalina (GO). Anos depois, Planaltina batizou o estádio da cidade em sua homenagem.
Como vários outros jogadores no começo do futebol de Brasília, Íris era mais um funcionário da Novacap (órgão do Governo do Distrito Federal), da equipe do Departamento de Organização e Administração Municipal - DOAM.
Contratado pela empresa para reforçar o Guará, tornou-se artilheiro isolado da histórica competição de 1959, ao marcar 44 gols, deixando pelo menos um gol em cada jogo, inclusive contra o Brasil Central, quando assinalou oito tentos. Só não marcou contra o Grêmio, no empate de 2 x 2. Ainda assim, o Guará deixou de ir para a final, ao empatar no último jogo do Guará pelo campeonato, com a equipe da EBE, também em 2 x 2, para a surpresa de todos, pois o Guará era um dos principais favoritos ao título de campeão.
Pouco depois da artilharia no Guará, em 21 de agosto de 1960, Íris disputou uma partida pelo Santa Cruz, um amistoso contra o Náutico, no Estádio dos Aflitos. O jogo terminou empatado em 3 x 3, tendo Íris marcado um dos gols do tricolor pernambucano. Foi substituído por Hamilton. Quem jogava no Santa Cruz era Múcio, outro jogador de Brasília e que convidou Íris para ir até Recife. Íris resolveu, de uma hora para outra, viajar até Recife. Pegou uma Rural que era da família e partiu para Recife.
Depois resolveu se aventurar pelo futebol carioca, sendo contratado pelo Bangu. Durante uma excursão pela América do Sul, acabou contratado e virou ídolo do Barcelona, de Guayaquil (Equador). No dia 20 de maio de 1962, Bangu goleou o maior rival do Barcelona, o Emelec, por 4 x 1. Um dos gols foi marcado por Íris. O Bangu atuou com Ubirajara Motta, Ananias, Mário Tito, Hélcio Jacaré e Nilton dos Santos; Paulo César e Correia; Bianchini, Luís Carlos, Beto e Íris. O técnico era Gradim. O Bangu sagrou-se campeão do torneio de Guayaquil.
Neste mesmo ano de 1962, foi vice-campeão equatoriano atuando pelo Barcelona, quando tornou-se artilheiro da competição, ao marcar 9 gols.
O Barcelona sagrou-se campeão equatoriano em 1963, ao empatar com o Emelec em 0 x 0, quando precisava apenas de um empate, depois de uma campanha quase impecável. Ao lado de Íris atuavam outros três brasileiros: o goleiro Helinho, Jair e Hélio Cruz.
Depois transferiu-se para o Emelec, também do Equador, onde encerrou a carreira em 1969.
Antes, tentou retornar ao futebol brasileiro. Em 13 de junho de 1965, participou de amistoso que marcou o retorno do Guará ao futebol de Brasília: amistoso contra o Luziânia (3 x 3). Os gols do Guará foram marcados por Baiano, Niltinho e Íris (gol do empate). Mas teve que voltar para o Equador pois tinha passe preso ao Emelec, do Equador.
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