O ESTÁDIO DA METROPOLITANA
Não se sabe ao certo quando foi que o campo foi utilizado pela primeira vez.
Alguns dizem que foi em 1958, quando funcionários da Companhia Metropolitana de
Construções (CMC) resolveram capinar um terreno ao lado do acampamento para
jogarem uma pelada.
O certo é que, comprovado através de matérias em páginas do Diário Carioca,
único jornal que circulava em Brasília antes mesmo de sua inauguração, o campo
da Metropolitana ou campo do Grêmio foi palco de dois dos três jogos da decisão
do campeonato brasiliense de 1959.
Nos dias 15 e 22 de novembro de 1959, Grêmio e Planalto fizeram o segundo e o
terceiro jogo, respectivamente, da melhor de três que decidiu o campeonato
daquele ano a favor do Grêmio.
Oficialmente conhecido por estádio “Vasco Viana de Andrade” e popularmente
chamado de estádio da Metropolitana ou campo do Grêmio, fica localizado no
bairro da Metropolitana.
No dia 21 de agosto de 1960, o Grêmio venceu o Planalto por 1 x 0, em jogo
amistoso. Antes de iniciar-se o jogo, diversas solenidades foram preparadas
pela diretoria do Grêmio, visto que seriam inaugurados na oportunidade os
melhoramentos no estádio.
Pouco tempo depois, em 8 de setembro de 1960, o estádio passou por vistoria
para realização de jogos oficiais promovidos pela Federação Desportiva de
Brasília.
No amistoso realizado em 5 de novembro de 1960 (Grêmio 2 x 2 Rabello),
aconteceu a inauguração dos refletores do campo do Grêmio, que passou assim a
ser o primeiro clube de Brasília a contar com este tipo de recurso.
O primeiro jogo válido pelo campeonato brasiliense de 1960 aconteceu no dia 27
de novembro, quando o Grêmio venceu o Pederneiras por 4 x 1. Além dessa vez, o
estádio foi utilizado em mais três ocasiões em 1960.
O estádio não foi utilizado no campeonato de 1961, mas em 1962 voltou a ser,
sediando 13 jogos do campeonato brasiliense desse ano.
No dia 5 de maio de 1963, o campo do Grêmio foi palco do primeiro amistoso
internacional realizado no Distrito Federal, quando o Defelê venceu a seleção
do Chile, por 2 x 1.
1963 |
Logo depois, para atender as exigências da Confederação Brasileira de Desportos
- CBD com o objetivo de possibilitar a participação de um clube de Brasília na
Taça Brasil, o campo do Grêmio passou por grandes reformas.
Imprimiu-se novo ritmo de trabalho para a plantação de grama, construção de
alambrados, cerca e arquibancada, bem como a remodelação dos vestiários do
estádio. As obras foram supervisionadas por Vasco Viana de Andrade, que era
Engenheiro-Chefe da DVO (Departamento de Viação e Obras) do Governo do Distrito
Federal e Assessor Técnico do Prefeito Paulo de Tarso, que criou um programa de
incentivo aos clubes brasilienses.
O Grêmio iniciou o serviço de plantio de grama através de donativos
particulares e da colaboração de firmas, principalmente da M. M. Quadros, que
se incumbiu de fazer gratuitamente os trabalhos de terraplanagem.
Assim, no dia 21 de julho de 1963, o Defelê estreava na Taça Brasil,
enfrentando o Vila Nova, de Goiânia, no campo do Grêmio.
Com a inauguração do Estádio de Brasília (que viria a ser chamado de Pelezão),
em 1965, a quantidade de jogos no campo do Grêmio diminuiu drasticamente: um
jogo em 1965 e nenhum no período de 1966 a 1968.
Voltou a sediar jogos pelo campeonato brasiliense em 1969, quando recebeu 17
partidas.
No dia 20 de fevereiro de 1970, o vice-presidente administrativo do Grêmio,
Carlos Lúcio Balduíno, anunciou que o estádio Vasco Viana de Andrade seria
novamente reformado.
Durante quase três décadas, isso mesmo, décadas, o estádio ficou sem receber jogos
válidos pelo campeonato brasiliense. Foi quase que totalmente esquecido em
função da concorrência que passou a ter de diversos estádios inaugurados, principalmente
na década de 70, e só voltaria a ser sede de um jogo oficial no dia 2 de abril
de 1995, quando a Associação Desportiva Comercial Bandeirante empatou com o
Ceilandense, em 2 x 2.
A partir de então, o estádio da Metropolitana passou a receber apenas
“maquiagens” que garantissem a realização de jogos válidos pelo campeonato
brasiliense.
Segundo a última edição do Cadastro Nacional de Estádios de Futebol, da CBF, o
Estádio Vasco Viana de Andrade tem capacidade para 3.000 espectadores.
Nos últimos campeonatos brasilienses, o estádio não pôde receber público, pois não
possuía alvará de funcionamento para jogos profissionais, faltando a vistoria
do Corpo de Bombeiros. Além disso, há muita sujeira nas arquibancadas, onde o desconforto
toma conta. Sem cadeiras, nem cobertura, o público não tem onde se esconder do
sol ou da chuva. O único banheiro está em más condições e quem está do lado
oposto tem que dar uma grande volta para utilizá-lo.
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