Ainda sob a empolgação da conquista do
tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira, no México, um grupo de amigos, a
maioria de funcionários públicos e moradores do Núcleo Bandeirante, se reuniu para
fundar um clube esportivo.
A reunião aconteceu no dia 15 de julho
de 1970, às 20 horas, na residência de Manoel Ferreira de Souza, à Rua 17, Casa
32, Vila Esperança, no Núcleo Bandeirante.
Estiveram presentes Geraldo Pedro
Antunes, Isolino Mariano dos Santos (carpinteiro), João Batista de Morais, João
Lauriano Lúcio, José Pereira Fernandes, José Ribeiro de Souza, Junovaldo
Gonçalves de Santana (sapateiro), Manoel Ferreira de Souza (alfaiate), Miguel
Pereira de Carvalho (comerciário) e Tirçon Zeferino Gomes (obs.: os demais eram
funcionários públicos).
O nome escolhido para a nova associação
foi ESPORTE CLUBE GUADALAJARA. As cores oficiais eram a vermelha e a preta. O
primeiro uniforme era formado por camisa com faixas horizontais nas cores
vermelha e preta, com golas e punhos pretos, calção branco e meiões com faixas
horizontais vermelhas e pretas. No segundo, a camisa era branca, com duas
faixas horizontais nas cores vermelha e preta, números vermelhos, calção branco
e meiões vermelhos.
Em seguida, procedeu-se a eleição da primeira
diretoria do novo clube, que ficou assim constituída: Presidente – Miguel
Pereira de Carvalho; Vice-Presidente – Junovaldo Gonçalves Santana; 1º
Secretário – João Batista de Morais; 2º Secretário – João Lauriano Lúcio; 1º
Tesoureiro – José Pereira Fernandes; 2º Tesoureiro – José Ribeiro de Souza;
Diretor de Esportes – Tirçon Zeferino Gomes; 1º Diretor Social – Isolino
Mariano dos Santos e 2º Diretor Social – Geraldo Pedro Antunes.
Pouco tempo depois, o Guadalajara
conseguiu construir sua sede-provisória situada à QNM 25 - Conjunto G - Lote
19, na Ceilândia.
O Guadalajara demorou para aderir ao
futebol. Somente na reunião de 13 de junho de 1975, a prática do futebol foi
incrementada no novo clube, depois da comunicação feita por Adelino Soares Pereira,
o Diretor de Esportes do clube.
No Regulamento Geral do clube,
constava: “§ 3º - Determinar que os atletas adquiram seus materiais esportivos
de uso pessoal, tais como chuteira, ataduras, sungas etc., pois o E.C.G. só
fornecerá camisa, calção e meiões para os jogos de caráter amistoso ou
oficial”.
Mesmo com pouca estrutura, o
Guadalajara resolveu participar da sua primeira competição oficial ainda em
1975.
Foi a I Copa Arizona de Futebol Amador,
com início em 19 de março daquele ano. A competição reuniu 64 equipes amadoras
de todo o Distrito Federal e o Guadalajara terminou entre os oito finalistas.
Seus jogos foram: 13.04 - 4 x 0 Planeta E. C., 27.04 - 1 x 0 Auto Esporte,
04.05 - 2 x 1 Galícia e, nas quartas de final, foi eliminado pelo Humaitá, do
Guará, vice-campeão da Copa.
Logo depois, filiou-se à Federação
Metropolitana de Futebol. Foi, então, convidado a participar de um torneio
quadrangular promovido pela Federação e que contou com as participações de A.
A. Relações Exteriores, E. C. Canarinho e Humaitá E. C.
Fez sua estreia no dia 6 de julho,
sendo derrotado pelo Canarinho (2 x 0). No dia 13 de julho, empatou com o
Humaitá (1 x 1) e, no dia 3 de agosto encerrou sua participação no torneio
sofrendo uma goleada diante da Relações Exteriores (6 x 3). Ficou na quarta e
última colocação no torneio.
Voltou a ficar na última colocação no
Campeonato Brasiliense de 1975, competição disputada por oito clubes em dois
turnos e iniciada no dia 20 de setembro. Formado em sua maioria por
ex-jogadores do Colombo e do Piloto, e tendo como destaque o lateral Góes, o
zagueiro Rafael e o atacante Messias, a campanha do Guadalajara foi esta: 14
jogos, 1 vitória, 2 empates e 11 derrotas; 9 gols a favor e 40 contra. Somou
apenas quatro pontos ganhos.
Sua única vitória aconteceu no dia 8 de
dezembro, no Pelezão: 2 x 1 sobre o Humaitá. Seus artilheiros foram: Chiquinho
(4), Messias (3), Freitas e Durval.
Seu último jogo aconteceu no dia 20 de
dezembro, com derrota para o Ceub, pelo placar de 4 x 2.
Antes, no dia 5 de
dezembro de 1975, após o afastamento do Vice-Presidente Junovaldo Gonçalves
Santana e da renúncia do Presidente Moacir Pinto Osório, Antônio Earle Ferreira
de Souza assumiu a Presidência do Esporte Clube Guadalajara.
No ano seguinte, 1976, foi
definitivamente instalado o profissionalismo no futebol de Brasília e o
Guadalajara resolveu continuar disputando apenas as categorias de base e, a
partir de 1978, o campeonato amador promovido pela Federação de Brasília, sem
nenhuma conquista.
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