quarta-feira, 4 de julho de 2018

MAIORES & MELHORES: o maior campeonato brasiliense de todos os tempos


No dia 10 de março de 1969 aconteceu a Assembleia Geral Extraordinária da qual tomaram parte os presidentes e representantes dos clubes.
Tendo em vista a necessidade de movimentar o futebol de Brasília e, considerando as dificuldades financeiras porque atravessavam todos os clubes, resolveu-se instituir o Torneio “Taça Brasília”, podendo concorrer ao mesmo, todos as agremiações filiadas, quer profissionais, amadores ou componentes do Departamento Autônomo, todos em igualdade de condições, havendo partidas de amadores com profissionais.
A competição foi disputada em duas fases. Na primeira, de 13 de abril a 6 de julho, jogaram dentro de seus grupos, classificando os seis primeiros colocados de cada para a Fase Final. Esta foi disputada de 3 de agosto a 2 de novembro de 1969.
Ao campeão foi ofertada a Taça “Brasília”; ao vice-campeão a Taça “Federação Desportiva de Brasília” e ao terceiro colocado a Taça “Imprensa Esportiva”.
Conforme determinava o Artigo 5º do regulamento, “Para atuar no torneio, todo atleta teria que ser devidamente inscrito de conformidade com os Estatutos da FDB”.
Foi cobrada taxa de inscrição de todos os clubes participantes.

O Grupo A estava assim composto:

 

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA SERVIÇO GRÁFICO

(Brasília)

ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA CARIOCA

(Brasília)

ATLAS FUTEBOL CLUBE

(Brasília)

CLUBE DE FUTEBOL E REGATAS ALVORADA

(Brasília)

CLUBE DOS SERVIDORES DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - CSU

(Brasília)

PILOTO ATLÉTICO CLUBE

(Brasília)

RABELLO FUTEBOL CLUBE

(Brasília)

CLUBE DE REGATAS GUARÁ

(Guará)

GRÊMIO ESPORTIVO BRASILIENSE

(Núcleo Bandeirante)

JAGUAR ESPORTE CLUBE

(Núcleo Bandeirante)

UNIDOS DE SOBRADINHO ATLÉTICO CLUBE

(Sobradinho)

 

Fizeram parte do Grupo B os seguintes clubes

 

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA CULTURAL MARIANA

(Gama)

COENGE FUTEBOL CLUBE

(Gama)

GUARANY FUTEBOL CLUBE

(Gama)

MINAS ATLÉTICO CLUBE

(Gama)

UNIÃO ESPORTE CLUBE

(Gama)

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA TAGUATINGA

(Taguatinga)

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE BRASÍLIA

(Taguatinga)

BRASÍLIA FUTEBOL CLUBE

(Taguatinga)

CLUBE DE REGATAS FLAMENGO

(Taguatinga)

LIBERDADE ESPORTE CLUBE

(Taguatinga)

META ESPORTE CLUBE

(Taguatinga)

SETOR AUTOMOBILÍSTICO ESPORTE CLUBE

(Taguatinga)

VILA MATIAS ESPORTE CLUBE

(Taguatinga)

 


O Coenge, do Gama, foi o campeão. Na Primeira Fase, foi o segundo colocado do Grupo B, atrás do Brasília, de Taguatinga, com essa campanha: nove vitórias, dois empates e uma derrota; marcou 28 gols e sofreu 5.
Na Fase Final, obteve a primeira colocação de forma invicta, ao vencer sete jogos e empatar os outros quatro. Assinalou 27 gols e sofreu onze.
O Grêmio Esportivo Brasiliense foi o vice-campeão e o Jaguar o terceiro colocado.



segunda-feira, 2 de julho de 2018

OS CLUBES DO DF: Taguatinga Esporte Clube - 2ª parte


No começo de 1984, o Taguatinga perdeu Fantato para a Ferroviária, de Araraquara, e Péricles para o Guarani, de Campinas.
Logo a seguir, em fevereiro de 1984, disputou a Fase Regional do Torneio Seletivo que apontaria o representante do DF na Taça CBF, juntamente com Ceilândia, Gama, Guará, Sobradinho, Tiradentes e Vasco da Gama. Perdeu a final para o Tiradentes, por 2 x 0.
Já com Péricles de volta, pelo segundo ano consecutivo voltou a somar o maior número de pontos ganhos no campeonato brasiliense de 1984: 50, mas ficou na terceira colocação atrás do campeão Brasília (que teve 41) e do vice-campeão Sobradinho, com 42. Na Fase Final, que reuniu os vencedores dos turnos, mesmo com um ponto de bonificação a mais que os adversários, não conseguiu vencer o campeonato, após perder para o Brasília e empatar com o Sobradinho. Ainda perdeu a partida extra para o Sobradinho, que apontou o segundo colocado do campeonato.
No dia 7 de outubro de 1984, o Taguatinga venceu o Ceilândia por 1 x 0 e conquistou pela primeira vez o campeonato brasiliense da categoria de juniores. Treinado pelos técnicos Ercy e Edair Rosa, os jogadores utilizados pelo Taguatinga foram: Elvis, Marcial (Bil), Adilson (Edson), João Carlos e Visoto (Moreira); Werley (Cirilo), Marcelo e Da Silva (Alceumar); Aguinaldo (Paulo Henrique), Mituca e Wilton (Carlos Antônio) (Ricardo).

Juniores - 1985
Em 1985, mais uma vez, o Taguatinga foi o clube que mais somou pontos no campeonato brasiliense: 38, um a mais que o campeão Sobradinho, para quem perdeu a final do campeonato, após dois jogos. Venceu o primeiro e terceiro turnos (perdendo o segundo para o Sobradinho). Na decisão do campeonato, jogando por dois empates, empatou o primeiro (1 x 1), mas perdeu o segundo (2 x 0) no Serejão, com os dois gols marcados nos dez últimos minutos do jogo, deixando escapar um título que parecia certo. Treinado por Mozair Barbosa, o Taguatinga montou uma grande equipe, que tinha como principais destaques o meia Marquinhos e o artilheiro Joãozinho. A equipe que jogou a decisão do campeonato foi assim formada: Adriano, Junior, Kidão, Rafael e Visoto (Zinha); Boni, Som (Serginho Carioca) e Marquinhos (Dorival); Sena, Joãozinho e Vicente (Aguinaldo).
Na categoria de juniores, conquistou o bicampeonato brasiliense de forma invicta, revelando para o time de profissionais os jogadores Visoto, Bilzão, Da Silva e Marcelo.
Juniores - 1986
O Taguatinga começou o ano de 1986 vencendo o “Torneio Início” realizado no Estádio Mané Garrincha, no dia 26 de janeiro de 1986. No terceiro jogo do dia, venceu o Tiradentes por 1 x 0, gol de Ahlá, contra. Depois, passou pelo Gama, com nova vitória de 1 x 0, gol de Joãozinho. Na decisão, contra o Brasília, após empate no tempo normal de jogo, venceu por 5 x 4 na cobrança de pênaltis.
Uma semana depois teve início o campeonato brasiliense, no qual, mais uma vez, o Taguatinga foi vice-campeão, novamente superado pelo Sobradinho na final. Chegou a vencer o segundo turno, superando o Brasília após dois jogos, e decidiu o campeonato com o Sobradinho, ganhador do primeiro. Desta vez o beneficiado com dois empates era o Sobradinho. Aconteceu empate (2 x 2) no primeiro jogo e vitória (1 x 0) do Sobradinho no segundo. Joãozinho, do Taguatinga, foi o artilheiro do campeonato, com 17 gols.
A partir de 6 de setembro de 1986 o Taguatinga passou a disputar o Torneio Paralelo, competição nacional disputada por 36 clubes, que foram divididos em 4 grupos, cada um com 9 equipes, e na qual apenas o primeiro colocado de cada grupo classificava-se para a Segunda Fase da Taça de Ouro (Primeira Divisão). O Taguatinga, integrou o Grupo F, juntamente com Americano (RJ), Catuense (BA), Central (PE), Confiança (SE), CRB (AL), Desportiva (ES), Fluminense (BA) e Goytacaz (RJ). Terminou em 7º lugar, à frente somente de Fluminense e Confiança.
O Taguatinga chegou ao tricampeonato brasiliense de juniores em 1986.
Em 1987, pelo terceiro ano consecutivo, o Taguatinga ficou com o vice-campeonato no campeonato brasiliense. Não foi bem no primeiro turno, venceu o segundo e chegou na segunda colocação no terceiro turno. Sem contar mais com os gols do artilheiro Joãozinho, mas tendo o campeão mundial Nilton Santos como treinador, o Taguatinga foi para a Fase Final juntamente com Brasília e Guará para decidirem o campeonato em jogos de ida e volta. Começou empatando com o Brasília (1 x 1) e vencendo o Guará (2 x 0) nos jogos do 1º turno da Fase Final. Ao empatar com o Guará (1 x 1), chegou aos mesmos cinco pontos ganhos do Brasília, com quem iria disputar o último e decisivo jogo. Formando com Elvis, Pedrinho, Bilzão, Zinha e Roosevelt; Bilzinho, Da Silva e Marquinhos Carioca (Dorival); Aguinaldo, Genivaldo (Neomar) e Marcelo Freitas, o Taguatinga perdeu a decisão por 2 x 1.
No Campeonato Brasiliense de 1988, mesmo ficando com a terceira colocação na classificação final, o Taguatinga voltou a ser o clube com o maior número de pontos: 38, contra 37 do campeão Tiradentes e 32 do vice-campeão Guará, ambos com um jogo a mais. Venceu o 1º turno sem conhecer derrotas nos 14 jogos que disputou e chegou em quarto lugar no segundo. Nas semifinais, foi derrotado pelo Guará (1 x 0) e ficou de fora da decisão.
O Taguatinga foi um dos 43 clubes que disputaram o Campeonato Brasileiro da Série C (Divisão de Acesso de 1988). Na Primeira Fase, o clube fez parte do Grupo 5, juntamente com Anápolis (GO), Mixto (MT) e do brasiliense Tiradentes. Jogaram dentro dos grupos em ida e volta. Os dois melhores de cada chave passaram para a 2ª fase. O Taguatinga ficou em 3º lugar, à frente do Mixto.
Na categoria de juniores, o Taguatinga ficou com o vice-campeonato, perdendo a final para o Brasília. Os dois principais artilheiros do campeonato foram do Taguatinga: Mandala e Júlio César, ambos com 12 gols.

1989
O Taguatinga voltaria a ser campeão do DF no ano de 1989, com o técnico Canhoto tornando a dirigir a equipe. Ficou de fora da decisão do 1º turno, venceu o segundo e também não chegou à decisão do terceiro. O quadrangular final reuniu, além dos três vencedores de turno (Guará, Taguatinga e Ceilândia, campeões do 1º, 2º e 3º turnos, respectivamente), o Sobradinho, qualificado como o clube que obteve o maior número de pontos ganhos somados os três turnos. Jogaram em turno e returno, entre si. A última rodada reservou o jogo entre Sobradinho e Taguatinga, ambos sem derrota na fase final, o primeiro líder com oito pontos ganhos, o segundo com um ponto a menos. Um gol de Joãozinho, aos 28 minutos do 1º tempo, deu ao Taguatinga mais um título de campeão brasiliense. Nessa partida, a equipe formou com Roberto Costa, Bilzão, Paulão, Adilson e Visoto; Gilvan, Da Silva e Humberto (Chicão); Marcelo Freitas, Joãozinho e Marco Antônio. O técnico, como já dissemos, foi Canhoto.
O Campeonato Brasileiro da Série B de 1989 contou com a presença de 96 clubes. Na Primeira Fase, foram agrupados em dezesseis chaves de seis equipes cada. Jogaram dentro dos grupos em turno e returno. Classificaram-se os dois primeiros colocados de cada chave. Na Primeira Fase os clubes do Distrito Federal, Ceilândia, Sobradinho e Taguatinga, fizeram parte do Grupo B, juntamente com os clubes do Estado de Goiás: Anapolina, Atlético Goianiense e Vila Nova. Ao ficar em segundo lugar, o Ceilândia passou para a Segunda Fase. O Taguatinga foi o terceiro, com os mesmos pontos do Ceilândia, perdendo a vaga no critério “maior número de vitórias” e o Sobradinho o quinto.
O Taguatinga ficou com a segunda colocação no Campeonato Brasiliense de 1990, cujo campeão, o Gama, venceu os dois turnos disputados.
Logo depois, no dia 22 de junho de 1990, fez sua estreia na Copa do Brasil, vencendo o Vitória, de Salvador (BA), por 1 x 0, gol de Edmilson. O jogo foi disputado no Serejão e o Taguatinga formou com Déo, Chiquinho, Paulão, Zinha e Pacheco; Dorival, Da Silva, Edmilson e Rogerinho (Luiz Carlos); Tuta (Gomes) e Joãozinho. Cinco dias depois, o Taguatinga eliminaria o rubro-negro baiano, voltando a vencê-lo por 1 x 0, gol de Tuta, no segundo jogo disputado no estádio de Camaçari, na Bahia.
Foi eliminado da competição pelo Flamengo, do Rio de Janeiro, após perder o primeiro jogo (2 x 0) no estádio da Gávea, no Rio de Janeiro, e empatar (1 x 1) no Serejão. O técnico do Taguatinga foi Mozair Barbosa.
De 1991 a 1993, o Taguatinga dominou amplamente o campeonato brasiliense, chegando ao tricampeonato.

1991
No campeonato de 1991, repetiu o feito do Gama no ano anterior, vencendo os dois turnos, não dando chances aos seus sete adversários, após realizar campanha irrepreensível: nos 32 jogos que disputou, perdeu apenas dois. Totalizou 48 pontos, onze a mais que o segundo colocado, o Guará.
Na decisão do 2º turno, diante do Ceilândia, a equipe formou com Cláudio, Bilzão, Zinha, Paulão e César; Marquinhos (Paulo Lima), Pacheco e Dorival (Júlio César); Tuta (Raildo), Serginho e Carlinhos (artilheiro da equipe, com 10 gols). O técnico foi Adelmar Carvalho Cabral, o Déo.
Ainda em 1991, o Taguatinga disputou o Campeonato Brasileiro da Série B, competição que contou com a participação de 64 clubes. Na Primeira Fase foram agrupados em 8 grupos de 8 equipes cada. Jogaram dentro dos grupos em turno e returno. Classificaram-se os dois primeiros colocados de cada chave. Os participantes do Grupo 5 foram Taguatinga e Gama, do DF, Anapolina, Atlético Goianiense, Goiânia e Vila Nova, de Goiás, Novorizontino e Guarani, de São Paulo. Gama e Taguatinga não se classificaram para a Segunda Fase.

1992
No Campeonato Brasiliense de 1992 o domínio do Taguatinga foi ainda maior do que o de 1991. Voltou a vencer os dois turnos disputados e, ao final deles, somou 50 pontos, quatorze a mais que o segundo colocado, o Tiradentes. Nos 32 jogos que disputou, o Taguatinga venceu 20 e voltou a perder apenas dois jogos. Marcou 62 gols e sofreu 24, com um saldo de 38 gols. Seu artilheiro, Joãozinho, bateu o recorde de maior número de gols marcados em uma edição do campeonato brasiliense, assinalando 26 tentos, marca nunca superada até os dias de hoje.
O Taguatinga foi o representante do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro da Série B em 1992. O campeonato teve a participação de 32 clubes. Na Primeira Fase eles foram divididos em quatro grupos, cada um com oito equipes, que jogaram dentro dos seus grupos em turno e returno. Classificavam-se os quatro primeiros colocados de cada grupo para a Segunda Fase. O Taguatinga fez parte do Grupo II, juntamente com Americano (RJ), Anapolina (GO), Confiança (SE), Desportiva (ES), Itaperuna (RJ), Remo (PA) e Vitória (BA) e ficou na oitava e última colocação.
Tempos depois, o Taguatinga também foi o representante do DF na Copa do Brasil e voltou a fracassar, não passando da Primeira Fase, ao ser eliminado pelo Fortaleza, do Ceará.
1993
O tricampeonato veio em 1993, com muita mais dificuldade. Diferentemente dos dois anos anteriores, o Taguatinga foi muito mal no 1º turno, ficando com a sexta colocação entre os nove participantes. Conseguiu recuperar-se ao vencer o segundo, após dois empates na decisão contra o Gama, e o terceiro (mais curto que os demais), ainda assim perdendo dois jogos nos seis que disputou. Na decisão do campeonato, contra o Gama, venceu o primeiro jogo no Serejão por 1 x 0, gol de Marquinhos, e perdeu o segundo, no Bezerrão, também por 1 x 0. Na prorrogação de 30 minutos, Tuta e Rogerinho marcaram os gols que proporcionaram a vitória de 2 x 0 e o terceiro título brasiliense consecutivo ao Taguatinga.
Com o presidente do clube, Froylan Pinto como técnico, o Taguatinga teve nas duas partidas finais a seguinte formação: Nilton, Márcio Franco, Zinha, Gilson (Jânio) e Almir; Sílvio, Marquinhos Carioca (Paulo Lima) e Tuta; Niltinho (Palhinha) (Rogerinho), Joãozinho e Marquinhos.
Após o tricampeonato de 1993, o Taguatinga nunca mais foi o mesmo. Nos anos de 1994 e 1995 realizou péssimas campanhas, chegando na sexta e oitava colocações, respectivamente, em ambos os campeonatos com mais derrotas que vitórias.
O Taguatinga representou o futebol brasiliense na Copa do Brasil de 1994. Na primeira fase teve como adversário o Bahia, de Salvador (BA). Perdeu os dois jogos e foi eliminado.
O Taguatinga também foi o representante do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro da Série C de 1994, que contou com a participação de 41 clubes na Primeira Fase, separados por onze grupos. Fez parte do Grupo 7, juntamente com Vila Nova e Atlético Goianiense, de Goiânia (GO) e o União Araguainense, de Araguaína (TO).
O Taguatinga ficou na segunda colocação e passou para a Segunda Fase, onde os 32 classificados foram agrupados em chaves de 2 clubes, com jogos eliminatórios, com os vencedores avançando. Em caso de igualdade de resultados, aconteceria disputa de pênaltis.
O Itumbiara, de Goiás, foi o adversário do Taguatinga, que se classificou após um empate fora e uma vitória em casa.
Na Terceira Fase os 16 classificados foram divididos em 8 chaves de 2 clubes, novamente com jogos em eliminatórias simples, com os vencedores avançando. Em caso de igualdade de resultados, disputa de pênaltis. O Taguatinga teve como adversário o Novorizontino, de São Paulo e, após dois jogos (derrota em casa e empate fora), foi eliminado da competição.
O jogo disputado no dia 9 de novembro de 1994, no estádio Jorge de Biasi, em Novo Horizonte (SP), foi o último da história do Taguatinga válido pelo Campeonato Brasileiro. Naquele dia, o Taguatinga empatou em 1 x 1 com o Novorizontino, formando com Tobias, Márcio Franco, Zinha, Marião e Márcio da Guia (Gilson); Sílvio, Marco Antônio (Jackson), Marquinhos e Vital; Joãozinho e Tuta. O técnico foi Froylan Pinto.
A decadência do Taguatinga foi evidenciada no ano de 1996, quando o clube chegou na 11ª posição no Campeonato Brasiliense, sendo, pela primeira vez em sua história, rebaixado para a Segunda Divisão do DF (quatorze clubes disputaram a competição e os seis últimos passariam a disputar o Torneio de Descenso, que apontaria os quatro clubes a serem rebaixados). Taguatinga e Ceilândia decidiram não participar da competição.
A situação do clube era tão grave que em 3 de junho de 1996 aconteceu pela primeira vez na história do futebol do DF o “impeachment” de um presidente de clube de futebol por irregularidades contábeis. Reunido nesse dia, o conselho deliberativo do Taguatinga Esporte Clube afastou o presidente Edmilton Gomes de Oliveira com base em auditoria feita pelo conselho fiscal na prestação de contas do período 1994/1995. Edmilton Gomes de Oliveira estava na presidência do Taguatinga desde dezembro de 1994, substituindo Froylan Pinto.
No ano seguinte, 1997, o Taguatinga retornou à Primeira Divisão do Campeonato Brasiliense, ao ficar em segundo lugar no certame da Segunda, disputado por sete equipes.
Realizou uma boa campanha em sua volta à Primeira Divisão do DF, em 1998, ficando com a terceira colocação na classificação final. Participou da Fase Final do campeonato, que reuniu Gama, campeão do 1º Turno, Guará, campeão do 2º e Ceilandense e Taguatinga, por índice técnico. Gama e Guará entraram com dois pontos de bonificação por terem vencido um turno cada.
Em 1999 o Taguatinga amargou outro rebaixamento, ficando na lanterna (10º lugar) do campeonato, vencendo apenas dois dos dezoito jogos que disputou.
O último jogo da história do Taguatinga aconteceu no dia 6 de junho de 1999. Já rebaixado para a Segunda Divisão, empatou com o Brasília em 3 x 3, no estádio Augustinho Lima, em Sobradinho. Marcaram os gols do Taguatinga André, aos 38 minutos do 1º tempo e Jackson, duas vezes, aos 40 e 44 do segundo. Formou o Taguatinga com Capucho, Charles, Junior, Cuca e Fred; Bira, Marquinhos, André (Pit) e Dequinha; Jackson e Jairo (Amaral). O técnico foi Francisco Ubiraci de Oliveira, o Bira.
Logo depois, o Taguatinga desativaria seu departamento de futebol, principalmente após a saída do homem forte do clube, Froylan Pinto, e pelas más administrações que geraram enormes dívidas. Todo o clube foi fechado, as piscinas desativadas.

O RETORNO DO TAGUATINGA ESPORTE CLUBE

Apesar de constar como licenciado na Federação Brasiliense de Futebol, nunca mais se havia falado em previsão de volta do Taguatinga. Até que, no dia 3 de junho de 2015, durante o Conselho Arbitral para definir a tabela da Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense de 2015, surgiu a notícia de um possível retorno do Taguatinga Esporte Clube depois de um longo tempo de inatividade em competições locais e nacionais. O Clube Atlético Bandeirante, através do seu presidente Edmilson Marçal, comunicou que iniciou o processo para a alteração em seu nome de fantasia. Sairia o Bandeirante para a entrada do Taguatinga. Edmilson Marçal confirmou durante o arbitral que o nome Bandeirante não existia mais judicialmente, mas sim o Clube Atlético Taguatinga.
Dias depois, a CBF, em conjunto com a Federação Brasiliense de Futebol, homologou a mudança do nome de Bandeirante para Taguatinga. Em um primeiro momento, a diretoria do clube revelou que o time iria se chamar Taguatinga Esporte Clube, mas teve seu nome registrado como Clube Atlético Taguatinga.
O Clube Atlético Taguatinga disputou os campeonatos brasilienses de 2015 (quando foi campeão da Segunda Divisão) e da Primeira Divisão de 2016 e 2017 (quando foi rebaixado para a Segunda Divisão após ser o último colocado).
No dia 25 de junho último, o Clube Atlético Taguatinga confirmou em seu site oficial a fusão com o Taguatinga Esporte Clube e dando lugar a esse tradicional time no futebol profissional do Distrito Federal. O presidente da equipe rubro-negra, Edmilson Marçal, já havia declarado há algumas semanas que estava em negociações adiantadas para trazer o TEC de volta. O Taguatinga Esporte Clube está regularizado e entrará em campo já em agosto para disputar a Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense.
Confirma abaixo parte da nota oficial do site do clube:
“Na manhã de hoje (25), a diretoria do Atlético Taguatinga e antiga diretoria do Taguatinga Esporte Clube celebraram e oficializaram a fusão histórica entre os dois clubes que promete reviver o orgulho e o futebol na cidade de Taguatinga. A partir de hoje, o Atlético Taguatinga sai de cena e o Taguatinga Esporte Clube está de volta. Sim, torcedor, após 19 anos, a Águia está de volta ao futebol profissional do Distrito Federal. A junção das duas agremiações une elementos tanto do Atlético Taguatinga quanto do Taguatinga Esporte Clube. O TEC traz a esta fusão suas cores, tradição, história e títulos. Já o Atlético, por sua vez, “empresta” sua diretoria, comandada por Edmilson Marçal e Abraão Hildo, além de sua estrutura financeira e física (Centro de Treinamentos, Site Oficial, Redes Sociais). O Taguatinga Esporte Clube está regularizado junto a CBF e a FFDF e irá entrar em campo já no ano de 2018 para disputar a segunda divisão do DF que começa em agosto. Nas próximas semanas, o TEC irá divulgar seu novo uniforme e conceito”.



domingo, 1 de julho de 2018

OS CLUBES DO DF: Taguatinga Esporte Clube - 1ª parte


Há 43 anos, no dia 1º de julho de 1975, surgia o Taguatinga Esporte Clube. Para começarmos a falar da história do Taguatinga, faz-se necessário voltar no tempo e contar um pouco do Pioneira Futebol Clube.

O Pioneira Futebol Clube foi fundado em 18 de fevereiro de 1974, por servidores da Viação Pioneira e Viação Planeta Ltda.
No dia 10 de junho de 1974 aconteceu a Assembleia Geral Extraordinária da Federação Desportiva de Brasília que concedeu filiação ao Pioneira Futebol Clube.
Pouco mais de um mês depois, em 14 de julho de 1974, fez sua estreia em competições oficiais, ao participar do Torneio Início.
Uma semana depois estreou no Campeonato Oficial de Brasília, ainda amador, ganhando do Relações Exteriores. Sagrou-se campeão brasiliense de 1974, após dois jogos contra o Jaguar, no mês de dezembro.
Para manter o elenco em forma, nos meses de janeiro e fevereiro de 1975, realizou quatro amistosos, sendo três interestaduais. Estes foram os quatro derradeiros jogos do Pioneira.

SURGE O TAGUATINGA ESPORTE CLUBE

Já no mês de março de 1975 começaram a aparecer os primeiros boatos (logo confirmados) de que Brasília se preparava para receber outro clube profissional. O comércio da cidade-satélite de Taguatinga resolveu armar uma equipe para brigar com o Ceub. Assim, em 1º de julho de 1975, na sede da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga – ACIT, diretores dessa entidade, da Administração Regional de Taguatinga e representantes da Viação Pioneira promoveram Assembleia Geral Extraordinária para a transformação do Pioneira Futebol Clube em clube profissional de futebol, a mudança do nome para Taguatinga Esporte Clube e a troca das cores do uniforme para azul e branca. Yukyio Matsunaga foi eleito Presidente de Honra do Taguatinga E. C.
Estiveram presentes como convidados especiais Benedito Augusto Domingos, Olímpio Barbosa Filho e Wilson Antônio de Andrade, Presidente da ACIT, Administrador Regional de Taguatinga e Presidente da Federação Metropolitana de Futebol, respectivamente.
Além deles, estiveram presentes Carlos Augusto Senise, Clever Geraldo Caetano (eleito posteriormente primeiro Presidente do Taguatinga), Francisco Carlos Lima, Galvão Augusto Domingos, Jairo Campos César, João Juvêncio Duarte, José Braga da Silva, Justo Magalhães Morais, Leônidas Soares Pires, Pedro Ribeiro Barbosa e Yukio Matsunaga.
A relação nominal dos membros do Conselho Deliberativo foi aprovada por unanimidade, sendo eleito Presidente desse conselho Carlos Augusto Senise.
Em 12 de julho de 1975 aconteceu o primeiro amistoso do novo clube, vencendo a URT, de Patos de Minas (MG), por 2 x 0, no Pelezão.
No dia seguinte, a Seleção do DF disputou um amistoso contra a Seleção de Minas Gerais e quatro jogadores do Taguatinga foram convocados: Banana, Dão, Dinarte e Nemias.
De 23 a 27 de julho, o Taguatinga realizou excursão às cidades mineiras de Patos de Minas, Patrocínio e Monte Carmelo.
No dia 3 de fevereiro de 1976 o Taguatinga solicitou sua profissionalização à Federação Metropolitana de Futebol, bem como sua participação no campeonato oficial de 1976, o primeiro da nova era do profissionalismo no DF.
Em seguida, quase conquistou seu primeiro título de campeão no Torneio Imprensa.

1976
O primeiro jogo oficial do Taguatinga aconteceu às 15 horas do dia 14 de fevereiro de 1976, no Pelezão (na preliminar de Ceub x Brasília), com vitória de 2 x 0 sobre o Humaitá, do Guará. A primeira escalação foi Carlos José, Aldair, Dão, Assis e Chico; Maurício, Nemias e Banana; Paraibinha (Pedrinho), Piau (Zé Carlos) e Dinarte. O técnico foi o saudoso Eurípedes Bueno de Morais. O clube foi vice-campeão do torneio. Na classificação final ficou com os mesmos dez pontos ganhos do Grêmio, perdendo o título de campeão no critério de desempate de saldo de gols.
Na seleção do torneio, escolhida pela equipe de esportes do Jornal de Brasília, o destaque foi o jogador do Taguatinga, Ernâni Banana. Além dele, fizeram parte dessa seleção mais três jogadores do Taguatinga: o goleiro Carlos José, o zagueiro Dão e o atacante Dinarte.
Sua primeira vez no campeonato brasiliense de 1976 também foi com vitória. No dia 21 de abril de 1976, outra vez numa preliminar (desta vez de Ceub x Gama), o Taguatinga venceu o Flamengo, do Cruzeiro, por 3 x 0. Aos 27 minutos do segundo tempo, Maurício inaugurou o marcador. Dois minutos depois, Nemias aumentou para 2 x 0 e novamente Maurício marcou aos 37, definindo o marcador de 3 x 0. Formou o Taguatinga com Carlos José, Aldair, Júlio César (Elmo), Assis e Dedinho; Douradinho, Nemias e Banana; Maurício, Paraibinha (Piau) e Dinarte. Técnico: Eurípedes Bueno.
No conturbado campeonato brasiliense de 1976, repleto de paralisações por conta de liminares e que culminou com a extinção do Ceub, o Taguatinga ficou com a quarta colocação.
Tinha tudo para ser o grande clube do futebol brasiliense no restante dos anos 70. Várias vezes sua torcida descia para o Estádio Pelezão com muitas bandeiras e folhas de bananeira em homenagem ao primeiro grande ídolo do clube, Ernâni Banana. Em julho de 1976, se desfez de Banana, o time enfraqueceu-se e a torcida sumiu dos campos.
Dias antes, em 16 de junho de 1976, o campeão mundial Dida, ex-jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira, passou a ser o novo técnico do Taguatinga, em substituição a Eurípedes Bueno.
Seu primeiro grande jogo interestadual foi realizado no dia 21 de julho de 1976, justamente o disputado em São Januário, no Rio de Janeiro, contra o Vasco da Gama, como pagamento de parte do empréstimo do atacante Banana, que foi lançado no segundo tempo. Perdeu por 3 x 0.
Ainda em 1976, no dia 29 de agosto, ganhou a Taça “Justo Magalhães”, ao vencer por 1 x 0 o Vila Nova-GO, na inauguração parcial do estádio Elmo Serejo Farias, o Serejão, com gol olímpico de Dinarte, quando faltavam três minutos para terminar o amistoso. Formou com Carlos José, Mundinho, Edair, Mauro e Chico; Nelson, Elmo e Maurício; Bira (Zé Vieira), Ruy e Dinarte.

1977
Começou o ano de 1977 disputando o II Torneio Imprensa. Ao contrário do primeiro, quando foi o segundo colocado, nesse ficou com a nona e última colocação. Veio o campeonato brasiliense e o Taguatinga ficou com o terceiro lugar. Encerrou a temporada com o vice-campeonato no Torneio Incentivo, perdendo a final para o Gama.
O Taguatinga foi vice-campeão do Torneio Incentivo de 1978, mais uma vez perdendo uma final para o Gama. Dessa vez, venceu o 1º turno do torneio e o decidiu com o Gama, ganhador do segundo. Nos dois jogos realizados, o 0 x 0 não saiu do placar. No segundo, disputado no Serejão, após prorrogação com 0 x 0, perdeu o título na disputa dos pênaltis, quando foi derrotado por 4 x 3.
No campeonato brasiliense de 1978, depois de ser terceiro no 1º turno e quinto no 2º, o Taguatinga garantiu uma das quatro vagas na Fase Final, que reuniu também Brasília (vencedor dos dois turnos), Gama e Guará. Realizou sua melhor participação num campeonato brasiliense ao ficar com o vice-campeonato.

Ainda no ano de 1978 vale registrar a realização de dois amistosos.
O primeiro, no dia 23 de abril de 1978, quando na inauguração completa do estádio Serejão enfrentou o Fluminense, do Rio de Janeiro e perdeu por 4 x 1. Quase 20 mil pessoas estiveram no estádio para ver o Taguatinga formando com dois craques do futebol brasileiro: o goleiro Félix e o meio-de-campo Dirceu Lopes, especialmente convidados para o evento. Formou o Taguatinga com Félix, Aldair, Nonato, Wanner (Toinho) e Luiz Fernando (Déo); Renê (Valdo), Joãozinho (Maurício) e Dirceu Lopes; Belo, Peba e Paulo César (Zé Vieira). Técnico: Arlindo Louchards.
Poucos dias depois, em 6 de maio de 1978, o Taguatinga disputaria seu primeiro amistoso internacional, quando inaugurou os refletores do Serejão, empatando em 0 x 0 com o Oriente Petrolero, da Bolívia.
Em 1979, o Taguatinga teve a chance de disputar o Campeonato Brasileiro pela primeira vez ao participar do Torneio Seletivo, competição realizada pela Federação Metropolitana de Futebol no período de 4 de março a 8 de abril de 1979, com a finalidade de escolher o clube que ocuparia a segunda vaga no Campeonato Brasileiro reservada para o Distrito Federal. Participaram do Torneio Seletivo somente os clubes (cinco) que disputaram o Campeonato de Profissionais do DF de 1978, com exceções do Brasília E. C., por ter sido o campeão do ano anterior, e do Grêmio, que não quis disputar. O Taguatinga ficou em quarto lugar no 1º turno e em terceiro no 2º, ficando de fora da decisão pela vaga, conquistada pelo Guará.
Também não foi bem no campeonato brasiliense, ao ficar com a quarta colocação, vencendo apenas quatro dos quinze jogos que disputou.
No campeonato brasiliense de 1980, disputado por nove clubes, novamente o Taguatinga foi muito mal. Depois de ser sexto colocado nos dois primeiros turnos, recuperou-se um pouco no terceiro ao chegar na terceira colocação, nada que fizesse melhorar muito a sua posição na tábua de classificação final daquele ano: 5º lugar.

Froylan Pinto
O Taguatinga só começou a tomar jeito a partir de 1981, quando o empresário da área de construção de prédios industriais e depósitos, Froylan Pinto Santos, assumiu a presidência do clube.
Antes do Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão de 1981 (Taça de Bronze) começar, foram realizados Torneios Seletivos nos Estados com a finalidade de apontar seus representantes nessa competição. Com o Brasília na Primeira Divisão (Taça de Ouro) e o Gama na Segunda (Taça de Prata), participaram do Torneio Seletivo do Distrito Federal (de 25 de janeiro a 25 de fevereiro) quatro equipes: Ceilândia, Sobradinho, Taguatinga e Tiradentes. O torneio foi disputado no Estádio Serejão, em rodadas duplas. Conquistou o título do torneio com essa formação: Jonas, Aldair, Duda, Emerson e Geraldo Galvão; Warlan, Carlos Euzébio e Paulo Hermes; Wilton, Dácio e Serginho. Técnico: Bugue.
A primeira vez que o Taguatinga entrou em campo para disputar uma competição nacional foi no dia 8 de março de 1981, no Serejão. Na Primeira Fase da Taça de Bronze, os 24 participantes foram separados em doze grupos de dois clubes cada. Jogaram em partidas de ida e volta, classificando-se os vencedores para a Segunda Fase.
Depois de conquistar a vaga no Torneio Seletivo do DF, o Taguatinga teve como primeiro adversário o vencedor do Torneio Seletivo de Goiás, o Itumbiara. Venceu o primeiro jogo em Taguatinga por 1 x 0, gol de Serginho, e perdeu em Itumbiara pelo marcador de 3 x 0. Com melhor saldo de gols, o clube goiano passou para a Segunda Fase. O Taguatinga formou no primeiro jogo com essa equipe: Jonas, Aldair, Duda, Emerson e Odair; Jairo, Warlan (Geraldo Galvão) e Euzébio; Paulo Hermes (Dácio), Serginho e Wilton. Técnico: Bugue.
1981
Foi aí, sob o comando de Bugue, que o time começou a arrancada para o título brasiliense de 1981, quando o treinador já era Antônio Humberto Nobre, o Canhoto. O Taguatinga venceu o terceiro turno do campeonato. Antes, havia perdido o 1º para o Guará e o 2º para o Brasília. Os vencedores dos turnos, então, se encontraram na Fase Final, quando o Taguatinga sagrou-se campeão ao derrotar duas vezes cada adversário: Brasília (2 x 0 e 1 x 0) e Guará (1 x 0 e 1 x 0). Na última partida, no dia 15 de novembro de 1981, no Serejão, mesmo com a expulsão de Raimundinho, Caiaba marcou o gol da vitória sobre o Guará. A equipe que atuou nessa partida foi Augusto, Warlan, Décio, Emerson e Edson; Boni, Péricles e Raimundinho; Paulo Hermes, Caiaba e Serginho. Técnico: Canhoto. O Taguatinga disputou 27 jogos, venceu 16, empatou sete e perdeu quatro. Ainda teve o artilheiro do campeonato, Péricles, com nove gols, e o segundo, Paulo Hermes, com seis.
No dia 20 de janeiro de 1982 o Taguatinga fez sua estreia na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. Naquele dia, jogando no Serra Dourada, em Goiânia, perdeu para o Goiás por 3 x 0. Ainda com Canhoto como seu treinador, o Taguatinga formou com Augusto, Édson, Décio, Carlos Roberto e Heraldo; Boni, Raimundinho e Wander; Paulo Hermes (Caiaba), Serginho e Geraldinho.
O primeiro gol na Primeira Divisão só viria quatro dias depois, quando perdeu para o Grêmio Maringá, em pleno Serejão. Seu autor foi Raimundinho, aos 20 minutos do segundo tempo.
O Taguatinga fez parte do Grupo G, juntamente com Goiás (GO), Grêmio Maringá (PR), Internacional (RS) e Ponte Preta (SP). Só conseguiu vencer uma partida, justamente a última contra o Goiás, por 3 x 1, ficando na quinta e última colocação.
Os times desclassificados na Primeira Fase da Primeira Divisão passaram a disputar a Segunda, em jogos eliminatórios, de ida e volta. Coube ao Taguatinga enfrentar o Joinville, de Santa Catarina. Um empate no primeiro jogo e uma goleada sofrida no segundo foi o saldo dos dois jogos para o Taguatinga, que não conseguiu passar para a outra fase.
No campeonato brasiliense de 1982 o Taguatinga não foi bem, ficando com a quarta colocação entre os sete clubes participantes. Até perdeu poucos jogos (três), mas empatou muitos (dez), vencendo oito.
Já contando com o reforço do atacante Fantato, nos dias 20 e 23 de abril de 1983 o Taguatinga participou do “Torneio 21 de Abril” (Taça “Governador José Ornellas), um quadrangular interestadual promovido pela Federação Metropolitana de Futebol para comemorar mais um aniversário da cidade de Brasília (o 23º) e que contou com as participações de Gama, Taguatinga e Tiradentes, de Brasília, e do Botafogo, do Rio de Janeiro. Na primeira rodada do torneio, no Estádio Serejão, o Botafogo derrotou o Taguatinga por 1 x 0. Na disputa do 3º lugar, três dias depois, no Estádio Bezerrão, no Gama, o Taguatinga ganhou do Gama por 2 x 1, com dois gols de Fantato.
No primeiro turno do campeonato brasiliense de 1983, o Taguatinga ficou com o segundo lugar, depois de perder a final para o Brasília. Venceu o segundo turno, com um ponto a mais que o Guará, que foi o ganhador do 3º. No quarto e último turno, mais uma vez ficou na segunda colocação, novamente atrás do Brasília. Os clubes citados decidiram o campeonato num triangular. O Taguatinga empatou com o Brasília (1 x 1) e perdeu para o Guará (2 x 1), ficando com a terceira colocação. Como consolo, foi o clube que mais somou pontos no campeonato, 65, contra 63 do Brasília e 62 do Guará.