quarta-feira, 7 de maio de 2025

ESQUECIDOS PELO TEMPO (in memoriam): Oscar



NOME COMPLETO: Oscar Ferreira Santana
APELIDO: Oscar
LOCAL E DATA DE NASCIMENTO: Cristalina (GO), 7 de maio de 1944
POSIÇÃO EM CAMPO: Ponta-Esquerda

LINHA DO TEMPO

Começou a jogar futebol no Colombo, da então Cidade Livre (hoje Núcleo Bandeirante), em 1962, revezando entre as equipes de juvenis e de aspirantes. No mesmo ano passou a defender o Goianésia Esporte Clube que, nesta época, disputava o Campeonato Goiano do Interior.

Voltou para Brasília em 1963 e foi inscrito pelo Colombo para disputar o Campeonato Brasiliense desse ano. No dia 12 de maio estava no time do Colombo que foi vice-campeão do Torneio Início.

Goianésia
Depois, foi para o Vila Nova, de Goiânia-GO, onde conquistou o título de campeão goiano de 1963.

Em 1964, transferiu-se para Luziânia. No dia 23 de fevereiro de 1964, fez parte da equipe do Luziânia Esporte Clube que excursionou até Paracatu (MG), onde o Amoreiras, local, foi goleado por 5 x 2.
No dia 24 de maio de 1964, o Luziânia recebeu o Rabello, de Brasília, em seu estádio, e foi derrotado. O Luziânia atuou com Marreco, Coquinho, Félix, Osmar e Tiãozinho; Peru e Tomé; Bubu, Invasão, Carlos e Oscar.

Excursão a Paracatu
No dia 15 de maio de 1966, no estádio Francisco das Chagas Rocha, em Luziânia, Oscar integrou a equipe do Luziânia no empate em 3 x 3 com a Seleção de Brasília.
Sua estreia numa competição oficial aconteceu em 12 de junho de 1966, quando Oscar tomou parte do Torneio Início do Campeonato Brasiliense de Profissionais de 1966, que contou com a participação de sete equipes. Logo em sua primeira participação, o Luziânia foi derrotado pelo Pederneiras.
Pelo Campeonato Brasiliense a estreia de Oscar aconteceu em 26 de junho de 1966, no estádio Pelezão, em jogo válido pela segunda rodada do primeiro turno, com vitória de 3 x 1.
Na primeira rodada do returno, no dia 14 de agosto de 1966, Oscar marcou seu primeiro gol com a camisa do Luziânia, na goleada de 8 x 3 sobre o Flamengo, de Taguatinga, no estádio Ciro Machado do Espírito Santo. Nesse dia, o Luziânia atuou com os seguinte jogadores: Walmir Gato, William, Zezão (Ditinho), Bimba e Coquinho; Bolinha e Peru; Oscar, Sabará, Hermes Carneiro e Raimundinho. Técnico: Wander Abdalla.

Luziânia
Oscar disputou dez jogos válidos pelo Campeonato Brasiliense de Profissionais de 1966.
Pouco tempo depois, teve início o torneio de profissionais “Engenheiro Plínio Cantanhede”, realizado com rodadas duplas e que apontaria as quatro equipes classificadas para a disputa da Taça Brasil Central com equipes de Brasília, Anápolis e Goiânia.
Logo na estreia, no dia 23 de outubro de 1966, Oscar marcou um dos gols do empate de 3 x 3 com o Defelê.
A última partida de Oscar pelo Luziânia e, consequentemente, a última participação do clube em competições como profissional na década de 60, foi no dia 10 de novembro de 1966, na derrota para o Flamengo, de Taguatinga, por 5 x 2. O Luziânia atuou com Walmir Gato, Coquinho, Ildomar, Ditinho e Ciliu; Bolinha e Peru; Oscar, Sabará, Hermes Carneiro (Antônio) e Raimundinho. Técnico: Agostinho Pereira Ventura “Sabará”.
Em 9 de abril de 1967 aconteceu a Assembleia Geral na Federação Desportiva de Brasília, onde ficou decidido que o Luziânia não participaria do campeonato brasiliense de 1967, em virtude de nova grave crise em que se encontrava o clube. Com o fim do time, vários jogadores foram para outras equipes do futebol de Brasília, dentre eles Oscar.

Coenge
Oscar, então, foi para o Coenge Futebol Clube, do Gama, em 1967, que, nesse ano, integrava o Departamento Autônomo da Federação Desportiva de Brasília, uma espécie de departamento responsável pelo futebol amador da entidade. Desde o ano anterior, 1966, o departamento organizava um campeonato entre as equipes não profissionais, divididas, em sua primeira fase, por regiões, chamadas de séries, no Gama, em Taguatinga, em Sobradinho e no Plano Piloto. Posteriormente, os dois primeiros de cada série disputavam a fase final. O Coenge foi o campeão da Série Gama.
No final desse ano, nos dias 26 de novembro e 3 de dezembro de 1967, Oscar participou de um torneio quadrangular que contou com o Coenge e A. A. Cultural Mariana, ambos do Gama, e Rabello e Cruzeiro do Sul, ambos de Brasília e representados por times mistos. O Coenge ficou com o segundo lugar no torneio, sendo derrotado na decisão contra o Cruzeiro do Sul com essa formação: Tonho, Dimenor, Tarcísio, Xixico e Mauro; Pelezão e Divino; Pelezinho, Dera, Eraldo e Oscar.

Na preliminar do amistoso interestadual Guará 0 x 2 Flamengo, do Rio de Janeiro, realizado em 18 de junho de 1968, no estádio de Brasília, Oscar foi um dos destaques da goleada do Coenge sobre o Civilsan, por 7 x 2, ao marcar dois gols. O Coenge atuou com Tonho, Ferraz, Dirceu, Duchinha e Mauro; Pelezão (Jânio) e Divino (Jandaia); Pelezinho (Assis), Noé, Eraldo e Oscar.
O Coenge foi o campeão do torneio como parte dos festejos do 8º aniversário da cidade do Gama, realizado nos dias 6 e 13 de outubro e que contou com a participação de dez equipes.
O Coenge conquistou o bicampeonato da Série Gama, do Departamento Autônomo, superando União, Real, Gaminha, Guarani, Grêmio, Minas e Imperial.
A Fase Final do campeonato do Departamento Autônomo foi iniciada no dia 1º de dezembro e reuniu Gaminha e Coenge (representantes do Gama), Civilsan (Plano Piloto), Brasília, Meta e Setor Automobilístico (Taguatinga) e Manufatura (Sobradinho). Foi necessária uma superdecisão entre Gaminha, Civilsan e Coenge, todos com três pontos perdidos, para se conhecer o campeão.
Mas a torcida teve que esperar a virada de ano para saber quem seria o vencedor.
Um gol de Oscar, aos 34 minutos da primeira etapa, deu ao Coenge a vitória de 1 x 0 sobre o Gaminha e o título de campeão do Departamento Autônomo, edição 1968, no dia 2 de fevereiro de 1969. O Coenge foi campeão com Hugo, Dirceu (Minhoca), Eraldo, Ferraz e Xixico (Duchinha); Mauro e Divino; Noé, Pelezinho, Tatá e Oscar.

No começo de 1969, Oscar foi um dos convocados para integrar a Seleção do DF que enfrentaria o Olaria, do Rio de Janeiro.
No jogo-treino realizado no dia 9 de fevereiro, Oscar fez parte da Seleção “B” e marcou um dos gols da derrota para a “A”, por 4 x 2. Oscar não participou do amistoso interestadual do dia 11 de fevereiro, quando a seleção do DF foi goleada pelo clube carioca, por 5 x 0.
Para o amistoso contra o Flamengo, do Rio de Janeiro (no dia 2 de março), o selecionado brasiliense realizou um jogo no dia 23 de fevereiro contra o DAE e venceu por 7 x 2, com um gol de Oscar.
O Flamengo trouxe Garrincha como maior atração, abriu uma boa diferença ainda no primeiro tempo (3 x 0), mas resolveu abandonar o gramado com 60 minutos de jogo, depois da expulsão de dois de seus jogadores. Além disso, obedecendo ordens do treinador Tim, os jogadores Zezinho, João Daniel e Garrincha simularam uma contusão e abandonaram o gramado, forçando o árbitro a encerrar a peleja.
O técnico da Seleção do DF foi José Dias, que escalou o seguinte time: Hugo, Jonas (Fernandes), Eraldo, Paulinho e Xixico; Eduardo e Divino; Noé, Guairacá, Pelezinho (Argenta) e Oscar (Marão).
A partir de 13 de abril de 1969, o Coenge iniciou a campanha que lhe daria, pela primeira vez, o título de campeão brasiliense de futebol.
Quando a Federação Desportiva de Brasília deu uma pausa no Campeonato Brasiliense de 1969, convocou duas seleções formadas por jogadores dos clubes disputantes da competição, para uma série “melhor-de-três”.
Oscar fez parte do selecionado “B”, que teve como técnico Eurípedes Bueno, juntamente com os jogadores Hugo, Ferraz, Tatá, Xixico, Pelezão, Divino, Minhoca, Pelezinho, Garrinchinha e Oscar (Coenge), Índio, Gildásio, Triste, Jeremias, Negão, Toinho, Santos, Luizinho, Cabeleira e Nemias (Brasília), Chiquinho, Dirceu e Ary (Flamengo), Ivan e Germano (Vila Matias), Juvenil e Parada (Cultural Mariana), Hélio (Meta) e Neco (Guarany).

O primeiro jogo foi no dia 6 de julho e a Seleção “B” venceu a “A” por 1 x 0. A Seleção “B” venceu com Hugo, Ferraz, Gildásio, Triste e Luisinho; Jorrâneo e Nemias (Dirceu); Toinho, Noé, Pelezinho (Ivan) e Oscar (Cabeleira).
O terceiro jogo previsto para 13 de julho foi dispensado, pois a Seleção “B” venceu por 4 x 3, no dia 9 de julho.
No dia 24 de julho de 1969, a Seleção do Distrito Federal, formada por jogadores do Coenge, do Gama, e do Brasília, de Taguatinga, jogou contra o Atlético Mineiro, no Estádio Pelezão, sendo derrotada por 4 x 0. A seleção jogou com Índio, Ferraz, Tatá, Triste e Luizinho (Gildásio); Divino e Pelezinho; Santos, Negão (Noé), Toinho e Cabeleireira (Oscar).
O Coenge foi ao Estádio Vasco Viana de Andrade, na Metropolitana, no dia 3 de agosto de 1969, enfrentar o Grêmio, empatando em 1 x 1, com um gol de Oscar.
Em dezembro de 1969, a Federação Desportiva de Brasília promoveu o Troféu Imprensa Esportiva, entre as seleções das cidades de Brasília, Gama, Núcleo Bandeirante e Taguatinga.
No jogo contra Taguatinga, no dia 20 de dezembro de 1969, Oscar substituiu Reco e não conseguiu ajudar a reverter a derrota de 2 x 1.

No dia 1º de fevereiro de 1970, aconteceu o jogo do Coenge contra a Portuguesa, do Rio de Janeiro, que terminou empatado em 1 x 1. O time do Coenge foi Carlos José, Jaimir, Elias (Ferraz), Mauro, Xixico, Pelezão, Divino, Augustin,  Pelezinho, Zé Carlos (Noé) e Oscar.
Logo depois, em 22 de fevereiro de 1970, Oscar estava na equipe do Coenge que venceu o Goiânia, no Estádio Pelezão, por 3 x 1.
Amistosamente, o Coenge jogou no dia 22 de março de 1970 e ganhou do Brasília, de Taguatinga, por 3 x 0, com um dos gols marcado por Oscar.
No 10º aniversário de Brasília (21 de abril de 1970), Oscar estava no time do Coenge que jogou contra o Tupi, de Juiz de Fora (MG), no empate em 0 x 0, na preliminar de Grêmio, de Porto Alegre, 2 x 0 Atlético Mineiro.
No início do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, em 5 de julho de 1970, o Coenge jogou contra o Planalto e venceu por 3 x 1, com dois gols de Oscar. Oscar foi escolhido craque da rodada.
Na goleada de 7 x 2 aplicada sobre o Carioca, no dia 2 de agosto de 1970, Oscar voltou a marcar.
No final do torneio, o Coenge ficou com o vice-campeonato, recebendo o Troféu DETUR.
A próxima disputa que Oscar passaria a disputar seria o Campeonato de Futebol Amador do DF (campeonato oficial), do qual dez equipes participaram.
Logo em sua estreia, no dia 6 de setembro de 1970, marcou o único gol do jogo em que o Coenge derrotou o Defelê, por 1 x 0.
Uma semana depois, em 13 de setembro de 1970, o Coenge voltou a vencer, desta vez o Carioca, por 2 x 0, com um dos gols sendo marcado por Oscar.
Na terceira rodada, em 27 de setembro, no empate em 2 x 2 com o Colombo, mais um gol marcado por Oscar.
Oscar marcou seu quarto gol seguido, em novo empate em 2 x 2, desta vez contra o Planalto, no dia 4 de outubro de 1970.
No total, foram oito jogos, com cinco gols marcados por Oscar.

Em 1971, a FDB promoveu o Torneio Governador Hélio Prates da Silveira, que teve início em março.
No dia 28 de março, o Coenge perdeu para o Serviço Gráfico por 3 x 1. Oscar marcou para o Coenge.
O torneio marcou o início da decadência do Coenge. Assim como outros clubes, foi punido por inadimplência, com a perda de pontos em vários jogos. Depois, o Coenge se ausentou das reuniões, o que também era motivo para punições, e foi decidido, no dia 23 de junho de 1971, em assembleia, que os jogadores pertencentes a estas agremiações estavam liberados para disputar partidas por outros times. Desta forma, Oscar deixou o Coenge.
Em 13 de agosto de 1971, aconteceu a Assembleia da Federação Desportiva de Brasília que desfilou várias dessas associações, uma delas, o Coenge.

Com o fim do Coenge, em 1972 Oscar passou a fazer parte do elenco da Associação Atlética Serviço Social, que estreava nesse ano no Campeonato Brasiliense.
Curiosidade: a A. A. Serviço Social era formada, basicamente, por jogadores de vários clubes extintos, como Defelê, Planalto, Coenge e Civilsan. Um desses jogadores foi Antônio Valmir Campelo Bezerra, o mesmo político que deu o nome ao estádio do Gama, o Bezerrão.
O primeiro jogo de Oscar em seu novo clube foi no dia 19 de agosto de 1972, na vitória sobre o Piloto, por 4 x 1, no Pelezão. O Serviço Social formou com Laudislon, Pereira, Ivan, Triste e Zacarias; Bazan e Santiago; Zé do Norte (Zinho), Merlo, Manoel e Oscar. Técnico: Eurípedes Bueno.
No final do campeonato, o Serviço Social ficou com a quinta colocação. Oscar participou de dez jogos, tendo marcado dois gols.

Santa Cruz, do Gama
A partir de 1973 e até 1975, Oscar voltou a disputar apenas as competições do Gama. A Organização dos Esportes do Gama foi fundada em 2 de março de 1974 e por aqui ficou até a criação do campeonato de profissionais, em 1976, quando passou a defender a Sociedade Esportiva do Gama.
Seu primeiro jogo com a camisa do Gama foi em 5 de junho de 1976, no Pelezão, na derrota de 1 x 0 para o Canarinho. Formou o Gama com Morais, Bastos (Bill), Serginho, Santana e Carlão; Dequinha, Chicão e Galego; Almir, Zé Luiz e Oscar. Técnico: Jesus Santos.

Gama
Foram dez jogos com a camisa do Gama no Campeonato Brasiliense de 1976.
Ficou um tempo afastado dos gramados após desentendimento com a diretoria do Gama.
O último jogo de Oscar com a camisa do Gama aconteceu em 18 de abril de 1982, no empate em 0 x 0 com o Guará, no Bezerrão. O Gama formou com Toinho, Anselmo, William, Zinha e Zenildo; Vicente, Sidnei e Manoel Ferreira; Chiquinho (Oscar), Nilson e Marcelo (Quincas). Técnico: Carlos Morales.
Durante muito tempo continuou atuando em clubes de futebol amador do Distrito Federal e jogos comemorativos de veteranos.

Veteranos do Gama
No dia 12 de outubro de 1986, Oscar foi convidado para fazer parte da seleção de veteranos do Gama que enfrentou a Seleção Brasileira de Masters, que tinha, entre outros, Ademir da Guia, Adãozinho, Ado, Paraná, Buião e Tobias. O jogo foi no Bezerrão. Oscar jogou muito bem e deu as duas assistências para os dois gols do Gama, no empate em 2 x 2.
Depois, em 1992, participou de outro jogo reunindo veteranos, tais como Orlando Lelé, Cid, Aderbal, Alaor Capella, Dinarte e Zé Carlos, só para citar alguns.
Morava em Águas Lindas de Goiás, quando faleceu no dia 1º de janeiro de 2021.


Nota:
Segundo alguns que o viram jogar, Oscar era um jogador muito eficiente como falso ponta de retorno ou recomposição de esquemas, e sabia aplicar bons dribles. Era um jogador muito esforçado e de boa assistência. Um verdadeiro e incansável motorzinho, fazendo o terceiro homem de meio de campo pelo lado esquerdo.


Seleção do DF de 1969, o último à direita





Colaborações: 
José Egídio Pereira Lima
Paulo Roberto Silva.

terça-feira, 6 de maio de 2025

O DIA DE HOJE NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: a primeira vitória do Gama sobre o Brasília – 1979




Fundados em 1975 (o Brasília em 2 de junho e o Gama em 15 de novembro), Brasília x Gama não demoraria para se tornar o maior clássico do futebol brasiliense.
Se enfrentaram pela primeira vez em jogo válido pelo Campeonato Brasiliense logo no ano seguinte, mais precisamente no dia 11 de maio de 1976, no Estádio Pelezão, na preliminar de Grêmio x Humaitá. Naquela ocasião, o Brasília venceu por 4 x 1.
O Brasília completaria oito jogos consecutivos sem conhecer derrota para o Gama, sendo sete vitórias.
No dia 6 de maio de 1979 aconteceu a primeira vitória do Gama sobre o Brasília, quando foi registrado o placar de 2 x 1 a seu favor.

GAMA 2 x 1 BRASÍLIA
Data: 6 de maio de 1979
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Edson Rezende de Oliveira
Gols: Péricles, 18; Edmar, 65 e Péricles, 79
GAMA: Jaidan, Carlão, Kidão, Décio e Odair; Santana (Kell), Péricles e Manoel Ferreira; Niltinho (Cleiton), Fantato e Robertinho. Técnico: Bugue.
BRASÍLIA: Déo, Ferreti, Jonas Foca, Luís Carlos e Luisinho; Paulinho, Raimundinho e Banana; Julinho (Renê), Edmar e Nei. Técnico: Airton Nogueira.




segunda-feira, 5 de maio de 2025

OS CLUBES DO DF: 1º de Maio E. C.


O 1º de Maio Esporte Clube foi fundado em 1º de maio de 1960.
Pertencia ao Departamento de Limpeza Pública, ligada à Prefeitura Municipal do Distrito Federal.
Era alvinegro, com uniforme semelhante ao do Botafogo, do Rio de Janeiro.
O 1º de Maio só viria a disputar jogos por uma competição oficial da Federação Desportiva de Brasília no dia 2 de junho de 1963, quando tomou parte do Torneio Início da Liga dos Clubes Independentes, no campo do Esporte Clube W-3.
Quando, em 1964, o profissionalismo foi implantado no futebol do Distrito Federal, o 1º de Maio resolveu aderir à nova categoria. Seu presidente, Nelson Andrade de Oliveira Filho (diretor do Departamento de Limpeza Pública da Prefeitura do Distrito Federal) trouxe para ser o treinador do clube o ex-zagueiro da Seleção Brasileira, Juvenal Francisco Dias.
Logo em seu primeiro jogo, no dia 12 de janeiro de 1964, no Estádio Israel Pinheiro, campo do Guará, venceu o Unidos de Sobradinho por 5 x 2. Os gols do 1º de Maio foram marcados por Cascorel (2), Goiano (2) e Belini. Atuou o 1º de Maio com: Chicão, Geraldinho e Aderbal; Ailton, Carneiro (Pedroca) e Tuiste; Raimundinho (Zeca), Cascorel, Goiano, Azulinho e Manoel (Belini).
Na preliminar, entre equipes aspirantes, o 1º de Maio venceu por 4 x 0, com gols de Preá (2), Guido e Oliveira.
No dia 23 de fevereiro de 1964 foi até o bastante castigado campo pelas chuvas Aristóteles Góes, e venceu o Nacional por 2 x 1. Formou com Chicão, Geraldinho, Aderbal, Morales e Alfredo; Bolinha e Azulinho (Ceará); Raimundinho, Zeca, Cascorel e Manoel (Goiano). Cascorel marcou os dois gols do 1º de Maio.
Na Assembleia Geral realizada em 25 de fevereiro de 1964 e que aprovou a reforma nos estatutos da Federação, criando a Divisão de Futebol Profissional, foram tomadas outras decisões, sendo uma delas aceitar, a título precário, a filiação do 1º de Maio.
A primeira competição oficial de que participou o 1º de Maio foi o Torneio “Prefeito Ivo Magalhães”, realizado no dia 8 de março de 1964 e que contou com a participação dos quatro clubes que aderiram ao profissionalismo: Rabello, 1º de Maio, Colombo e Luziânia.
Em sua estreia, no estádio Israel Pinheiro, o 1º de Maio conseguiu um grande resultado ao empatar em 1 x 1 com o poderoso Rabello, em jogo tumultuado e com duas expulsões.
Aos 44 minutos do 1º tempo, Azulinho abriu a contagem para o 1º de Maio e entrou para a história ao marcar o primeiro gol em uma competição de profissionais em Brasília. Cascorel cruzou, Gaguinho tocou na bola, Luziné tentou afastar da área e surgiu a cabeçada de Azulinho.
O 1º de Maio atuou com Chicão (Gato), Geraldinho, Aderbal, Morales e Alfredo; Bolinha (Ailton) e Azulinho (Goiano); Raimundinho, Zeca, Cascorel e Manuel (Ceará).
Empatou os outros dois jogos contra o Luziânia e com o Colombo, ambos pelo placar de 1 x 1, e terminou com o vice-campeonato do torneio.
No dia 31 de agosto de 1964 aconteceram eleição e posse da nova diretoria do 1º de Maio, ficando assim constituída: Presidente: Osmar Barros Barata; Vice-Presidente: Norberto Vicente da Silva; 1º Secretário: Jeremias Leite da Silva; 2º Secretário: Darlan Rocha; 1º Tesoureiro: Antônio Henrique de Carvalho Costandrade; 2º Tesoureiro: Milton Rodrigues de Souza e Diretor Esportivo: Manoel Maurílio da Silva.
No mês de setembro de 1964, o River, de Teresina (PI), fez uma pequena excursão ao Distrito Federal, disputando dois jogos, um deles contra o 1º de Maio, no dia 8 de setembro de 1964. O novato clube brasiliense foi goleado pelo marcador de 5 x 0.
Veio, então, a realização do primeiro campeonato brasiliense de profissionais. Tomaram parte da competição cinco clubes, a saber: Colombo, Defelê, Luziânia, 1º de Maio e Rabello.
Novamente estreou contra o Rabello, no dia 4 de outubro de 1964, desta vez perdendo por 2 x 0. A equipe da estreia foi formada com Gato, Alfredo, Tranqueira, Bastinhos e Miranda; Bibi e Bolinha; Ceará (Goiano), Zeca, Cascorel e Raimundinho.
O último jogo oficial de sua história aconteceu no dia 22 de novembro de 1964, quando foi derrotado pelo Defelê, por 3 x 2.
O 1º de Maio formou com Amaury, Alfredo, Firmo, Peoco e Miranda; Bibi e Cascorel; Zeca, Clarindo, Bolinha e Ceará.
Os dois gols do 1º de Maio foram marcados por Clarindo e Cascorel.
Na verdade, seu último jogo deveria ser contra o Luziânia, mas resolveu não comparecer ao estádio dessa cidade, sendo derrotado por WO.
Na classificação final do campeonato brasiliense de 1964, o 1º de Maio ficou com a quinta e última colocação. Sua campanha foi: oito jogos, nenhuma vitória, um empate e sete derrotas. Marcou apenas três gols e sofreu 14.
Elegeu sua nova diretoria no dia 27 de janeiro de 1965, que ficou assim constituída: Presidente: Idelson Gadioli dos Santos; Vice-Presidente: Raimundo Nonato da Silva; 1º Secretário: Roberto Pozzatti; 2º Secretário: Aldemar Sampaio; 1º Tesoureiro: José Gadioli dos Santos; 2º Tesoureiro: Alberto Evangelista Rêgo; Diretor de Esportes: Itamar Jardim Lopes e Orador: Manoel Barros da Costa. Conselho Fiscal: José Norberto da Silva, Francisco Lourenço de Carvalho, Antônio Pedro Filho, Raimundo de Souza Carvalho e Adelino Avelino da Rocha.
Representantes na FDB: Ariovaldo Salles, Antônio Gomes de Souza e Roberto Pozzatti.
Também no mesmo dia, reiniciando as suas atividades após longo período de inatividade, o Luziânia disputou um amistoso contra o 1º de Maio, de Brasília.
Antes de fechar suas portas em definitivo, disputou dois amistosos no ano de 1965. O primeiro, no dia 14 de fevereiro, em Luziânia (GO), sendo derrotado pelo clube do mesmo nome, por 3 x 2.
Em 7 de março, nova derrota, dessa vez diante do Grêmio, por 3 x 0. O jogo foi interrompido aos 25 minutos do 2º tempo, quando o jogador Índio, do 1º de Maio, agrediu o árbitro da partida, que encerrou a partida antes do tempo regulamentar.
O 1º de Maio entrou em campo pela última vez com Tarzan, Miranda, Firmo, Neto e Airton; China e Cascorel; Goiano, Índio, Baiano e Antônio.
No dia 5 de abril de 1965, o 1º de Maio Esporte Clube encaminhou ofício à Federação Desportiva de Brasília, assinado pelo seu Presidente, solicitando licença da disputa do campeonato profissional de 1965.



sexta-feira, 2 de maio de 2025

OS ARTILHEIROS DO CAMPEONATO BRASILIENSE DA PRIMEIRA DIVISÃO - 1960 a 2025



 

ANO

JOGADOR (CLUBE)

GOLS

1960

Ely e Vitinho (Defelê)

9

1961

Nilo (Rabello)

12

1962

Tião II (Colombo)

12

1963

Ceninho (Cruzeiro do Sul)

10

1964 (A)

Zezito (Nacional) e Lula (Guanabara)

7

1964 (P)

Bawani (Defelê)

6

1965 (A)

Zezito (Pederneiras)

9

1965 (P)

Zezé (Rabello) e Otávio (Defelê)

4

1966

Cid (Colombo)

11

1967

Cid e Luizinho (Rabello) e Santos (Colombo)

8

1968

Zezé (Rabello)

6

1969

Paulinho (C.S.U.) e Eraldo (Serviço Gráfico)

11

1970

Arnaldo (Civilsan)

8

1971

Dinarte (CEUB)

9

1972

Celino (Serviço Gráfico) e Marco Antônio (CEUB)

8

1973

Humberto (Relações Exteriores)

12

1974

Nemias (Pioneira)

6

1975

Lucas (CEUB)

11

1976

Rogério (Brasília)

9

1977

Julinho (Brasília)

15

1978

Edmar (Brasília)

9

1979

Péricles (Gama)

10

1980

Fantato (Gama)

23

1981

Péricles (Taguatinga)

9

1982

Éder Antunes (Guará)

9

1983

Santos (Brasília)

22

1984

Wander (Brasília)

12

1985

Toni (Sobradinho)

17

1986

Joãozinho (Taguatinga)

17

1987

Bé (Tiradentes)

18

1988

Moura (Tiradentes)

16

1989

Moura (Tiradentes)

14

1990

Evandro (Gama)

8

1991

Wander e Paulinho (Guará)

11

1992

Joãozinho (Taguatinga)

25

1993

Gil (Gama)

19

1994

Anderson (Gama)

18

1995

Gil (Planaltina)

13

1996

Dimba (Botafogo Sobradinho)

22

1997

Serginho e Mazinho (Brasília)

12

1998

Marquinhos (Ceilandense)

14

1999

Joãozinho (Brazlândia)

12

2000

Jackson (Bandeirante) e Alysson (Brasília)

9

2001

Weldon (Brasiliense)

13

2002

Tiano (CFZ)

21

2003

Cassius (CFZ)

13

2004

Bispo (CFZ)

12

2005

Fabinho (Ceilândia)

14

2006

Johnes (Ceilândia)

9

2007

Thiago (Dom Pedro II)

10

2008

Michel (Dom Pedro II)

9

2009

Fábio Junior (Brasiliense)

8

2010

Vanderlei (Brasiliense)

11

2011

Fábio Silva (Gama) e Rômulo (Brasiliense)

8

2012

Paulo Renê (Gama)

15

2013

Laécio (Sobradinho)

11

2014

Éder (Bosque Formosa)

9

2015

Luiz Carlos (Brasiliense), Éder (Luziânia) e Laécio (Sobradinho)

6

2016

Rafael Grampola (Gama) e Aldo (Luziânia)

6

2017

Romarinho (Ceilândia)

13

2018

Michel Platini (Sobradinho)

11

2019

Jessuí (Bosque Formosa)

8

2020

Nunes (Gama)

13

2021

Zé Eduardo (Brasiliense)

11

2022

Marcão (Brasiliense)

9

2023

Yuri Mamute (Brasiliense)

8

2024

Romarinho (Ceilândia)

9

2025

Matheusinho (Capital), Vitor Xavier (Samambaia) e Pipico (Sobradinho)

5

 

(A) Amador

(P) Profissional.