quinta-feira, 21 de novembro de 2024

ESQUECIDOS PELO TEMPO: Lino


Antônio Lino de Souza, o Lino, nasceu em Ipu (CE), no dia 21 de novembro de 1958.
Começou nos juvenis do Coenge, campeão de um torneio do DEFER em 1974, quando seu pai e treinador Luís Pereira de Souza, mais conhecido por Santana, o escalou de centroavante. Subiu para o time amador, não conquistou títulos, mas chegou à Seleção Amadora da OEG - Organização dos Esportes do Gama.
No dia 12 de outubro de 1975, num amistoso comemorativo aos 15 anos da cidade do Gama, a seleção da OEG enfrentou o Brasília Esporte Clube, perdeu por 1 x 0, mas teve como maior destaque a atuação de Lino, ainda com 16 anos, que logo depois foi contratado pelo CEUB.
Naquela época, o CEUB tinha duas equipes: uma amadora, para disputar o campeonato do DF, e a outra profissional, formada com a finalidade de participar do Campeonato Brasileiro.
Poucos dias antes de completar 17 anos, Lino estreou no time amador, no dia 16 de novembro de 1975, no Pelezão, com derrota de 1 x 0 para a Campineira. O treinador do CEUB era Didi de Carvalho.
Não demorou para passar ao time profissional, no ano seguinte. No dia 6 de março de 1976, em jogo válido pelo Torneio Imprensa, marcou um dos gols da vitória de 2 x 0 do CEUB sobre o Humaitá, do Guará.
Quando a equipe de esportes do Jornal de Brasília elegeu a seleção do torneio, também apontou as revelações. Lino foi uma delas, ao lado de Ivair (lateral-esquerdo do Gama), Lindário (volante do Brasília), Pedrinho (meia-armador do Gama) e Chico (lateral-esquerdo do Taguatinga).
Veio o campeonato brasiliense de 1976, o primeiro da nova era profissional no DF. No dia 21 de abril Lino estreava na ponta direita do CEUB, na goleada de 6 x 0 sobre o Gama. O CEUB venceu o primeiro e segundo turnos, mas antes de ser realizado o terceiro, aconteceu o imbróglio envolvendo a federação de Brasília e a então CBD para definição do representante para o Campeonato Brasileiro de 1976. Sem entrar no mérito da questão, Brasília acabou ficando sem representante na competição nacional, o CEUB foi excluído do campeonato brasiliense, fechou as portas do futebol profissional e seus principais jogadores foram para outros clubes. Lino foi contratado pelo Vila Nova, de Goiânia.
Lino foi bicampeão goiano pelo Vila Nova nos anos de 1977 e 1978, constituindo-se num dos principais jogadores da equipe. Quando começou a campanha do tricampeonato, foi emprestado ao Santos Futebol Clube como a maior promessa do futebol goiano. No time paulista teve que lutar por uma vaga no time titular com Nilton Batata, que era o titular e ídolo da torcida, chegando a jogar na equipe principal da seleção brasileira.
Aproveitando-se de uma ausência de Nilton Batata, Lino disputou um único jogo com a camisa do Santos, no dia 14 de fevereiro de 1979, na vitória de 1 x 0 sobre o XV de Piracicaba, na Vila Belmiro, válido pelo Campeonato Paulista.
Palavras do técnico Formiga ao jornal Folha de S. Paulo de 14.02.1979: “Me dá oportunidade de testar uma série de opções e ver o comportamento dos reservas. Por exemplo, poderei promover a estreia do Lino, o ponta-direita que compramos do Vila Nova há 3 meses. Ele está louco para jogar e eu louco para ver em um jogo para valer”.
Acabou o empréstimo e o Santos demonstrou interesse em renovar contrato, mas o Vila Nova dificultou demais e ele voltou para Goiânia.
Lá, porém, não voltou a ser aproveitado na equipe e ficou “encostado”. Alguns meses depois, pegou sua liberação e voltou para Brasília. Fez testes no Gama e foi imediatamente contratado pelo então treinador Martim Francisco, chegando ao clube após a
reta final do Campeonato Brasiliense de 1979. Seu primeiro jogo no Gama foi em 02.12.1979, num amistoso contra a Seleção Juvenil do DF, com empate de 1 x 1.
Aos poucos, Lino foi ganhando confiança até que sentiu-se em condições de disputar a posição com o então intocável Roldão. Com paciência, foi treinando firme e quando uma chance aparecia ele entrava sempre com destaque, apesar de nem sempre em sua posição. Foi quando os dirigentes do Gama receberam uma proposta do Guarani, de Campinas, para trocar Roldão por Ernâni Banana, por um período de seis meses.
Era a grande chance de Lino. Elevado à categoria de titular, o ponteiro começou a infernizar a vida dos zagueiros das outras equipes do DF, tornando-se um dos grandes xodós da torcida do Gama.
Em 1980, Lino chegou a ser vice-artilheiro do campeonato do DF, com 17 gols, ficando atrás somente do seu companheiro de equipe, Fantato, que marcou 23. O Gama perdeu o título para o Brasília, mas Lino foi eleito o
melhor ponta-direita do Campeonato Brasiliense de 1980 pelo Jornal de Brasília e pelo Correio Braziliense.
Ainda em 1980, foi convocado duas vezes para defender a Seleção do DF: no dia 24 de abril, no empate de 1 x 1 contra a Seleção de Goiás, pelo Torneio Centro-Oeste de Seleções patrocinado pela CBF, e no dia 1º de maio, na vitória de 1 x 0 sobre a Seleção Brasileira de Novos.
No ano de 1981, novamente o Gama ficou sem o título de campeão brasiliense, perdendo-o desta vez para o Taguatinga. Mas Lino continuou tendo boas atuações pelo Gama.
Fez sua estreia em jogos pelo Campeonato Brasileiro no dia 11 de janeiro de 1981, no Serra Dourada, marcando o gol do Gama no empate de 1 x 1.
No dia 23 de abril, pôde comemorar o título de campeão do Torneio Centro-Oeste. Lino foi o artilheiro da equipe e da competição, com oito gols.
Pouco tempo depois, em 31 de maio, mais um título para o Gama, o Torneio “Rádio Planalto”, marcando o gol da vitória e do título sobre o Brasília.
Suas boas atuações o levaram para o Matsubara, de Cambará (PR), por onde disputou o campeonato paranaense de 1981.
Retornou ao Gama e integrou o elenco da equipe que participou do Campeonato Brasiliense de 1982, disputando treze jogos e marcando apenas dois gols.
Emprestado ao Taguatinga, disputou o Campeonato Brasileiro da Série A de 1982, fazendo seu último jogo em 6 de março daquele ano.
Chegou a ser convocado para a seleção brasiliense que faria uma excursão a gramados da África e Ásia. Posteriormente, a excursão foi cancelada.
No Campeonato Brasiliense de 1983, defendendo o Gama, voltou a marcar 17 gols, novamente tornando-se o segundo artilheiro da competição, atrás de Santos, do Brasília.
Quando a editoria de esportes do Jornal de Brasília escolheu os melhores do campeonato brasiliense de 1983, Lino apareceu na ponta-direita, superando Santos.
Foi emprestado ao Brasília para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série A de 1983.
Disputou três jogos pela Seleção do DF em 1983: contra a Seleção do Sul, Seleção de Santa Catarina e Seleção Brasileira de Novos.
Em 1984 foi contratado pelo Taguatinga e disputou todo o campeonato brasiliense desse ano.
Foi para o Anápolis (GO), onde ficou no período de 2 de maio de 1985 a 1º de janeiro de 1986.
Passou, então, para a Votuporanguense, onde permaneceu durante quase todo o ano de 1986 e disputou o Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
No começo de 1987, se apresentou ao ASA, de Arapiraca, onde ficou até 26 de novembro de 1987.
Resolveu parar com o futebol e passou o ano de 1988 longe do futebol. Foi quando surgiu o convite de Agrício Braga Filho para se tornar jogador do Guará, em 1989. Firmou contrato de 17 de fevereiro a 16 de outubro de 1989.
A última vez que jogou com a camisa do Guará foi em 24 de agosto de 1989, no Serejão, em jogo válido pelo campeonato brasiliense e diante do Ceilândia.
O Guará montou um time com conhecidos veteranos do futebol brasileiro, tais como Mauro, Dema, Ataliba e Beijoca, além de trazer Djalma Santos para ser seu treinador. Chegou a ganhar o 1º turno do campeonato brasiliense, mas perdeu o título de campeão brasiliense daquele ano para o Taguatinga.
Parou de vez com o futebol profissional e foi trabalhar na Distribuidora Jardim, de propriedade de Agrício Braga Filho e que chegou a ser a maior distribuidora de publicações do Centro Oeste. Foram 9 anos trabalhando nessa empresa. Nesse intervalo de tempo, Lino aproveitou para também integrar o time de futebol amador que a empresa mantinha, conquistando cinco títulos, o mais importante deles o de campeão brasiliense de futebol amador de 1990, competição organizada pela Federação Brasiliense de Futebol.
A partir de 2002, Lino passou a trabalhar como Vigilante no Senado Federal.

ACERVO ICONOGRÁFICO

CEUB: 1975/1976

Vila Nova-GO: 1977/1978



Santos: 1979

Gama: 1979/1983



Matsubara-PR: 1981

Gama: 1981

Matsubara: 1981

Seleção do DF: 1983


Anápolis-GO: 1985/1986

Votuporanguense-SP: 1986







quarta-feira, 20 de novembro de 2024

# PASSARAM POR AQUI: Ronaldo Giovanelli



Ronaldo Soares Giovanelli nasceu em São Paulo (SP), no dia 20 de novembro de 1967.
Ronaldo começou sua caminhada no futebol em 1979, quando foi aprovado em uma peneira realizada no Corinthians. Com o treinador Jair Pereira, fez sua estreia como profissional no dia 7 de fevereiro de 1988, num amistoso contra o São José, que terminou empatado em 0 x 0. Era o terceiro goleiro do time, em uma época em que o Corinthians contava com Carlos e Valdir Peres.

Com Valdir Peres dispensado e Carlos ainda se recuperando de uma lesão no tornozelo (e recém-chegado da seleção), Ronaldo foi escalado para a estreia do clube no Campeonato Paulista, quando defendeu um pênalti do ídolo são-paulino Darío Pereyra, com vitória de 2 x 1.

Logo depois, Carlos foi vendido para a Turquia, e, aos 20 anos, Ronaldo herdou a camisa 1. Daí em diante, se tornou o dono absoluto do gol do Corinthians por dez anos.
Teve atuações importantes nos dois jogos da final contra o Guarani, quando o Corinthians conquistou seu 20º título paulista em 1988. No Brasileiro deste ano, destacou-se como defensor de pênaltis em um campeonato em que não havia empates.
Foi fundamental no Campeonato Brasileiro de 1990 (vencido pelo Corinthians), quando era uma das únicas estrelas da equipe ao lado de Neto.
Nas edições de 1990 e 1994 do Campeonato Brasileiro, recebeu o prêmio Bola de Prata, da revista Placar. 
No Corinthians, conquistaria, ainda, os Campeonatos Paulistas de 1995 e 1997 e a Copa do Brasil de 1995, cuja final é lembrada pelas atuações memoráveis de ambos os goleiros dos times finalistas, Ronaldo e Danrlei, do Grêmio.
Deixou o Corinthians no início de 1998, não tendo o seu vínculo renovado pela diretoria a pedido do então recém-contratado técnico Vanderlei Luxemburgo.
Ronaldo é o terceiro jogador com mais partidas pelo Corinthians, 601, perdendo apenas para Wladimir e Luisinho. 
É considerado, junto com nomes como Rivelino, Sócrates, Wladimir, Neto e Marcelinho Carioca um dos maiores ídolos da história do Corinthians.
Transferiu-se para o Fluminense, do Rio de Janeiro (RJ), onde fez sua estreia no dia 21 de abril de 1998.
Foram apenas 17 jogos como titular, a maior parte deles pelo Campeonato Brasileiro da Série B, quando o Fluminense foi rebaixado para a Série C. Seu último jogo aconteceu em 6 de outubro de 1998.

Começou o ano de 1999 disputando o campeonato paulista defendendo o gol da Internacional, de Limeira.
Logo depois, teve uma rápida passagem pelo Cruzeiro, de Belo Horizonte (MG). Chegou pouco antes dos últimos jogos pelo Campeonato Mineiro desse ano. Estreou no dia 19 de maio de 1999, no Mineirão, na vitória de 1 x 0 sobre a URT. O Cruzeiro se manteve invicto até o dia 20 de junho de 1999. Neste dia, foi derrotado pelo Atlético Mineiro e foi eliminado da decisão do Estadual. No jogo contra o Atlético Mineiro, Ronaldo defendeu um pênalti cobrado por Marques.
Sua última participação no Cruzeiro foi em 17 de julho de 1999, num amistoso contra o Internacional, de Porto Alegre, em Ipatinga. Quando, logo depois, começou o campeonato brasileiro daquele ano, o titular do gol do Cruzeiro passou a ser André.
Antes de terminar o ano de 1999, foi contratado pela Portuguesa de Desportos, onde permaneceu até 2001.
Ainda teve passagens pelo Gama (2001), Ponte Preta (2002), Portuguesa Santista e ABC-RN (2003), Metropolitano-SC (2004) e Portuguesa Santista (2005 e 2006).
Na Portuguesa Santista, onde disputou os Campeonatos Paulistas de 2005 e 2006, e posteriormente encerrou sua carreira.
Sagrou-se campeão do Torneio Rio-São Paulo de Showbol 2007, derrotando na final o eterno rival Palmeiras. Na partida, acabou sendo expulso num lance com o palmeirense Jean Carlo.

NA SELEÇÃO BRASILEIRA

Tecnicamente muito bom, disciplinarmente nem tanto, cedo conquistou a fama de encrenqueiro, o que o impediu de realizar o sonho de disputar uma Copa do Mundo. Prometeu diversas vezes mudar sua conduta, mas não conseguiu.
Sua primeira passagem por uma seleção brasileira aconteceu quando foi convocado para a equipe Sub-20 que disputou o Campeonato Mundial de 1987, no Chile. Foi titular nas quatro apresentações do Brasil, que foi eliminado nas quartas-de-final pela forte Iugoslávia que tinha entre seus craques Prosinecki, Boban, Suker e Mijatovic.
Na seleção principal, Ronaldo chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira por Paulo Roberto Falcão, que assumira o cargo após a Copa do Mundo de 1990, sendo o terceiro goleiro da seleção na Copa América de 1991.
A primeira vez que Ronaldo foi goleiro da Seleção Brasileira foi num amistoso realizado no dia 31 de outubro de 1990, contra uma Seleção do Resto do Mundo, no estádio San Siro, em Milão, substituindo Sérgio no segundo tempo. O Brasil perdeu por 2 x 1.
Falcão fracassou na função e logo foi substituído por Carlos Alberto Parreira, que não simpatizava com Ronaldo. Em 1993, diante da impossibilidade de convocar os três goleiros de sua preferência (Taffarel, Zetti e Gilmar) para um amistoso contra a Alemanha, Parreira se viu obrigado a convocar o então jogador do Corinthians para a partida. No dia 17 de novembro de 1993, Ronaldo atuou como titular, mas o Brasil perdeu por 2 x 1. Depois dessa ocasião, Ronaldo nunca mais voltou a ser lembrado para a Seleção Brasileira.

FORA DOS GRAMADOS

Trabalhou como comentarista esportivo do programa Bola na Rede e do Rede TV Esporte, da Rede TV, mas foi demitido por usar roupas logotipadas no ar. Em março de 2012, Ronaldo foi contratado pela Rede Bandeirantes de Televisão, passando a ser comentarista dos programas Jogo Aberto e Os Donos da Bola e do Baita Amigos.
Fã de Elvis Presley, Ronaldo chegou a gravar um CD da banda "Ronaldo e os Impedidos" que vendeu aproximadamente 40 mil cópias, prova do sucesso que ele tinha com a Fiel Torcida.

PASSAGEM POR BRASÍLIA

Longe dos gramados há seis meses e com apenas 14 dias de treino, Ronaldo fez sua estreia no Gama no dia 22 de abril de 2001, no Abadião, no empate em 1 x 1 com o Ceilândia.
Teve uma boa atuação, fazendo duas grandes defesas, desviando para escanteio um chute de Cassius, pela direita, e uma cobrança de falta de Marquinhos.
Visivelmente satisfeito com sua atuação, Ronaldo agradeceu, principalmente, ao trabalho do preparador de goleiros do Gama, Hélio Alcântara.
Depois foi titular do Gama nas demais oito partidas até chegar ao título de campeão brasiliense no dia 2 de junho de 2001, na decisão contra o Brasiliense, com vitória de 2 x 1.
Sua participação nesses jogos foi o suficiente para que os técnicos dos dez clubes participantes, a pedido do jornal Correio Braziliense, o elegessem o melhor goleiro do campeonato brasiliense. Ronaldo teve cinco votos.

Logo depois, no período de 1º de agosto a 2 de dezembro de 2001, Ronaldo foi titular em todas as 27 partidas disputadas pelo Gama no Campeonato Brasileiro da Série A de 2001.
Logo em sua estreia, no dia 1º de agosto, Ronaldo parou o ataque do Vasco da Gama formado por Juninho Paulista, Euller e Romário: 0 x 0.
Ironicamente, suas melhores atuações foram contra os clubes paulistas. O Gama só perdeu para um clube paulista, a Portuguesa de Desportos, por 1 x 0, no dia 2 de setembro. Nesse jogo, no desespero, Ronaldo foi até a área da Portuguesa, em três cobranças de escanteio, já nos acréscimos.
As outras sete equipes paulistas não levaram a melhor sobre Ronaldo. No dia 5 de agosto, no empate em 0 x 0 com o São Paulo, no primeiro tempo Ronaldo fez duas excelentes defesas em chutes dados por Belletti. No segundo, praticou a sua melhor defesa no jogo, após finalização de Kaká.
Três dias depois, 8 de agosto, no empate de 1 x 1 com o Santos, Ronaldo sofreu o seu primeiro gol no Campeonato Brasileiro.
No dia 29 de agosto, foi a terceira vez que Ronaldo enfrentava o Corinthians. O placar final foi um empate de 2 x 2 (um dos gols do Corinthians marcado de pênalti).
No dia 19 de setembro, com um jogador a mais durante quase todo o segundo tempo, o Palmeiras não conseguiu superar o Gama (1 x 1), esbarrando na boa atuação de Ronaldo, destaque do jogo.
Diante da Ponte Preta, no dia 3 de outubro, aconteceu mais um empate em 1 x 1. O gol da Ponte Preta aconteceu após a bola bater no ombro do zagueiro Gerson e enganar Ronaldo.
Contra os outros dois clubes paulistas, Ronaldo nem precisou trabalhar muito. Nos dias 7 de novembro e 2 de dezembro, o Gama goleou o Guarani e o Botafogo, de Ribeirão Preto, ambos por 5 x 0.
Também teve atuação destacada no dia 30 de setembro. Mesmo falhando no gol do Flamengo, Ronaldo ajudou o Gama a quebrar dois tabus: o de nunca ter ganhado no Maracanã e de jamais ter vencido o Flamengo em partidas oficiais (cinco derrotas e um empate). Nesse dia, venceu por 2 x 1.
Outra partida que merece registro aconteceu no dia 18 de novembro, quando o Gama venceu o Atlético Paranaense, por 4 x 1. Dias depois, o rubro-negro do Paraná se tornaria campeão brasileiro.
Ainda teve boas atuações no empate em 0 x 0 com o Botafogo-RJ, na vitória de 2 x 1 sobre o Grêmio, no empate em 1 x 1 com o Cruzeiro e na vitória sobre o Sport Recife por 2 x 1.
Todas essas boas participações fez com que Ronaldo fosse convidado a voltar para o futebol paulista, para onde foi jogar na Ponte Preta em 2002.



terça-feira, 19 de novembro de 2024

UPIS É HEXACAMPEÃ BRASILEIRA DE FUTEBOL UNIVERSITÁRIO - 2013



A cidade de Uberlândia, Minas Gerais, recebeu entre os dias 10 e 16 de novembro a Liga do Desporto Universitário de Futebol de Campo (LDU de Futebol 2013). Participaram da competição atletas de 10 Estados, divididos em 16 equipes, sendo 13 no masculino e 3 no feminino.
As equipes que disputaram a categoria masculina foram:
União Pioneira de Integração Social (UPIS) e Universidade de Brasília (UnB), do Distrito Federal;
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN);
Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) e Universidade Federal de Goiás (UFG), de Goiás;
Universidade Federal de Sergipe (UFS);
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), do Rio Grande do Sul;
Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), da Bahia;
Universidade Federal da Paraíba (UFPB);
Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP), de Caçador (SC);
Centro Universitário Sant’Anna (Uni Sant’Anna), de São Paulo; E os donos da casa Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais.
No feminino as participantes foram a UPIS (DF), a Uni Sant’Anna (SP) e a Universidade Paulista (Unip), as duas de São Paulo.
O congresso técnico realizado no Hotel Montblanc definiu a forma de disputa das competições. No masculino foram definidos quatro grupos (três com três equipes e um com quatro). Classificaram-se para a fase seguinte os dois melhores de cada grupo. Houve um sorteio para definir os cruzamentos das quartas-de-final. Os vencedores disputaram as semifinais e em seguida, a final.
Na categoria feminina aconteceu um rodízio simples entre os times.
Os jogos foram realizados nos seguintes locais: Campo do Asufub (Grupo A), Poliesportivo Santa Luzia (Grupo B), Poliesportivo Dona Zulmira (Grupo C), Campo de Educação Física da Universidade Federal de Uberlândia (Grupo D e Feminino), Poliesportivo Patrimônio (Quartas-de-final) e no Estádio Sabiazinho (na primeira fase todos os jogos da UFU-MG, semifinais e final).
A Liga do Desporto Universitário de Futebol 2013 foi uma realização da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), com apoio do Ministério do Esporte e patrocínio do Banco Itaú, por meio da lei de incentivo ao esporte do Governo Federal. Agência de marketing esportivo: Koch Tavares. Apoio local: Federação Universitária Mineira de Esportes (FUME) e Divisão de Esportes e Lazer Universitária (DIESU) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Assim foram formados os grupos da categoria masculina da LDU 2013:
Grupo A - UPIS (DF), Uniarp (SC) e Universo (GO);
Grupo B - UFRN (RN), IFPB (PB), FTC (BA) E UFV (MG);
Grupo C - UFS (SE), UnB (DF) e ULBRA (RS);
Grupo D - UFU (MG), Uni Sant’Anna (SP) e UFG (GO).
A competição teve início no dia 11 de novembro, com jogos apenas entre os homens.
No estádio da Asufube, pelo grupo A, em um jogo parelho e de marcações fortes, a Universo (GO) bateu a Uniarp (SC) por 1 x 0. Na plateia, o time da Upis (DF), cabeça de chave e então vice-campeã do torneio, analisava a partida e os adversários da chave.
A FTC (BA) também garantiu um saldo de gols confortável, marcando 3 x 1 contra a IFPB (PB). Ainda pelo Grupo B, no estádio Santa Luzia, um empate com gosto de vitória para os mineiros da UFV. No segundo tempo, a UFRN vencia por 2 x 0 quando a UFV, com um jogador a menos, buscou o empate em 2 x 2.
No estádio Dona Zulmira, jogando pelo grupo C, a Ulbra goleou a UnB por 5 x 0.
O último jogo da rodada aconteceu às 19 horas no estádio do Sabiazinho. Os donos da casa - UFU (MG) - receberam a UFG (GO). Os mineiros saíram com os três pontos, vencendo por 1 x 0.
No segundo dia da competição, 12 de novembro, aconteceram mais seis jogos, dentre eles a estreia da categoria feminina.
Entre as mulheres, Uni Sant’Anna e Unip ficaram no 0 x 0.
Por ser a atual campeã da LDU, a UPIS foi cabeça de chave e ficou aguardando o perdedor dessa partida para dar seguimento ao rodízio simples deste grupo único.
No masculino, pelo grupo A, a Universo conquistou a vaga nas quartas-de-final em cima da UPIS, também vencendo por 1 x 0.
No Grupo B, os potiguares da UFRN venceram os baianos da FTC, por 1 x 0.
O placar magro de 1 x 0 foi o suficiente para garantir o credenciamento de três times para as quartas de final. Foram eles: Ulbra (RS), Universo e a UFU.
Ulbra e UFS fizeram um jogo equilibrado. Aos 43 minutos do segundo tempo, a Ulbra marcou o gol da vitória e garantiu a classificação para a fase seguinte e o 1º lugar do grupo C.
A qualificação dos dons da casa, UFU, também foi alcançada após um jogo difícil contra a equipe da Uni Sant’ Anna: o placar de 1 x 0 foi construído no 1º tempo.
O dia 13 de novembro foi de muita emoção e de partidas decisivas. O confronto entre a UPIS e a Uniarp foi um verdadeiro teste para cardíaco, com direito a empate da UPIS aos 48 minutos do segundo tempo, placar que obrigou a decisão a ir para o sorteio visto que as equipes estavam iguais em todos os critérios de desempate. No sorteio, deu UPIS.
Logo no começo do jogo, aos 9 minutos, o gol de Marcos Correia parecia escrever uma história favorável para os catarinenses, mas só pareceu. Após o tento, só a UPIS atacava. Ela tentou de todas as formas achar o gol, que custou a vir. Só apareceu aos 48 minutos do segundo tempo, através de um gol de Renato Sampaio. Neste momento, todo o time e comissão técnica foram ao delírio.
A decisão da segunda vaga do grupo C também foi de tirar o fôlego. De virada, a UnB conquistou a vaga sobre a UFS. Num jogo tenso e com muitas faltas, a UnB jogava pela vitória para passar para as quartas-de-final. A UFS jogava por um empate. Ainda no primeiro tempo, Rafael Vasconcelos fez um gol para os sergipanos, que se fecharam. Mas a tática não deu muito certo. Aos 20 minutos do segundo tempo Alexandre Moreira marcou para a UnB, que passou a buscar mais o jogo. A classificação da UnB veio aos 40 minutos da etapa complementar, com o gol de Vitor Braga.
A Uni Sant’Anna também se classificou para as quartas-de-final ao bater o time da UFG por 3 x 1. Pelo mesmo placar a UFV venceu a FTC e seguiu para a fase seguinte da competição na liderança do grupo B.
Os cruzamentos das quartas-de-final aconteceram no dia 14 de novembro.
No jogo da UFU contra a UFRN, um gol contra do zagueiro potiguar decidiu o jogo em favor do time da casa: 1 x 0.
Na outra partida pelas quartas-de-final, a UFV enfrentou a Uni Sant’Anna. Num jogo duro, de marcações fortes, os paulistas conseguiram marcar o gol primeiro. Daí em diante a UFV foi só ataque, mas a bola insistia em não entrar. Quando o jogo ganhava ares dramáticos para os mineiros, aos 43 do segundo tempo aconteceu o empate. O jogo terminou empatado e seguiu para prorrogação. Sem gols, terminou da mesma forma. A vaga teve que ser decidida nos pênaltis e a vitória ficou com o time mineiro.
No terceiro jogo, UPIS e Ulbra empataram em 0 x 0. Nos pênaltis o goleiro Leonardo Matheus defendeu três chutes e garantiu a presença na semifinal para equipe de Brasília. Os gaúchos voltaram para casa sem perder nenhuma partida no tempo regulamentar da competição.
No quarto e último jogo do dia, a Universo goleou a UnB por 6 x 0 e seguiu com 100% de aproveitamento na competição.
Também no dia 14 aconteceu a definição da final na categoria feminina. A Unip conquistou a vaga na final após vencer a UPIS, por 2 x 0. Este resultado garantiu à Unip a vantagem do empate na final.
A disputa pela vaga na final masculina aconteceu no dia 15 de novembro.
A UPIS proporcionou mais uma partida de fortes emoções. Depois de ganhar a vaga no sorteio contra a Uniarp (SC) e de conseguir o passaporte para a semifinal nos pênaltis contra a Ulbra, pois o jogo terminou empatado em 0 x 0, no tempo regulamentar e na prorrogação, na semifinal contra o time da UFU não poderia ser diferente, a história se repetiu.
O jogo terminou empatado em 0 x 0, tanto no tempo normal quanto na prorrogação. Na partida, a UPIS teve mais posse de bola, mas faltou qualidade nas finalizações. A vitória da UPIS só veio nas cobranças alternadas de pênaltis. Victor Diniz, da UFU, bateu o pênalti e o goleiro da UPIS, Leonardo Matheus, defendeu, decretando o placar de 6 x 5 a favor da UPIS.
Na outra semifinal, com uma campanha impecável, cem por cento de aproveitamento e nenhum gol tomado, a Universo enfrentou a UFV. Com grande qualidade no passe de bola, a equipe goiana apresentou um volume maior de jogo e chegou ao placar de 3 x 0. Garantiu vaga na final de forma invicta e sem sofrer nenhum gol.
As decisões das duas categorias aconteceram no último dia de jogos, 16 de novembro.
Entre as mulheres, a Unip conquistou o título de campeã ao vencer por 1 x 0 a equipe da Uni Sant‘Anna.
Os mineiros da UFV e UFU decidiram o terceiro lugar. A UFV venceu a UFU por 6 x 5 nos pênaltis, após empate de 1 x 1 no tempo regulamentar de jogo.
A partida decisiva entre Universo e UPIS começou bastante equilibrada, como se esperava de uma final, com marcação forte e muitas faltas cometidas, sendo três delas punidas com cartão amarelo. Apesar de as duas equipes apresentarem grande volume de jogo, ocorreram poucos chutes a gol.
No segundo tempo a história se repetiu, mas o nervosismo das equipes e o cansaço físico desaceleraram a partida. Com a expulsão de dois jogadores (um de cada time), o jogo se concentrou no meio de campo. A partida terminou empatada em 0 x 0 e seguiu para a prorrogação.
Logo aos 3 minutos da prorrogação, o jogador da UPIS, Harysson Fernandes, sofreu uma entrada violenta e saiu de campo de ambulância. Retomada a prorrogação, a UPIS chegou por duas vezes com muito perigo ao gol adversário, mas não teve êxito nas finalizações. Faltando poucos segundos para o fim do jogo, a Universo teve a chance de fazer o gol. Uma falta na entrada da grande área foi marcada a seu favor. Mas a cobrança não conseguiu transpor a barreira e a bola foi desviada para fora de campo, levando a disputa para os pênaltis.
A Universo foi impecável até a quarta cobrança. Já a UPIS havia perdido o terceiro pênalti e seguia depositando a confiança em seu goleiro Leandro Matheus para reverter a situação. O arqueiro brasiliense não decepcionou. Defendeu a quinta cobrança, igualando a situação. Passou-se, então para as cobranças alternadas de pênaltis. Flávio Mendes converteu primeiro para a UPIS. Em seguida, na cobrança de Francisco Neto, da Universo, o paredão brasilense defendeu mais uma vez, garantindo o título de campeão da LDU 2013 para a UPIS.

A defesa que garantiu o título à UPIS

Após quatro anos sem vencer, a UPIS voltou ao lugar mais alto do pódio na LDU de Futebol.
Esse é o sexto título da instituição na competição (2003/2004/2006/2007/2008 e 2013).
Na cerimônia de premiação os brasilienses dedicaram o título ao jogador Harysson, que saiu machucado da partida.
O técnico da UPIS foi o ex-jogador e ex-árbitro Sérgio Carvalho.

Fonte: site da CBDU.


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O DIA 18 DE NOVEMBRO NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: DF eliminado do Brasileiro de Seleções - 1962


Vencida a primeira etapa, o escrete do Distrito Federal passou a ter como próximo adversário o selecionado de Goiás, mais categorizado, mais tarimbado e que todos sabiam ser bem mais difícil de ser eliminado.
O jogo número 1 entre o selecionado do DF e de Goiás aconteceu no feriado de 15 de novembro de 1962.
O selecionado brasiliense não repetiu sua boa atuação no último jogo e foi derrotado, dentro de seus domínios, pelo placar de 1 x 0, com um gol marcado logo no começo do jogo.

DISTRITO FEDERAL 0 x 1 GOIÁS
Data: 15 de novembro de 1962
Local: Estádio “Israel Pinheiro”, Brasília (DF)
Árbitro: Urias Crescente Alves Junior (GO)
Gol: Lailson, 3
DISTRITO FEDERAL: Gonçalinho, Aderbal, Oswaldo (Edilson Braga), Bimba e Enes; João e Matarazzo; Baiano, Joãozinho, Ely e Arnaldo.
GOIÁS: Campeão, Pedro Peres e Osmar, Clévio, Olacir e Tido; Sete Léguas, Fabinho, Lailson, Artur e Orestes.

A segunda partida entre goianos e brasilienses foi em Goiânia (GO) no dia 18 de novembro de 1962.
No estádio Pedro Ludovico, a seleção do DF foi derrotada pelo selecionado local, sendo eliminado do Campeonato Brasileiro, pelo placar de 2 x 0, tentos marcados na etapa derradeira.
Muito embora o quadro vencedor não tivesse atuação segura, jogou o suficiente para vencer com categoria ao quadro de Brasília, que demonstrou não ter condições de disputar um campeonato de tal envergadura.
Tecnicamente, os jogadores de Goiás estiveram em plano muito superior aos do Distrito Federal.

GOIÁS 2 x 0 DISTRITO FEDERAL
Data: 18 de novembro de 1962
Local: Estádio Pedro Ludovico, Goiânia (GO)
Árbitro: Lourandyr Gomes Castro, da Federação Desportiva de Brasília
Renda: Cr$ 605.000,00
Expulsão: Tido, de Goiás
Gols: Orestes, 63 e Artur, 88
GOIÁS: Campeão, Clévio e Pedro Peres; Paulinho, Tido e Osmar; Olacir, Fabinho, Sete Léguas, Artur, Laílson e Orestes.
DISTRITO FEDERAL: Gonçalinho, Aderbal, Edilson Braga, Bimba e Enes; João e Joãozinho; Baiano, Cid, Ely e Arnaldo (Raimundinho).


domingo, 17 de novembro de 2024

OS TÉCNICOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 1978

Eurípedes Bueno

TAGUATINGA
Eurípedes Bueno de Morais
16 jogos
De 3 de setembro a 17 de dezembro de 1978



GUARÁ
Airton Luiz Nogueira
16 jogos
De 3 de setembro a 17 de dezembro de 1978



Cláudio Garcia
BRASÍLIA
Cláudio Galbo Garcia
16 jogos
De 3 de setembro a 17 de dezembro de 1978



GRÊMIO
Otaziano Ferreira da Silva
11 jogos
De 10 de setembro a 3 de dezembro de 1978

Manoel Esperidião Pereira (Manoelzinho)
1 jogo
24 de setembro de 1978

Jaime dos Santos (à esquerda)

GAMA
Jaime Souza dos Santos

16 jogos

De 3 de setembro a 17 de dezembro de 1978




SOBRADINHO
Manoel Ribeiro Castelo Branco Cajueiro
12 jogos
De 3 de setembro a 26 de novembro de 1978

Alaor Capella

DESPORTIVA BANDEIRANTE
Alaor Capella dos Santos
11 jogos
De 3 de setembro a 17 de dezembro de 1978

José Esmélio
1 jogo
1º de novembro de 1978






sábado, 16 de novembro de 2024

ESQUECIDOS PELO TEMPO: Invasão

IN MEMORIAM

Jorge da Silva Nunes, o Invasão, nasceu no Rio de Janeiro (RJ), no bairro de Bangu, em 16 de novembro de 1941.
Aos 12 anos já tomava contato com uma bola de futebol.


Convidado por um amigo, ingressou numa agremiação amadora, o Ceres Futebol Clube (foto), equipe do bairro de Bangu e que disputava o campeonato do Departamento Autônomo.
Logo depois, recebeu um convite para treinar no juvenil da Portuguesa, da Ilha do Governador, lá fazendo um estágio de sete meses.
Em 1960 serviu ao Exército, onde também jogou no time da corporação.
Em 1961, veio tentar a sorte em Brasília, convidado pelo então goleiro Otaziano. Ingressou no Defelê, permanecendo três anos. Ganhou o apelido por morar na invasão do IAPI.

Defelê - 1961
Sua estreia no Defelê não podia ser melhor. No dia 5 de março de 1961, em jogo válido pelo Torneio “Prefeito Paulo de Tarso”, no estádio Duílio Costa, ele substituiu Ramiro e marcou o gol da vitória de 1 x 0 sobre o maior rival de seu clube, o Rabello.
Logo depois, o Defelê excursionou pela primeira vez em sua história, ao interior de Goiás, voltando invicto. Em seu primeiro jogo na cidade de Jaraguá, no dia 1º de maio de 1961, enfrentando o time de mesmo nome, conseguiu a expressiva vitória de 5 x 1, com três gols de Invasão.
Participando de alguns jogos como titular e marcando dois gols, Invasão ajudou o Defelê a tornar-se bicampeão brasiliense em 1961.


Começou o ano de 1962 como titular e logo no primeiro jogo oficial do ano, válido pelo Torneio “Prefeitura do Distrito Federal”, no dia 11 de março, marcou dois gols na vitória de 3 x 2 do Defelê sobre o Guanabara. Ao final da competição, em que o Defelê ficou com a segunda colocação, Invasão foi um dos artilheiros do torneio, com três gols.
No dia 18 de abril de 1962 foi convocado pela primeira vez para defender a Seleção de Brasília no jogo amistoso contra o Vasco da Gama, no dia 21 de abril, comemorando o segundo aniversário da cidade. Aconteceu empate de 1 x 1, tendo Invasão entrado no segundo tempo, no lugar de Ubaldo.
Seria mais uma vez convocado para a Seleção de Brasília no dia 13 de maio de 1962, para o amistoso em Nova Friburgo (RJ), contra a seleção local. Novamente entrou no segundo tempo, desta vez no lugar de Matarazzo.
Já era fevereiro de 1963 quando Invasão pôde comemorar o tricampeonato brasiliense pelo Defelê.
No começo de março de 1963, vários jogadores se transferiram de Brasília para o futebol goiano, que acabara de se profissionalizar. Invasão foi um deles. Invasão não se deu bem em Goiânia e retornou para o Defelê, a tempo de, no dia 5 de maio de 1963, fazer parte do primeiro amistoso internacional da história do clube. No estádio “Vasco Viana de Andrade”, o Defelê venceu por 2 x 1 a seleção do Chile que havia acabado de participar dos Jogos Pan-Americanos em São Paulo.
Em julho de 1963, Invasão não pôde fazer nada para impedir a eliminação do Defelê da Taça Brasil. O clube brasiliense enfrentou o Vila Nova, de Goiânia (GO) e perdeu as duas partidas. Foi a primeira vez que um clube do DF participava de uma competição de âmbito nacional.
O Defelê fez suas despedidas do certame brasiliense de 1963 no dia 6 de outubro, ficando na quarta colocação.
Logo depois, por conta de uma situação interna que continuava tumultuada no Defelê, faltando entendimento entre dirigentes, técnico e jogadores, Invasão foi um dos jogadores a ingressar no Rabello, passando a participar dos treinos do Rabello, pois tinha que cumprir estágio de três meses.
O primeiro jogo de Invasão no Rabello foi no dia 9 de novembro de 1963, no segundo amistoso contra a seleção juvenil de Brasília que se preparava para a excursão que realizaria pelo interior de Goiás e Minas Gerais. O jogo terminou empatado em 2 x 2.

Luziânia - 1964
Acabado o estágio, Invasão não acertou seu ingresso definitivo no Rabello, indo jogar em 1964 no Luziânia, na época pertencendo ao quadro de clubes filiados à Federação Desportiva de Brasília.
Quando o Luziânia viajou até Paracatu (MG), para jogar com o Amoreiras local (vitória do Luziânia, por 5 x 2), no dia 23 de fevereiro de 1964, Invasão já era jogador do clube. 
No Luziânia, formaria um grande ataque ao lado de Toco, Francisco de Bilo e Sabará.
Sua estreia oficial aconteceu em 15 de março de 1964, em jogo válido pelo Torneio “Prefeito Ivo de Magalhães”, a primeira competição sob o regime profissional em Brasília. No estádio Israel Pinheiro, o Luziânia foi derrotado pelo Colombo, por 2 x 1. Invasão foi o autor do gol do Luziânia.
Seleção do DF x Seleção de Goiás
Pela primeira vez Invasão começou como titular um jogo da seleção brasiliense, quando esta venceu o selecionado de Goiás por 2 x 1 no dia 21 de abril de 1964.
Quando o Luziânia inaugurou o gramado do seu estádio, no dia 17 de maio de 1964, convidou o Atlético Goianiense para a festa. Foi derrotado por 5 x 2, com um gol de Invasão.
Uma semana depois, em 24 de maio de 1964, o Luziânia recebeu o Rabello em seu campo para um amistoso. Curiosamente, foi goleado pelo mesmo marcador: 5 x 2. Desta vez, Invasão marcou os dois gols do Luziânia.

1964 - Seleção do DF x Fluminense (BA)
No dia 2 de julho de 1964, Invasão foi mais uma vez convocado para defender a seleção de Brasília, no amistoso contra o Fluminense, de Feira de Santana, que havia vencido o campeonato baiano de 1963 no mês de março de 1964. A Seleção de Brasília venceu por 3 x 2, com um gol de Invasão.
Invasão voltaria a marcar dois gols contra outro grande time do DF no dia 30 de julho de 1964, no amistoso disputado contra o Defelê, no estádio Ciro Machado do Espírito Santo, com vitória do Luziânia por 2 x 1.
No dia 13 de setembro de 1964, Invasão foi convocado outra vez para a seleção brasiliense, desta vez para enfrentar o Treze, de Campina Grande (PB). O selecionado brasiliense foi derrotado por 3 x 0.
O Luziânia não foi bem no primeiro campeonato brasiliense de profissionais, iniciado em 4 de outubro e encerrado em 2 de dezembro de 1964, ficando na quarta posição entre os cinco times que disputaram a competição. Fez sua estreia no dia 11 de outubro, perdendo para o Rabello, por 1 x 0.
Invasão encerrou o ano de 1964 marcando dois gols da vitória de 3 x 0 da seleção de Brasília sobre uma equipe formada por jogadores veteranos de São Paulo, no dia 5 de dezembro.
Reiniciando as suas atividades após longo período de inatividade, o Luziânia disputou um amistoso contra o 1º de Maio, de Brasília, no dia 14 de fevereiro de 1965. Com dois gols de Invasão, venceu por 3 x 2.
No dia 21 de março de 1965, o Luziânia venceu a Anapolina, de Anápolis (GO), por 4 x 2, com Invasão marcando três gols.
Continuou marcando seus gols nos vários amistosos promovidos pelo Luziânia em 1965. Num deles, em 13 de junho de 1965, no amistoso que marcou o retorno do Guará ao futebol de Brasília, Luziânia e Guará empataram em 3 x 3, com dois gols de Invasão.
Sua última partida com a camisa do Luziânia foi em 2 de agosto de 1965, no amistoso contra o Colombo, em Luziânia. Marcou o único gol do Luziânia na derrota de 3 x 1.
Chegou a ter sua contratação visada pelo Atlético Goianiense. O Diretor de Futebol desse clube chegou a ir até Luziânia para concretizar as negociações.
Além do Luziânia pedir um alto valor pelo seu passe, Invasão também não podia abandonar seu emprego em Brasília, fatos que não permitiram sua ida para o rubro-negro de Goiânia.

Quando o campeonato brasiliense de profissionais de 1965 começou, no mês de setembro, Invasão já havia se mudado para o Rabello.
Sua estreia aconteceu no dia 26 de setembro de 1965, no estádio Ciro Machado do Espírito Santo, na vitória de 2 x 1 sobre o Defelê, com um dos gols marcados por Invasão.
No final de novembro, mais precisamente no dia 28, Invasão pôde comemorar mais um título de campeão brasiliense de futebol.
Em abril de 1966, Invasão foi emprestado ao Defelê para o amistoso que este time disputaria contra o Cruzeiro, de Belo Horizonte, no dia 1º de maio de 1966, no novo estádio de Brasília. O clube brasiliense foi massacrado pelo Cruzeiro pelo marcador de 7 x 0.
Poucos dias depois, 15 de maio, disputou mais um jogo com a camisa da seleção brasiliense, no empate em 3 x 3 com o Luziânia, substituindo Djalma no segundo tempo.
Em julho de 1966 disputou a Taça Brasil, competição em que o Rabello foi eliminado pelo Anápolis (GO), após três jogos.
Mesmo atuando em poucos jogos, Invasão comemorou, em setembro, o título de campeão brasiliense de 1966 pelo Rabello.

Realizado de 23 de outubro a 14 de dezembro de 1966, o torneio “Engenheiro Plínio Cantanhede” contou com a participação de sete equipes e tinha por finalidade apontar os quatro representantes do Distrito Federal na Taça Brasília-Goiânia. Invasão disputou esse torneio com a camisa do Defelê.
O Defelê foi vice-campeão do torneio. Na decisão, Defelê e Colombo empataram em 3 x 3, com Invasão marcando dois gols. Isso não foi suficiente para dar o título ao Defelê pois, com o empate, o título foi decidido no “gol-average”, critério que beneficiou o Colombo, declarado campeão do torneio.
No dia 23 de novembro de 1966, Invasão fez parte da Seleção de Brasília que derrotou a de Goiás por 2 x 1.
Em 1967, disputou duas competições pelo Defelê: a Copa Brasil Central, de 30 de abril a 28 de junho, e o campeonato brasiliense, de 20 de julho a 19 de novembro. Em ambas as competições o Defelê não obteve boas colocações.
Em 1968, Invasão voltou a ser campeão brasiliense jogando pelo Defelê.
Também nesse ano foi convocado três vezes para defender a seleção de Brasília, nos meses de setembro e outubro.
O profissionalismo deixou de existir no ano de 1969. A maioria dos clubes atravessava dificuldades financeiras. O Defelê foi um deles, ficando de fora, inclusive, do campeonato promovido pela Federação Desportiva de Brasília. Invasão disputou pouquíssimos jogos pelo Defelê em 1969, sempre amistosos.

Serveng-Civilsan
A construtora Serveng-Civilsan aproveitou o momento de transição no futebol, com a bagunça que foi o campeonato de 1969, e resolveu montar uma equipe para disputar o campeonato brasiliense de 1970. Primeiramente contratou o treinador Otaziano. Este foi o responsável por levar para o novo clube vários jogadores de grandes clubes que estavam sem disputar competições, como Rabello e Defelê, e também que tinham passado por seleções brasilienses, dentre eles, Invasão.
Montou uma forte equipe, foi terceiro colocado no primeiro turno, a dois pontos do campeão Grêmio, e venceu o segundo, sem conhecer derrotas.
Na decisão, já em janeiro de 1971, ficou com o vice-campeonato, depois de vencer a primeira partida por goleada (6 x 2) e perder as outras duas por 2 x 1.
Invasão foi o vice-artilheiro do campeonato, com seis gols, dois a menos que seu companheiro de clube, Arnaldo, que marcou oito.
O ano de 1971 foi o último de Invasão no futebol. 
Inicialmente, atuando pelo Serveng-Civilsan, disputou, a partir de 28 de março de 1971, o Torneio Governador do Distrito Federal.
Logo no primeiro jogo, marcou um dos gols da vitória sobre o Piloto, por 2 x 0. Voltou a marcar no dia 2 de maio de 1971, quando assinalou o tento da vitória de 1 x 0 sobre o Colombo. Marcou um dos gols da vitória de 4 x 1 sobre o Gaminha, no dia 16 de maio de 1971. Finalmente, no dia 30 de maio de 1971, marcou quatro gols na goleada sobre o Carioca: 10 x 1. O Civilsan ficou na terceira colocação.
No segundo semestre de 1971, disputou o campeonato brasiliense pelo Grêmio Esportivo Brasiliense, que ficou em quarto lugar na classificação final dessa competição.
Veteranos do futebol do DF
Sua última partida aconteceu no Pelezão, no dia 7 de novembro de 1971, no empate diante do Jaguar, por 0 x 0.
Antes, no dia 8 de outubro de 1971, marcou o gol da vitória do Combinado Jaguar-Grêmio sobre o Fortaleza, do Ceará, por 1 x 0, no Pelezão.
Depois que abandonou o futebol, regularmente batia bola com os veteranos do DF. Passou, então, a dedicar-se integralmente ao seu trabalho na CEB - Companhia de Eletricidade de Brasília (oriunda do Departamento de Força e Luz - DFL), onde se aposentou em 1991.
Faleceu em 24 de abril de 2013, em sua residência, onde morava com sua filha Simone, aos cuidados do auxiliar de enfermagem. Teve seu corpo cremado e suas cinzas jogadas no mar de Copacabana, no Rio de Janeiro.