O Fla-Flu foi batizado pelo jornalista Mário Filho de “O Clássico das Multidões”. O clássico carrega essa fama desde os tempos românticos do futebol carioca e de um modo geral do futebol brasileiro.
O escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues disse “O Fla-Flu
surgiu quarenta minutos antes do nada”.
Em raríssimas ocasiões, o clássico aconteceu fora do Rio de
Janeiro.
Uma delas foi foi no dia 27 de janeiro de 1974. Embora
amistosa, a partida foi disputada em ritmo intenso e por vezes violenta. Os
dois times criaram várias situações de gol e procuraram mostrar um futebol
vistoso, de muitos dribles e toques. Apesar disso, não tivemos gol anotado no
tempo regulamentar.
Encerrada a partida, o árbitro determinou que os times
decidissem a Taça “Colméia” (o jogo foi promovido pela Caderneta de Poupança
Colméia) e o prêmio de CR$ 1 mil para cada jogador do time vencedor nos
pênaltis. Todos os pênaltis foram bem cobrados e tanto Félix como Renato não
tiveram chance de defendê-los.
O Fluminense venceu por 5 x 4. Marcaram para o Fluminense:
Silveira, Manfrini, Lula, Rubens e Carlos Alberto Pintinho; Arilson, Geraldo,
Rodrigues Neto e Zico fizeram os gols do Flamengo, tendo Rogério perdido.
O local do jogo foi o Estádio Pelezão e teve como árbitro
Adélio Soares Nogueira, auxiliado por Carlos Ferreira do Amaral e Jorge Aloise.
O estádio estava completamente lotado, calculando-se um
público de aproximadamente 40 mil espectadores.
Assim formaram as equipes:
FLUMINENSE: Félix, Zé Maria (Amauri), Bruñel, Assis e Marco
Antônio; Carlos Alberto Pintinho e Cléber; Rubens, Mickey (Silveira), Manfrini
e Lula. Técnico: Duque.
FLAMENGO: Renato, Rodrigues Neto, Chiquinho, Jaime
(Rondinelli) e Mineiro; Paulinho e Afonsinho (Geraldo); Rogério, Dario
(Arilson), Zico e Paulo César Lima. Técnico: Joubert.
Meu primeiro jogo em um estádio de futebol, com nove anos de idade.
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