quinta-feira, 17 de abril de 2014

OS CLUBES DO DF: Dom Pedro II


Estamos dando uma pequena parada na série sobre as participações dos clubes do DF na Copa do Brasil para contarmos um pouco da história do Dom Pedro II, que completou 20 anos no dia de ontem.

No dia 16 de abril de 1994, às 20 horas, reuniram-se na QI 18 Bloco E Apartamento 303, na cidade do Guará (DF), onze desportistas com a finalidade de fundar o Esporte Clube Dom Pedro II, nome este em homenagem ao Patrono do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Foram eles: José da Silva Botelho, Clever Rafael Santos, Mauro Orlando Dumont, Gerson dos Santos Santana, Eduardo Silvestre Pires dos Santos, José Augusto Avelino Silva, Antônio de Abreu Trindade Filho, Rogério Dantas da Costa, José de Jesus Soares Reis, Nilson de Oliveira Matos e Jeremias Alves Evangelista Junior.
A primeira diretoria foi empossada no mesmo dia, assim constituída: Presidente: José da Silva Botelho; Vice-Presidente: Clever Rafael Santos; 1º Secretário: Mauro Orlando Dumont; 2º Secretário; José de Jesus Soares Reis; 1º Tesoureiro: Eduardo Silvestre Pires dos Santos; 2º Tesoureiro: José Augusto Avelino Silva; Diretor Social: Nilson de Oliveira Matos e Diretor de Futebol: Antônio de Abreu Trindade Filho.
A cor vermelha foi escolhida para ser a oficial do novo clube, em homenagem aos profissionais que trabalham salvando vidas.
O time de futebol, criado para atuar inicialmente na categoria de amadores, era chamado de Postos Avançados e era formado apenas por bombeiros, desde os jogadores até a comissão técnica e diretoria, selecionados de vários destacamentos do Corpo de Bombeiros. 
Era um time muito forte que costumava dar muito trabalho aos adversários nos torneios que disputava na ASMEC – Associação dos Servidores do Ministério da Educação e da Cultura, mas chegou a um nível tão alto que não demorou para não ter mais adversários para lhe dar combate.
O Coronel Botelho e o então 1º Sargento Clever Rafael decidiram, então, inscrever o time (já como Dom Pedro II) no campeonato de amadores promovido pela então Federação Metropolitana de Futebol, hoje Federação Brasiliense de Futebol.
No primeiro ano de disputa, 1994, o Dom Pedro II chegou na quarta-colocação.
No ano seguinte, sagrou-se campeão. Na final do campeonato enfrentou o Atlântida, de Taguatinga, em dois jogos. No primeiro, em 26 de novembro, venceu por 2 x 0. No segundo, em 3 de dezembro, voltou a repetir o placar e pôde comemorar o título de campeão. O técnico do time era Clever Rafael Santos.
Depois de um bom desempenho na categoria, o passo seguinte foi a profissionalização. 
Coronel Botelho e Clever Rafael procuraram a Federação Metropolitana de Futebol e conseguiram incluir o clube no Campeonato Brasiliense de 1996.
No primeiro ano entre os profissionais tudo saiu às mil maravilhas. O Dom Pedro contou com o apoio da empolgada corporação e cerca de oitocentos militares contribuíam com dinheiro para fazer face às despesas. A equipe terminou em oitavo lugar.
Seu primeiro jogo no regime profissional aconteceu no dia 10 de março de 1996, no CAVE, diante do Guará. O resultado final foi um empate de 1 x 1. Aos três minutos do segundo tempo, Marco Antônio marcou o primeiro gol do Dom Pedro II como profissional. Sob a arbitragem de Luciano Almeida, o Dom Pedro II formou com Fábio, Flávio, Evilânio (Dejailton), Carlão e Paulo Roberto; Tata, Jurailton (Dourado) e Marco Antônio; Lino, Junior (William) e Gil. Técnico: Clever Rafael Santos.
Conseguiu bons resultados, tais como, 1 x 0 no Tiradentes, 1 x 0 Brasília, 3 x 1 Ceilândia e 2 x 1 Taguatinga. Nos 19 jogos que disputou, venceu seis, empatou quatro e perdeu nove; marcou 20 gols e sofreu 31.
Em 1997, porém, nem tudo foi bem. O Dom Pedro colecionou derrotas (onze em dezoito jogos) e o expressivo público se afastou. O apoio diminuiu e começou a faltar dinheiro. Chegou a um ponto que a diretoria foi obrigada a marcar os jogos para domingo de manhã para não ter de se responsabilizar pelo almoço dos atletas. Até a concentração foi abolida. O rendimento do time, no entanto, não mudou, terminando em oitavo novamente.
Essas modestas colocações levaram a diretoria a aceitar a mesclagem com jogadores profissionais. A partir daí os resultados melhoraram. 
Em 1998 o time terminou o campeonato na sétima posição. No ano seguinte, ficou com a segunda colocação, após decisão em dois jogos contra o Gama, o primeiro com o gol da vitória do adversário marcado no penúltimo minuto de jogo. 
O time da final foi formado por Osmair, Baiano, Alessandro (Luizinho), Paulo César e Alex Souza (Almir); Tata, Pituca, Carlos Roberto (Glauber) e Jairo (David); Santos e Denilson. Técnico: Mozair Barbosa.
O Dom Pedro teve dois de seus jogadores entre os principais artilheiros do campeonato: o veterano Santos, então com 34 anos, marcou dez, e Denilson nove. Foram superados por Joãozinho, do Brazlândia, que marcou doze.
Também em 1999 aconteceu a primeira participação do Dom Pedro II numa competição de âmbito nacional, o Campeonato Brasileiro da Série C. Fez parte do Grupo D, juntamente com Serra, do Espírito Santo, Anapolina, Goiânia e Vila Nova, de Goiás, e o Fluminense, do Rio de Janeiro. Ficou em último lugar do grupo, sem conseguir vencer um jogo sequer. Nos dez jogos que disputou, marcou apenas seis gols.
Mesmo sendo eliminado na primeira fase da competição, o time vendeu caro a derrota de 1 x 0 para o Fluminense, no dia 13 de setembro de 1999, no Maracanã.
A agenda do Dom Pedro esteve agitadíssima no ano de 2000.
Disputou a Copa Centro-Oeste, sendo eliminado na primeira fase, num grupo integrado por três times goianos: Anapolina, Goiás e Vila Nova. Ficou na frente apenas da Anapolina.
Depois, disputou a Copa do Brasil pela primeira vez. Após dois jogos contra a Ponte Preta (perdendo os dois), foi eliminado na primeira fase.
No campeonato brasiliense de 2000 novamente o Gama atravessou seu caminho rumo ao título de campeão. Foi eliminado na fase semifinal pelo Gama, após dois empates: 1 x 1 no Adonir Guimarães e 0 x 0 no Bezerrão.
Por último, na Copa João Havelange (Campeonato Brasileiro), fez parte do Módulo Verde e se não fosse um recurso do Comercial (MS), o time teria terminado a etapa inicial como campeão do grupo formado pelos matogrossenses Operário e Comercial, os goianos Atlético e Goiânia e o Brasília. Ficou em segundo e qualificou-se para a fase seguinte, quando enfrentou Central (PE), Tocantinópolis (TO) e Corinthians (AL). Foi desclassificado ao terminar sua participação em último lugar do grupo.
Foi rebaixado no campeonato brasiliense de 2001, quando chegou na nona posição entre os dez clubes participantes (os dois últimos desciam). 
Graças à cessão de alguns jogadores do Gama, em 2002, sagrou-se campeão da Segunda Divisão, depois de sair em primeiro lugar de um hexagonal final que reuniu Itapuã, Bosque, Santa Maria, Planaltinense e Brasília. Michel, do Dom Pedro II, foi o artilheiro da competição com 8 gols.
Sua campanha foi regular: 13 jogos, 6 vitórias, 4 empates e 3 derrotas; 22 gols a favor e 16 contra.
De volta à Primeira Divisão em 2003, novamente não fez uma boa campanha, chegando em 9º lugar. Sorte que o número de participantes aumentou para 12 e apenas os dois últimos foram rebaixados.
Entre 2004 e 2007, seu posicionamento na tabela de classificação variou entre 5º (em 2004 e 2006), 6º (em 2007) e 7º (em 2005).
Em 2008, quando o número de participantes já tinha baixado para oito, tornou-se vice-campeão, ficando atrás apenas do Brasiliense. Foram 14 jogos, quando venceu sete, empatou cinco e perdeu apenas dois. Marcou 19 gols e sofreu 11. Em seu último jogo naquele ano entrou em campo com Osmair, Gilmar, Rodrigo Mello, Ivisson (Jadir) e Fábio; Zé Ricarte, Ferrugem, Rodrigo Alves e Mazinho Brasília; Michel e Índio (Luciano). Técnico: José Lopes de Oliveira, o Risada.
Voltou a disputar o Campeonato da Série C em 2008. Na Primeira Fase, com o os clubes goianos Anápolis e Itumbiara e mais o brasiliense Legião, ficou em primeiro lugar do Grupo 10. Na Segunda Fase, enfrentou novamente o Itumbiara e mais o Atlético Goianiense e o Mixto, de Cuiabá. Ficou em terceiro lugar no grupo, não conseguindo classificação para a Terceira Fase.

No começo do ano de 2009 alterou o nome para Esporte Clube Dom Pedro Bandeirante, buscando uma maior identificação com a cidade do Núcleo Bandeirante. Trocou a homenagem ao patrono da corporação pela citação da nova cidade-sede. Criou um novo escudo e mascote, uma ave inspirada na mítica Fênix, aquela que renasce das cinzas.
Com todas essas mudanças, quase repetiu o feito de 2008: chegou na terceira colocação em 2009. Neste ano, também tomou parte pela segunda vez da Copa do Brasil. Foi eliminado na primeira fase após perder no Bezerrão, por 2 x 0, para o Botafogo (RJ).
Em 2010 teve queda drástica chegando em 7º e penúltimo lugar, sendo, novamente, rebaixado para a Segunda Divisão de 2011.
Voltou para a Primeira Divisão em 2012 e outra vez foi rebaixado para a Segunda Divisão de 2013, ao ser 12º e último colocado do certame no ano em que subiu.
Disputou a Segunda Divisão de 2013 e foi muito mal, colocando-se em sétimo lugar entre os dez participantes.
Em sua passagem pela Primeira Divisão do DF o Dom Pedro II disputou 228 jogos, vencendo 78 (34%), empatando 50 (22%) e perdendo 100 (44%). Marcou 289 gols e sofreu 353.
O clube sobreviveu até hoje pela persistência de Clever Rafael. Nunca teve um estádio próprio, falta patrocínio e torcida, mas sobram dificuldades.



terça-feira, 15 de abril de 2014

O FUTEBOL DO DF NA COPA DO BRASIL - 9ª parte (2005)


Foram 64 equipes jogando em sistema de eliminatórias com partidas de ida e volta. Nas duas primeiras fases quem vencesse por dois ou mais gols de diferença, fora de casa, no jogo de ida, garantiria a vaga na fase seguinte sem o jogo de volta. Nas fases seguintes sempre seria necessária a segunda partida para se definir os clubes classificados.
Participaram neste ano os campeões estaduais, os clubes melhores colocados em seus Estados, além de algumas vagas definidas pelas Federações locais.
As equipes que representaram o Brasil na Taça Libertadores (Atlético Paranaense, Palmeiras, São Paulo, Santos e Santo André) ficaram de fora neste ano.
Brasiliense e CFZ, campeão e vice-campeão brasiliense de 2004, respectivamente, foram os representantes do DF nessa competição.

Em sua segunda participação na Copa do Brasil, o CFZ voltou a encarar um adversário de elite, o bicampeão paranaense Coritiba.
Como se não bastasse a dificuldade de enfrentar um adversário mais qualificado, o CFZ ainda enfrentou a burocracia da CBF. Quatro titulares (o goleiro Pizzato, o meia Betinho e os atacantes Dênis e Gauchinho) não tiveram seus nomes lançados no BID – Boletim Informativo Diário da CBF e não puderam jogar. Os reservas Taércio, Luciano Netter, André Melo e Luís Cláudio engrossaram a lista de ausências forçadas.
Com isso, o CFZ entrou em campo com um time misto. Até superou as expectativas, chegou a dominar o segundo tempo, mas foi castigado com o segundo gol dos paranaenses nos acréscimos, e a eliminação precoce – derrota por mais de um gol de diferença.

CFZ 0 x 2 CORITIBA
Data: 2 de fevereiro de 2005
Local: Adonir Guimarães, Planaltina (DF)
Árbitro: Luiz Alberto Sardinha Bites (GO)
Renda: R$ 5.330,00
Público: 1.066 pagantes
Gols: Negreiros, 18 e Márcio Egídio, 90+2
CFZ: Robson, André Luiz, Isaías, Renato Mello e Thiago Rocha (Fábio William); Rodrigo Mello, Leiz, Ricardinho (Ceará) e Fernandes; Coelho e Andrezinho (Erivélton). Técnico: Édson Boaro.
CORITIBA: Fernando, Miranda, Flávio e Reginaldo Nascimento (Márcio Egídio); James, Pepo, Reginaldo Vital, Marquinhos e Ricardinho; Marciano (Laércio) e Negreiros (Luís Carlos). Técnico: Antônio Lopes.

O Brasiliense foi ao Espírito Santo como favorito diante do Serra e teve que se contentar com um empate por 2 x 2. O Brasiliense, campeão brasileiro da Série B de 2004, ficou na frente por duas vezes.

SERRA 2 x 2 BRASILIENSE
Data: 2 de fevereiro de 2005
Local: Robertão, Serra (ES)
Árbitro: Wagner dos Santos Rosa (RJ)
Renda: R$ 11.572,50
Público: 2.889 pagantes
Gols: Pituca, 44; Faioli, 45; Igor, 46 e Betinho, 50
SERRA: Nivaldo, Alex Gomes, Alex Passos, Cavalini e Tico; Caetano (Luciano), Léo Gonçalves, Faioli e Índio; Marquinhos (André) e Betinho (Paulo Roberto). Técnico: Cosme Eduardo.
BRASILIENSE: França, Dida, Jairo, Tinoco e Rochinha; Deda, Salvino, Pituca e Iranildo; Igor (Giovani) e Wellington Dias (Agnaldo). Técnico: Edinho.

O Brasiliense não teve dificuldades em passar para a Segunda Fase da Copa do Brasil. A vitória por 4 x 2 sobre o Serra poderia ter sido ainda maior, tal a facilidade com que os jogadores do Brasiliense dominaram as ações durante os 90 minutos. Tanto que, logo aos cinco minutos de jogo, o Brasiliense inaugurou o placar.

BRASILIENSE 4 x 2 SERRA
Data: 16 de fevereiro de 2005
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Renda: R$ 9.483,00
Público: 3.961 pagantes
Gols: Róbston, 5; Wellington Dias, 29; Índio, 32; Róbston, 33; Iranildo, 47 e Thiago Rodrigues, 82
BRASILIENSE: França, Moura, Jairo, Padovani e Márcio Careca; Deda, Pituca, Wellington Dias (Tiano) e Iranildo (Jackson); Róbston e Agnaldo (Giovani). Técnico: Edinho.
SERRA: Nivaldo, Bezerra, Alex Passos, Cavalini e André; Léo Gonçalves (Caetano), Faioli, Rodrigo e Índio; Marquinhos (Luciano) e Betinho (Thiago Rodrigues). Técnico: Cosme Eduardo.

O adversário do Brasiliense na Segunda Fase foi o Atlético Mineiro.
O Brasiliense perdeu, de uma só vez, uma invencibilidade de 38 jogos no Serejão, o jogo e a vaga na Copa do Brasil.
A partida marcou a estreia do novo técnico do Brasiliense, Valdyr Espinosa, que substituiu Edinho, que pediu demissão depois de se desentender com o presidente do clube, Luiz Estevão.
Jogando em casa, a equipe do DF pareceu ter sentido a mudança súbita de treinador e perdeu para o time mineiro por 3 x 1, resultado que classificou o Atlético sem a necessidade do jogo de volta. O Brasiliense nunca tinha sido derrotado por mais de um gol de diferença jogando no Serejão.

BRASILIENSE 1 x 3 ATLÉTICO MINEIRO
Data: 16 de março de 2005
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Luiz Alberto Sardinha Bites (GO)
Gols: Fábio Junior, 30 e 33; Agnaldo, 47 e Euller, 54
BRASILIENSE: França, Moura, Jairo, Tinoco e Márcio Careca; Deda, Pituca, Róbston (Tiano) e Iranildo; Igor (Agnaldo) e Wellington Dias (Jackson). Técnico: Valdyr Espinosa.
ATLÉTICO MINEIRO: Danrlei, George Lucas, Adriano, André Luiz e Rubens Cardoso; Ataliba, Amaral, Renato (Zé Antônio) e Rodrigo Fabri (Prieto); Euller (Leandro Smith) e Fábio Junior. Técnico: Procópio Cardoso.



domingo, 13 de abril de 2014

O FUTEBOL DO DF NA COPA DO BRASIL - 8ª parte (2004)


A Copa do Brasil de 2004 contou com a presença de 64 clubes. O sistema de disputa continuou igual aos anos anteriores. Neste ano participaram os 26 campeões estaduais (com exceção do Coritiba, campeão paranaense e do Cruzeiro, campeão mineiro, ambos na Taça Libertadores). Além deles estiveram presentes os clubes melhores colocados em seus estaduais, mais algumas vagas definidas pelas Federações locais, que indicaram as equipes. Os outros clubes que representaram o Brasil na Libertadores também ficaram de fora desta edição: Santos, São Caetano e São Paulo.
Gama, campeão brasiliense de 2003, e o Brasiliense, vice-campeão, representaram o DF na competição.

Na Primeira Fase, o Gama enfrentou o vice-campeão paranaense de 2003, o Paranavaí.
Evitaremos aqui falar do festival de liminares envolvendo Gama, Paranavaí e CBF. Falaremos apenas dos jogos.
No jogo de ida, no norte do Paraná, mesmo encontrando um gramado muito castigado e com muita areia, o Gama chegou a carimbar o travessão, em chute do lateral-esquerdo Bobby, mas ficou no empate sem gols.

PARANAVAÍ 0 x 0 GAMA
Data: 4 de fevereiro de 2004
Local: Waldemiro Wagner (Felipão), Paranavaí (PR)
Árbitro: Giulliano Bozzano (SC)
Renda: R$ 17.465,00
Público: 3.331 pagantes
PARANAVAÍ: João Corrêa, Vladimir (Marcelo Baiano), Zé Luciano, Preto e Alex; Márcio, Gian, Doriva e Neizinho; Carioca e Nelmo (Vainer). Técnico: Itamar Bernardes.
GAMA: Osmair, Weider, Emerson, Carlos Eduardo e Bobby; Leandro Leite, Macaé, Rodriguinho e Wesley (Reginaldo); Victor e Michel Platini (Erivaldo). Técnico: Éverton Goiano.

No segundo jogo, no Bezerrão, o Gama bateu solenemente o Paranavaí por 3 x 0.
O primeiro gol surgiu aos 41 minutos, através do zagueiro-artilheiro Emerson. No segundo tempo, mais dois gols deram ao Gama uma vitória tranquila, que quase foi tirada pelo STJD.

GAMA 3 x 0 PARANAVAÍ
Data: 18 de fevereiro de 2004
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Luiz Alberto Sardinha Bites (GO)
Renda: R$ 1.890,00
Público: 378 pagantes
Gols: Emerson, 41; Victor, 46 e Bobby, 66
GAMA: Osmair, Weider, Emerson, Carlos Eduardo e Bobby; Leandro Leite, Macaé (Welton), Rodriguinho e Wesley; Victor (Reginaldo) e Diego (Rafael). Técnico: Éverton Goiano.
PARANAVAÍ: Vilson, Márcio, Alex, Zé Luciano e Preto; César Gaúcho, Gian (Vladimir) e Doriva; Itamar (Edilson), Neizinho e Aléssio (Carioca). Técnico: Itamar Bernardes.

Em partida com oito gols e cheia de alternâncias no placar, Gama e Botafogo empataram no primeiro confronto da segunda fase da Copa do Brasil, no Bezerrão.
As emoções na partida não ficaram restritas às quatro linhas. Até pouco mais de duas horas antes do confronto havia a ameaça de a bola não rolar por conta de uma guerra de liminares na Justiça comum.
O público de pouco mais de três mil pessoas viu o Gama jogar melhor na maior parte do primeiro tempo, mas sofrer três gols por falha de marcação.
O Botafogo abriu o placar logo na sua primeira investida, aos dois minutos, com Fernando. Os donos da casa não se abalaram e viraram o jogo. O empate foi aos sete, num chute cruzado de Rodriguinho, e a virada, aos 15, numa cabeçada do zagueiro Emerson. A alegria dos torcedores do Gama durou pouco. O Botafogo chegou ao empate aos 22, gol de Camacho. A jovem equipe brasiliense sentiu o golpe e acabou surpreendida aos 45, quando Alex Alves colocou o alvinegro carioca à frente novamente.
No segundo tempo, com maior domínio do time carioca, o alviverde empatou aos 14 minutos, num golaço de Goeber, que emendou chute de primeira da meia-lua. Logo em seguida, aos 16, Wesley carimbou a trave. O campeão brasiliense, porém, sofreu novo revés aos 18, com gol de Alex Alves. Aos 24, Camacho poderia ter ampliado, mas acertou o travessão. Victor deu números finais à partida ao igualar novamente o marcador, aos 33. Antes, aos 30, Michel Platini também bateu na trave.

GAMA 4 x 4 BOTAFOGO
Data: 24 de março de 2004
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Elvécio Zequetto (MS)
Renda: R$ 30.020,00
Público: 3.020 pagantes
Gols: Fernando, 3; Rodriguinho, 7; Emerson, 15; Camacho, 22; Alex Alves, 45+1; Goeber, 59; Alex Alves, 63 e Victor, 78
GAMA: Osmair, Weider, Carlos Eduardo, Emerson e Bobby; Erivaldo, Goeber, Rodriguinho (Macaé) e Wesley; Victor e Michel Platini. Técnico: Éverton Goiano.
BOTAFOGO: Jefferson, Ruy, Sandro, João Carlos e Jorginho Paulista (Daniel); Fernando, Túlio (Carlos Alberto), Camacho e Valdo (Dill); Almir e Alex Alves. Técnico: Levir Culpi.

Veio o segundo jogo e as emoções continuaram. Em pleno Maracanã, o Gama venceu, pela primeira vez em sete confrontos oficiais, o Botafogo por 3 x 2, de virada.
O Gama comemorou a inédita classificação às oitavas-de-final em dez participações na Copa do Brasil.
A classificação teve direito a gol botafoguense anulado em rebote de pênalti, aos 37 minutos do segundo tempo. O atacante Alex Alves, artilheiro da Copa do Brasil, perdeu o nono gol na competição ao acertar o travessão. O lateral Ruy aproveitou a sobra no que daria a vaga ao alvinegro carioca, pois o duelo de ida acabou em 4 x 4 no Bezerrão. No entanto, Alex Alves acertou a bola antes, em lance ilegal: dois toques. O árbitro chegou a confirmar o gol, mas recuou com as reclamações dos jogadores do Gama.
Com todos os jogadores debutando no Maracanã, o Gama sofreu um gol bem cedo. Logo aos 9 minutos, Alex Alves marcou de cabeça. No minuto seguinte, no entanto, veio o empate-relâmpago: Victor, aproveitando rebote do goleiro Jefferson.
Aos 17, a virada, com o zagueiro-volante Thiago em cobrança de falta. Aos 37, o Gama ampliou, novamente através de Victor.
No segundo tempo, o Botafogo partiu para o abafa. Aos 9 minutos, aproveitando furada do lateral Bobby, Alex Alves diminuiu para o Botafogo.
O Gama, então, se encolheu. O meia Camacho ameaçou o empate com chutes aos 16, 19 e 31 minutos. Aos 34, o já citado lance do pênalti perdido por Alex Alves. Três minutos depois, o próprio Alex Alves mandou a vaga para o travessão.
Sem mais nenhum lance emocionante até o apito final do árbitro, o Gama pôde comemorar a histórica classificação.

BOTAFOGO 2 x 3 GAMA
Data: 7 de abril de 2004
Local: Caio Martins, Niterói (RJ)
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES)
Renda: R$ 66.951,00
Público: 6.966 pagantes
Gols: Alex Alves, 9; Victor, 10; Tiago, 17; Victor, 37 e Alex Alves, 54
BOTAFOGO: Jefferson, Ruy, Sandro, João Carlos e Jorginho Paulista (Daniel), Fernando, Túlio (Carlos Alberto), Valdo e Camacho; Dill (Hugo) e Alex Alves. Técnico: Levir Culpi.
GAMA: Osmair, Weider, Carlos Eduardo, Emerson e Bobby; Thiago (Leandro Leite), Goeber, Rodriguinho e Wesley; Victor (Macaé) e Michel Platini (Genilson). Técnico: Éverton Goiano.

O Gama conseguiu um ótimo resultado em seu primeiro jogo contra o Palmas, ao empatar em 1 x 1.
Saiu na frente, mas cedeu o empate. Bastava um placar em branco no duelo de volta, no Gama, para garantir a classificação para as quartas-de-final.

PALMAS 1 x 1 GAMA
Data: 14 de abril de 2004
Local: Nilton Santos, Palmas (TO)
Árbitro: Fernando Rogério Oliveira Assunção (AL)
Renda: R$ 13.719,00
Público: 2.025 pagantes
Gols: Rodriguinho, 15 e Alysson, 33
PALMAS: Leandro Lopes, Mazinho, Eugênio, Marraquete e Leandro César; Coxinha, Alysson, Rogério e Núbio (Bugrão); Joãozinho e Renatinho (Arismar). Técnico: Luiz Dário.
GAMA: Osmair, Weider, Carlos Eduardo, Emerson e Bobby; Erivaldo, Goeber, Rodriguinho (Macaé) e Wesley; Victor e Michel Platini (Mário Zan). Técnico: Éverton Goiano.

Depois de vencer o Botafogo em pleno Maracanã, nenhum torcedor imaginava que o Gama fosse perder a chance de continuar na Copa do Brasil, jogando em casa, depois de empatar em Tocantins em 1 x 1.
Mas o inesperado aconteceu e o Gama deu adeus à Copa do Brasil.
O Gama teve mais volume de jogo durante os 90 minutos, mas penou diante de dois antigos conhecidos: o meia-direita Ferdinando e o zagueiro Moacri, dois ex-jogadores do CFZ, ambos de volta ao Palmas. Ferdinando fez o primeiro e deu passe para o segundo, marcado por Moacri.
O Gama conseguiu o empate aos 19 minutos do segundo tempo. Com o apoio da torcida, manteve a posse de bola, mas sem objetividade.
Aos 44 minutos, o tiro de misericórdia: o terceiro gol do Palmas, que decretou a surpresa no marcador e a eliminação do Gama da Copa do Brasil.

GAMA 2 x 3 PALMAS
Data: 5 de maio de 2004
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Luiz Alberto Sardinha Bites (GO)
Gols: Ferdinando, 31; Wesley, 45; Moacri, 45+1; Rodriguinho, 64 e Arismar, 89
GAMA: Osmair, Weider (Allan), Carlos Eduardo, Emerson e Bobby; Erivaldo, Goeber (Mário Zan), Rodriguinho e Wesley; Victor e Michel. Técnico: Éverton Goiano.
PALMAS: Leandro Lopes, Marraquete, Neuran e Moacri; Mazinho, Rogério, Valdo, Ferdinando e Renato (Eudes); Joãozinho (Arismar) e Núbio (Quezado). Técnico: Carlos Magno.

O Brasiliense também estreou com empate fora de casa. Em Arapiraca, o Brasiliense manteve a escrita de jamais começar com vitória uma competição nacional. Igor até abriu o placar, mas o ASA igualou.

ASA 1 x 1 BRASILIENSE
Data: 4 de fevereiro de 2004
Local: Coaracy da Mata Fonseca, Arapiraca (AL)
Árbitro: Cláudio Luciano Mercadante Junior (PE)
Renda: R$ 14.432,00
Público: 2.559 pagantes
Gols: Igor, 48 e Eduardo (pênalti), 76
ASA: Pantera, Adeildo, Telão, Mário e Eduardo; Jota, Matteus (Rodrigo), Souza (Sinézio) e Télio; Denilson e Moisés (Ricardo). Técnico: Canhoto - Genival Alexandre dos Santos.
BRASILIENSE: Donizeti, Dida, Jairo, Gerson e Rochinha; Deda, Salvino, Tiano (Durval) e Padovani; Wellington Dias (Abimael) e Igor (Djimi). Técnico: Mauro Fernandes.

O Brasiliense deu um passeio no ASA no segundo jogo entre eles. Mesmo precisando de apenas um empate sem gols, o Brasiliense dominou as ações e não teve dificuldades em chegar a uma goleada.

BRASILIENSE 3 x 0 ASA
Data: 3 de março de 2004
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Manoel Paixão dos Santos (MS)
Renda: R$ 3.414,00
Público: 1.960 pagantes
Gols: Tiano, 39 e 60 e Creedence, 64
BRASILIENSE: Donizeti, Dida, Jairo, Gerson e Rochinha; Deda, Tiano e Cleison; Igor (Pituca), Leandro Tavares (Abimael) e Val Baiano (Creedence). Técnico: Mauro Fernandes.
ASA: Pablo, Adeildo, Mário, Telão e Luiz Henrique; Jota, Rodrigo, Souza e Télio (Matteus); Moisés e Denilson (Ricardo). Técnico: Aroldo Moreira.

O Goiás foi o adversário do Brasiliense na Segunda Fase.
No primeiro jogo, em Taguatinga, terminou o 1º tempo perdendo por 2 x 0, resultado que o eliminaria da Copa do Brasil. Mas, reagiu no segundo tempo, chegando ao empate e quase virou a partida no último minuto, numa cobrança de falta de Tiano, tirada para escanteio pelo goleiro Harlei.

BRASILIENSE 2 x 2 GOIÁS
Data: 17 de março de 2004
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Rogério Pereira da Costa (MG)
Renda: R$ 8.413,00
Público: 5.877 pagantes
Gols: Josué, 15; Fábio Santos, 24; Gerson, 54 e Creedence, 78 
BRASILIENSE: Donizeti, Dida (Lucianinho), Gerson, Jairo e Rochinha; Deda, Tiano, Cleison e Wellington Dias (Val Baiano); Creedence e Leandro Tavares (Abimael). Técnico: Mauro Fernandes.
GOIÁS: Harlei, Cléber, Renato Silva, André Cruz e Gilson; Simão (Tiago), Gustavo, Josué e Rodrigo Tabata (Jorge Mutt), Fábio Santos (Giuseppe) e Aldrovani. Técnico: Luvanor.

O segundo jogo entre Brasiliense e Goiás foi monótono, com dois times cautelosos demais, priorizando a marcação, com medo de ir ao ataque. Mesmo assim, os visitantes tiveram mais iniciativa. O placar não foi mexido e o Brasiliense saiu do Serra Dourada desclassificado, de forma invicta.

GOIÁS 0 x 0 BRASILIENSE
Data: 7 de abril de 2004
Local: Serra Dourada, Goiânia (GO)
Árbitro: Giulliano Bozzano (SC)
Renda: R$ 32.211,00
Público: 2.838 pagantes
GOIÁS Harlei, Gustavo, André Dias, André Cruz e Gilson; Simão, Cléber, Josué e Jorge Mutt (Fábio Santos); Alex Dias (Rodrigo Tabata) e Aldrovani (Daniel Vilela). Técnico: Celso Roth.
BRASILIENSE França, Dida, Gerson, Jairo e Rochinha; Deda (Val Baiano), Salvino, Cleison e Tiano (Abimael); Leandro Tavares e Creedence. Técnico: Mauro Fernandes.



sexta-feira, 11 de abril de 2014

O FUTEBOL DO DF NA COPA DO BRASIL - 7ª parte (2003)


Esta edição da Copa do Brasil contou com a presença de 64 clubes. O sistema de disputa continuou igual aos anos anteriores. A novidade para este ano foi que a CBF criou um ranking baseado nas participações das equipes em toda a história do torneio. Com isso, além dos 26 campeões estaduais (apenas o Paysandu, tricampeão do Pará e por estar na Libertadores não participou), fizeram parte também os clubes que estavam mais bem colocados nesse ranking. Algumas vagas foram definidas pelas federações locais, que indicariam os clubes que deveriam estar presentes. Ficaram de fora desta edição os clubes que representaram o Brasil na Taça Libertadores da América: Grêmio, Corinthians, Paysandu e Santos.
CFZ e Gama, campeão e vice-campeão, respectivamente, de 2002, foram os representantes do DF na Copa do Brasil.

O CFZ teve como adversário em sua estreia o Fortaleza. 
Pela primeira vez em 2003 o melhor ataque do Campeonato Brasiliense (25 gols em cinco jogos) passou em branco.
Apesar das melhores oportunidades, o CFZ tropeçou na má apresentação dos artilheiros. Igor Marigo esteve sumido, enquanto Cassius desperdiçou duas chances claras de marcar.

CFZ 0 x 0 FORTALEZA
Data: 5 de fevereiro de 2003
Local: Adonir Guimarães, Planaltina (DF)
Árbitro: Clever Assunção Gonçalves (MG)
Renda: R$ 7.430,00
Público: 1.486 pagantes
CFZ: Ricardo, Patrick, Junior, Igor Fernando e Carlos Eduardo; Macaé, Kabila (Robertinho), Maninho (Thiago Rocha) e Marcelinho; Igor Marigo (Robert) e Cassius. Técnico: Reinaldo Gueldini.
FORTALEZA: Jefferson, Sérgio (Chiquinho), Ronaldo Angelim, Fernandão e Erandir; Dudé, Wendell (Lau), Clodoaldo, Marcelo (Fabiano); Alysson e Fabrício. Técnico: Luiz Carlos Cruz.

No segundo jogo, o CFZ jogou todo retrancado. A equipe foi bastante criticada pela imprensa cearense, acusada de fazer muita cera e de se recusar a jogar futebol.
O 1º tempo foi muito ruim, truncado e sem criatividade. O Fortaleza esbarrava na forte marcação do time brasiliense.
No 2º tempo não houve muita mudança na forma de jogar do CFZ, nitidamente preocupado em manter o empate e decidir a vaga nos pênaltis. A situação do CFZ ficou complicada a partir dos 28 minutos, quando Carlos Eduardo foi expulso. Com menos um, o CFZ não suportou a pressão do Fortaleza e, aos 34 minutos, finalmente surgiu o gol da vitória cearense. O CFZ não teve forças para reagir.

FORTALEZA 1 x 0 CFZ
Data: 19 de fevereiro de 2003
Local: Presidente Vargas, Fortaleza (CE)
Árbitro: João José Leitão (PI)
Gol: Fabiano, 80
Expulsão: Carlos Eduardo, do CFZ
FORTALEZA: Jefferson, Sérgio, Ronaldo Angelim, Fernandão e Erandir; Dudé, Wendell (Rogério Paulista), Marcelo (Chiquinho) e Clodoaldo; Alysson (Fabiano) e Fabrício. Técnico: Luiz Carlos Cruz.
CFZ: Ricardo, Patrick, Junior, Rafael e Carlos Eduardo; Macaé, Kabila, Maninho (Robertinho) e Pedrinho (Marcelinho); Igor Marigo e Cassius (Thiago). Técnico: Reinaldo Gueldini.

O outro representante do futebol brasiliense, o Gama, enfrentou na primeira fase o Bangu, do Rio de Janeiro.
O Gama abriu o placar logo aos três minutos. O bom futebol do Gama, porém, só durou pouco mais de dez minutos e os donos da casa melhoraram de rendimento. Aos 16 minutos aconteceu o empate do Bangu.
O segundo tempo foi dominado pela equipe carioca, que somente aos 22 minutos marcou o gol da vitória.

BANGU 2 x 1 GAMA
Data: 5 de fevereiro de 2003
Local: Moça Bonita, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES)
Gols: Leonardo Manzi, 3; Luiz Renato, 16 e Leozinho, 67
BANGU: Braz, China, Cleberson, Nailton e Júlio César (Edilson); Willian, Leozinho, Luiz Renato e Alexandre (Renatinho); Fabiano Silva (Beto) e João Rodrigo. Técnico: Tita.
GAMA: Júlio César, Gustavinho, Jairo, Nen e Rochinha; Deda, Alex, Murilo (André Barroso) e Rodriguinho (Wesley); Abimael (Luciano Fonseca) e Leonardo Manzi. Técnico: Édson Porto.

No jogo de volta, com dois gols do zagueiro Nen, em cruzamentos do atacante Luciano Fonseca, o Gama despachou o Bangu e classificou-se para a Segunda Fase.

GAMA 2 x 0 BANGU
Data: 12 de março de 2003
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Rogério Pereira da Costa (MG)
Gols: Nen, 34 e 64
GAMA: Júlio César, Gustavinho (André Barroso), Nen, Emerson e Rochinha; Goeber, Adelmo, Wesley e Rodriguinho (Fernando); Luciano Fonseca (Victor) e Leonardo Manzi. Técnico: Cristiano Baggio.
BANGU: Braz, Fábio Terra, Cleberson (Marquinhos) e Nailton; China, Luiz Renato, Serginho, Hélder, Leozinho (João Rodrigo) (Júlio César) e Renatinho; Fabiano Silva. Técnico: Tita.

Na reabertura do estádio Mané Garrincha, o Gama arrancou um empate com o São Paulo, depois de estar perdendo por 2 x 0.
O São Paulo parecia atuar em casa, tamanha era a torcida tricolor no Mané Garrincha.
O Gama começou melhor. Apesar da pressão e do maior volume de jogo do Gama, o São Paulo conseguiu retomar o domínio das ações nos minutos finais do 1º tempo, tendo marcado seu primeiro gol aos 45 minutos.
O Gama voltou do intervalo melhor e logo aos seis minutos perdeu a chance de empatar, numa cabeçada de Goeber.
Aos 16 minutos veio o segundo gol do São Paulo. Mas, aos 20, começou a reação brasiliense. Depois de lance individual de Rodriguinho, Gustavo Nery desviou o cruzamento de “peixinho”, contra as próprias redes.
O Gama aumentou a pressão e aos 38, Leonardo Manzi empatou, definindo o placar em 2 x 2.

GAMA 2 x 2 SÃO PAULO
Data: 26 de março de 2003
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Lourival Dias Lima Filho (BA)
Gols: Reinaldo, 45+1; Júlio Baptista, 61; Gustavo Nery (contra), 65 e Leonardo Manzi, 83
GAMA: Júlio César, Gustavinho, Nen, Emerson e Rochinha; Goeber, Adelmo (Diego), Wesley e Rodriguinho; Luciano Fonseca (André Barroso) e Leonardo Manzi. Técnico: Cristiano Baggio.
SÃO PAULO: Roger, Gabriel, Jean, Gustavo Nery e Fabiano; Fábio Simplício, Júlio Baptista, Marco Antônio (Daniel Rossi) e Ricardinho; Reinaldo e Luís Fabiano. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

No segundo jogo contra o São Paulo, desta vez no Morumbi, o Gama marcou primeiro, aos 22 minutos do 1º tempo, com mais um gol do zagueiro Nen.
Depois disso, as chances se sucederam para o São Paulo, que não conseguiu marcar no 1º tempo.
No 2º tempo, o São Paulo voltou a pressionar mais ainda e conseguiu o gol de empate logo aos 10 minutos. Esse gol desestruturou o Gama, que se perdeu em campo e deixou o adversário tomar conta da partida e do placar, chegando aos 5 x 1.

SÃO PAULO 5 x 1 GAMA
Data: 2 de abril de 2003
Local: Morumbi, São Paulo (SP)
Árbitro: Alexandre Lourenço Barreto (RS)
Gols: Nen, 22; Luís Fabiano, 60; Gabriel, 69; Kléber, 82; Reinaldo, 83 e Fabiano, 87
SÃO PAULO: Rogério Ceni (Roger), Gabriel, Jean, Gustavo Nery e Fabiano; Fábio Simplício (Gallo), Júlio Baptista, Ricardinho e Marco Antônio (Kléber); Reinaldo e Luís Fabiano. Técnico: Oswaldo de Oliveira.
GAMA: Júlio César, Gustavinho, Nen, Emerson e Rochinha, Goeber, Adelmo (Paulo César), Wesley e Rodriguinho (Romualdo); Luciano Fonseca e Leonardo Manzi. Técnico: Cristiano Baggio.



terça-feira, 8 de abril de 2014

O FUTEBOL DO DF NA COPA DO BRASIL - 5ª parte (1999 a 2001)


1999

A Copa do Brasil foi disputada pela primeira vez por 64 equipes em 1999, assim discriminadas: 27 campeões estaduais, sete vices das federações que obtiveram maior público pagante durante o ano de 1998, na Copa do Brasil, nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro e nos campeonatos estaduais da Bahia, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, além de trinta convidados pela CBF.
Com essa “inflação” no número de clubes participantes, o Distrito Federal passou a ter dois representantes: o Gama e o Guará.
O regulamento não mudou: na Fase Preliminar e na Primeira Fase, caso a equipe visitante vencesse o primeiro jogo por dois ou mais gols de diferença, na casa do adversário, estaria classificada para a fase seguinte sem necessidade da realização da partida de volta.


O Gama fez sua estreia diante do vencedor da Copa Tocantins de 1998, o Interporto, de Porto Nacional. E, pela primeira vez, um clube do DF fez uso do regulamento, ou seja, venceu, como visitante, por uma diferença de dois gols.
Começou perdendo, mas depois virou o placar e classificou-se para a segunda fase da competição.

INTERPORTO 1 x 3 GAMA
Data: 24 de fevereiro de 1999
Local: General Sampaio, Porto Nacional (TO)
Árbitro: Ramon Rodrigues (GO)
Renda: R$ 4.630,00
Público: 926 pagantes
Gols: Preá, 15; Kabila, 30 e Zé Carlos, 37 e 45
INTERPORTO: Mateus, Janair (Cebola), Fabrício, Ceará e Lôra; Édson, Dourado (Den), Edevaldo e Preá; Licuri (Alexandre) e Ednaldo. Técnico: Carlos Magno.
GAMA: Marcelo Valença, Francinaldo, Adriano, Nen e Vanderson; Deda, Kabila, Fernando (Kléber) e Lindomar (Mário Zan); Robertinho e Zé Carlos. Técnico: Zé Teodoro.

Já o outro representante do DF, o Guará, mais uma vez decepcionou. Por coincidência, assim como em 1997, o adversário foi um clube gaúcho, o Juventude. E, novamente, sofreu uma goleada jogando em casa.
Parecia até que o Guará iria suportar o melhor futebol do Juventude, clube que acabaria se tornando campeão da Copa do Brasil daquele ano. Pelo menos no 1º tempo o placar não foi mexido. Em compensação, no segundo, aconteceu um festival de gols do alviverde gaúcho.

GUARÁ 1 x 5 JUVENTUDE
Data: 4 de março de 1999
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (MG)
Gols: Dênis, 58; Santos, 59; Mabília, 75; Capone, 83 e Fernando, 90 e 90+2
GUARÁ: Chagas, Alfredo, Jefferson, Elson e Freitas; Paulinho, Écio e Paulo Romero; Alysson, Santos e Rodrigo Gualberto. Técnico: Josemar Pacheco.
JUVENTUDE: Emerson, Alcir, Picolli, Capone e Soca (Édson); Roberto, Flávio, Dênis e Wallace (Mabília); Maurílio e Fernando. Técnico: Geninho.

O Gama também enfrentou um clube alviverde na segunda fase da Copa do Brasil, o Palmeiras, semifinalista dessa competição.
Após um primeiro tempo fraco, o time paulista foi dominado na maior parte da etapa final. O gol da vitória do Palmeiras saiu de uma cobrança de falta, ainda no 1º tempo.
Quando o Gama sufocava o Palmeiras, Lindomar, numa bela jogada, quase empatou no segundo tempo, não fosse uma ótima defesa de Marcos.

GAMA 0 x 1 PALMEIRAS
Data: 19 de março de 1999
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Jorge Paulo Travassos (RJ)
Gol: Rogério, 30
GAMA: Marcelo Valença, Jacó (Helder), Nen, Vágner e Vanderson; Deda, Kabila (Edmilson), Fernando e Lindomar; Robertinho e Zé Carlos (Joílson). Técnico: Zé Teodoro.
PALMEIRAS: Marcos, Rogério, Junior Baiano, Agnaldo e Rubens Júnior (Júnior); César Sampaio, Marcos Assunção, Galeano e Alex (Pedrinho); Paulo Nunes e Jackson (Evair). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Como o Palmeiras já esperava, o Gama exerceu uma marcação muito forte no meio-campo, cometendo muitas faltas e utilizando-se de contra-ataques.
Mas um gol sofrido logo aos oito minutos pôs por terra a estratégia do alvi-verde brasiliense que, àquela altura, teria que vencer por dois gols. O segundo gol palmeirense ainda no 1º tempo e a expulsão do zagueiro Nen no 2º, acabaram completamente com as forças do Gama, que foi goleado.

PALMEIRAS 5 x 0 GAMA
Data: 31 de março de 1999
Local: Parque Antarctica, São Paulo (SP)
Árbitro: Alexandre Lourenço Barreto (RS)
Público: 2.323 pagantes
Gols: Paulo Nunes, 8; Oséas, 30; Evair, 60; Oséas, 68 e Evair, 88
Expulsão: Nen, do Gama
PALMEIRAS: Marcos, Arce, Junior Baiano (Agnaldo), Cleber e Júnior (Rubens Júnior); Galeano, César Sampaio, Zinho e Jackson; Paulo Nunes (Evair) e Oséas. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
GAMA: Marcelo Valença, Helder, Nen, Vágner e Vanderson; Deda (Altair), Fernando, Kléber (Adriano) e Lindomar; Robertinho e Romualdo (Joilson). Técnico: Zé Teodoro.

2000

A edição da Copa do Brasil de 2000 teve a presença de 69 equipes. Foi o maior número de participantes da história do torneio, até então. Todos os clubes, exceto o Gama (que entrou com uma liminar na Justiça), foram convidados pela CBF.

As cinco equipes brasileiras que disputaram a Taça Libertadores daquele ano (Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Corinthians, Juventude e Palmeiras) só entraram nas oitavas-de-final. A competição, como nos anos anteriores, seguiu o sistema mata-mata, sendo que nas duas primeiras fases os times visitantes que vencessem por dois ou mais gols de diferença, não precisavam disputar a partida de volta.
O DF novamente teve dois representantes: mais uma vez o Gama e o estreante Dom Pedro II. Ambos não passaram da primeira fase, ao serem desclassificados por Cruzeiro, de Belo Horizonte, e Ponte Preta, de Campinas, respectivamente.

No primeiro jogo contra o Cruzeiro, com grande exibição do goleiro Fernando, que defendeu até pênalti, o Gama conseguiu o que parecia impossível: empatou em 1 x 1.
O Cruzeiro dominou quase toda a partida, teve as melhores oportunidades, mas esbarrou na má pontaria dos seus atacantes e nas grandes defesas de Fernando, o melhor jogador da partida.
Depois de um bom começo do Gama, o Cruzeiro tomou conta do jogo e abriu o marcador aos 28 minutos do 1º tempo. O empate só saiu aos 34 minutos do 2º tempo, quando Sorín derrubou Nen na área e o pênalti foi marcado. Bebeto cobrou e marcou.
Aos 41 minutos, Sílvio fez pênalti em Paulo Isidoro. Foi a vez de Fernando fechar a noite em grande estilo, defendendo a cobrança de Zé Maria.

GAMA 1 x 1 CRUZEIRO
Data: 14 de março de 2000
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Oscar Roberto Godói (SP)
Renda: Público: pagantes
Gols: Oséas, 28 e Bebeto (pênalti), 79
GAMA: Fernando, Edu, Sílvio, Almir Conceição e Mica; Kabila (Rodrigão), Mariozan e Rodriguinho (Ézio); Robertinho e Abimael (Bebeto). Técnico: Walter Ferreira.
CRUZEIRO: André, Zé Maria, Marcelo Djian, Cris e Sorín; Marcos Paulo, Ricardinho, Viveros (Leandro) e Geovanni (Joélson); Müller e Oséas (Paulo Isidoro). Técnico: Paulo Autuori.

A exemplo do que aconteceu no primeiro jogo, a segunda partida teve o domínio total do Cruzeiro. Logo aos sete minutos, Zé Maria acertou a trave direita do goleiro Fernando.
Não demorou para o colombiano Viveros fazer o 1º gol, aos 16 minutos. Quando o primeiro tempo foi encerrado, o Cruzeiro já vencia por 3 x 0.
Aproveitando-se da acomodação do adversário, o Gama teve uma pequena melhora no segundo tempo. O gol de honra do Gama saiu aos 29 minutos, com Mário Zan aproveitando passe na medida de Nen. Quando parecia que a partida terminaria mesmo com o placar de 3 x 1, Fábio Junior (que estreava no Cruzeiro), decretou a goleada de 4 x 1.

CRUZEIRO 4 x 1 GAMA
Data: 17 de março de 2000
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Paulo César de Oliveira (SP)
Renda: R$ 31.221,00
Público: 6.253 pagantes
Gols: Viveros, 16; Oséas, 19 e 29, Mário Zan, 74 e Fábio Junior, 88
CRUZEIRO: André, Zé Maria, Marcelo Djian, Cris e Sorín (Rodrigo); Marcos Paulo, Ricardinho, Viveros (Donizete) e Geovanni; Müller (Fábio Júnior) e Oséas. Técnico: Paulo Autuori.
GAMA: Fernando, Edu (Ézio), Sílvio, Almir Conceição e Mica; Nen, Kabila, Rodriguinho (Mariozan) e Alexandre; Robertinho (Rodrigão) e Abimael. Técnico: Walter Ferreira.



A equipe do Dom Pedro II até surpreendeu a Ponte Preta, com um bom primeiro tempo, mas acabou derrotada em duas falhas de marcação, em jogadas que começaram nas laterais. Aos 22 e aos 25 minutos da segunda etapa, o atacante Claudinho garantiu a vitória dos visitantes. O Dom Pedro sentiu os dois gols. Mas quando tudo parecia perdido, Gilmar cobrou falta, Pituca cabeceou, o goleiro Adriano rebateu e o zagueiro Paulo César marcou o gol que garantiu a segunda partida da equipe.

DOM PEDRO II 1 x 2 PONTE PRETA
Data: 5 de abril de 2000
Local: Adonir Guimarães, Planaltina (DF)
Árbitro: Antônio William Gomes (MG)
Renda: R$ 4.260,00
Público: 852 pagantes
Gols: Claudinho, 67 e 70 e Paulo César, 79
DOM PEDRO II: Osmair, Fabinho, Binha, Paulo César e Almir; Mozer, Carlos França (Flávio), Pituca e Santos; Carlos Roberto (Gilmar) e Denílson (Edmar). Técnico: Remo.
PONTE PRETA: Adriano, Roberto Silveira (Tiago), Alex, André Santos e André Silva; Roberto (Rodrigão), Fabinho, Mineiro e Dionísio (Clodoaldo); Fabinho e Claudinho. Técnico: Estevam Soares.

O Dom Pedro II deu adeus à Copa do Brasil ao ser goleado no segundo jogo, em Campinas, por 4 x 0.

PONTE PRETA 4 x 0 DOM PEDRO II
Data: 20 de abril de 2000
Local: Moisés Lucarelli, Campinas (SP)
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR)
Gols: Dionísio, 46; Macedo, 52; Tiago Leitão, 62 e Claudinho, 89
PONTE PRETA: Adriano, Zé Carlos, Rodrigo, Alex e André Silva; Roberto (Tiago Leitão), Mineiro, Dionísio (Ezequiel) e Claudinho; Fabiano e Macedo. Técnico: Estevam Soares.
DOM PEDRO II: Osmair, Fabinho, Binha, Luizinho (Flávio) e Almir; Mozer, César Santos, Denilson e Edmar (Santos); Pituca e Carlos Roberto (Gilmar). Técnico: Remo.

2001

A Copa do Brasil de 2001 voltou a ser disputada por 64 clubes. Além dos critérios técnicos dos anos anteriores, sobraram algumas vagas através de convite da CBF. A forma de disputa e o regulamento continuaram iguais a edição anterior. Os clubes brasileiros que disputaram a Libertadores de 2001 (Cruzeiro, Palmeiras, São Caetano e Vasco da Gama), não participaram do torneio.
O DF só teve um representante, o Gama.
Sua estreia aconteceu diante do Palmas, em Tocantins. O Gama teve que superar a desvantagem de contar com um jogador a menos desde os 18 minutos do primeiro tempo, quando o zagueiro Zé Carlos foi expulso. Mesmo assim, ainda teve as melhores oportunidades de marcar, acertando duas vezes a trave.

PALMAS 0 x 0 GAMA
Data: 14 de março de 2001
Local: Nilton Santos, Palmas (TO)
Árbitro: Ramon Rodrigues (GO)
Renda: R$ 1.040,00
Público: 208 pagantes
Expulsão: Zé Carlos, do Gama
PALMAS: Rodrigo, Marcelo Cândido (Arismar), Adeildo, Eugênio e Eudes; Ceará, Cidney (Belziran) e Leandro Matera; Maycon, Licuri e Wesnalton. Técnico: Edson Franklin.
GAMA: Fernando, Paulo Henrique, Nen, Zé Carlos e Carlinhos (Amilton); Deda, Kabila, Cacá e Maninho (Alexandre); Rodriguinho e Rodrigão (Mário Zan). Técnico: Wanderley Paiva.

No jogo de volta, no Bezerrão, apesar dos dois gols marcados, a vitória do Gama sobre o Palmas foi mais suada que o esperado. Em seu quinto jogo no espaço de 11 dias, o tetracampeão brasiliense deu sinais de cansaço contra o Palmas.
No primeiro tempo, mesmo com o domínio dos anfitriões, os visitantes desperdiçaram duas excelentes chances de sair na frente aos 17 e 24 minutos, ambas salvas pelo goleiro Fernando.
Com o ataque improdutivo, o zagueiro Nen resolveu o problema quase sozinho. Roubou a bola no meio-campo, passou para Rodriguinho que cruzou para a cabeçada de Nen, aos 31 minutos: Gama 1 x 0.
O Palmas ainda perdeu outra boa chance aos 35 minutos do 1º tempo. Na segunda etapa, foi a vez do atacante Rodrigão salvar o Gama ao tirar uma bola em cima da linha do gol defendido por Fernando. Depois de perder três boas oportunidades, o Gama chegou ao seu segundo gol, através de Maninho.

GAMA 2 x 0 PALMAS
Data: 21 de março de 2001
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Antônio William Gomes (MG)
Gols: Nen, 31 e Maninho, 81
GAMA: Fernando, Paulo Henrique, Nen, Alexandre e Carlinhos; Deda, Kabila (Jefferson), Cacá (Maninho) e Andradina (Carlos Alberto); Rodriguinho e Rodrigão. Técnico: Wanderley Paiva.
PALMAS: Rodrigo, Marcelo Cândido (Cidney), Adeildo, Eugênio e Eudes; Ceará, Quezado e Leandro Matera; Maycon (Arismar), Licuri e Wesnalton (Belziran). Técnico: Edson Franklin.

O adversário do Gama na Segunda Fase foi a Ponte Preta, de Campinas.
No primeiro jogo, no Moisés Lucarelli, teve um primeiro tempo surpreendente pelo forte equilíbrio em campo. Na estreia do zagueiro tetracampeão mundial Márcio Santos, 31 anos e alguns quilos acima do peso, o Gama apostou no esquema de três zagueiros. Mesmo assim, o Gama foi mais perigoso nos primeiros momentos, graças à velocidade dos contra-ataques. Aos poucos, a Ponte Preta equilibrou as ações, passando a criar as melhores chances de gol. Nos últimos dez minutos, o Gama ainda teve a vantagem de atuar com um jogador a mais, devido à expulsão de Elivélton.

PONTE PRETA 0 x 0 GAMA
Data: 4 de abril de 2001
Local: Moisés Lucarelli, Campinas (SP)
Árbitro: Lourival Dias Lima Filho (BA)
Expulsão: Elivélton, da Ponte Preta
PONTE PRETA: Alexandre Fávaro, Carlos Alexandre, Rodrigo, Ronaldão e Elivélton; Fabinho, Mineiro, Marco Aurélio (Delmer) e Piá; Macedo (Régis) e Washington. Técnico: Nelsinho Baptista.
GAMA: Fernando, Paulo Henrique, Nei Santos, Márcio Santos e Carlinhos; Deda, Nen, Kabila (Jefferson) e Cacá; Rodriguinho (Carlos Alberto) e Rodrigão (Abimael). Técnico: Nestor Simionatto.

Quando chegou ao Gama para disputar o segundo jogo, a Ponte Preta era líder do campeonato paulista. O Gama defenderia uma invencibilidade de 42 jogos sem perder no Bezerrão.
A Ponte Preta se impôs e venceu por 2 x 0, quebrando a longa sequência sem derrotas do Gama no Bezerrão e encerrando a participação do tetracampeão brasiliense na Copa do Brasil.
No início da partida, parecia que a Ponte Preta sentiria a pressão da torcida do Gama. O domínio do Gama, no entanto, durou até os 20 minutos. Depois disso, perdeu o gás. Para piorar, Márcio Santos foi substituído logo aos 16 minutos, alegando cansaço muscular.
O Gama não conseguia mais passar do meio-campo e apelava para os chutões.
Veio o segundo tempo, o Gama começou empolgado, mas não demorou para a Ponte Preta colocar um balde de água fria no ânimo dos jogadores do Gama: aos 11 minutos, marcou seu primeiro gol. Aos 29, numa cobrança de falta, o artilheiro Washington marcou o segundo da Ponte Preta, definindo o marcador em 2 x 0.

GAMA 0 x 2 PONTE PRETA
Data: 11 de abril de 2001
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG)
Renda: R$ 31.175,00
Público: 6.235 pagantes
Gols: Macedo, 59 e Washington, 84
GAMA: Fernando, Paulo Henrique, Nei Santos, Márcio Santos (Robston) (Abimael) e Carlinhos; Deda, Alexandre, Cacá e Jefferson; Rodriguinho e Rodrigão (Jorge Ramos). Técnico: Nestor Simionatto.
PONTE PRETA: Alexandre Fávaro, Carlos Alexandre, Rodrigo, Ronaldão e Luciano Almeida; Fabinho, Mineiro, Dionísio (Adrianinho) e Piá; Macedo (Régis) e Washington. Técnico: Nelsinho Baptista.



domingo, 6 de abril de 2014

O FUTEBOL DO DF NA COPA DO BRASIL - 4ª parte (1995 a 1998)


1995

Nesta edição, foi aumentado o número de participantes. Além dos 26 campeões estaduais e de seis vice-campeões, o torneio ganhou a presença de mais quatro equipes, todas convidadas pela CBF: São Paulo (SP), Flamengo (RJ), Juventude (RS) e Democrata (MG). Assim, com 36 clubes, foi criada uma nova fase, a Preliminar. Nela e na Primeira Fase foram estabelecidos novos critérios de eliminação: o clube visitante que vencesse por três ou mais gols de diferença a primeira partida, estaria classificado automaticamente para a fase seguinte, sem a necessidade de disputar o segundo jogo.
A pressão do SBT, canal de televisão que encampou a competição com o compromisso de valorizá-la, foi decisiva para que a CBF aumentasse o número de participantes. Para dar maior prestígio ao torneio, a emissora praticamente impôs a presença de Flamengo e São Paulo, que pelos critérios anteriores ficariam de fora. Com isso, Democrata e Juventude acabaram pegando uma carona e ganharam a vaga.
O Gama voltou a ser o representante do DF e enfrentou o Flamengo, do Rio de Janeiro. O jogo foi realizado no Estádio Mané Garrincha, reaberto após interdição em dezembro de 1994 do Corpo de Bombeiros. A última partida realizada no estádio foi em 11 de setembro de 1994. O estádio foi parcialmente liberado ao público para esse jogo. Da capacidade total de 66 mil pessoas, o local recebeu 42.748 pagantes, o maior público em jogos da Copa do Brasil em Brasília.
O Gama fez 1 x 0 aos quatro minutos do 1º tempo, depois de uma falha do zagueiro Gelson Baresi (que atuou no lugar do titular Agnaldo, contundido; Gelson nasceu em Brasília). Gilmar lançou para Carlinhos, que fez 1 x 0.
No primeiro tempo o Gama foi superior ao Flamengo. A rigor, o time carioca não teve nenhuma chance real de gol. O lance mais perigoso foi uma cobrança de falta através de Branco, defendida por Márcio.
No segundo tempo, o Flamengo arrumou o meio-de-campo e chegou à vitória em dois minutos. Aos 14 minutos, Mazinho aproveitou-se de uma cobrança de falta e, de cabeça, empatou. Dois minutos depois, Paulo Henrique perdeu a bola para Marquinhos, que marcou o gol da vitória rubro-negra.

GAMA 1 x 2 FLAMENGO
Data: 5 de abril de 1995
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Antônio Pereira da Silva (GO)
Renda: R$ 474.760,00
Público: 42.748 pagantes
Gols: Carlinhos, 4; Mazinho, 59 e Marquinhos, 61
GAMA: Márcio, Chaguinha, Gerson, Márcio Araújo e Paulo Henrique; Mozer, Cléber (Flávio), Pacheco (Marcelo França) e Gilmar; Carlinhos e Romualdo. Técnico: João Leal Neto.
FLAMENGO: Emerson, Fabinho, Gelson, Jorge Luís e Branco; Charles, Válber, Marquinhos e William; Romário (Mazinho) e Sávio. Técnico: Wanderley Luxemburgo.

Sem oferecer nenhuma resistência ao Flamengo, o Gama foi eliminado da Copa do Brasil ao ser derrotado por 3 x 0, no jogo de volta, no Rio de Janeiro.
O jogo foi debaixo de chuva e o grande nome da equipe rubro-negra foi Mazinho, que substituiu Romário, contundido.

FLAMENGO 3 x 0 GAMA
Data: 12 de abril de 1995
Local: Gávea, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: João Paulo Araújo (SP)
Renda: R$ 3.990,00
Público: 534 pagantes
Gols: Mazinho, 7 e 60 e Mauricinho, 74
FLAMENGO: Emerson, Fábio Baiano, Gelson, Jorge Luís (Hebert) e Marcos Adriano; Charles, Marquinhos, Fabinho (Hugo) e William; Mauricinho e Mazinho. Técnico: Wanderley Luxemburgo.
GAMA: Márcio, Chaguinha, Gerson, Marco Aurélio e Paulo Henrique; Mozer, Cléber (Flávio), Pacheco (Neno) e Gilmar; Carlinhos e Romualdo. Técnico: João Leal Neto.

1996

Com a inclusão de Roraima, a Copa do Brasil contou pela primeira vez com a participação de todos os Estados do País. Em 1996, a CBF dobrou o número de convidados, que passou para oito: Atlético Paranaense, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Goiás, Santos, São Paulo e Vasco da Gama, totalizando 40 clubes na disputa. O critério de eliminação nas duas primeiras fases também foi alterado. A partir deste ano, o clube visitante precisava fazer apenas dois gols de diferença na partida de ida para conseguir a classificação.
Com apenas cinco jogadores da equipe que disputou o Campeonato Brasileiro da Série C de 1995, o Gama enfrentou o Bahia na primeira fase da Copa do Brasil de 1996.
Mesmo com os jogadores sentindo a falta de entrosamento, o Gama desperdiçou várias chances de gol no primeiro jogo, no Bezerrão. Quando sofreu o gol, era melhor em campo. Depois, a equipe diminuiu seu rendimento e não conseguiu buscar pelo menos o empate.

GAMA 0 x 1 BAHIA
Data: 14 de fevereiro de 1996
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: José Roberto da Silva (TO)
Renda: R$ 11.990,00
Público: 1.200 pagantes
Gol: Bobô, 31
GAMA: Anderson Roberto, Chaguinha, Jairo, Luiz Carlos (Dimba) e Paulo Henrique; Deda, Fernando, Ismanir (Pacheco) e Gilmar; Carlinhos e Anderson Carvalho. Técnico: Walter Zaparolli.
BAHIA: Jean, Hermes, Valmir, Parreira e Daniel; Lima, Bobô (Suélio), Eduardo e Celinho; Naldinho (Baiano) e Amarildo. Técnico: João Francisco.

Todos no Gama reconheciam a dificuldade que a equipe teria para reverter o resultado fora de casa, em Salvador. E a confirmação da classificação do tricolor baiano aconteceu após mais uma vitória, desta vez por 2 x 1.

BAHIA 2 x 1 GAMA
Data: 28 de fevereiro de 1996
Local: Fonte Nova, Salvador (BA)
Árbitro: Antônio Hora Filho (SE)
Renda: R$ 30.160,00
Público: 3.874 pagantes
Gols: Lima, 69; Bobô, 83 e Anderson Carvalho, 89
Expulsões: Chaguinha, do Gama, e Eduardo, do Bahia
BAHIA: Jean, Jorginho (Mato Grosso), Valmir, Samuel e Misso; Lima, Hermes, Bobô e Eduardo; Naldinho e Jorginho Capixaba (Baiano). Técnico: João Francisco.
GAMA: Anderson Roberto, Chaguinha, Deda, Adriano e Luiz Carlos; Fernando, Ismanir (Dimba), Gilmar (Flávio) e Kabila (Romualdo); Carlinhos e Anderson Carvalho. Técnico: Walter Zaparolli.

1997

Mais uma vez a CBF inflacionou o número de convidados. Nesta edição foram treze (América-MG, Atlético Paranaense, Bahia, Botafogo-RJ, Fortaleza, Fluminense, Internacional, Paysandu, Portuguesa de Desportos, Santa Cruz, Santos, São Paulo e Vila Nova-GO). O número de participantes saltou para 44, mas a forma de disputa não foi alterada. O clube que ganhasse por dois gols de diferença na Fase Preliminar e na Primeira Fase, nos jogos de ida, na casa do adversário, já estaria classificado para a fase seguinte.
Pela primeira vez o Maranhão não teve representante na Copa do Brasil. Como o Bacabal, campeão estadual de 1996, desistiu uma semana antes do início do torneio, a CBF não permitiu que outro clube entrasse em seu lugar. O motivo do abandono foi o de sempre: falta de caixa.
O campeão brasiliense de 1996, o Guará, qualificou-se como representante do DF e resolveu apostar numa equipe com alguns dos melhores jogadores dos clubes do Distrito Federal para enfrentar o Internacional, de Porto Alegre, em sua estreia na Copa do Brasil de 1997.

O zagueiro Lucimar,
hoje conhecido por Lúcio
Entre os jogadores que foram emprestados ao Guará estava um desconhecido zagueiro de nome Lucimar, pertencente ao Planaltina, que mais tarde viria a ser o zagueiro Lúcio, campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002. Além dele, cinco jogadores eram do Gama (Chaguinha, Jairo, Paulo Henrique, Marco Antônio e Gilmar), um do Brasília (o goleiro Anderson) e um do Brazlândia (o atacante Joãozinho). O grupo foi completado com jogadores campeões brasilienses de 1996 e com alguns juniores.
Mas, o que na teoria parecia ser uma boa ideia, na prática foi um vexame. Um time totalmente desentrosado foi impiedosamente goleado pelo elástico marcador de 7 x 0.
No 1º tempo, o clube gaúcho já vencia por 5 x 0.
A goleada sofrida pelo Guará teve um reflexo bem pior do que a eliminação da Copa do Brasil. O prejuízo financeiro que o clube amargou não só com o fracasso de público (apenas 1.853 pagantes) como por não disputar a segunda partida. Da renda de R$ 22.348,00, o Guará só ficou com R$ 3.226,00.

GUARÁ 0 x 7 INTERNACIONAL
Data: 18 de fevereiro de 1997
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Clever Assunção Gonçalves (MG)
Renda: R$ 22.348,00
Público: 1.853 pagantes
Gols: Luiz Gustavo, 19; Washington, 31; Arilson, 34 e 40; Luiz Gustavo, 42; Sandoval, 59 e Christian, 71
GUARÁ: Anderson Roberto, Chaguinha, Lucimar, Jairo e Paulo Henrique (Romero); Marquinhos, Marco Antônio, Gilmar e Júlio César; Luís Fábio (Fábio Gaúcho) e Joãozinho (Alysson). Técnico: Déo de Carvalho.
INTERNACIONAL: André, Gustavo, Gamarra, Régis e Paulo Roberto; Fernando, Enciso, Arilson (Marcelo) e Luiz Gustavo; Fabiano (Sandoval) e Washington (Christian). Técnico: Celso Roth.

1998

A Copa do Brasil de 1998 foi disputada por 42 equipes, sendo 27 campeões estaduais, cinco vices das federações que obtiveram maior público pagante em 1997 na Copa do Brasil, nas Séries A, B e C do Brasileirão e nos torneios estaduais de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, além de dez convidados pela CBF (América-MG, América-RN, Bahia, Flamengo-RJ, Fluminense-RJ, Palmeiras, Santos, Vila Nova-GO e Villa Nova-MG). Na Fase Preliminar e na Primeira Fase, caso a equipe visitante vencesse o primeiro jogo por dois ou mais gols de diferença, na casa do adversário, estaria classificada para a fase seguinte sem necessidade da realização da partida de volta.
Assim como em 1995, o Gama enfrentou o Flamengo e foi eliminado em sua primeira participação, pelo critério acima citado.
O início do jogo foi a todo vapor. Os dois times imprimiram muita velocidade e, apesar de ser inferior tecnicamente, o Gama não se intimidou. O Flamengo encontrava uma certa dificuldade em furar o bloqueio armado pelo Gama.
Aos 34 minutos, depois de um belo passe de Palhinha, Romário marcou o primeiro gol do jogo. Pouco antes de ser encerrado o 1º tempo, Lê marcou o segundo gol do Flamengo.
No segundo tempo, as equipes mantiveram o mesmo ritmo. Aos sete minutos, Romário voltou a marcar, depois de receber outro passe de Palhinha.
O Gama não se acovardou e aos 19 minutos diminuiu, através de Ézio, que chutou depois de receber de Adriano, em cobrança de falta ensaiada.
Aos 27, o Gama voltou a marcar. Maninho bateu falta na entrada da área e Romualdo escorou de cabeça. Dois minutos depois, o sonho do Gama foi por água abaixo. Palhinha concluiu, depois do cruzamento de Zé Roberto, pela direita, marcando o quarto gol do Flamengo.
Esse resultado eliminou o Gama da competição.

GAMA 2 x 4 FLAMENGO
Data: 17 de fevereiro de 1998
Local: Mané Garrincha, Brasília (DF)
Árbitro: Edilson Pereira de Carvalho (SP)
Renda: R$ 45.010,00
Público: 3.878 pagantes
Gols: Romário, 34; Lê, 45; Romário, 52; Ézio, 64; Romualdo, 72 e Palhinha, 74
GAMA: Roger, Paulo Henrique, Adriano, Gerson e Rochinha; Alexandre, Ézio, Maninho e Gilmar (Santos); Marquinhos (Paulo Sérgio) e Romualdo. Técnico: Paulo Roberto dos Santos.
FLAMENGO: Clemer, Alberto (Leandro), Juan, Fabiano e Leonardo Inácio; Jorginho, Bruno Quadros (Jamir), Zé Roberto e Palhinha (Iranildo); Romário e Lê. Técnico: Paulo Autuori.



sexta-feira, 4 de abril de 2014

O FUTEBOL DO DF NA COPA DO BRASIL - 3ª parte (1992 a 1994)


Por três anos consecutivos (1992 a 1994) o tricampeão brasiliense Taguatinga tentou passar para a Segunda Fase. Não conseguiu em nenhum deles.
Nas três oportunidades enfrentou times do Nordeste: Fortaleza em 1992, Sport Recife em 1993 e Bahia em 1994.

1992

Com a inclusão de mais dois Estados, Amapá e Rondônia, o regulamento da Copa do Brasil de 1992 sofreu uma mudança: participaram os 25 campeões estaduais e mais sete vice-campeões dos Estados de Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
O Taguatinga foi o representante do DF, pela segunda vez (havia sido em 1990).
O adversário do Taguatinga foi o campeão cearense de 1991 e campeão do primeiro turno da temporada de 1992, o Fortaleza, que tinha como seus jogadores mais conhecidos Argeu, ex-Vasco da Gama, e Nando, ex-Sport Recife e Grêmio. E foi justamente este último que marcou o único gol do jogo, aos sete minutos do 2º tempo.

FORTALEZA 1 x 0 TAGUATINGA
Data: 15 de julho de 1992
Local: Presidente Vargas, Fortaleza (CE)
Árbitro: Alberto Batista de Carvalho (RN)
Expulsão: Edmilson, do Taguatinga
Gol: Nando, 52
TAGUATINGA: Dalmir, Junior, Zinha, Paulão e Régis; Júlio César, Marco Antônio e Lima (Edmilson); Rogerinho (Dias), Joãozinho e Serginho. Técnico: Mozair Barbosa.
FORTALEZA: Jorge Pinheiro, Eduardo, Adriano Cearense, Argeu e Osmanir; Alberto, Fernando (Valdir), Eliezer e Maradona; Nando e Tangerina. Técnico: Pedro Basílio Filho.

Para continuar no torneio o Taguatinga precisava vencer o jogo de volta, no Serejão, por mais de um gol de diferença.
O Taguatinga esteve bem melhor durante toda a partida e chegou a perder vários gols no 1º tempo. O Fortaleza, jogando retrancado, para segurar o empate, só teve uma grande chance de marcar gol, com Eliezer chutando na trave, quase ao final do 2º tempo.
O gol da vitória do Taguatinga surgiu aos 43 minutos do 2º tempo, através de Dias.
Foi necessária, então, a decisão por cobrança de pênaltis. A primeira série terminou 3 x 3. Serginho e Joãozinho deixaram de converter para o Taguatinga, enquanto Nando e Argeu perderam para o Fortaleza.
Os goleiros Claudecir e Edilson Barriga pegaram uma penalidade cada um. Marcaram para o Taguatinga Júlio César, Marco Antônio e Dias. O Fortaleza assinalou seus gols com Eduardo, Adriano e Osmar. Na série alternada, Zinha chutou para fora, enquanto Alberto, capitão do Fortaleza, marcou o gol da classificação do tricolor cearense.

TAGUATINGA 1 x 0 FORTALEZA
Data: 18 de agosto de 1992
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Dario Souza Campos (GO)
Renda: Cr$ 8.270.000,00
Público: 826 pagantes
Gols: Dias, 88
Decisão nos pênaltis: Fortaleza 4 x 3 Taguatinga. Expulsões: Valdir e Eliezer, do Fortaleza, e Régis, do Taguatinga.
TAGUATINGA: Edilson Barriga, Márcio Franco, Zinha, Jânio e Régis; Paulo Lima (Marco Antônio), Júlio César e Rogerinho (Lima); Dias, Joãozinho e Serginho. Técnico: Eurípedes Bueno.
FORTALEZA: Claudecir, Eduardo, Adriano Cearense, Argeu e Carlinhos; Alberto, China e Maradona (Eliezer); Valdir, Nando e Osmar. Técnico: Lúcio Flávio F. Cruz.

1993

O bicampeão pernambucano Sport Recife foi o adversário do Taguatinga na Copa do Brasil de 1993, que não teve novidades na quantidade de participantes (32).
O rubro-negro de Pernambuco não encontrou dificuldades para passar de fase, vencendo os dois encontros, o primeiro deles em Taguatinga, ambos por goleada.
O técnico do Taguatinga, Heitor de Oliveira, assumiu o comando da equipe uma semana antes e não teve tempo para trabalhar. Além disso, havia perdido seu artilheiro Joãozinho, que foi para o Itumbiara, de Goiás.
O destaque do jogo foi o atacante Hélio, do Sport Recife, autor de três gols.

TAGUATINGA 1 x 4 SPORT RECIFE
Data: 5 de março de 1993
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Vilmar Aires de Oliveira
Gols: Hélio, 15; Bizu, 34; Hélio, 48; Vital, 60 e Hélio, 84
TAGUATINGA: Marco Antônio, Márcio Franco, Zinha, Gilson e Eron (Jânio); Vital, Júlio César, Marquinhos e Pacheco; Palhinha e Dias. Técnico: Heitor de Oliveira.
SPORT RECIFE: Ivan, Betão (Lalo), Chico Monte Alegre, Lima e Gilton; Luís Almeida, Gilberto Gaúcho, Dário e Hélio; Bizu e Moura (Gilsinho). Técnico: Edson Freitas.

Com uma grande desvantagem em relação ao saldo de gols, o Taguatinga desembarcou em Recife, para enfrentar o Sport Recife, com um pensamento: tentar dificultar as coisas para o rubro-negro pernambucano.
Apenas no 1º tempo o Taguatinga suportou a pressão do Sport Recife, que dominou o jogo inteiramente após o primeiro gol.
Com outra goleada, o Taguatinga despediu-se melancolicamente da Copa do Brasil, levando sete gols e marcando apenas um em dois jogos.

SPORT RECIFE 3 x 0 TAGUATINGA
Data: 12 de março de 1993
Local: Ilha do Retiro, Recife (PE)
Árbitro: Josival Pedro do Nascimento (AL)
Gols: Dinda, 33 e Hélio, 76 e 78 
TAGUATINGA: Marco Antônio, Márcio Franco, Edmilson, Zinha e Eron; Gílson, Julinho, Marquinhos e Pacheco (Tuta); Palhinha e Dias. Técnico: Eurípedes Bueno.
SPORT RECIFE: Ivan, Betão, Lima, Chico Monte Alegre e Luís Almeida (Lalo); Dário, Dinda, Erasmo (Neco) e Hélio; Zinho e Bizu. Técnico: Edson Freitas.

1994

A Copa do Brasil de 1994 passou a ter a presença de mais um Estado, o Tocantins. Com isso, a competição daquele ano reuniu os 26 campeões estaduais e seis vice-campeões dos Estados da Bahia, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Pelo terceiro ano consecutivo, o representante do futebol do DF foi o Taguatinga.
E novamente não realizou uma boa campanha, perdendo seus dois jogos para o Bahia.
Para estes dois jogos o Bahia atuou desfalcado de sua maior estrela: o goleiro uruguaio Rodolfo Rodrigues, que estava contundido. Outro destaque do tricolor baiano era o veterano meio-de-campo Arturzinho.
O Bahia não precisou se esforçar muito para vencer por 2 x 0. Bastaram dois contra-ataques certeiros, ambos concluídos pelo centro-avante Marcelo Ramos, para caírem por terra as esperanças do Taguatinga de levar uma vantagem para o segundo jogo, em Salvador.

TAGUATINGA 0 x 2 BAHIA
Data: 15 de março de 1994
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Antônio Vidal da Silva (GO)
Gols: Marcelo Ramos, 42 e 79
TAGUATINGA: Dalmir, Márcio Franco, Paulo Lima, Paulinho e Zinha; Vantuildes, Dorival (Vital), Michael e Marquinhos (Oberdan); Flávio e Marcos Alberto. Técnico: Déo de Carvalho.
BAHIA: Jean, Mailson, Missinho, Augusto e Romero; Souza, Eduardo (Naldinho), Uéslei e Arturzinho (Wanderley); Zé Roberto e Marcelo Ramos. Técnico: Arthur Bernardes.

Como era de se esperar, o Taguatinga não conseguiu reverter a grande vantagem do Bahia e foi eliminado da Copa do Brasil de 1992.
Chegou a empatar o jogo, mas não conseguiu os gols que necessitava para seguir adiante na competição.

BAHIA 2 x 1 TAGUATINGA
Data: 27 de março de 1994
Local: Fonte Nova, Salvador (BA)
Árbitro: Marlon Reinaldson Nascimento (AL)
Gols: Zé Roberto, 19; Marcos Alberto, 30 e Zé Roberto,48
TAGUATINGA: Dalmir, Márcio Franco, Paulo Lima, Paulinho e Zinha; Adelmo, Oberdan, Marquinhos e Michael (Nildo); Marcos Alberto e Flávio (Arruda). Técnico: Déo de Carvalho.
BAHIA: Washington, Mailson, Ronald, Augusto e Missinho; Romero (Nilmar), Wanderley, Uéslei e Marcelo Ramos; Zé Roberto (Reinaldo Aleluia) e Naldinho. Técnico: Arthur Bernardes.



quarta-feira, 2 de abril de 2014

O FUTEBOL DO DF NA COPA DO BRASIL – 2ª Parte (1990 e 1991)


1990

A novidade da Copa do Brasil de 1990 foi a participação do representante do Acre. Com isso o regulamento sofreu a primeira mudança. Participaram desta edição 23 campeões estaduais e 9 vice-campeões dos Estados com melhor média de público (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo).
Todos os jogos das cinco fases foram disputados no sistema de ida e volta.
O Taguatinga, campeão de 1989, foi o representante do futebol do DF na Copa do Brasil de 1990 e realizou campanha semelhante do Tiradentes em 1989.
Seu primeiro jogo aconteceu diante do Vitória, bicampeão baiano (1989/1990), com o primeiro jogo sendo realizado em Taguatinga.
O Taguatinga venceu por 1 x 0, com um gol de Edmilson, aos 33 minutos do segundo tempo.

TAGUATINGA 1 x 0 VITÓRIA
Data: 22 de junho de 1990
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Antero Borges de Lima (GO)
Renda: Cr$ 36.000,00
Público: 493 pagantes
Gols: Edmilson, 78
TAGUATINGA: Déo, Chiquinho, Paulão, Zinha e Pacheco; Dorival, Da Silva, Edmilson e Rogerinho (Luiz Carlos); Tuta (Gomes) e Joãozinho. Técnico: Mozair Barbosa.
VITÓRIA: Borges, Jairo, Édson Santos, Missinho e Silva (Beto); Toby, Belmonte, Reinaldo (Dema) e André Carpes; Paulinho e Iedo. Técnico: Carlos Gainete.

Muita gente considerava uma tarefa fácil o Vitória reverter a magra vantagem obtida pelo Taguatinga no primeiro jogo.
Mas não foi isso que aconteceu e o Taguatinga surpreendeu ao derrotar o rubro-negro baiano, novamente por 1 x 0, com um gol de Tuta, aos 43 minutos do segundo tempo.

VITÓRIA 0 x 1 TAGUATINGA
Data: 27 de junho de 1990
Local: Estádio Waldeck Ornelas, Camaçari (BA)
Árbitro: Carlos Alberto Muniz Valente (ES)
Renda: Cr$ 138.000,00
Público: 690 pagantes
Gols: Tuta, 88
TAGUATINGA: Déo, Chiquinho, Zinha (Jânio), Paulão e Luiz Carlos; Dorival, Edmilson (Marquinhos), Da Silva e Joãozinho; Gomes e Tuta. Técnico: Mozair Barbosa.
VITÓRIA: Borges, Jairo, Missinho, Édson Santos e Silva; Reginaldo, Toby (Dema), André Carpes e Hugo; Paulinho e Iedo. Técnico: Carlos Gainete.

O adversário da Segunda Fase foi o Flamengo, do Rio de Janeiro. Depois de ser derrotado por 2 x 0 no primeiro jogo e empatar de 1 x 1 no segundo, o Taguatinga foi eliminado da competição. O Flamengo acabaria vencendo a Copa do Brasil de 1990, de forma invicta.

Sem encontrar dificuldades no primeiro jogo, o Flamengo pressionou o Taguatinga desde o começo, teve um pênalti desperdiçado por Gaúcho – chutou para fora, aos 24 minutos -, mas finalmente marcou seu gol aos 42 minutos, com Leonardo completando centro de Alcindo.
Veio o segundo tempo, o time do Flamengo subiu de produção, criou várias oportunidades, mas perdeu quase todas. A exceção aconteceu aos oito minutos. Alcindo bateu escanteio e Gaúcho antecipou-se ao zagueiro, desviando de cabeça para o gol.

FLAMENGO 2 x 0 TAGUATINGA
Data: 10 de julho de 1990
Local: Gávea, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: César Zanfrancheschi (GO)
Renda: Cr$ 352.200,00
Público: 1.761 pagantes
Gols: Leonardo, 42 e Gaúcho, 53
FLAMENGO: Neneca, Zanata, Vítor Hugo, Fernando e Leonardo; Uidemar, Zinho, Ailton e Djalminha (Marcelinho Carioca); Alcindo e Gaúcho. Técnico: Jair Pereira.
TAGUATINGA: Déo, Chiquinho, Zinha (Jânio), Paulão e Luiz Carlos; Dorival, Da Silva (Pacheco), Edmilson e Gomes; Tuta e Joãozinho. Técnico: Mozair Barbosa.

Apesar do estádio lotado, o segundo jogo não correspondeu às expectativas e não teve grandes emoções, principalmente no primeiro tempo, quando os dois goleiros não fizeram sequer uma defesa.
Os gols aconteceram no final do segundo tempo. O Flamengo marcou primeiro, através de Leonardo, que aos 34 minutos aproveitou uma bola lançada na área por Zinho e completou após rebote da defesa do Taguatinga.
O gol do Taguatinga ocorreu aos 43 minutos, quando o zagueiro Chiquinho cabeceou depois do escanteio cobrado pelo meio-campo Dorival.

TAGUATINGA 1 x 1 FLAMENGO
Data: 15 de julho de 1990
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Antônio Pereira da Silva (GO)
Renda: Cr$ 2.927.300,00
Público: 9.721 pagantes
Gols: Leonardo, 79 e Chiquinho, 88
TAGUATINGA: Déo, Chiquinho, Jânio, Paulão e Luiz Carlos; Dorival, Joãozinho, Rogerinho (Marco Antônio) e Rogerinho (Carlinhos); Gomes e Tuta. Técnico: Mozair Barbosa.
FLAMENGO: Neneca, Zanata, Fernando, Vítor Hugo e Leonardo; Uidemar, Ailton e Zinho; Renato Gaúcho, Gaúcho e Alcindo. Técnico: Jair Pereira.

1991


Não houve alteração no regulamento da Copa do Brasil de 1991. Novamente tomaram parte os 23 campeões estaduais e mais os 9 vice-campeões dos estaduais com maior arrecadação.
Foi pífia a primeira participação do Gama, campeão brasiliense de 1990, na Copa do Brasil. Nos dois jogos contra o Sport Recife, sofreu duas derrotas, não marcando um gol sequer.
A campanha do Gama só não foi pior do que a do Caiçara, do Piauí, que sofreu uma impiedosa goleada de 11 x 0 diante do Atlético Mineiro, a maior em toda a história da competição.

GAMA 0 x 1 SPORT RECIFE
Data: 21 de fevereiro de 1991
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Wilson Carlos dos Santos (RJ)
Expulsão: Lopes, do Sport Recife.
Gols: Hélio, 27
GAMA: Marco Antônio, Claudinho, Chaguinha, Gilmar e Hélvio; Cláudio, Augusto, Osvaldo (Zuza) e Kito; Zoca (Jefferson) e Evandro. Técnico: Paulo Roberto Simões.
SPORT RECIFE: Paulo Victor, Givaldo, Aílton, Assis e Lopes; Agnaldo, Ataíde, Neco e Tato (Alencar); Marcus Vinícius e Hélio (Mirandinha). Técnico: Roberto Brida.

SPORT RECIFE 3 x 0 GAMA
Data: 28 de fevereiro de 1991
Local: Ilha do Retiro, Recife (PE)
Árbitro: Josival Pedro do Nascimento (AL)
Gols:  Neco, 17; Marquinhos Capixaba, 22 e Ailton, 66
Expulsão: Claudinho (Gama).
SPORT RECIFE: Paulo Victor, Marquinhos Capixaba, Aílton, Assis e Gilmar Fontana; Agnaldo, Ataíde, Neco (Mirandinha) e Alencar (Sérgio Alves); Tato e Hélio. Técnico: Roberto Brida.
GAMA: Marco Antônio, Claudinho, Chaguinha, Cláudio e Gilmar; Hélvio, Augusto, Kito (Cleiton) e Osvaldo; Zoca (Eudes) e Evandro. Técnico: Paulo Roberto Simões.

REGISTRO

Revelado no futebol brasiliense, Paulo Victor foi o goleiro do rubro-negro pernambucano.