domingo, 23 de agosto de 2015

A HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS CIDADES SATÉLITES: Planaltina - 5ª parte - Personagens do Futebol de Planaltina


Epaminondas Lopes Trindade, ou Santos, para os mais íntimos, nasceu em Paracatu (MG), no dia 22 de outubro de 1920. Era daquele tipo de pessoa que gostava de brincar com todo mundo, que estava sempre de bem com a vida.
Fundador e primeiro Presidente do Planaltina Esporte Clube, falava das muitas alegrias que experimentou enquanto esteve na presidência. Sua grande mágoa sempre foi a venda da sede do clube, em 1990.
Epaminondas Lopes Trindade foi um dos autores da ideia de profissionalização do Planaltina E. C., depois deste disputar dois campeonatos amadores da FMF e tendo conquistado o vice-campeonato de 1984 e 16 títulos da liga planaltinense.
Mesmo afastado do clube desde 1983 (foram quatro mandatos), Santos guardava com carinho a primeira ata, alguns papéis da época da fundação do Planaltina, a carteirinha de sócio-fundador nº 1 e a placa recebida do governador Christovam Buarque, em 1996, pelos serviços prestados ao esporte.
Depois que se mudou para Planaltina de Goiás, Santos se limitava a acompanhar de longe o que acontecia no ex-clube. Continuou recebendo convites para voltar à Presidência, mas não aceitou.
Afastado do futebol, se dedicava aos oito filhos, 21 netos e três bisnetos. Morando numa casa em Planaltina de Goiás, de vez em quando dava uma fugidinha para a chácara que tinha próxima à cidade.
Seu sustento era garantido com a aposentadoria de funcionário público (trabalhava na Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, exercendo o cargo de Técnico em Planejamento, Gestão e Infraestrutura) e com o trabalho esporádico como Advogado.
Além de funcionário público e advogado, Epaminondas Lopes Trindade foi professor, músico da Banda Jazz União Planaltinense (criada em 1942), vereador e vice-prefeito da cidade.

ZÉ DO NORTE

José Olinto Ferreira, o Zé do Norte, nasceu em 4 de dezembro de 1949, na cidade de Itaporanga, Paraíba.
É remanescente dos primeiros chutes em Brasília, quando Adelino Avelino Gonçalves estava arrumando as divisões inferiores do Clube de Regatas Guará, em 1960.
Ele começou no futebol de Brasília como volante do Guará, por quem foi campeão infantil, juvenil e aspirante.
Em 1967, mudou-se para Planaltina, passou a dedicar-se ao futebol amador da cidade, até ir para o Rio de Janeiro, em 1968, para servir o Exército.
Mesmo assim, não ficou longe da bola, passando a fazer parte dos juvenis da Portuguesa.
Em 1970 esteve no América, de São José do Rio Preto, onde ficou oito meses, e foi campeão paulista da Segunda Divisão.
Teve, ainda, passagens pela Votuporanguense, Mirassol e América, de Belo Horizonte (MG).
De volta ao Planalto Central, defendeu o Grêmio, o Serviço Social (1972), o Colombo e o Ceub, onde jogou como ponta-esquerda, a pedido de João Avelino, que percebeu a sua facilidade em chutar com os dois pés.
Como “cartola” a vida começou no Planaltina Esporte Clube, a convite de Hélio Ricci e que lhe fez treinador da equipe que disputou o campeonato amador da FMF de 1985.
Daqui em diante, Zé do Norte passou a ser uma espécie de “faz tudo”, ora era técnico, ora diretor, ora supervisor, sempre dependendo o momento político vivido pelo Planaltina.
Zé do Norte, Epaminondas Lopes Trindade e Hélio Ricci foram os autores da ideia de profissionalização do Planaltina E. C., depois deste disputar dois campeonatos amadores da FMF e tendo conquistado o vice-campeonato de 1984 e 16 títulos da liga planaltinense.
O Planaltina estreou no profissionalismo dirigido por Zé do Norte. Mesmo sofrendo uma tremenda goleada em sua estreia, a equipe do Planaltina ficou com a quarta colocação.
Zé do Norte também foi um dos fundadores, em 1976, do Pupilos, que nasceu liderado por Ildefonso de Paula, o responsável pelos juvenis, enquanto Zé do Norte tomava conta dos dentes-de-leite.
Quando o Pupilos decidiu formar uma equipe de adultos, Zé do Norte foi o treinador.
Disputou os campeonatos adultos de Planaltina de 1976 a 1978 e foi campeão em 1977 e 1978. Em 1979 foi o último ano como amador em Planaltina, terminando o campeonato como vice-campeão. Depois mudou o nome para Sociedade Esportiva Comercial, profissionalizou-se e disputou os campeonatos brasilienses de 1980 e 1981, quando ficou em quarto lugar em ambos. Zé do Norte foi o primeiro presidente do clube, que logo depois passou a ser Planaltinense e depois para Comercial Country Clube.

BIRA DE OLIVEIRA

Oitavo filho do casal Raimundo Rodrigues Sobrinho e Maria Ildacir Rodrigues de Oliveira, Francisco Ubiraci Rodrigues de Oliveira, o Bira de Oliveira, nasceu em Jaguaretama (CE), no dia 8 de setembro de 1964.
Saiu de Jaguaretama em 1971, com destino ao Estado do Paraná. Morou seis anos lá, até a família se mudar para Planaltina, aonde reside atualmente.
O começo no futebol foi no ano de 1978, na posição de goleiro pelo time de juniores do Tiradentes, de Planaltina (DF). Nesse mesmo ano foi campeão da liga local.
Depois passou para as categorias de base do Planaltina. Sua última participação como goleiro do Planaltina foi em 1986. No ano seguinte sofreu uma lesão, encerrando a carreira de jogador. Sem abrir mão do esporte, começou a estudar e se formou em Educação Física, tornando-se depois treinador de futebol.
Na nova profissão ganhou o troféu “Mané Garrincha” como treinador mais novo do Brasil, em 1992.
Em 1993 levou o Planaltina às finais do campeonato brasiliense contra o Gama.
Em 1999 treinou o Taguatinga, no 1º semestre, na Primeira Divisão, e o Comercial, no 2º semestre, na Segunda Divisão.
Em 2001 foi treinador do Planaltinense na Segunda Divisão.
Substituiu Wellington Fajardo no comando do Sobradinho em 2002.
Em 2006, foi treinador do Gama.
Mas o que mais lhe envaidece foi ter descoberto e lançado para o mundo do futebol o zagueiro Lúcio. Também revelou vários outros jogadores, entre eles Dimba (que passou por vários clubes do Brasil), Sandro (ex-Internacional, de Porto Alegre, e atualmente no Tottenham Hotspur, da Inglaterra) e Renaldo (que também passou por vários clubes do Brasil e por último jogou nos Estados Unidos).
Hoje em dia Bira tem uma escolinha de futebol, aonde treina jovens de 7 a 17 anos, e sempre aconselha "o melhor meio é estudar".
Em 1º de maio de 2014 recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília, concedido pelo Decreto Legislativo nº 2.008.

ZÉ VASCO


José Joaquim da Rosa, mais conhecido por Zé Vasco, bem que tentou ser jogador de futebol. Mas aí veio um carrinho, depois a perna quebrada e a cicatriz no tornozelo direito que ele exibe até hoje.
Há mais de 32 anos Zé Vasco insiste em cumprir o destino nos três campos de terra vermelha batida atrás do Estádio Adonir Guimarães. De terça a quinta-feira ele recebe cerca de 200 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos para passar os fundamentos do esporte que ele tanto ama.
Por muitos anos sem ter nenhum clube profissional na cidade, o destaque passou a ser a escolinha de futebol Planaltina Atlético Clube, criada por Zé Vasco e Albion Soares, que há mais de 32 anos se destaca com suas divisões de base e revelando novos atletas.
Zé Vasco tem uma sala onde guarda fotografias, troféus e diversos brindes conquistados pelos seus atletas. Amo o que faz e tem muito orgulho, pois através de seu esforço conseguiu revelar grandes craques.
Para manter a fama de celeiro de craques, mostrando o potencial dos jogadores da região, a escolinha tem procurado melhorar a estrutura e a filosofia de trabalho para aprimorar as categorias de base e conseguir revelar para o mundo da bola ainda mais atletas.

HÉLIO RICCI LOPES

Nasceu na cidade de Poços de Caldas (MG), no dia 24 de abril de 1941.
Um dos autores, juntamente com Zé do Norte e Epaminondas Lopes Trindade, da ideia de profissionalização do Planaltina E. C., depois deste disputar dois campeonatos amadores da FMF e tendo conquistado o vice-campeonato de 1984 e 16 títulos da liga planaltinense.


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS CIDADES SATÉLITES: Planaltina - 3ª parte - O futebol profissional


De 1976 (ano da definitiva implantação do profissionalismo no futebol do Distrito Federal) a 2015, a cidade de Planaltina só teve três clubes participando do campeonato dessa categoria: Planaltina Esporte Clube, Sociedade Esportiva Comercial e Planaltinense Esporte Clube, este apenas na Segunda Divisão.
A seguir, um pequeno histórico dessas três agremiações.

PLANALTINA ESPORTE CLUBE

O Planaltina Esporte Clube foi fundado em 30 de maio de 1963 quando 33 desportistas se reuniram na residência de Epaminondas Lopes Trindade, na rua Hugo Lobo, em Planaltina (DF).
O nome do novo clube foi sugestão do professor Rogaciano Bragança, após a apresentação de vários nomes.
A primeira diretoria eleita foi assim composta: Presidentes de Honra – Rogaciano Bragança, Luiz Gonzaga Salgado e Elísio Vaz; Presidente – Epaminondas Lopes Trindade; Vice-Presidente – Bunny Gustavo Persijn; 1º Secretário – Wilson Brasil Guimarães; 2º Secretário – Adail Ribeiro de Souza; 1º Tesoureiro – Joaquim Marques de Brito e 2º Tesoureiro – Izanei Jardim Lopes. Conselho Fiscal: Luiz Jaime Dantas, Sizelmo Souza Silveira e Joaquim Vieira (membros efetivos) e Sebastião José Pereira, Aécio Silva Campos e José David Lopes Vaz (suplentes).
Também ficou decidido na reunião as cores oficiais do novo clube, que passaram a ser vermelha e branca.
Os primeiros anos de existência do Planaltina, como de vários outros clubes do Distrito Federal, foram de muitas dificuldades financeiras.
A situação só melhorou um pouco a partir de 1967, quando o Aeroclube da cidade, que havia perdido a licença para funcionar, resolveu doar o terreno de 427 m², incluindo o galpão. O clube ganhava, assim, sua sede. O galpão virou logo fonte de renda, pois a diretoria passou a promover bailes, rifas e bingos. Mesmo assim, o dinheiro era insuficiente.
Continuou no amadorismo por muitos anos. Em 1982, resolveu disputar o campeonato oficial de amadores promovido pela Federação Metropolitana de Futebol, realizando boa campanha e ficando entre os dez primeiros colocados (vinte clubes disputaram).
No ano seguinte, 1983, foi sexto (entre 16 clubes) no 1º turno e 5º no Grupo A no 2º. Neste mesmo ano, o ano ficou mais complicado para o Planaltina depois que Epaminondas Lopes Trindade deixou a presidência.
Em 1984, o Planaltina venceu o 1º turno do campeonato de amadores e decidiu o campeonato contra o Pratão (campeão do 2º) e Copobol (clube com maior número de pontos nos dois turnos). Ficou com o vice-campeonato, depois de perder a final para o Pratão.
Julgando que tinha uma boa estrutura e se aproveitando do fato de já existir o estádio Adonir Guimarães na cidade, a diretoria do Planaltina resolveu encarar o futebol profissional em 1985.
Porém, sua campanha e sua estreia provaram justamente o contrário.
Sua estreia foi um vexame: no dia 7 de julho de 1985, em pleno Adonir Guimarães, foi impiedosamente goleado pelo Sobradinho, por 10 x 0.
Foi o último colocado entre os oito clubes que participaram do campeonato. Dos 21 jogos que disputou, venceu apenas três e sofreu treze derrotas. Foi a pior defesa do campeonato (52 gols sofridos) e seu ataque marcou apenas 15 gols (pouco mais de meio gol por jogo).
Mesmo assim, continuou disputando o campeonato de profissionais até 1998, sempre conseguindo classificações intermediárias, geralmente acima do quinto lugar. Suas melhores participações foram quatro quartos lugares nos anos de 1991, 1993, 1995 e 1997.

Planaltina 1993
A única vez que o Planaltina pôde comemorar um título de campeão brasiliense foi em 1993, na categoria de juniores.
Também nesta década de 90, mais precisamente em 1990, o então presidente José Olinto Ferreira resolveu vender a sede do clube, alegando que, com o dinheiro, compraria um terreno maior para construir uma nova sede. O negócio foi fechado por 380 mil cruzados novos, divididos em duas parcelas.
Acontece que houve um erro na escritura, na qual a medida do terreno não conferia com o especificado na Administração Regional. Resultado: até que o problema fosse resolvido se passaram 60 dias.
Atraso na papelada, atraso no pagamento. Quando a segunda parcela finalmente foi quitada, o dinheiro já tinha se desvalorizado (época de inflação alta) e não dava mais para comprar o terreno pretendido. Com isso, o dirigente resolveu empregar o dinheiro na compra de material esportivo para o clube.
Em 1995 aconteceu a ú
nica participação do Planaltina em uma competição de âmbito nacional. Naquele ano, disputou a Terceira Divisão. Fez parte de um grupo com Gama, do DF, e os goianos Caldas e Itumbiara.
Nos seis jogos que disputou, venceu apenas um (3 x 1 sobre o Caldas), empatou três e perdeu dois. Não se classificou para a fase seguinte.
Formou, basicamente, com Capucho, Viana (Avelino), Joel, Tita e Zé Carlos (Edinho); Edicarlos (Elton), Serginho e Filó; Gil, Toni (Ernesto) e Bazé. O técnico foi Bira de Oliveira.
Poucos dias antes de estrear na competição, venceu o Atlético Mineiro em um amistoso realizado no Estádio Adonir Guimarães. Foi no dia 13 de agosto de 1995, com o placar apontando Planaltina 3 x 2 Atlético Mineiro. Os gols foram marcados nesta ordem: Paulão, 2; Canela, 43; Edicarlos, 72; Bazé, 74 e 88.
Formou o Planaltina com Capucho (Neneca), Avelino (Viana), Joel, Tita e Edinho (Marquinhos); Edicarlos, Serginho, Bazé e Zé Carlos (Adilson); Gil e Toni, (Zequinha). Técnico: Bira de Oliveira. O Atlético Mineiro foi derrotado com Adilson, Alcir, Paulão (Ademir), Ronaldo Guiaro e Dinho; Éder Lopes (Evandro), Cairo (Carlos) e Canela (Edgar); Euller, Ézio e Cleiton (Leandro Tavares). Técnico: Gaúcho.
Depois de ser o 7º colocado em 1996 (entre 14 participantes) e quarto em 1997 (entre 10), o Planaltina f
oi o último colocado em 1998, quando foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense.
Em 1999 foi o quarto colocado entre os seis clubes que disputaram a Segunda Divisão, não conseguindo retornar à Primeira. Nunca mais o time voltou a disputar o campeonato de futebol do Distrito Federal.

SOCIEDADE ESPORTIVA COMERCIAL

No dia 28 de novembro de 1976, na Quadra 3, Conjunto F, Lote 41, em Planaltina (DF), reuniram-se alguns moradores desta cidade para fundar um clube esportivo.
Surgiu assim a Sociedade Esportiva Comercial, que teve a primeira diretoria composta da seguinte forma: Presidente: João Alves do Nascimento, Vice-Presidente: José de Ribamar Neves, Diretor-Secretário: Mário César de Souza Castro, Secretário-Adjunto: Luiz Soares Silva, Diretor de Esportes: Benedito de Souza, Supervisor de Esportes: Wadileno Hamú, Diretor do Departamento Jurídico: José Rios Filho, Diretor de Relações Públicas: Paulo Sady Barbosa, Diretor Social: Antônio Leite Pedrosa, Diretor Financeiro: José Eustáquio Ferreira, Diretor de Patrimônio: Gaspar Dutra e Diretor Administrativo: Newton Gonçalves das Neves.
As cores oficiais do novo clube eram azul celeste, amarela e branca.
Os uniformes eram assim compostos: número 1 – camisa azul celeste com mangas e colarinho em branco, calção branco e meias azuis; número 2 – camisa branca com mangas e colarinho em azul celeste, calção azul celeste e meias brancas.
Somente em 20 de janeiro de 1977 a Sociedade Esportiva Comercial solicitou aprovação do estatuto para participar de competições amadoras de futebol.
Para manter o elenco em forma, o Comercial disputou alguns amistosos, sendo o primeiro em 27 de fevereiro de 1977, no Pelezão, contra o Cruzeiro E. C., na preliminar de Seleção de Juvenis de Brasília x Vasco da Gama.
O de maior destaque, porém, foi o do dia 17 de dezembro de 1978, em Planaltina, quando empatou em 1 x 1 com o Vila Nova, de Goiânia (GO).
Inscreveu-se no 2º Campeonato Amador do Distrito Federal, em 1979, não obtendo boa colocação.
Também em 1979, foi convidado e participou do Torneio Cidade de Sobradinho, no Augustinho Lima, realizado de 20 de outubro a 2 de dezembro de 1979, juntamente com Sobradinho, Tiradentes e Desportiva Bandeirante.
Estreou no dia 20 de outubro, com um empate em 1 x 1 com o Sobradinho. Venceu o primeiro turno após ganhar do Tiradentes (1 x 0) e da Desportiva Bandeirante (2 x 1). Decidiu o torneio com o Sobradinho, vencedor do 2º turno. No dia 2 de dezembro, o Comercial perdeu por 2 x 1.
No ano de 1980, inscreveu-se no campeonato de profissionais do Distrito Federal, representando a cidade de Planaltina, competição esta disputada por um total de nove equipes. A Federação Metropolitana de Futebol decidiu que os cinco primeiros colocados continuariam na Primeira Divisão em 1981 e os outros quatro disputariam um torneio para definir de quem seria a sexta vaga.
No campeonato, o Comercial estreou no dia 18 de maio de 1980, no Bezerrão, perdendo para o Gama, por 3 x 0. Na classificação final, após 24 jogos (dos quais venceu sete, empatou oito e perdeu nove), o Comercial ficou com a sexta colocação. Foi para o chamado “Torneio da Morte” com Ceilândia, Tiradentes e Desportiva Bandeirante. Disputado em turno único, a vaga ficou com o Tiradentes. O Comercial perdeu para a Desportiva Bandeirante (0 x 2), empatou com o Tiradentes (1 x 1) e venceu o Ceilândia (2 x 1).
Em 14 de setembro de 1980 aconteceu uma Assembléia Geral Extraordinária que revogou os estatutos do clube, alterando o nome de Sociedade Esportiva Comercial para Planaltina Atlético Clube. O primeiro Presidente foi Wadileno Hamú.
E como Planaltina Atlético Clube essa entidade nunca disputou uma competição de futebol profissional.

PLANALTINENSE ATLÉTICO CLUBE


Fundado em 8 de dezembro de 1996, o Planaltinense tinha sede na Avenida Marechal Deodoro, Quadra 11, Lote 8, em Planaltina.
Em seu histórico, não consta participação na Primeira Divisão do Campeonato Brasiliense, apenas na Segunda, de 2000 a 2003.

Estreou no dia 2 de setembro de 2000, enfrentando a S. E. Planaltina, em Planaltina de Goiás. Com um gol marcado por Genilson, venceu por 1 x 0.
Em 2000, participaram 14 equipes. O Planaltinense ficou em oitavo lugar, com a seguinte campanha: 12 jogos, 5 vitórias, 1 empate e 6 derrotas. Marcou 11 gols e sofreu 19. Somou 16 pontos, exatamente a metade do campeão Brasiliense.
Voltou a fazer uma campanha ruim no ano seguinte, 2001, chegando em 10º lugar entre os 16 clubes participantes. Nos 14 jogos que disputou, venceu seis, empatou três e perdeu cinco; marcou 17 gols e sofreu 14.
Em 2002 fez uma boa campanha, conseguindo classificação para a Segunda Fase do campeonato, quando terminou no quinto lugar entre os dez participantes. Foram 13 jogos, com 5 vitórias, 1 empate e 7 derrotas; marcou 14 gols e sofreu 18.
Em sua última participação no Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão disputou cinco jogos, sem conseguir uma vitória sequer. Ainda empatou um jogo e sofreu quatro derrotas; marcou quatro gols e sofreu treze.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A HISTÓRIA DO FUTEBOL NAS CIDADES SATÉLITES: Planaltina - 2ª parte - Primórdios do futebol em Planaltina


O livro “Reminiscências de Planaltina II” afirma que o primeiro quadro de futebol amador de Planaltina foi criado em 1920, com o nome de “Planaltina Foot Ball Club”, organizado por Antônio Del Fiaco (Fiacão) e cujo presidente era Gabriel Campos Guimarães. A madrinha do time era Dona Etelvina da Silva Campos. Sua residência podia ser chamada de sede do clube. Ela e seu marido Epaminondas da Silva Campos (Diretor Social) foram os grandes incentivadores da época.
Alguns jogadores desse clube: o goleiro Luizinho Gaúcho, os defensores Benjamin Vieira (Beja), Luiz Jaime e Zé Vaz, e os atacantes Inhozinho (José M. Guimarães), Tonico (Antônio Dutra), Zé Calça Preta, Dodô Ribeiro (Salvador Ribeiro de Freitas) e Lourenço Del Fiaco.
Tempos depois surgiram outros craques como Adonir José Guimarães, Pedro Monteiro Guimarães (Pedruca), os irmãos Pignata: Otacílio, Eurival e Dermeval e Desidério Silva Campos.
O blog Usina Literária, através da Série “História de Planaltina Através de Fotografias”, do professor Mário César de Sousa Castro, acrescenta a essa informação o fato de que o Planalto Central Futebol Clube possuía dois quadros de futebol, que caminharam juntos por algumas décadas. De um lado, aqueles que vestiam o uniforme verde e amarelo, chamados de “papagaios”, do outro os “urubus”, com uniforme preto e branco. Ambos tinham torcidas organizadas de jovens e de famílias que torciam sem arredar o pé, com suas músicas e gritos de guerra.


O pesquisador José Egídio Pereira Lima em breve estará lançando um livro resgatando a história da Associação Atlética Luziânia, de onde antecipamos algumas passagens que fazem referência ao futebol de Planaltina.
No dia 20 de abril de 1929 aconteceu um amistoso entre Luziânia e Planaltina. O
Luziânia venceu por 1 x 0, conquistando a Copa do Planalto, tendo o atacante Manoel Gonçalves da Cruz marcado o primeiro gol da história do Luziânia.
Alguns anos depois, mais precisamente no dia 29 de julho de 1945, foi disputado um novo amistoso entre essas duas equipes, desta vez em Planaltina. Novamente, o Luziânia saiu vencedor, pelo placar de 3 x 0. O destaque ficou pela excelente recepção dos anfitriões, que ofereceram ótimas acomodações aos visitantes.


No dia 27 de setembro de 1953, Luziânia recebeu uma caravana de esportistas da cidade de Planaltina, chefiada por Francisco Mundim Guimarães, prefeito de Planaltina, Lúcio Arantes, Juiz de Direito e Aurelino Mundim Guimarães, Presidente da Associação Planaltinense de Esportes. Integrou ainda a caravana, diversas senhoritas da sociedade de Planaltina.
A visita dos esportistas planaltinenses se devia a realização de uma disputa futebolística entre as equipes das duas cidades. A preliminar teve inícios às 13 horas, terminando com a contagem de 1 x 0 para Luziânia.
No encontro principal, que começou às 15:30 horas, o primeiro tempo terminou sem abertura de contagem. Aos 28 minutos do 2º tempo, Orlando Roriz consignou o primeiro tento para o Luziânia. Minutos depois, foi assinalada uma penalidade máxima contra o Planaltina. Os visitantes não se conformaram com a decisão do árbitro e retiraram-se de campo, seguindo o capitão Pedruca. O árbitro, todavia, ordenou a cobrança do pênalti com o gol vazio e esperou transcorrer o tempo restante, dando a partida como ganha pelo Luziânia pela contagem de 2 x 0.
No dia 13 de agosto de 1956 as equipes de Planaltina e Formosa formaram um combinado para jogarem contra a de Luziânia, em disputa da Taça Cidade de Planaltina. O resultado desse encontro foi um empate de 3 x 3.
Dias depois, em 24 de agosto de 1956, o Luziânia conquistou essa taça, ao vencer o combinado por 1 x 0.


Em 1958, o Planaltina participou do primeiro torneio de futebol do Distrito Federal. Às 9 horas do dia 27 de abril daquele ano, no campo do IPASE, onde hoje está situado o INSS, teve início o torneio, que contou com a participação de nove equipes: Camargo Correa, Construtora Loyola, Cruzeiro, Formosa, Graça Couto, Guará, IPASE, Luziânia e Planaltina, O Luziânia conquistou o torneio.
O centenário de Planaltina foi comemorado com a disputa da Taça “Centenário de Planaltina”, em dois jogos envolvendo as equipes de Luziânia e Planaltina. No dia 2 de agosto de 1959, o Luziânia venceu em casa por 3 x 2 e, no dia 24 de agosto, em Planaltina, a vitória coube novamente ao Luziânia, por 1 x 0.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

AS SELEÇÕES DE BRASÍLIA: a Seleção Permanente de 1968 - 2ª parte

DOIS JOGOS CONTRA A FERROVIÁRIA, DE ARARAQUARA

Após a participação do Rabello na Taça Brasil, a Federação Desportiva de Brasília continuou seu planejamento de manter em atividade a seleção permanente.
Assim, até o mês de outubro aconteceram treinamentos e jogos amistosos, estes envolvendo, quase sempre, times de outros Estados.
No dia 6 de setembro de 1968, a Seleção do Distrito Federal foi derrotada pela Ferroviária, de Araraquara (SP), por 1 x 0, no Estádio de Brasília. O árbitro foi Ivan Campos e o único gol do jogo foi marcado por Leocádio.
A Seleção do DF jogou com Dico, Aderbal, Farneze, Sir Peres e J. Pereira (Wilson Godinho); Heitor e Zé Maria; Djalma (Sabará), Solon, Paulinho e Alaor Capella. A Ferroviária atuou com Carlos Alberto, Baiano, Fernando, Rossi e Fogueira; Bebeto e Bazzani; Peixinho, Leocádio, Ismael e Pio.
Dois dias depois, 8 de setembro de 1968, essas mesmas equipes voltaram a se enfrentar no Estádio de Brasília. E, desta vez, a Ferroviária massacrou a Seleção do Distrito Federal, vencendo por 5 x 1.
Peixinho marcou 3 gols
Peixinho (3), Bazzani e Amaral anotaram para a Ferroviária e Aderbal, de pênalti, fez o único gol para a Seleção do DF.
Jogou a seleção com Dico, Aderbal, Farneze, Sir Peres e J. Pereira (Wilson Godinho); Heitor (Didi), Zé Maria e Alaor Capella; Paulinho (Djalma), Solon e Cid. A Ferroviária se apresentou com Carlos Alberto (Sérgio), Baiano, Fernando, Rossi (Paina) e Fogueira (Rodrigues); Bebeto e Bazzani (Teodoro); Peixinho (Ruy), Leocádio, Amaral e Ney.
O árbitro foi Amphilóphio Pereira da Silva.
Uma semana depois do vexame contra a Ferroviária, no dia 15 de setembro de 1968, a Seleção do DF enfrentou novamente o Coenge e empatou de novo, desta vez com gols: 2 x 2.
Estava previsto para esta data um amistoso interestadual entre o Coenge, do Gama, e o Olaria, do Rio de Janeiro. O Olaria não pôde vir e foi substituído pela Seleção do Distrito Federal.
O jogo foi realizado no Estádio da A. A. Cultural Mariana, no Gama, e teve como árbitro José Francisco de Souza, o popular Zé do Rio.
Os gols foram marcados por Dirceu (contra) e Invasão para a Seleção do Distrito Federal e Tatá e Pelezinho, de pênalti, para o Coenge.
A Seleção do Distrito Federal formou com Zé Walter, Aderbal, Farneze, Carlão (Alonso Capella) e J. Pereira (Wilson Godinho); Zé Maria, Sabará e Alaor Capella (Heitor); Agostinho, Cid e Invasão.

Nos dias 20 e 22 de setembro de 1968, a Seleção do Distrito Federal disputou dois amistosos em Patos de Minas (MG), ambos contra a URT. No primeiro dia, ficou no 0 x 0. No segundo, venceu por 1 x 0, gol de Cid.

A seleção formou com Zé Walter, Aderbal, Farneze, Sir Peres e J. Pereira (Wilson Godinho); Alaor Capella, Heitor (Djalma) e Sabará; Agostinho, Cid e Manoelzinho (Invasão).

No dia 6 de outubro de 1968, a Seleção do Distrito Federal realizou um amistoso em Catalão (GO), empatando em 0 x 0 com o CRAC local, campeão goiano de 1967. 
A Seleção do DF atuou com Zé Walter, Sir Peres (Aderbal), Farneze, Carlão e J. Pereira; Alaor Capella, João Dutra e Sabarazinho; Agostinho, Cid e Sabará (Manoelzinho).

No dia 12 de outubro de 1968 os jogadores do Rabello não aceitaram as condições propostas pelos responsáveis pela Seleção Permanente do DF e pediram para não continuar, sendo todos eles dispensados.
O último amistoso da Seleção do DF, já sem os jogadores do Rabello, aconteceu no dia 20 de outubro de 1968, em Mineiros (GO): empate de 0 x 0 com o Palmeiras local.
Formou a Seleção do Distrito Federal com Zé Walter, Aderbal, Sir Peres, Farneze e J. Pereira; Alaor Capella, Bugue e Jaime; Agostinho, Paulinho e Invasão.
Logo após esse jogo, a Federação decidiu pelo encerramento das atividades da Seleção do Distrito Federal, tendo em vista as arrecadações muito fracas.



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

AS SELEÇÕES DE BRASÍLIA: A Seleção Permanente de 1968 - 1ª parte

No dia 10 de julho de 1968 aconteceu a Assembleia da Federação Desportiva de Brasília que decidiu pela organização de uma Seleção Profissional de Futebol, em caráter permanente.
Assim foi constituída a Comissão Técnica:
Supervisor: Abeguar Herdy de Oliveira
Técnico: Alberto José “Beto” Pretti Filho
Massagista: Anísio Cabral de Lima (Rabello)
Roupeiro: Luiz Virgilio da Silva (Rabello)
Os jogadores convocados foram: 
Do Rabello: Dico, Didi, Carlão, Sabará, Wilson Godinho, João Dutra, Paulinho, Zé Maria, Luiz Carlos e Cid.
Do Defelê: Zé Walter, Aderbal, Farneze, Sir Peres, Djalma, Solon, Alaor Capella, J. Pereira, Otávio, Guairacá e Paulinho.
Do Guará: Axel, Heitor, Mabinho e Noel.
Cruzeiro: Ari.

Além da Comissão Técnica, a F. D. B. criou outras quatro comissões: de Propaganda e Divulgação, de Recepção e Assistência, de Programação de Jogos e de Finanças.

Logo depois, a Federação decidiu que a Seleção Permanente iria vestir a camisa do Rabello e representá-lo na Taça Brasil.
Na primeira fase, o Rabello fez parte do Grupo 1 da Zona Central, juntamente com Operário, de Várzea Grande (Mato Grosso) e Atlético Goianiense, de Goiânia (GO).

No dia 13 de julho, apenas 12 jogadores compareceram ao primeiro jogo-treino, no Estádio de Brasília, contra a Seleção da Base Aérea de Brasília, que se preparava para o 1º Campeonato de Futebol da Força Aérea Brasileira, em Brasília, de 25 a 31 de julho: Pelé, Dico, Cid, Zé Maria, Zé Walter, Sir Peres, Farneze, João Dutra, Luiz Carlos, Sabará, Paulinho e Heitor.
Mesmo assim, a Seleção do DF venceu o jogo-treino por 4 x 2.
Após esse jogo-treino, alguns jogadores foram cortados e outros convocados.


O primeiro jogo da seleção permanente do Distrito Federal aconteceu no dia 28 de julho de 1968, no campo da A. A. Cultural Mariana, na cidade do Gama, contra o Coenge, equipe que pertencia ao Departamento Autônomo da Federação Desportiva de Brasília.

O placar final foi de 0 x 0. A seleção do DF jogou com Zé Walter, Aderbal (Didi), Farneze, Carlão e Wilson Godinho; João Dutra e Zé Maria (Heitor); Guairacá, Cid, Alaor Capella (Solon) e Sabará. Técnico: Beto Pretti. O Coenge atuou com Tonho (Silva), Mauro, Tarcísio, Rui e Duchinha; Pelezão (Jânio) e Divino; Noé, Eraldo, Pelezinho e Oscar.
O árbitro do jogo foi Eduino Edmundo Lima e a renda de NCr$ 2.850,00.

Em seu segundo jogo, no dia 4 de agosto de 1968, a seleção permanente do DF perdeu para o Brasília, de Taguatinga, também equipe do quadro do Departamento Autônomo da F. D. B., pelo placar de 2 x 1.
O jogo foi realizado no Estádio Ruy Rossas do Nascimento, em Taguatinga, e teve a arbitragem de Ademar Pereira da Cruz.
A seleção saiu na frente, após João Dutra marcar um gol aos 7 minutos do 1º tempo. Cabeleira, aos 13 minutos do 1º tempo empatou e Isaías, aos 43 minutos do 2º tempo completou a virada a favor do Brasília.
A seleção jogou com Zé Walter (Dico), Aderbal (Sir Peres), Farneze, Carlão e Wilson Godinho; João Dutra (Sabará) e Axel; Guairacá, Solon (Alaor Capella), Otávio e Zé Maria.

VITÓRIA NO 1º JOGO
Beto Pretti (técnico), Aderbal, Farneze, Wilson Godinho, Carlão, 
Zé Walter, Zé Maria e Anísio (massagista)
Agachados: Guairacá, Cid, Otávio, João Dutra e Sabará.


Chegando na véspera do jogo, depois de uma viagem de ônibus de aproximadamente 48 horas, o Rabello obteve um excelente resultado em seu 1º jogo pela Taça Brasil, disputado no dia 11 de agosto de 1968, no Estádio Presidente Dutra, em Cuiabá (MT).
Graças aos gols de Guairacá e Solon o Rabello venceu o Operário, de Várzea Grande, por 2 x 1. Odenir assinalou o tento do Operário.
O árbitro foi Louralber Monteiro, do Rio de Janeiro, e a arrecadação alcançou o montante de NCr$ 12.000,00.
O Rabello jogou e venceu com Zé Walter, Aderbal, Farneze, Carlão e Wilson Godinho; João Dutra e Zé Maria; Guairacá, Otávio, Solon e Sabará. O Operário-VG perdeu com Walter, JK, Gonçalo, Glauco e Darcy Avelino; Tatu e Beto; Ide (Lício Amorim) (Fião), Jaburu, Gebara e Odenir.

RABELLO PERDE 2º JOGO

Com o resultado obtido no 1º jogo e por medida de economia, a delegação brasiliense aceitou jogar a segunda partida pela Taça Brasil ainda em Cuiabá, mediante a compensação de 4 mil cruzeiros novos livres de despesas.
Novamente no Estádio Presidente Dutra, em Cuiabá, no dia 14 de agosto de 1968, o Rabello não teve a mesma sorte do primeiro jogo, sofrendo derrota diante do Operário de Várzea Grande pelo marcador de 3 x 2.
O fato curioso do jogo foi que o árbitro indicado pela CBD, Cláudio Magalhães, não compareceu e à última hora o Operário indicou um árbitro da Federação Matogrossense de Desportos (Walter Scardini) para comandar a partida, sem haver comum acordo. Contra esse fato, o Rabello entrou com um recurso junto à CBD.
O Rabello chegou a estar vencendo o jogo por 2 x 1, mas depois sofreu a virada definitiva.
Guairacá marcou os dois gols do Rabello, enquanto Odenir, Gebara e Jaburu assinalaram os tentos do Operário.
Defenderam as cores do Rabello Zé Walter, Aderbal, Farneze, Carlão e Wilson Godinho; Zé Maria e João Dutra; Guairacá, Otávio, Cid e Sabará. O Operário formou com Walter, JK, Gonçalo, Glauco e Darcy Avelino; Tatu e Beto (Dedé); Jaburu, Fião, Gebara e Odenir.

RABELLO 0 x 1 ATLÉTICO GOIANIENSE

Depois do Operário, de Várzea Grande, foi a vez do Rabello enfrentar o Atlético Goianiense, com jogos de ida e volta. Caso vencesse um desses dois jogos, o Rabello estaria classificado para a Segunda Fase da Taça Brasil.
No primeiro deles, disputado em 21 de agosto de 1968, no Estádio de Brasília, o Rabello atuou muito mal e foi surpreendido e derrotado pelo rubro-negro goiano, que saiu vencedor do confronto pelo marcador de 1 x 0, gol de Zinho.
O árbitro foi Nivaldo dos Santos (RJ) e as equipes formaram assim: RABELLO: Zé Walter, Aderbal, Farneze, Alaor Capella e Wilson; João Dutra e Axel; Guairacá, Sabará (Otávio), Cid e Zé Maria. ATLÉTICO GOIANIENSE: Ronaldo, Silvio, Jair Silveira, Tujair e Edno; Machado e Adalberto; Zuíno, Zinho, Lico e Matos.

ATLÉTICO GOIANIENSE 2 x 2 RABELLO

O segundo jogo entre Rabello e Atlético Goianiense, válido pela Taça Brasil, foi disputado em 25 de agosto de 1968, no Estádio Pedro Ludovico, em Goiânia (GO). Mesmo com o insucesso ocorrido no jogo de Brasília, bastava ao Rabello vencer o jogo para se classificar para a segunda fase da competição.
Comportando-se melhor em campo, o Rabello chegou a vencer o 1º tempo por 1 x 0, gol de Solon, aos 34 minutos. No começo do segundo tempo, Zinho, de cabeça, empatou o jogo. Aos 28 minutos, Lico virou o marcador para 2 x 1. Aos 35 minutos, Paulinho assinalou o gol de empate do Rabello, resultado que não era suficiente para sua classificação.
O árbitro foi José Aldo Pereira, do Rio de Janeiro, que expulsou Didi aos 39 minutos do 2º tempo.
O Rabello jogou com Zé Walter, Aderbal, Farneze, Alaor Capella e Wilson Godinho (Didi); João Dutra e Zé Maria; Sabará (Djalma), Paulinho, Otávio e Solon. O Atlético Goianiense atuou com Ronaldo, Silvio, Tinda, Tujair e Edno; Macalé e Adalberto; Marcos, Zuíno, Zinho (Antônio Augusto) e Lico.
A renda foi de NCR$ 8.541,00. 

Assim, o Rabello ficou em último lugar no seu grupo. O rubro-negro goiano passou para a fase seguinte.

No dia 30 de agosto de 1968, a F. D. B. concedeu desligamento da seleção aos jogadores Guairacá, Axel e Otávio.


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

OS ARTILHEIROS: CAMPEONATO BRASILIENSE DE 1991




Paulinho e Wander (Guará), 11 gols
Carlinhos (Taguatinga), 10
Dida (Planaltina), 8
Ésio (Brasília), Washington (Sobradinho) e Bé (Tiradentes), 7
Tadeu (Brasília), Rogério (Gama), Renaldo (Guará) e Joãozinho (Taguatinga), 5
Ronaldo e Rubens (Brasília), Adão, Lourival e Zé Márcio (Ceilândia), Júlio e Júlio César (Gama), Miguelzinho (Guará), Bilzão e Dorival (Taguatinga), 4
Amarildo e Osvaldo (Gama), Filó (Sobradinho), Rogério e Serginho (Taguatinga) e Artur (Tiradentes), 3
Gilmar e Marquinhos (Brasília), Lola, Magrão e Marcelo (Ceilândia), Ataliba e Oliveira (Gama), Carlinhos, Carlos Gomes e Ivanil (Planaltina), Erasmo e Michael (Sobradinho), Júlio e Zinha (Taguatinga) e Chiquinho, Ricardo e Zé Nilo (Tiradentes), 2
Chiquinho (contra) e Sidney (Brasília), Aguinaldo, Beto, Lula e Tico (Ceilândia), Dário, Ismael, Kito, Luciano, Mazinho, Paulo Sérgio, Salomão e Wander (Gama), Jairo (Guará), Chico, Elton, Joel, Josimar, Laércio e Lindário (Planaltina), Cláudio, Flávio, Joãozinho, Leomar, Roger e Ronaldo (Sobradinho), César, Júlio César, Marco Antônio, Paulão, Raildo e Tuta (Taguatinga) e André Luiz, Claudinho-contra, Fábio, Natanael, Olavo e Paulinho-contra (Tiradentes), todos com um gol.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

OS MELHORES DO CAMPEONATO BRASILIENSE DE 1983


No dia 25 de outubro de 1983, a editoria de esportes do Jornal de Brasília escolheu os melhores do campeonato brasiliense de 1983.

O zagueiro central Zinha, do Gama, foi escolhido o melhor jogador do Distrito Federal. Ele, o goleiro Joaldo, do Sobradinho, e o veterano meio campista Raimundinho, do Taguatinga, foram os únicos que tiveram unanimidade na votação por posição.
Na escolha do melhor jogador, Marquinhos, do Ceilândia, apareceu em segundo lugar, logo atrás de Zinha.
Os escolhidos, por posição, foram:

GOLEIRO: Joaldo (Sobradinho), por unanimidade;

LATERAL-DIREITO: 1º Ricardo (Brasília) e 2º Cidão (Gama)
ZAGUEIRO CENTRAL: Zinha (Gama), por unanimidade;
QUARTO-ZAGUEIRO: 1º Carlão (Gama) e 2º Esquerdinha (Guará)
LATERAL-ESQUERDO: 1º Ahlá (Brasília) e 2º Pacheco (Taguatinga)

MÉDIO VOLANTE: 1º Barão (Guará) e 2º Sidney (Gama)
MEIA ARMADOR: 1º Marquinhos (Ceilândia) e 2º Serginho (Sobradinho)
PONTA DE LANÇA: Raimundinho (Taguatinga), por unanimidade

PONTA-DIREITA: 1º Lino (Gama) e 2º Santos (Brasília)
CENTROAVANTE: 1º Éder (Guará) e 2º Zecão (Taguatinga)
PONTA-ESQUERDA: 1º Jamil (Sobradinho) e 2º Ronaldo (Gama).



quarta-feira, 12 de agosto de 2015

BATE BOLA COM AHLÁ




Para começar, diga o seu nome completo e, caso tenha algum apelido, como surgiu esse apelido?
Ahla Emyr Pinheiro de Lemos. Fiquei conhecido no futebol como Ahlá.

Qual a data e local de seu nascimento?
Goiânia (GO), 14 de fevereiro de 1959.

Como veio parar na Capital Federal?
Quando defendia o Monte Cristo, de Goiânia, fui contratado pelo Sobradinho Esporte Clube, através do treinador Toninho Martins, em 1982.

Nos juvenis do Flamengo, 
com Mozer

Como começou no futebol? Conte um pouco de sua trajetória. Quais os clubes que defendeu antes ou depois de chegar à Brasília? Favor citar os clubes e os anos em que jogou. 
Comecei nas categorias de base do Goiânia Esporte Clube, por influência de meu irmão mais velho. Lá fiquei dois anos (1977 e 1978). Depois fui emprestado para os juvenis (hoje juniores) do Flamengo, do Rio de Janeiro, em 1979. Depois disso, a sequência de clubes que defendi foi a seguinte: Barra do Garças - MT (1980), Monte Cristo - GO (1981), Sobradinho - DF (1982), Brasília - DF (1983-1985), Tiradentes - DF (1986), Guará - DF (1987), Moto Clube - MA (1987), Nacional, de Uberaba-MG (1988), Tiradentes - DF (1988-1989), Planaltina - DF (1990), Sobradinho - DF (1991-1992) e Brasília - DF (1993).

Quem foi seu primeiro treinador?
Manoel Dentinho, nas categorias de base do Goiânia.

No Brasília: último na fileira do meio, à direita
Quais os títulos que conquistou no futebol, tanto em Brasília quanto fora dela?
Campeão da Taça Cidade de Cuiabá, jogando pelo Goiânia, em 1978. 
Campeão carioca de juniores pelo Flamengo, em 1979.
Tricampeão brasiliense de 1982 a 1984, defendendo o Brasília Esporte Clube.
Campeão da Taça São Luís, pelo Moto Clube, em 1987. 
Campeão brasiliense pelo Tiradentes, em 1988.

Quando você parou com a bola, onde e quando encerrou a carreira de jogador?
Em 1993, no Brasília Esporte Clube.

Depois que encerrou a carreira de jogador, você passou a exercer a de treinador de futebol. Conte como surgiu essa ideia e quais clubes passou a treinar. 
Quando eu ainda era jogador, assumi o cargo de Supervisor do Brasília, em 1993. Em seguida, fui treinador dos juniores. Daí, assumi o profissional em 1994. Também fui treinador do Sobradinho, em 2001; Planaltinense em 2002 e Dom Pedro II em 2003.

E continua batendo sua bolinha?
Continuei jogando entre os veteranos de Sobradinho e disputava campeonatos entre clubes sociais de Brasília, até que sofri um AVC no dia 27.11.2014. Graças a Deus, estou completamente recuperado, voltando aos campos de futebol como treinador da equipe Bem Amigos, de Sobradinho.

Além de jogador e treinador, teve mais alguma atividade relacionada ao futebol? 
Cheguei a ser Presidente do Planaltinense Atlético Clube, em 2002.

Concluiu algum curso superior?
Faculdade Alvorada de Educação Física e Desporto. 

Qual sua opinião sobre o futebol de Brasília, sabidamente um futebol que não é valorizado nem pela imprensa local? 
Faltam dirigentes que realmente sejam apaixonados pelo futebol. Não esses interesseiros, que só pensam em si.

O que o futebol de Brasília precisa fazer para se tornar um dos melhores do Brasil?
Formar uma equipe competitiva e permanente.

Como morador de Sobradinho, você acompanha o futebol da cidade? Na sua opinião, qual o motivo do Sobradinho nunca mais ter apresentado grandes times no campeonato local (o último título foi em 1986), mesmo fazendo grandes investimentos?
Apesar dos investimentos, o Sobradinho nunca mais teve diretores capacitados.

Você acredita que a reinauguração do Mané Garrincha trará evolução ao futebol brasiliense?
Muito pouco, já participei de outra reinauguração em 1984 e o futebol continuou do mesmo jeito. O estádio de Brasília só está servindo para o futebol de outros Estados.

Paulo Victor

Você considera que os grandes jogadores do futebol de Brasília tem categoria suficiente para atuar em grandes clubes do futebol brasileiro?
Sim, está mais do que provado, jogadores de Brasília sempre tiveram espaço no cenário nacional. Exemplos: Paulo Victor, Kaká, Lúcio, Amoroso, Warley, entre outros.

Se você fosse formar a seleção brasiliense de todos os tempos, quais seriam os onze jogadores que formariam a equipe titular e os onze que seriam reservas imediatos?
Os titulares seriam: 1. Paulo Victor, 2. Ricardo, 3. Kidão, 4. Jonas Foca, 5. Manoel Ferreira, 6. Ahlá, 7. Santos, 8. Péricles, 9. Fantato, 10. Zé Mauricio e 11. Robertinho.
Já os reservas teriam essa formação: 1. Déo, 2. Paulo Henrique, 3. Zinha, 4. Iranil, 5. Marco Antônio, 6. Marcelo, 7. Moura, 8. Kleber, 9. Zeca (do Brasília), 10. Wander e 11. Zé Carlos.

Quais foram os três melhores treinadores do futebol de Brasília com quem você pôde trabalhar. 
Cristóvão Ferreira, Mozair Barbosa e Jorge Medina.

E os três melhores dirigentes. 
O melhor de todos os tempos foi Almir de Azevedo Vieira. Outro grande dirigente foi Manoel Ângelo dos Santos Neto, do Brasília Esporte Clube. Não posso esquecer Aládio Teixeira, Presidente do Goiânia.

Podemos dizer que existem grandes rivalidades no futebol de Brasília?
Não, aqui são formadas equipes para jogarem por três meses apenas. Depois as equipes são desfeitas, não há continuidade. Também não há preocupação com as categorias de base, onde deveria começar uma maior identificação dos jovens com seus clubes.

Você tem aquele jogo que considera inesquecível?
Goiânia x Atlético Paranaense, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, jogo válido pelo Campeonato Brasileiro de 1977. O Goiânia vinha de derrota e o treinador resolveu arriscar, colocando quase todo o time de juvenis do Goiânia para jogar. A imprensa da época falava que o Goiânia ia ser goleado. Mas, para surpresa de todos, o Goiânia venceu por 1 x 0.

Esquecendo um pouco a modéstia, fale de suas características dentro de campo. 
Eu atuava como lateral-esquerdo, errava poucos passes e cruzava muito bem.


Quem era o seu ídolo no futebol? Teve oportunidade de estar em um campo de futebol ao lado dele? 
Zico. Tive a honra de treinar e jogar contra ele várias vezes.