domingo, 25 de novembro de 2012

FICHA TÉCNICA: Dario Alegria


Jurandir Dario Gouveia Damasceno, o Dario Alegria, nasceu no dia 5 de março de 1944 em Paracatu (MG).
Dario começou a trabalhar cedo. Aos 6 anos já ajudava o pai na Boca da Onça, loja de secos e molhados no bairro de Santana, em Paracatu.
No ano de 1958, aos 44 anos, seu pai, Luiz Dario (o sanfoneiro) faleceu. Foi nesse momento que teve um dos maiores desafios de sua vida: assumir a responsabilidade de cuidar da família (oito irmãos). Na época, Dario tinha apenas 14 anos. Trabalhou no DER, como lavador, e depois na Ster, como ajudante de topografia.
Mais tarde foi levado para Brasília, por Milton Cardoso, que viu Dario jogando bola no Santana Esporte Clube, de sua cidade, e o convidou para trabalhar na construção da nova Capital Federal.
Em Brasília, Dario trabalhou como servente de pedreiro e servente de carpinteiro, mas não deixava o seu amor pela bola. Foi contratado inicialmente pela Construtora ECRA (que depois passou a se chamar Edilson Mota), que possuía um bom time de futebol formado por jogadores de renome, entre eles Gaguinho, Sudaco, Cardoso e Paulista. O time da ECRA foi vice-campeão do Troféu “Israel Pinheiro”, disputado pelas companhias construtoras de Brasília, em 1960.
A equipe do Edilson Mota chegou a se qualificar para disputar a Primeira Divisão do campeonato brasiliense, mas problemas administrativos levaram à extinção do clube.
Logo depois que o time da Edilson Mota foi desfeito, ainda em 1960, Dario passou para o time da Construtora Nacional, o Nacional, disputando o campeonato desse ano.
Em 1961 passou para o Rabello, time que defendia quando foi convocado para jogar na primeira seleção formada para representar o Distrito Federal, que jogou no dia 21 de abril de 1961, nas festividades do primeiro aniversário de Brasília, contra o poderoso Santos, sem Pelé.
Depois da partida, Dario foi convidado a jogar no time juvenil do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro. Depois foi para o América, de Belo Horizonte.
Também jogou pelo Palmeiras (SP), onde fez sua estreia em 13 de abril de 1965, na vitória de 2 x 1 sobre o Atlético Mineiro, e sua despedida em 15 de agosto de 1967, na vitória de 4 x 1 sobre o Taquaritinga. Foram 88 jogos e 26 gols marcados. Dentre os títulos mais expressivos o Torneio Rio-São Paulo e o Torneio IV Centenário do Rio de Janeiro, ambos em 1965, o Campeonato Paulista de 1966 e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967 (hoje reconhecido pela CBF como Campeonato Brasileiro).
Dario é um dos raros jogadores da história do clube a ter feito cinco gols numa única partida: em 4 de julho de 1965, numa vitória por 12 x 0 sobre o Prata (SP), na cidade de Águas da Prata, interior de São Paulo.
Depois, transferiu-se para o Monterrey, do México. Jogou no Fluminense, estreando em 20 de abril de 1968 e fazendo seu último jogo em 18 de janeiro de 1969, disputando 28 jogos e marcando cinco gols.
Em 1970, fez onze jogos no Flamengo, marcando um gol. Logo depois, foi para o Olaria, do Rio de Janeiro. Voltou ao América (MG), onde sagrou-se campeão mineiro em 1971. Ainda jogou na Caldense, de Poços de Caldas (MG), no Botafogo, de Ribeirão Preto (SP), no Villa Nova (MG) e, por último, no Ceub, de Brasília, em 1973, onde encerrou sua carreira.
Além disso, também jogou nas seleções mineira, paulista e carioca e na Seleção Brasileira, por ocasião da inauguração do Mineirão, no dia 7 de setembro de 1965.
Dario nunca foi titular absoluto, mas quando entrava no jogo, dava trabalho, fazia gols, e por isso proporcionava alegria, daí o apelido Dario Alegria. Também conhecido por “Leopardo das Alterosas”.
Dario hoje é presidente do Instituto de Defesa da Cultura Negra Afro-descendente “Fala Negra”, da cidade de Paracatu (MG). Lá, ele virou apresentador de TV, mais especificamente de um programa de variedades (lazer, cultura e futebol).
Dario é primo distante do ministro Joaquim Barbosa, que se tornou ainda mais conhecido pelos brasileiros por ser relator da CPI do Mensalão, em 2012.



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