quinta-feira, 23 de outubro de 2014

RETRATO 3 x 4: MEIO QUILO


Em janeiro de 2004, a diretoria do Atlético Mineiro anunciou que Meio Quilo era mais um reforço do clube para a temporada. Aos 21 anos, o meio-campo Lucimar Rodrigues, o Meio Quilo, havia se destacado na Copa Itatiaia de futebol amador, com a camisa do Canto do Rio, de Brumadinho, sagrando-se campeão da competição no ano de 2003.
Meio Quilo assinou contrato de um ano e tinha uma missão pela frente: vencer a desconfiança gerada por causa do seu apelido e da sua origem. Mas, no Atlético Mineiro, as chances foram poucas.
Foi emprestado para o Corinthians, de Alagoas, que tinha um convênio com o Atlético Mineiro, para que ganhasse mais experiência. Ficou por lá três meses. Depois do campeonato estadual, voltou e ficou só treinando no Atlético Mineiro. As duas únicas chances no time de cima foram em jogos-treino, um deles contra o Ipatinga.
O ano de 2004 passou. O Atlético teve uma campanha difícil no Campeonato Brasileiro. Meio Quilo esperou por alguma oportunidade para atuar. Ela não chegou. Mas o sonho de vingar no mundo profissional do futebol continuou para o jogador.
Meio Quilo deixou o Atlético Mineiro e veio disputar o campeonato de futebol do DF, defendendo as cores do Unaí.
Sua estreia aconteceu no dia 16 de janeiro de 2005, no estádio Urbano Adjuto, em Unaí, com empate de 0 x 0 diante do Guará. Aos dez minutos do 2º tempo, Meio Quilo entrou no lugar de Léo e agradou.
Na partida seguinte, no dia 23 de janeiro de 2005, novamente no estádio Urbano Adjuto, contra o Gama, Meio Quilo começou jogando entre os titulares, com a camisa 11. Mas o Gama venceu por 1 x 0.
No terceiro jogo, em 29 de janeiro de 2005, contra o Santa Maria, no estádio Mané Garrincha, Meio Quilo entrou com a camisa 10 do Unaí. Aos 34 minutos do 1º tempo, marcou seu primeiro gol com a camisa do Unaí. O jogo terminou empatado em 3 x 3.
Seu próximo jogo seria contra o Brasiliense, no dia 5 de fevereiro de 2005. Inesperadamente, Meio Quilo começou no banco de reservas. Só entrou em campo (no lugar do zagueiro Binha) aos 17 minutos do 2º tempo. O Brasiliense venceu por 2 x 0.
No dia 13 de fevereiro de 2005 voltou ao estádio Urbano Adjuto, novamente no banco de reservas, quando enfrentaria o Luziânia. Após o intervalo, pôde entrar em campo no lugar de Nucão. Aconteceu novo empate, desta vez por 1 x 1.
Começou o returno do campeonato no dia 20 de fevereiro de 2005 na condição de reserva. Substituiu Riva aos 25 minutos do 2º tempo, quando o Unaí perdia para o Guará por 2 x 1. Bruninho empatou dezoito minutos depois e, aos 45 do segundo tempo, Meio Quilo marcou o gol da vitória do Unaí, pelo placar de 3 x 2.
Ainda assim, não garantiu a titularidade no próximo jogo, diante do Gama, no Bezerrão, realizado no dia 23 de fevereiro de 2005. Novamente substituiu um companheiro (Fabiano) no 2º tempo, mas não conseguiu impedir a goleada sofrida: 5 x 0.
Contra o Santa Maria, no dia 27 de fevereiro de 2005, voltou a ser titular, ajudando em mais uma vitória do Unaí, por 3 x 1. Não marcou gol e foi substituído por Adauto, aos 8 minutos do 2º tempo.
No dia 6 de março de 2005, o Unaí recebeu em seu estádio o Brasiliense. Meio Quilo começou na reserva e só entrou em campo aos 31 minutos do 2º tempo, no lugar de Bruninho. Resultado final: vitória do Brasiliense, por 2 x 1.
Sua última participação pelo campeonato de futebol do DF aconteceu no dia 12 de março de 2005, no estádio Serra do Lago, quando o Unaí conseguiu um empate de 0 x 0 diante do Luziânia. Aos 10 minutos do 2º tempo, Meio Quilo entrou no lugar de Fabiano.
Depois que disputou o campeonato de futebol do DF, Meio Quilo defendeu o Democrata, de Sete Lagoas (MG), e o Guarani, de Divinópolis (MG). Só que percebeu que não ia dar muita coisa e voltou para o amador.
Aos 24 anos, Meio Quilo reencontrou o bom futebol nos campos amadores de Minas Gerais, com as camisas do Esmeraldas e do Brumadinho Futebol Clube.
Meio Quilo voltou para a sua origem com mais experiência e com melhor preparo físico. Também se deu bem financeiramente. “Quando você já teve uma passagem pelo profissional, é mais valorizado e pagam melhor no amador”, disse Meio Quilo.
O apelido de Meio Quilo é conhecido não só no meio do futebol, em todos os lugares o chamam assim. Era muito franzino quando criança e acabou ganhando esse apelido.
Hoje, Meio Quilo é mecânico da empresa Vale. Aos 30 anos, ele continua na ativa no futebol amador, pelo Brumadinho. O destaque nos torneios da região metropolitana continua e a briga por títulos também.



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