terça-feira, 25 de novembro de 2014

O 21 DE ABRIL NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: 1970


Capa do livro publicado na véspera da inauguração
de Brasília onde era possível encontrar todas
as atividades que seriam realizadas na cidade

A nova Capital da República, Brasília, foi inaugurada em 21 de abril de 1960. De lá para cá tornou-se uma tradição comemorar essa data com a realização de diversos eventos esportivos. O futebol sempre deu a sua parcela de contribuição.

Aos poucos contaremos fatos ocorridos nessa data e a sua importância na história do futebol brasiliense. Começaremos com o ano de 1970.

“Ao cumprir-se o décimo ano de vida de Brasília, junto-me, pelo pensamento, aos pioneiros humildes que a fizeram com as próprias mãos; aos que vieram depois e a adotaram como terra sua; aos que nela cumprem o seu dever transitório; às crianças que aqui nasceram; ao povo todo enfim que aqui vive e se orgulha desta cidade-capital.”

Esse foi um dos trechos da mensagem lida no rádio e na televisão, ao povo de Brasília, em 21 de abril de 1970, pelo então Presidente da República Emílio Garrastazu Médici.

Para comemorar o 10º aniversário da Capital Federal, a Federação Desportiva de Brasília promoveu uma rodada dupla no dia 21 de abril de 1970, tendo como local o Estádio Pelezão.

Na preliminar, o campeão brasiliense de 1969, o Coenge, e o Tupi, de Juiz de Fora (MG), não mexeram no placar: 0 x 0.
Esses foram os dados técnicos do jogo:

COENGE 0 X 0 TUPI
Árbitro: Mário José da Silva
Coenge: Carlos José, Jaimir, Elias, Mauro e Xixico; Bugue e Divino; Zezé (Agostinho), Zé Carlos, Pelezinho (Pelezão) e Oscar. Técnico: Carlos Morales. 
Tupi: Lumumba, Santana, Murilo, Jair e Danilo; Jailton e Osvaldo (Heleno); Milton (Edinho), Cristóvão (Hércules), Adair e Ninha.

O jogo de fundo reuniu o Grêmio, de Porto Alegre, e o Atlético Mineiro.
Dois dias antes do amistoso em Brasília, o Grêmio havia vencido no Mineirão a equipe do América, de Belo Horizonte, por 2 x 1.
Assim, as equipes viajaram no dia 20 de abril, no mesmo avião, de Belo Horizonte para Brasília. Cada clube recebeu a cota fixa de 15 mil cruzeiros.
O Atlético Mineiro homenageou o Presidente da República oferecendo-lhe um chaveiro de ouro com o escudo do clube.
O jogo foi realizado com os portões abertos e o público foi calculado em mais de 20.000 espectadores, um dos maiores que já compareceu ao Estádio Pelezão.
O jogo foi bem disputado e agradou ao público. Depois de um início de jogo equilibrado, o Grêmio passou a dominar a partida, explorando principalmente as falhas da zaga central atleticana.
Aos 22 minutos do 1º tempo, surgiu o primeiro gol do Grêmio. Depois de uma trama pelo centro do ataque, Volmir chutou forte da esquerda, entrando Flecha na corrida para tocar de primeira para as redes.
O segundo gol do Grêmio aconteceu aos 17 minutos do 2º tempo, num contra-ataque, quando a defesa do Atlético Mineiro cedeu um escanteio. Na cobrança pela direita, Volmir recebeu curto de Flecha e numa jogada muito aplaudida pelo público, driblou seguidamente três adversários, entrou na área e chutou. A bola bateu num zagueiro atleticano e sobrou para João Severiano emendar da marca do pênalti para dentro do gol.
A súmula do jogo foi a seguinte:

GRÊMIO 2 x 0 ATLÉTICO MINEIRO
Árbitro: Armando Marques
Gols: Flecha, 22 e João Severiano, 62
Grêmio: Breno, Espinosa, Ari Ercílio, Beto e Jamir; Jadir e Sérgio Lopes; Flecha (Paíca), João Severiano, Volmir e Loivo. Técnico: Carlos Froner.
Atlético Mineiro: Hélio, Humberto Monteiro, Normandes, Vander e Vantuir; Vanderlei Paiva e Amauri Horta (Humberto Ramos); Vaguinho, Lola, Lacy (Beto) e Tião. Técnico: Telê Santana.

Obs.: Todos os jogadores receberam uma medalha do Presidente da República Emílio Garrastazu Médici. Aos capitães das duas equipes foram entregues as taças comemorativas da partida.




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