Para começar, diga o seu nome completo e, caso tenha
algum apelido, como surgiu esse apelido?
Rodrigo Antônio Lopes Belchior, conhecido como Rodriguinho,
devido a ser franzino.
Qual o local e a data de seu nascimento?
Nasci no Gama, no dia 3 de julho de 1980.
Quando você começou a jogar futebol?
Comecei a jogar aos seis anos de idade, na escolinha
de Futebol Jaime Santos. Toda a minha infância foi jogando futebol pela escolinha
do Jaime e futsal na AABB, até me profissionalizar aos 17 anos pela Sociedade Esportiva
do Gama.
Quem foi seu primeiro treinador? Quem mais o incentivou
a continuar na carreira de jogador de futebol?
O meu primeiro treinador foi o Jaime Santos, ao qual
eu devo muito. Foi um grande professor, porém, quem mais me incentivou foram meus
pais, minha mãe Terezinha e meu pai Belisário. Minha mãe, infelizmente, não teve
a oportunidade de me ver jogando profissionalmente, mas tenho certeza que ela está
ao lado de Deus cuidando dos meus caminhos. Ao meu pai eu tenho que agradecer, e
se eu agradecê-lo todos os dias, ainda será muito pouco por tudo que ele fez por
mim. Tenho muito orgulho de ser filho dessa pessoa tão maravilhosa, que me ajudou
e sempre me ajuda. Somos muito unidos e acima de tudo ele me mostrou que ser profissional
seria uma consequência, mas ser homem era uma obrigação, manter meus princípios,
ter humildade e hombridade.
Conte um pouco de sua trajetória no futebol, citando
os clubes e os anos em que jogou.
Me profissionalizei no final de 1997, pelo Gama,
e fiquei até 2006, quase dez anos vestindo essa camisa, que me orgulho muito em
ter feito parte dessa história.
Nesse período, fui emprestado ao CFZ, em 2002, ao Paysandu em 2005 e ao Ipatinga
em 2006.
Fui vendido ao Brasiliense, onde fiquei até 2010, sendo emprestado em 2008 para
o Ipatinga, para a disputa do Campeonato Brasileiro.
Em 2009 fui emprestado ao Changchun Yatai Football, da China, porém não houve um
acordo com o Brasiliense.
Em 2010 fui emprestado ao Sertãozinho, do interior de São Paulo, encerrando meu
contrato com o Brasiliense.
Ainda em 2010 fui para o Iran, ficando dois anos. No primeiro ano joguei no Rah
Ahan FC. Na segunda temporada, 2011, joguei no Damash, voltando ao Brasil em 2012,
indo jogar na Anapolina.
Logo em seguida fui para o Sampaio Corrêa.
Em 2013 atuei pelo Ceilândia, Rio Branco (AC) e Santos, de Macapá (AP). Em 2014, joguei
no Luziânia, e em 2015 fiz parte do grupo do Gama. Infelizmente me machuquei no
primeiro amistoso feito pelo Gama e não tive a oportunidade de jogar oficialmente
pelo clube.
Durante esse período que você
esteve no Iran, ganhou algum título?
Não, infelizmente, não. Ganhei muita experiência.
Ir para lá foi um grande desafio para mim.
Quais os títulos que conquistou no futebol, tanto em
Brasília quanto em outros Estados?
Graças a Deus hoje sou o atleta com o maior número
de títulos no futebol brasiliense. Só tenho a agradecer a Deus e aos meus colegas
que me deram essa oportunidade. Os títulos foram:
Campeão Brasileiro da Série B, em 1998, pelo Gama, título de maior expressão na
minha carreira.
Campeão brasiliense pelo Gama em 1998, 1999, 2000, 2001 e 2003.
Campeão paraense pelo Paysandu, em 2005.
Campeonato brasiliense pelo Brasiliense em 2006, 2007, 2008 e 2009.
Campeão maranhense pelo Sampaio Corrêa, em 2012.
Campeão amapaense pelo Santos, em 2013.
Campeão brasiliense pelo Luziânia, em 2014.
Campeão brasiliense pelo Gama, em 2015.
Títulos individuais: maior artilheiro da década de 2000 pelo Gama, maior detentor
de títulos na história do Gama e o segundo maior artilheiro da história do Gama.
Se já parou com a bola, onde e quando encerrou a carreira
de jogador?
Ainda não me aposentei e espero jogar por pelo menos
mais uns três anos, se Deus assim permitir. Apesar de que, no futebol, temos que
passar por algumas situações inusitadas, que fogem um pouco da nossa vontade, mas
espero superar tudo de ruim que passei em 2015 e dar a volta em 2016. Tenho fé em
Deus que será um grande ano para mim.
Depois que você encerrar a carreira de jogador, pretende
exercer alguma atividade relacionada ao futebol, tais como treinador, dirigente
de clube, árbitro de futebol, massagista, preparador físico etc.?
Já estou me planejando para ser algo dentro do futebol,
sou muito observador e muito estudioso. Espero seguir algo dentro do futebol. Independente
da profissão que eu tiver futuramente, pode ter certeza que vou lutar para ser cheia
de conquistas.
Qual sua opinião sobre o futebol de Brasília, sabidamente
um futebol que não é valorizado pela imprensa brasileira?
Sobre o futebol de Brasília eu tenho plena confiança
na qualidade de muitos atletas, de muitos diretores, de muitos treinadores e vejo
uma imprensa muito aguerrida, tentando levar e elevar ao máximo o futebol de Brasília,
porém, em todos os setores existem os maus profissionais, que infelizmente estão
dentro do futebol de Brasília. Gostaria muito de ter o poder de tirá-los do futebol
para que o mesmo pudesse crescer, mas não consigo. Então temos que ficar vendo times
com grande expressão, com uma grande torcida, se definhando por culpa de alguns
amadores, que se alojam dentro da instituição e não largam o osso.
O que o futebol de Brasília
tem de fazer para se tornar um dos melhores do Brasil?
Acredito que para Brasília ser uma das melhores do
Brasil, acima de tudo é necessária uma união em todas as esferas e um profissionalismo
em todos os setores. Precisamos olhar mais para as equipes de base, para os atletas
do futuro, pois eles precisam estar preparados para fazer esse crescimento no futebol
de Brasília.
Você acredita que a reinauguração
do Mané Garrincha trará evolução ao futebol brasiliense?
Não acredito na evolução do futebol de Brasília devido
ao estádio Mané Garrincha, porém eu sou o maior defensor dos estádios bem cuidados
e bem planejados, tanto para os atletas quanto para os torcedores. O Mané Garrincha
é um grande estádio, tínhamos que utilizá-lo mais vezes e não apenas nas finais.
Você considera que os grandes
jogadores do futebol de Brasília tem categoria suficiente para atuar em qualquer
clube do Brasil?
Tenho certeza que temos jogadores no futebol de Brasília
que não tiveram a oportunidade de estar junto aos grandes atletas do Brasil e do
mundo, mas talento e capacidade vários atletas aqui de Brasília tem.
Se você fosse formar a seleção
brasiliense de todos os tempos, quais seriam os onze jogadores que formariam a equipe
titular e os onze que seriam reservas imediatos?
Não vou citar um time ou a seleção de Brasília, pois
vou cometer algumas injustiças. Então prefiro deixar nas minhas lembranças grandes
atletas e grandes jogadas que já foram feitas aqui.
Quais foram os três melhores
treinadores do futebol de Brasília com quem você pôde trabalhar?
Já tive ótimos professores, que me ensinaram muito.
Não vou cometer injustiça de citar apenas três. Infelizmente tive um treinador que
nunca tinha ganhado nada e se achava o Pelé dos treinadores, mas aprendi demais
com esse treinador, principalmente em como não se deve tratar as pessoas.
E os três melhores dirigentes?
Da mesma forma não citarei os melhores dirigentes,
pois tive vários e muito bons. Tive a infelicidade de trabalhar com um que não tem
hombridade, extremamente amador e não sabe a realidade da palavra VERDADE, ou seja,
é um grande mentiroso. Eu não citarei os melhores,
mas agradeço ao Daniel, Presidente do Luziânia, um grande profissional, ao Luiz
Estevão, que também sempre foi muito correto comigo, assim como o Wagner Marques,
o Agrício Braga e o Ari, entre outros.
Dá para se falar que existem
grandes rivalidades no futebol de Brasília?
O futebol de Brasília sempre teve e sempre terá grandes
confrontos, mas acho que o maior clássico fica entre Gama x Brasiliense.
Alguns jogadores escondem ou
preferem não dizer para qual time torcem. No seu caso, qual é o seu time do coração.
Eu torço para o Gama. Criei uma identidade muito
grande com o Luziânia, pois a cidade me acolheu muito bem e os torcedores foram
essenciais na conquista de 2014. Tenho um carinho muito grande pelo Luziânia.
Você tem aquele jogo que considera
inesquecível?
Não tem como citar um jogo inesquecível, pois disputei
grandes jogos, mas a minha estreia como profissional, em 15 de março de 1998, no
Serejão, contra o Taguatinga, e todas as finais sempre foram jogos incríveis.
Esqueça um pouco a modéstia e fale de suas características
dentro de campo.
Eu não consigo me descrever kkkkk, mas acho que minha
melhor característica é ser um atleta de grupo, sem nenhum tipo de vaidade.
Quem era o seu ídolo no futebol? Teve oportunidade de
estar em um campo de futebol ao lado dele?
Eu nunca tive um atleta como ídolo, porém tenho vários
atletas como exemplo e agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de ter convivido
com alguns e jogado contra outros.
ACERVO ICONOGRÁFICO
Nenhum comentário:
Postar um comentário