sábado, 6 de junho de 2015

OS CLUBES DO DF: 20 ANOS DE S. E. BRAZLÂNDIA - 2ª parte - 2001/2015


A mistura de jovens e veteranos foi a fórmula encontrada pelo Brazlândia para uma boa campanha no Campeonato Brasiliense de 2001. Jogadores experientes, como o goleiro Ronaldo, 36 anos, Márcio Franco (ex-Ceilândia), 29, os zagueiros Dias Baiano (ex-Ceilândia, 34) e Bilzão (ex-Sobradinho, 34), o volante Evilásio (ex-Bandeirante, 33) e o atacante Bé, 35 anos, se juntaram às “crias da casa”. O principal destaque entre os garotos formados nas categorias de base era o meia Didão, de 19 anos. Outro destaque entre as pratas-da-casa era o atacante Keba, de 22, remanescente do ano passado. Para treinador, convidou o veterano Eurípedes Bueno, de 60 anos.
Essa fórmula deu certo e o time acabaria fazendo uma grande campanha, fechando a primeira fase em primeiro lugar entre os dez participantes, à frente de Brasiliense, Bandeirante e Gama. Nos 18 jogos que disputou, venceu 13 e perdeu apenas dois. Nas semifinais, perdeu para o Gama por 2 x 0 no primeiro jogo, no Bezerrão, em 13 de maio. Uma semana depois, não conseguiu reverter o resultado, vencendo por apenas 1 x 0, sendo eliminado. Na classificação final, ficou com o terceiro lugar (melhor colocação em toda sua história) e foi o clube que mais somou pontos: 45, contra 39 do Gama e 43 do Brasiliense. Ronaldo foi o goleiro menos vazado do campeonato.

Em 2002, já como clube-empresa, resolveu apostar novamente na mescla de jogadores veteranos e jovens, desta vez não obtendo êxito. Depois de amargar algumas rodadas na lanterna, terminou em sexto lugar, mesma posição alcançada em 2003, quando fez campanha mediana, novamente terminando em sexto lugar.

Nos bastidores, porém, a situação do clube era crítica. Com o fim do subsídio do Governo do Distrito Federal ao futebol, a crônica crise financeira se agravou. O Brazlândia, que já tinha a péssima fama de pior pagador do futebol brasiliense, com vários meses de salários atrasados, passou a ser ameaçado pelo fantasma do rebaixamento. Sem dinheiro, Ruthes apostou na parceria com o amador Jaguar, a qual rendeu o vice-campeonato brasiliense de juniores em 2002, melhor colocação do Brazlândia nessa categoria em toda a sua história.

No entanto, em 2004, aconteceu novo descenso, com míseros dois pontos (dois empates em 11 jogos) o Brazlândia voltou à Segunda Divisão.
Apostou num técnico vitorioso no passado, o uruguaio Roberto Delgado - comandante do Tiradentes no título de 1988, que confiou em sua amizade com o ex-jogador e empresário Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, para reforçar o time. Recebeu o lateral Toró e o zagueiro Robson, além de reforços do futebol paulista e cearense. Nada disso, porém, foi suficiente para manter o Brazlândia na Primeira Divisão.
O baque foi tão grande que na Segunda Divisão o Brazlândia ficou em 11º entre 13 participantes.
Foi quinto colocado em 2005, perdendo a chance de passar para a final depois de ser eliminado nas semifinais pelo Capital, e sexto colocado em 2006, num campeonato de pontos corridos e turno único.
Brazlândia - 2007

O retorno à Primeira Divisão veio em grande estilo, com o título conquistado em 2007, com vitória na final sobre o badalado Legião. 
No ano seguinte, 2008, conseguiu fazer o ''feijão com arroz'' para se manter na divisão principal, ficando em 5° lugar. Até teve direito de disputar a Série C do Campeonato Brasileiro por desistência de outros clubes, mas acabou desistindo também.
Novamente sem dinheiro, em 2009 o clube foi lanterna do campeonato brasiliense, vencendo apenas um dos 14 jogos que disputou, sendo rebaixado para a Segunda Divisão, onde permaneceu por dois anos seguidos.
Alegando falta de estrutura em seu estádio e sem ter apoio financeiro, o Brazlândia desistiu de disputar a Segunda Divisão de 2010, sendo rebaixado para a Terceira Divisão, que aconteceria em 2011 (acabou não sendo realizada por falta de clubes).
Em 2011, de volta à Segunda Divisão, o Brazlândia surpreendeu e conquistou o segundo título de sua curta história. Jogando quase sem nenhum recurso e com um time formado por jogadores da base e amadores, o Brazlândia foi melhor que adversários com mais condições financeiras, revelando bons jogadores como o zagueiro Somália, o lateral Welington e os atacantes Wudson e Gustavo, todos posteriormente negociados com o Brasiliense.
O Brazlândia fez uma boa campanha em 2012, terminando na sexta colocação.
Brazlândia - 2013

No ano seguinte, 2013, novamente sem dinheiro, vários jogadores importantes abandonaram o clube, que fez uma campanha abaixo do esperado. Após onze rodadas, o Brazlândia não somou uma vitória sequer e acabou rebaixado para a Segunda Divisão com uma rodada de antecedência.
Para a Segunda Divisão de 2014 estava tudo acertado para participarem 11 equipes, dentre elas o Brazlândia. Poucos dias antes do início da competição, previsto para o dia 26 de julho de 2014, cinco equipes desistiram da competição, alegando falta de recursos financeiros para disputarem um campeonato que duraria um mês e meio. Dentre essas equipes estava o Brazlândia. A Segunda Divisão de 2014 contou, portanto, com apenas seis participantes.
Depois de alguns adiamentos, finalmente no último dia 3 de junho foi realizado o Conselho Arbitral da Segunda Divisão de 2015. Na reunião foram definidos os pontos cruciais para o início do campeonato, que está previsto para começar no dia 8 de agosto, com a participação de 12 clubes, a saber: Bandeirante, Bolamense, Botafogo, Brazlândia, Capital, CFZ, Dom Pedro II, Guará, Legião, Paranoá, S. E. Planaltina e Planaltina E. C.
A forma de disputa será a mesma de 2014, com pontos corridos em turno único e uma final entre os dois melhores colocados.
A tabela também foi divulgada, cabendo ao Brazlândia, na primeira rodada, enfrentar o Bandeirante.


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