O Brasiliense obteve maiúsculo e inesperado resultado na Copa do Brasil de 2002
ao golear o Atlético Mineiro, em pleno Mineirão, por 3 x 0, e deixar praticamente
acertada sua classificação para a final da competição.
Mais
uma vez jogando com determinação e velocidade, e marcando forte no
meio-de-campo, o Brasiliense não tomou conhecimento da maior tradição do
adversário, que jogou desfalcado dos meias Djair e Rodrigo e do atacante
Marques. Além disso, o Atlético Mineiro perdeu uma invencibilidade de 19 jogos
no Mineirão, que vinha desde outubro de 2001.
A primeira grande chance surgiu aos 11 minutos: Jackson driblou três
adversários, mas bateu por cima. Aos 14, foi a vez de Gil Baiano aproveitar
falha na intermediária do Atlético Mineiro para roubar a bola e rolar para
Wellington Dias. O meia, porém, tocou por cobertura, para fora.
Aos 16 minutos, o primeiro chute dos mineiros ao gol, com Rubens Junior. A bola
saiu à direita da trave de Donizete.
A partir daí, enquanto a torcida pedia raça aos jogadores do Atlético Mineiro,
o Brasiliense passou a tomar conta do jogo. E chegou ao gol aos 29 minutos, em
bela cobrança de falta de Gil Baiano, que encobriu a barreira e enganou
Milagres: 1 x 0.
Logo em seguida, o técnico Levir Culpi mudou o esquema tático, do 3-5-2 para o
4-4-2, com a entrada do lateral Baiano no lugar do zagueiro Gutierrez. A
alteração abriu espaços para o Brasiliense, que só não ampliou por infelicidade
de seus atacantes.
Aos 32 minutos, Wellington Dias escapou pela direita e cruzou para Jackson, que
se atrapalhou e bateu para fora. No minuto seguinte, Gil Baiano passou por três
adversários na intermediária, mas chutou por cima do gol. E, aos 34, Jackson
deu belo drible de corpo em Gilberto Silva e, sozinho, invadiu a área mineira,
mas concluiu em coma de Milagres.
Somente aos 41 minutos o Atlético Mineiro chegou perto do gol de Donizete,
quando Mancine cobrou falta pela esquerda, a bola atravessou a área, mas
Marcelo Djian não alcançou. Irritada, a torcida mineira vaiou os jogadores do
Atlético, que deixaram o campo empurrando os repórteres, sem dar entrevistas.
Wellington Dias |
No segundo tempo, com a entrada do novato Paulinho no lugar de Bruno, o
Atlético Mineiro esboçou uma reação. Mas logo o Brasiliense se impôs. A rigor,
somente aos 16 minutos, o time mineiro levou perigo. Em cobrança de falta de
Mancine, a bola desviou na barreira e, na sobra, Donizete defendeu com o joelho
um chute de Wellington Amorim.
A partir daí, o Atlético Mineiro, visivelmente nervoso, não conseguiu criar
mais nada. E o Brasiliense tratou de administrar. E ampliar. Aos 35 minutos,
Gil Baiano roubou a bola no meio de campo, deu um chapéu em Bosco e lançou
Wellington Dias, pela esquerda. O meia cruzou, Edgar falhou feio e Weldon teve
apenas o trabalho de empurrar para as redes: 2 x 0. Aos 46, Wellington Dias
escapou pela intermediária e bateu de fora da área, no canto esquerdo de
Milagres.
ATLÉTICO MINEIRO 0 x 3 BRASILIENSE
Data: 24 de abril de 2002
Local: Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Paulo César de Oliveira (SP)
Renda: R$ 209.485,00
Público: 22.269 pagantes
Gols: Gil Baiano, 29;
Weldon, 80 e Wellington Dias, 90+1
ATLÉTICO MINEIRO: Milagres, Gutiérrez (Baiano), Marcelo Djian, Edgar e Bruno
(Paulinho); Mancine, Bosco, Gilberto Silva e Rubens Júnior; Wellington Amorim
(Éverton) e Guilherme. Técnico: Levir Culpi.
BRASILIENSE: Donizete, Moisés, Aldo, Thiago Gama e Emerson Ávila; Evandro,
Carioca, Gil Baiano (Maurício) e Wellington Dias; Auecione (Cris) e Jackson
(Weldon). Técnico: Péricles Chamusca.
Nota: depois dessa grande vitória, o Brasiliense voltou a derrotar o Atlético
Mineiro, desta vez no Serejão, por 2 x 1, tornando-se a primeira equipe do
Distrito Federal e da terceira divisão do Campeonato Brasileiro a chegar à
decisão de uma competição de elite.
Os gols do Brasiliense podem ser conferidos no link abaixo:
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