O Torneio “Hugo Mósca” teve prosseguimento no dia 19 de fevereiro de 1967,
quando o outro clube de Brasília, o Rabello, enfrentou o Flamengo, no Estádio
de Brasília.
E novamente o Flamengo não encontrou dificuldades para aplicar outra goleada: 5
x 0.
Antes do início da partida, em solenidade realizada no centro de campo, os
jogadores do Rabello receberam das mãos de seus colegas do Flamengo as faixas
de bicampeões de Brasília.
A arrecadação somou mais de Cr$ 10 milhões e os organizadores do espetáculo
afirmaram que não houve prejuízo.
Apesar de sofrer uma goleada maior, o Rabello mostrou ser bem melhor que o
Defelê. O Flamengo soube trancar-se nos vinte minutos iniciais para estudar o
adversário e quando percebeu as falhas do Rabello passou a atacar, marcando os
gols necessários para construir a goleada.
Apesar do resultado, a defesa do Rabello mostrou qualidade e por algum tempo
dominou a linha de ataque rubro-negra.
A primeira oportunidade de gol foi do Rabello, logo aos dois minutos, quando
Roberto teve o gol aberto, mas atrapalhou-se com a bola e saiu pela linha de
fundo.
O primeiro gol do Flamengo surgiu aos 18 minutos. Depois de uma tabelinha com
Paulo Henrique, Fio deu a Paulo Chôco e este trabalhou a bola, lançando
novamente a Fio, que fugiu pela ponta, passou pelo lateral-esquerdo Hélio em
diagonal e chutou na corrida. A bola, rasteira, entrou no outro canto.
O zagueiro Ditão marcou o segundo do Flamengo, aos 32 minutos, ao escorar um
cruzamento de Rodrigues Neto, num escanteio cobrado da esquerda, cabeceando
para vencer Zé Walter.
Pouco antes de terminar o 1º tempo, o Flamengo marcou o terceiro gol. A jogada
foi iniciada por Paulo Chôco e sobrou para Ademar Pantera, que,
inteligentemente, fingiu que ia chutar e abriu as pernas, levando muitos adversários
na conversa. A bola sobrou limpa para Rodrigues Neto, que encheu o pé, marcando
aos 42 minutos.
Mal havia começado o segundo tempo e o Flamengo, aos quatro minutos, marcava
mais um gol, o seu quarto. Após confusão na área do Rabello, Paulo Chôco chutou
na trave. Américo entrou pela esquerda, antecipou-se a Osvaldo e tocou a bola
para o fundo das redes.
Dois minutos depois desse gol, o goleiro Marco Aurélio fez uma sensacional
defesa, num voo acrobático, para defender um chute violento de Arnaldo.
O quinto e último gol do Flamengo saiu aos 22 minutos, após cobrança de
pênalti. Ademar Pantera tabelou com Américo e havia driblado Carlão, quando foi
derrubado na área. Pênalti marcado e transformado em gol por Osvaldo, que
chutou de pé canhoto, à meia altura, no canto direito.
Novamente o árbitro foi Gualter Gomes Portela Filho, do Rio de Janeiro, e as
equipes jogaram desta forma:
Rabello: Zé Walter, Aderbal, Mello, Carlão e Hélio (Serginho); João Dutra
(Tião) e Zé Maria; Zezé, Sabará (Sinval), Roberto e Arnaldo (Mendes). Técnico:
Morales.
Flamengo: Marco Aurélio, Leon, Ditão, Jaime e Paulo Henrique (Altair);
Carlinhos e Américo (Jarbas); Paulo Chôco, Ademar, Fio (Clair) e Rodrigues Neto
(Osvaldo). Técnico: Renganeschi.
Zé Maria, Aderbal, Hélio, Carlão, Mello, Zé Walter e Fuminho; Zezé, Sabará, Roberto, João Dutra, Arnaldo e Marreta. |
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