Mauro Fernandes da Silva nasceu em Paraopeba, que já foi distrito de Sete
Lagoas (MG), no dia 3 de agosto de 1953.
CARREIRA COMO JOGADOR
Em seu começo de carreira,
como centroavante, Mauro passou pelas categorias de base do Corinthians, de São
Paulo, e defendeu também outras equipes do interior paulista, tais como
Catanduvense e Ponte Preta.
Em seguida passou por Taguatinga-DF
(1976), Paysandu-SC (1977), Figueirense-SC (1977 e 1978), Juventude-RS (1978), Bagé-RS
(1978) e Novo Hamburgo-RS (1979), Goiás e Operário-MS, até desembarcar no
futebol nordestino.
No Campinense, de Campina
Grande (PB), sagrou-se campeão paraibano de 1979. Na final, somente disputada
em 22 de junho de 1980, marcou o gol do empate em 1 x 1 com o Botafogo,
resultado que deu o título ao Campinense. Formou o Campinense com Jorge Luís,
Galba, Zé Carlos, Timbó e Olímpio; Marcos Paraíba, Fernando e Reinaldo;
Gabriel, Mauro e Bebeto. Técnico: Zezinho Ibiapino.
Na Paraíba, Mauro também
jogou no Treze, de Campina Grande, em 1982, e no Botafogo, de João Pessoa, em
1984. Além desses dois clubes paraibanos, defendeu o CSA, de Maceió (AL).
Ainda jogou em times do
México (Atlas) e da Grécia.
CARREIRA COMO TREINADOR
Penduradas as chuteiras,
passou por diversos clubes brasileiros para colecionar títulos como treinador.
Ainda em 1984, Mauro
Fernandes iniciou a carreira de técnico no Auto Esporte, de João Pessoa (PB).
Se tornaria campeão
paraibano nos anos de 1986 e 1989, como treinador do Botafogo, de João Pessoa.
Em 1990 sagrou-se campeão
potiguar pelo ABC e, no ano seguinte, foi campeão alagoano pelo CSA.
Foi bicampeão sergipano em
1994 e 1995, pelo Sergipe.
Transferiu-se para o Goiás,
onde também foi bicampeão estadual, nos anos de 1996 e 1997. O Goiás ficou 28
jogos sem perder no estadual de 1997.
Passou pelo Atlético
Goianiense em 1997 e foi para o Sport Recife, onde sagrou-se campeão
pernambucano em 1998.
Dirigiu o Coritiba em 1999
e foi técnico do Botafogo, do Rio de Janeiro, no mesmo ano.
Em 2000, esteve na Matonense,
de São Paulo, e no Gama treinou a equipe em 13 jogos do Campeonato Brasileiro
da Série A.
No ano de 2001 treinou o
Londrina, do Paraná, e o ABC, de Natal (RN).
Em 2002 passou pelo
América-MG, CRB (AL) e Sport Recife. Na primeira passagem pelo América mineiro,
foi responsável por revelar atletas como o
atacante Fred e o armador Wagner.
Quando chegou ao Londrina,
em 2003, encontrou o clube na 14ª posição do Campeonato Brasileiro da Série B,
com 25 pontos. Depois de duas vitórias e dois empates, os paranaenses se
despediram da competição em 10º lugar.
Depois que deixou o
Londrina, em 2004 foi campeão do DF com o Brasiliense e foi técnico do Fortaleza
(CE).
No período de 2005 a 2006, foi
treinador de dois clubes do DF, Ceilândia e Gama.
Estava no Ceilândia, de
onde saiu para o Bahia. Em abril de 2006 passou a comandar o Bahia no
campeonato baiano desse ano. Estreou na competição contra o Poções, com empate
em 2 x 2, fora de casa. Levou o clube até as finais do Estadual e terminou na
terceira colocação. No dia 29 de junho entregou o cargo.
De setembro de 2006 a
fevereiro de 2007 esteve no maior rival do Bahia, o Vitória. Também foi
treinador do Santa Cruz de julho de 2007 a maio de 2008.
Em seguida, assumiu o
comando do Atlético Goianiense e levou o clube à conquista do título do
Campeonato Brasileiro da Série C.
Depois que deixou o
rubro-negro goiano, em fevereiro de 2009, teve uma rápida passagem pelo Vitória
(BA), retornou ao Atlético Goianiense - maio a setembro de 2009 - e dirigiu o
Brasiliense (DF), no restante de 2009 até fevereiro de 2010.
Em fevereiro
de 2010, Mauro Fernandes assumiu o comando do América, de Belo Horizonte (MG). Sob
o comando do técnico, a equipe terminou a Série B do Campeonato Brasileiro na quarta
colocação, conquistando a ascensão para a Série A de 2011.
No dia 7 de fevereiro de 2011, Mauro Fernandes
recebeu o Troféu Guará 2010, como melhor técnico do ano em Minas Gerais.
No dia
11 de junho de 2011, em comum acordo com a diretoria, teve seu contrato rescindido.
Logo depois,
em 3 de agosto de 2011, Mauro Fernandes foi anunciado como novo treinador do Criciúma,
para substituir Guto Ferreira. Insatisfeito com o desempenho da equipe na Série
B do Campeonato Brasileiro (9 jogos, três vitórias, um empate e cinco derrotas),
Mauro Fernandes pediu demissão no dia 17 de setembro de 2011. Foi treinar o
Itumbiara (GO).
Em
2012 foi treinador do Villa Nova (MG), do Grêmio Barueri (SP) e novamente do
América-MG.
Sem chances de voltar à elite do futebol brasileiro,
o América-MG decidiu demitir Mauro Fernandes no dia 30 de novembro de 2012,
após a derrota por 1 x 0 para o ASA, no Estádio Independência, pela 34ª rodada
do Campeonato Brasileiro da Série B.
Curiosamente, essa demissão aconteceu logo depois
dele se tornar o nono técnico com mais partidas no comando do América.
Depois do América-MG, dirigiu o Rio Verde, de Goiás.
Em fevereiro de 2013, com o Rio Verde na lanterna
do Campeonato Goiano, foi demitido pela diretoria do clube.
Ainda em Goiás, foi treinador do Caldas Novas. Acertou sua contratação no dia 3
de dezembro de 2014, para disputar o campeonato goiano de 2015. No dia 12 de março
de 2015, o Caldas Novas demitiu Mauro Fernandes.
Após
quase dois anos sem clube, em fevereiro de 2017, Mauro Fernandes passou a ser o
novo técnico do Treze no campeonato paraibano.
Depois
do Treze, no dia 30 de maio Mauro Fernandes acertou com a Portuguesa de Desportos
para comandar a equipe paulista na sequência da Série D do Brasileirão 2017. Sua
principal missão passou a ser conseguir o acesso a Série C do Campeonato Brasileiro
de 2018 com o clube. Com a eliminação, ainda na primeira fase do Campeonato
Brasileiro da Série D, a Portuguesa de Desportos voltou as atenções para a Copa
Paulista, onde teria a chance de buscar uma vaga na competição nacional para
2018. Em 10 de agosto de 2017, a Portuguesa de Desportos anunciou a saída do
técnico.
Em 1º de novembro de 2017,
o Central, de Caruaru (PE) anunciou Mauro Fernandes como novo treinador do
clube para a temporada 2018.
O Central conquistou o vice-campeonato pernambucano após empatar com o Náutico no primeiro jogo e perder o segundo. Logo depois, em 22 de maio de 2018, Mauro Fernandes se desligou do Central em comum acordo com a diretoria do clube.
Em 11 de fevereiro de 2019, Mauro Fernandes assumiu o comando técnico da Caldense, de Poços de Caldas (MG), conseguiu uma vaga nas quartas de final do campeonato mineiro, quando acabou derrotado pelo América.
O Central conquistou o vice-campeonato pernambucano após empatar com o Náutico no primeiro jogo e perder o segundo. Logo depois, em 22 de maio de 2018, Mauro Fernandes se desligou do Central em comum acordo com a diretoria do clube.
Em 11 de fevereiro de 2019, Mauro Fernandes assumiu o comando técnico da Caldense, de Poços de Caldas (MG), conseguiu uma vaga nas quartas de final do campeonato mineiro, quando acabou derrotado pelo América.
Depois de uma rápida passagem pelo Brasiliense, foi, então, em 18 de junho
de 2020, para o Botafogo, de João Pessoa (PB), após 32 anos (ele havia treinado
o Botafogo em 1988, quando foram campeões do Campeonato Paraibano). Em agosto de
2020, após a eliminação do clube no estadual, diante do Treze, o Botafogo e o
treinador rescindiram contrato.
PASSAGEM POR BRASÍLIA
Poucos sabem, mas a
primeira passagem de Mauro Fernandes por Brasília foi no tempo em que ele ainda
era jogador e conhecido apenas por Mauro. No começo de maio de 1976, foi
concedida a sua transferência para o Taguatinga, onde disputaria o primeiro
campeonato da nova era profissional do DF. Foram nove jogos, sem marcar gols. Detalhe:
atuando como zagueiro.
Sua estreia aconteceu no
dia 8 de maio de 1976, no Pelezão, na derrota de 2 x 1 para o Ceub. O
Taguatinga formou com Carlos José, Aldair, Mauro, Mundinho e Chico; Pedrinho,
Douradinho (Bira) e Banana; Maurício, Nemias e Dinarte (Piau). Técnico:
Eurípedes Bueno de Morais.
E sua última partida foi em
15 de agosto de 1976, também no Pelezão, com vitória de 3 x 2 sobre o Gama.
Como treinador, a primeira
vez que Mauro Fernandes trabalhou no futebol brasiliense foi em 2000, quando
substituiu Vágner Benazzi no comando do Gama no Campeonato Brasileiro da Série
A desse ano. A estreia aconteceu no dia 10 de setembro de 2000, no Mineirão,
com derrota de 2 x 1 para o Cruzeiro. O Gama jogou assim: Fernando, Paulo
Henrique, Gerson (Sílvio Goiano), Jairo e Rodriguinho (Sílvio); Deda, Newton,
Lindomar e Sérgio Soares (Kabila); Romualdo e Juari.
Foram 13 jogos à frente da
equipe, com oito derrotas, dois empates e apenas três vitórias (sobre dois
grandes do futebol brasileiro, Palmeiras e Santos).
Retornaria ao futebol
brasiliense em 2004, para treinar o Brasiliense. Chegou ao clube no dia 20 de
novembro de 2003. Em sua primeira passagem pelo Brasiliense, Mauro Fernandes
levou a equipe ao então inédito título de campeão brasiliense. Estreou no dia
25 de janeiro de 2004, no Augustinho Lima, no empate de 1 x 1 com o Sobradinho.
A equipe escalada por Mauro Fernandes foi a seguinte: Donizeti, Dida, Jairo,
Gerson e Durval; Deda, Robston (Wellington Dias), Adavilson e Tiano; Paulinho
(Abimael) e Anderson (Igor).
O título foi conquistado
com apenas uma derrota nos quinze jogos que disputou (mais dez vitórias e
quatro empates).
Além disso, Mauro Fernandes
montou o grupo da conquista do título de campeão brasileiro da Série B. Estreou
no dia 24 de abril, no empate em 1 x 1 com o Ituano, em Itu. Permaneceu à
frente da equipe em 17 jogos (com 10 vitórias, 5 empates e duas derrotas), até
o dia 13 de agosto. Saiu para assumir o Fortaleza, em meio à campanha,
desgastado pela relação com o meia Iranildo. O ex-zagueiro Edinho assumiu o
cargo para comemorar o título e o acesso para a elite nacional de 2005.
Esses
foram os números de Mauro Fernandes em sua primeira passagem de Brasiliense: 69% de aproveitamento, 36 jogos, 21 vitórias, 12 empates e 3 derrotas.
74 gols a favor e 30 contra.
Em 2005 treinou o Ceilândia
em 16 jogos pelo campeonato brasiliense e o Gama em apenas quatro jogos válidos
pelo Campeonato Brasileiro da Série B.
No Ceilândia ainda
trabalhou nos anos de 2006 e 2007, ambos valendo pelo campeonato brasiliense.
Em 2006 foram 14 jogos e em 2007, apenas seis.
Cinco anos depois, Mauro
Fernandes voltou ao Brasiliense nas duas últimas rodadas do Campeonato
Brasileiro da Série B de 2009. Conseguiu salvar a equipe do rebaixamento com
duas vitórias, ambas por 2 x 1 sobre Bragantino-SP (fora) e Vila Nova-GO
(casa).
A sequência, porém, foi
desastrosa no campeonato brasiliense de 2010. Depois de dois empates (1 x 1 com
o Botafogo, no CAVE, e 0 x 0 com o Ceilândia, no Serejão), uma vitória (1 x 0
sobre o Dom Pedro II) e duas derrotas (1 x 2 para o Ceilandense, no Abadião, e
1 x 3 para o Gama, no Bezerrão), Mauro Fernandes deixou o cargo, com o
Brasiliense na zona do rebaixamento local pela primeira e única vez na
história.
A
segunda passagem de Mauro Fernandes pelo Brasiliense foi bem pior que a
primeira. Aproveitamento de 46%; 8 jogos, 3 vitórias, 2
empates e 2 derrotas. 8 gols a favor e 8 gols contra.
Voltaria ao Brasiliense em
2 de setembro de 2019, visando a temporada de 2020. No dia 16 de fevereiro de
2020, o treinador rescindiu contrato com o clube da Capital Federal.
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