Nas quadras de futebol de salão de Sobradinho, Dimba
deu os primeiros chutes.
Demorou a se destacar no futebol. A mudança para os
gramados de futebol aconteceu apenas com 21 anos, em 1994.
Sua estreia aconteceu no dia 1º de maio de 1994, no
Augustinho Lima, na vitória de 2 x 1 do Sobradinho sobre o Brasília. O
Sobradinho formou com Marco Antônio, Juari, Ismael, Trajano e Dal; Chiquinho,
Michael e Dorival; Raimundinho (Tinho), Filó e Dimba (Rildo). Técnico: José
Antônio Furtado Leal.
O primeiro gol no futebol profissional veio logo no
segundo jogo, e não foi um e sim dois, na vitória de 3 x 0 do Sobradinho sobre
o Comercial, no dia 8 de maio de 1994, também no Augustinho Lima.
Terminaria o campeonato brasiliense de 1994 na quinta
colocação entre os artilheiros, com seis gols (em 16 jogos).
No dia 29 de setembro de 1994 aconteceu a solenidade
de entrega do XI Troféu “Mané Garrincha” e Dimba foi um dos agraciados.
No primeiro semestre de 1995, disputou o campeonato
brasiliense, terminando novamente na quinta posição entre os artilheiros, ao
marcar nove gols pelo Sobradinho (em quinze jogos). No segundo, integrou a
equipe do Brasília na disputa do Campeonato Brasileiro da Série C de 1995.
Também nesse ano, foi convocado para defender a
Seleção do DF no amistoso contra o Botafogo, do Rio de Janeiro, no dia 11 de
maio de 1995, no estádio Mané Garrincha.
Começou o ano de 1996 emprestado ao Gama para a
disputa da Copa do Brasil desse ano. Retornou ao Sobradinho e conseguiu a
incrível marca de 22 gols em 21 jogos, tornando-se artilheiro do campeonato
brasiliense com nove gols a mais que o segundo colocado e, mesmo estando em uma
região com pouca tradição no futebol, despertou interesse de grandes clubes.
No ano seguinte, 1997, surgiu a primeira chance em um
time grande. Dimba foi contratado pelo Botafogo, do Rio de Janeiro, que apostou
no seu faro de artilheiro.
Logo em seu primeiro jogo oficial pelo Botafogo, no
dia
8 de fevereiro de 1997, no Caio Martins, em Niterói
(RJ), Dimba marcou o único gol da vitória de 1 x 0 sobre o Madureira. Dimba disputou
24 jogos pelo Botafogo na competição, uma boa parte deles revezando a vaga no
ataque com Bentinho (24 jogos) e Sorato (22), mas se transformou no herói do
título de campeão carioca desse ano. Na decisão contra o Vasco da Gama, em 8 de
julho de 1997, Dimba fez o gol da vitória de 1 x 0 e o da conquista.
A boa fase no Botafogo parou por aí. Dimba chegou a
ser apontado como o substituto de Túlio Maravilha. Mas, com atuações
irregulares, ele virou apenas uma moeda de troca do Botafogo.
Sua última participação pelo Botafogo aconteceu
durante o Festival Brasileiro de Futebol, torneio oficioso disputado em Campo
Grande (MS), de 29 de novembro a 5 de dezembro de 1997.
Logo depois teve uma frustrada experiência no Leça, da
Primeira Divisão de Portugal, onde estreou apenas na 27ª rodada, no dia 29 de
março de 1998, com vitória de 2 x 1 sobre o Rio Ave. No período de 29 de março
a 10 de maio de 1998, Dimba disputou sete jogos, nem sempre como titular, e
marcou apenas um gol, no dia 19 de abril de 1998, no empate em 1 x 1 com o
Farense.
Então, retornou ao Brasil e em julho de 1998, Dimba acertou
seu ingresso no América-MG, contratado como reforço do time para o Campeonato
Brasileiro da Série A desse ano. Mesmo marcando sete gols, não pôde impedir o
rebaixamento do América-MG.
Em 1999, foi para o Bahia, convidado pelo técnico Joel
Santana. O Bahia sagrou-se campeão baiano, tendo Dimba marcado oito gols
durante a competição, e chegou às quartas de final da Copa do Brasil, sendo
eliminado pelo Juventude, que seria o vencedor dessa competição. Seu contrato, no
entanto, não foi renovado.
Quase acertou sua transferência para o Gama, mas não
houve acerto financeiro entre as partes e foi jogar na Portuguesa de Desportos,
de São Paulo, assinando contrato em setembro de 1999.
Depois da Portuguesa de Desportos, Dimba foi novamente
para o Botafogo, de Joel Santana, onde teve uma passagem melancólica. Em um
ano, Dimba atuou somente quatro partidas como titular e entrou muitas outras
vezes no segundo tempo. Foram apenas quatro gols e o contrato rescindido a oito
meses do fim. O Botafogo passava por problemas financeiros, que levaram Dimba a
pensar em desistir do futebol. Sem o pagamento dos seus salários, Dimba então
resolveu deixar o clube e voltar para Brasília, para ficar perto da família e
tentar levantar a carreira. Recebeu o convite do Gama. Resolveu aceitar e, da
quase desistência, voltou a brilhar.
Apresentou-se em janeiro de 2002, logo tornando-se
vice-campeão e artilheiro da Copa Centro-Oeste, com 15 gols, e ficou na segunda
colocação entre os artilheiros do Campeonato Brasileiro da Série A, com 17
gols, dois a menos que os primeiros Rodrigo Fabbri, do Grêmio, e Luís Fabiano,
do São Paulo. Infelizmente, não conseguiu ajudar o Gama a permanecer na Série
A, caindo juntamente com Botafogo-RJ, Palmeiras e Portuguesa de Desportos.
Tornou-se o maior artilheiro do futebol brasileiro em
2002. Foram 40 gols durante a temporada - um a mais do que Romário, que jogava
no Fluminense. Dimba ganhou uma nova chance no mundo do futebol.
No ano seguinte, 2003, partiu para o Goiás, onde, conseguiu
voltar os holofotes de todo o Brasil para si. Na sua estreia fez quatro gols e sagrou-se campeão goiano.
Depois, acabou sendo o maior artilheiro do primeiro Campeonato Brasileiro (Série
A) de pontos corridos, batendo o recorde que pertencia a Edmundo, ao marcar impressionantes
31 gols. Sua média estava em quase um gol por jogo, quando rompeu os
ligamentos, ficando mais de um mês sem jogar, ainda assim conseguiu ser artilheiro
do campeonato.
A valorização foi imediata, o sucesso atraiu a atenção
de fora e, diante de tantas propostas, o jogador preferiu atuar no futebol asiático,
mais precisamente no Al-Ittihad, da Arábia Saudita, que já tinha o jogador
brasileiro Tcheco e era treinado pelo técnico também brasileiro Candinho.
Dimba ajudou o clube a conquistar a Liga dos Campeões da Ásia de 2004, tendo marcado gols nos quatro dos seis jogos disputados pelo clube na primeira fase da competição. Na Arábia Saudita, Dimba ficou apenas no primeiro semestre de 2004.
Dimba ajudou o clube a conquistar a Liga dos Campeões da Ásia de 2004, tendo marcado gols nos quatro dos seis jogos disputados pelo clube na primeira fase da competição. Na Arábia Saudita, Dimba ficou apenas no primeiro semestre de 2004.
Pouco depois voltou ao Brasil, no que talvez seja a
maior polêmica da carreira do jogador: sua passagem pelo Flamengo. Dimba era
apontado como a solução de gols para o ataque do Flamengo. Mas o atacante não
vingou. Pelo contrário. Apesar de um bom começo, decepcionou a torcida rubro-negra.
Marcou apenas 14 gols em 37 jogos. Sob enorme pressão da diretoria, da torcida
e da imprensa esportiva, deixou o time carioca no início de 2005, quando passou
a vestir a camisa do São Caetano, de São Paulo.
A boa fase vinha sendo recuperada no São Caetano, mas depois
que foi eliminado da Copa do Brasil e sem chances de conquistar o campeonato
paulista, o São Caetano começou a se organizar para o Campeonato Brasileiro da
Série A (quando acabaria sendo rebaixado), dispensando vários jogadores do
elenco, um deles, Dimba.
No final de dezembro de 2006, retornou ao futebol do
DF, depois que foi contratado pelo Brasiliense.
Fez sua estreia no dia 21 de janeiro de 2007, no
estádio JK, na vitória de 1 x 0 sobre o Paranoá. O Brasiliense formou com João
Carlos, Patrick, Pedro Paulo, Marcelo Ramos e Ademar; Ailson, Carlos Alberto,
Allann Delon e Adrianinho (Coquinho); Warley (Jonhes) e Dimba (Rodriguinho).
Técnico: Roberto Fernandes.
Sagrou-se bicampeão brasiliense nos anos de 2007 e
2008, além de disputar, nesses mesmos anos, dois campeonatos brasileiros da
Série B.
No Brasiliense ficou até agosto de 2008.
Em 2009, aos 35 anos, afastado dos gramados, entrou
para a política e concorreu ao posto de deputado distrital pelo PTC nas
eleições de 2010. Também se dedicava ao projeto social Dimba Gol, investindo em
escolinhas de futebol, aliando a prática de esportes à disciplina para os estudos.
Dimba voltou aos gramados em 2010, convidado pelo Ceilândia,
participando da grande campanha que deu à equipe o primeiro título de campeão brasiliense
de sua história, com direito a fazer gols nos dois jogos decisivos contra o
Brasiliense e dar volta olímpica em pleno estádio do rival. Disputou 20 jogos e
marcou sete gols.
Participou com a camisa do Ceilândia do Campeonato
Brasileiro da Série D de 2010, disputando seis jogos e marcando seis gols.
No primeiro semestre de 2011, Dimba disputou onze
jogos pelo campeonato brasiliense (marcando cinco gols). No segundo, deu mais
uma parada com o futebol profissional. Com 37 anos, resolveu voltar às origens
e retornou ao futsal, passando a ser um dos reforços do Peixe, de Sobradinho,
para a disputa o Campeonato Brasiliense, da Copa Brasília e da Taça Brasil de
Futsal.
Logo na primeira partida por sua nova equipe, Dimba, na
posição de pivô, demonstrou o seu faro de matador. Mesmo acima do peso e sem a
melhor readaptação nas quadras, marcou dois gols já na sua estreia pela Copa
Brasília.
Dimba deixava claro que não havia desistido dos
gramados e, no ano seguinte, 2012, estava de volta aos gramados e ao Ceilândia,
clube onde conquistou o bicampeonato brasiliense, tornando-se um dos maiores ídolos
da torcida do Ceilândia.
Permaneceu no Ceilândia até 2013 e nos dois anos
seguintes, 2014 e 2015, disputou o campeonato brasiliense pela equipe do
Sobradinho, encerrando sua carreira.
Ao todo, defendendo as cores dos clubes brasilienses
em todas as competições, Dimba marcou 151 gols, tornando-se o terceiro maior artilheiro da história do futebol brasiliense, atrás de Cassius e Joãozinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário