Rodolfo Luiz de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, no
bairro de Olaria, no dia 1º de janeiro de 1952.
Foi um zagueiro que começou muito jovem ainda entre os
adultos, com muita saúde e que tinha como característica a boa colocação e a
velocidade. Subia muito nas bolas alçadas em sua área e tinha um chute muito
forte. Além, é claro, de sempre “chegar junto” e não aliviar para ninguém. Foram
poucos os jogadores que o encaravam, pois ele impunha muito respeito.
Em maio de 1961 veio para Brasília, acompanhando seu
pai que era funcionário do Ministério da Fazenda.
Estudou na Escola Parque 308 e em 1962 mudou-se para a
Asa Norte, onde, com 14 anos passou a jogar futebol no local Santos, seu
primeiro time de futebol.
Sua vida começou a mudar quando o Diretor de Futebol
Wanderley Matos elaborou um plano de ação que abordou a reestruturação do
Departamento de Futebol Profissional do Clube de Regatas Guará, visando
organizar uma equipe capaz de figurar com destaque no campeonato brasiliense de
1967.
Foram contratados alguns jogadores que se destacaram
na seleção brasiliense que disputou o certame brasileiro de amadores em janeiro
de 1967, tais como Guairacá, Otávio, Axel e outros da seleção universitária de
futebol de salão de Brasília.
Em um dos primeiros treinos do Guará, em março de
1967, Rodolfo defendeu a equipe de juvenis que empatou em 2 x 2 com a equipe
principal. Formou com Alcides, Roberto, Rodolfo, Chicão e Alfredo; Hildefonso e
Júlio; Carelli, Lula, Cleber e Renato. O treinador da equipe era Itiberê
Ribeiro.
Poucos
meses depois de completar 15 anos, Rodolfo fez sua estreia no time adulto e
principal do Guará, no dia 20 de julho de 1967, no estádio Nacional de Brasília
(posteriormente chamado de Pelezão), na derrota de 2 x 1 para o Colombo. O
Guará jogou com Zé Walter, Rodolfo, Noel, Eduardo e Luiz Carlos; Axel e Heitor;
Guairacá, Zeca, Maurício e Walmir.
Disputaria mais dois jogos no campeonato desse ano.
Em 1968, com 16 anos, disputou amistosos pelo time
principal e o campeonato brasiliense de juvenis pelo Guará.
No Atlético Mineiro |
“O zagueiro Rodolfo, que durante algum tempo militou
no futebol de Brasília, defendendo entre outras equipes Guará e Flamengo, de
Taguatinga, se encontra atualmente em Belo Horizonte, realizando um período de
testes no Atlético Mineiro.
O jogador brasiliense que foi levado pelas mãos de um
amigo para o futebol mineiro, incorporou-se ao famoso Galo de Minas na semana
passada, já se submetido a dois treinos de conjunto, tendo agradado nas suas
apresentações até esta altura.
Caso o jovem zagueiro confirme nos próximos treinos as
boas atuações das suas primeiras apresentações deverá assinar contrato com o
clube atleticano”.
Em 1969 sagrou-se campeão mineiro juvenil pelo
Atlético, atuando numa equipe que contava com Antenor, Danival e Campos, dentre
outros.
Estava bem no clube, mas após um incidente extracampo,
Rodolfo retornou para Brasília, onde passou a jogar pelo time do Minas-Brasília
Tênis Clube. Um dos diretores da época, Cafieiro, conseguiu que ele fosse para
São Paulo, de posse de uma carta de recomendação de Athiê Jorge Cury para que
ele se apresentasse ao técnico Antoninho, no Santos.
Foi para São Paulo e ficou na casa de parentes, todos
torcedores do Corinthians, que sugeriram a ele se apresentar a esse clube.
Chegou no clube paulista, agradou nos treinamentos, mas os dirigentes queriam
que ele voltasse depois de dez dias. Rodolfo falou que não podia ficar em São
Paulo, pois estava de passagem pela casa de parentes. O clube paulista tinha uma
espécie de convênio com o Corinthians, de Presidente Prudente, para onde foi
emprestado. Ficou menos de um mês, jogou apenas duas partidas amistosas, e
resolveu voltar a Santos, onde procuraria o técnico Antoninho. Infelizmente,
este não se encontrava no Brasil e, não podendo aguardar seu retorno, Rodolfo
voltou em definitivo para Brasília.
No Minas-Brasília em 1971, no Pelezão |
Voltou a jogar futebol no Minas-Brasília.
Retornaria às competições oficiais depois que foi
contratado pela A. A. Relações Exteriores para disputar o campeonato
brasiliense de 1973. Foram doze jogos e a conquista do vice-campeonato
brasiliense, depois de perder a final para o Ceub. Rodolfo foi expulso no
primeiro dos três jogos contra o Ceub. O Relações Exteriores atuou nessa
decisão com Wilsinho, Catuca, Rodolfo, Zé Mauro e Grossi; Edmilson (Sirlei),
Arnaldo e Zequinha; Bispo, Lula e Redi.
No Relações Exteriores |
Voltou ao futebol de Brasília, disputou alguns
amistosos pelo Canarinho e quatro jogos pelo campeonato brasiliense de 1975 com
a camisa do Relações Exteriores, encerrando sua carreira aos 23 anos. Sua
última participação foi em 19 de outubro de 1975, no Pelezão, na derrota de 3 x
2 para o CSU. O Relações Exteriores jogou com Luiz Mauro, Murilo, Rodolfo, Zé
Mauro e Hélio; Zequinha, Arnaldo e Redi; Jorge Luiz (João Luiz), Balzani e
Palito (Lord). Técnico: Rubens Álvares de Almeida.
Mesmo com tão pouca idade, nunca mais se interessou
pelo futebol em competições oficiais. Passou a jogar o campeonato interno de
futebol do Minas-Brasília, até o ano de 1997, quando parou em definitivo.
Num sabia que o "BÚFALO" era tão importante. Meu amigo, parabéns pela jornada brilhante.
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