terça-feira, 15 de novembro de 2022

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Grossi


Francisco Grossi é natural de Recife (PE), onde nasceu a 16 de junho de 1949.

Com 14 anos se transferiu para o Rio de Janeiro, acompanhando sua família.

No Rio de Janeiro iniciou no futebol de praia. No futebol de campo jogou em Niterói, no São Gonçalo, em 1965, antes de mudar para Brasília.

Chegando em Brasília passou a jogar nos juvenis do Cruzeiro e depois no Rabello, quando foi convocado para os amistosos da Seleção do Distrito Federal que iria disputar em Santo André (SP) o VI Campeonato Brasileiro de Futebol Amador (categoria juvenis), nos meses de fevereiro e março de 1970.

Posteriormente, foi cortado e não seguiu com a delegação brasiliense.

Ainda em 1970, com 21 anos, passou para o Grêmio Esportivo Brasiliense, onde fez sua estreia no dia 5 de abril de 1970, no amistoso em que aconteceu empate em 2 x 2, com o CSU. O Grêmio jogou com Kill, Rodolfo, Grossi, Paulinho e Tadeu (Hélio); Orlando (Teixeira) e Pedrinho (Zoca); Jorge, Ademir (Santos), Zé Carlos e Sérgio Augusto (Roberto).

O primeiro jogo de Grossi em uma competição oficial foi em 5 de julho de 1970, com vitória de 5 x 1 sobre o Carioca, em jogo válido pelo Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira”, competição que o Grêmio conquistaria de forma invicta, após sete jogos (seis vitórias e um empate).

Grossi foi titular de todas as partidas do Grêmio, que, na decisão do torneio teve a seguinte escalação: Sílvio, Pedrinho, Grossi, Paulinho e Luiz; Orlando e Nemias; Noé, Santos, Zezé e Marcos. Técnico: Antônio Carvalho.

Em 7 de fevereiro de 1971, conquistou mais um título com o Grêmio, desta vez o Campeonato Brasiliense de 1970, que só foi decidido no ano seguinte. Após três jogos contra o Civilsan (vencendo dois e perdendo um) o Grêmio formou na partida final com Sílvio, Maninho, Grossi, Paulinho e Lúcio; Marcos e Nemias; Cardoso, Santos, Pedrinho e Sinval (Orlando). Técnico: Bugue.

O último jogo de Grossi no Grêmio teve a seguinte ficha técnica:

GRÊMIO 0 x 0 JAGUAR

Data: 7 de novembro de 1971

Local: Pelezão

Árbitro: Carlos Ferreira do Amaral

GRÊMIO: Maracanã, Lúcio, Grossi (Maninho), Didi e Wilson Godinho; Orlando e Marcos; Osvaldinho, Invasão (Carlinhos), Arnaldo e Eduardo. Técnico: Bugue.

JAGUAR: Índio, Jonas Foca, Cláudio Oliveira, Rui e Diogo; Wilson (Nazo) e Messias; Carlos (Magno), Jorge, Batista e Gildo. Técnico: Eurípedes Bueno.

Em 1972 não estava vinculado a clube algum do futebol do DF e, como era sócio atleta do Minas Brasília Tênis Clube, nesta agremiação permaneceu participando das atividades de futebol promovidas pelo clube.

Retornou ao futebol oficial em 1973, contratado que foi pela A. A. Relações Exteriores. Estreou na primeira rodada do 1º turno, em 25 de agosto de 1973, na derrota para o Serviço Gráfico, por 2 x 0, no Pelezão. Seu novo clube formou nesse dia com Tião, Valete (Paulo), Zé Mauro, Grossi e Robson; Edmilson, Palito e Arnaldo; Lula (Axel), Zequinha e Paulo César. Técnico: José Carlos.

O Relações Exteriores venceu o 2º turno e decidiu o campeonato brasiliense de 1973 com o CEUB, vencedor do primeiro.

Após dois empates em 1 x 1, no terceiro jogo aconteceu a vitória de 1 x 0 do CEUB, deixando o Relações Exteriores com o vice-campeonato.

Na decisão, o Relações Exteriores formou com Wilsinho, Catuca, Rodolfo, Zé Mauro e Grossi; Edmilson (Sirlei), Arnaldo e Zequinha; Bispo, Lula e Redi.

No final do ano de 1973, o Jornal de Brasília promoveu a entrega dos troféus às personalidades que mais se destacaram durante o ano de 1973 no futebol brasiliense.

A Seleção do Ano ficou assim constituída: Wilson (Relações Exteriores), Dedinho (Atlético), Grossi (Relações Exteriores), Aloísio (CEUB) e Branco (Luziânia); Marquinhos (Luziânia) e Pedro Léo (CEUB); Humberto (Relações Exteriores), Baiê (Luziânia), Pirombá (Atlético) e Hermes (Luziânia).

Em 1974, ainda como jogador do Relações Exteriores e na qualidade de funcionário do Itamarati, Grossi foi convocado para fazer parte da Seleção Sindical do DF que participaria do I Campeonato Brasileiro Sindical de Futebol, promovido pelo Ministério do Trabalho, da qual participaram as seleções de Minas Gerais, Distrito Federal, Guanabara, Goiás e Rio de Janeiro.

Machucou-se antes da Fase Final e não pôde fazer parte da equipe que venceu a competição (depois, perdeu o título no “tapetão”). Da equipe treinada por Raimundinho faziam parte, dentre outros, craques como Roberto César e Ernâni Banana.



A seguir, Grossi esteve na França, defendendo o Stade Français na temporada 1974/75, conquistando o terceiro lugar do certame da Divisão de Honra Regional, uma espécie de quarta divisão francesa. Nos 22 jogos disputados, obteve 19 vitórias, um empate e duas derrotas. Além disso, disputou amistosos na Alemanha, Espanha e Suíça com grande sucesso.

Voltou ao Brasil no final de 1975 e no dia 24 de abril de 1976 fazia sua estreia no Humaitá, em jogo válido pelo Campeonato Brasiliense, que se tornou a primeira competição oficial no novo regime profissional do DF.

O Humaitá venceu o Gama, por 2 x 0, formando com Daniel, Aderbal, Carlinhos, Grossi e Pedrinho; Heitor, Pedro Soares e Zequinha; Odair Pinheiro (Palito), Renildo (Julinho) e Moisés. Técnico: Luiz Alberto Brasil de Carvalho.

Antes do término do campeonato, o Humaitá se transformaria em Guará, e com esse nome ficou na terceira colocação no certame.

Começou o ano de 1977 disputando o Torneio Imprensa como jogador do Taguatinga. No dia 8 de março de 1977 o Taguatinga foi derrotado pelo Olímpico, por 2 x 1, com essa equipe: Arnaldo, Aldair, Grossi, Wanner e Serginho; Elmo, Maurício e Heitor; Kim, Piu-Piu e Bira. Técnico: Raimundinho.

Logo depois do encerramento desse torneio, Grossi passou para o Canarinho, por onde disputou o Campeonato Brasiliense de 1977. Sua estreia aconteceu em 2 de julho de 1977, em jogo realizado no estádio Presidente Médici, com derrota de 3 x 0 para a Desportiva Bandeirante. A formação do Canarinho foi essa: Édson, Décio, Grossi, Déo e Cardoso; Cláudio, Tião e Belo; Peba, Maninho e Assis (Robertinho).

Seu último jogo no futebol do DF ocorreu em 2 de outubro de 1977, na derrota do Canarinho para o Brasília, por 3 x 0. Eis a equipe que jogou: Luís, Rodolfo, Grossi, Nonato e Déo; Bolinha, Peba e Assis (Jackson); Belo, Maninho e Tião.

Ficou quase dez anos afastado do futebol, até que um dia um amigo o convidou para tentar a sorte no futebol dos Estados Unidos. Levou com ele alguns jogadores brasileiros e passaram a disputar as competições da Liga Deportiva Estudiantes del Guayas, na Flórida. Em 1989 defendeu a equipe do Los Huracanes e foi campeão da temporada.

Entre idas e vindas do Brasil aos Estados Unidos, tempos depois Grossi passou a trabalhar como árbitro nessa mesma liga até parar completamente com o futebol.

Retornou para Brasília, trabalhando na área de vendas em repartições públicas e foi proprietário de um bar na Asa Norte, de nome Caranguejo.

Depois que se aposentou, voltou para seu Estado natal e hoje, com 73 anos, cria animais e cuida de plantações em uma cidade do sertão pernambucano, de nome Ibimirim, com pouco mais de 25 mil habitantes, distante 339 km da capital, Recife.

Grossi foi um zagueiro que jogava com muita segurança, saltava bem e sabia sair jogando. Se destacou como um elemento de grande valor para os quadros que defendeu. Sua participação era muito útil e de grande segurança para os goleiros.


Fontes:

Correio Braziliense

Manchete Esportiva

 

 

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