sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Os 60 anos da Associação Atlética e Cultural Mariana


1966 - Em pé, Cruzeiro (Presidente), Severino, Dimenor, 
Domingos, Fibra, Bazani e Santa Helena
Pé de Chumbo, Mário Baú, Crente, Ivan, Heraldo e Ceará.
A Associação Atlética e Cultural Mariana do Gama foi fundada em 11 de novembro de 1962 e tinha por finalidade criar cursos de alfabetização e profissionais, desenvolver a Educação Física e os desportos, promovendo e organizando jogos, exercícios desportivos e reuniões sociais capazes de favorecer o desenvolvimento cultural, físico, social e cívico da mocidade do Gama.
Eram duas as categorias de sócios: os efetivos, que eram todos os membros da Congregação Mariana Nossa Senhora Divina Pastora e São Sebastião, do Gama, e os honorários, aqueles que, pertencendo ou não ao corpo social, merecessem essa distinção por deliberação da Assembleia Geral.
José da Conceição Cruzeiro, Otávio Campos e Rubens Mendes Passos foram alguns de seus fundadores. Jader Carrijo foi o primeiro Presidente da Cultural Mariana.
As cores oficiais da associação eram verde, azul, amarela e branca.

Os uniformes eram os seguintes: um com as camisas verdes, com golas e punhos amarelos, e o outro branco com duas listras horizontais, punhos e golas azuis. Os calções e meiões eram azul ou branco.
A A. A. Cultural Mariana teve participação bastante intensa no futebol amador do Gama e demorou para se interessar em disputar competições oficiais da então Federação Desportiva de Brasília.
Em 1965, venceu o campeonato de futebol amador do Gama.
Dois anos depois, mais precisamente no dia 15 de janeiro de 1967, a A. A. Cultural Mariana inaugurou seu estádio num jogo contra o Rabello, então a maior equipe do futebol do DF.
Nesse mesmo ano, nos dias 26 de novembro e 3 de dezembro, A. A. Cultural Mariana e Coenge, ambos do Gama, promoveram um torneio quadrangular que contou ainda com a presença de Rabello (representado por sua equipe de juvenis) e Cruzeiro do Sul (com um time misto), clubes profissionais do Distrito Federal.
Na primeira rodada, no dia 26 de novembro, o Cruzeiro do Sul venceu a A. A. Cultural Mariana por 2 x 1. Na decisão do 3º lugar, no dia 3 de dezembro, o Rabello venceu a Cultural Mariana por 3 x 2. Na final o Cruzeiro venceu o Coenge por 4 x 3 e sagrou-se campeão.
Antes de disputar o campeonato brasiliense pela primeira vez, em 1969, a A. A. Cultural Mariana procurou se manter em atividade para não fazer feio na competição.
No dia 2 de fevereiro de 1969, aconteceu um torneio “relâmpago” no estádio da A. A. Cultural Mariana, no Gama. Participaram o clube anfitrião e o Minas, também do Gama, o Rabello, de Brasília e a Anapolina, de Anápolis (GO).
No 1º jogo, Rabello e Cultural Mariana empataram em 1 x 1. O clube do Gama saiu na frente, após um gol contra de Wilson. Nos instantes finais do jogo, Carlão empatou para o Rabello. Na decisão por cobrança de pênaltis, o Rabello venceu por 2 x 1.
Ainda em 1969, aconteceu a única participação da A. A. Cultural Mariana no campeonato de futebol de Brasília, quando 24 equipes, entre amadoras e profissionais, disputaram a competição (divididas em dois grupos). Na estreia, no dia 13 de abril daquele ano, foi derrotado pelo Brasília Futebol Clube, de Taguatinga (que nada tem a ver com o Brasília Esporte Clube, fundado em 2 de junho de 1975), por 3 x 0.
Formou a Cultural Mariana com Gildásio, Domingos, Crente, Barbosa e Barreto; Chiquinho e Ivan; Tadeu, Mangabeira, Baiano e Parada.
Uma semana depois, em seu campo, derrotou outro time de Taguatinga, o Flamengo, por 2 x 1. Zé Maria (contra) e Parada marcaram os seus gols.
Terminou a primeira fase na terceira colocação, apenas atrás do Brasília e do Coenge (que acabaria vencendo o campeonato). Foram doze jogos, oito vitórias e quatro derrotas. Vinte e quatro gols a favor e quinze contra.
Na fase final, disputada pelos 12 melhores colocados da primeira fase (seis de cada grupo), empatou muitos jogos (seis) e ficou na sétima colocação, com 12 pontos ganhos (mesma pontuação de Brasília e Serviço Gráfico, que levaram vantagem após aplicação dos critérios de desempate). Foram onze jogos, com três vitórias, seis empates e duas derrotas. Marcou 16 gols e sofreu 13. Curiosamente, não foi derrotado pelo campeão Coenge (2 x 2) e pelo vice-campeão Grêmio Brasiliense (1 x 1).
Os jogadores que defenderam a Cultural Mariana foram: Goleiros: Gildásio e Faustino; Defensores: Domingos, Fernando, Crente, Juvenil, Barbosa, Fula, Chiquinho, Barreto e Dimenor; Atacantes: Tadeu, Ivan, Paulinho, Mangabeira, Baiano, Jorge e Parada.
Depois do encerramento do campeonato brasiliense, nos dias 7 e 14 de dezembro, a A. A. Cultural Mariana voltou a promover um torneio em seu estádio, que contou com a presença, além do clube anfitrião, de Coenge, Gaminha e Imperial, todos do Gama.
O torneio foi parte dos festejos comemorativos do 9º aniversário da cidade e o campeão receberia o Troféu “Jorge Rivers”, subprefeito do Gama.

Em pé, Zé Cruzeiro, Licinha, Cabelo, Toinho, Ditinho, 
Coquinho e Alírio
Agachados: Zezé, Zé Praça, Vei Manoel, Oscar e Reginaldo
No dia 7, a A. A. Cultural Mariana venceu 2 x 0 Imperial por 2 x 0, com dois gols no primeiro tempo: Perninha, aos 20 e Mário Baú, aos 42. Os times formaram assim: Cultural Mariana - Sobradinho, Domingos, Dimenor, Sivuca e Baiano; Nego e Paulinho; Garrincha, Mário Baú, Perninha e Adísio. Imperial - Gena, Waldinho, Chagas, Pelé e Chiquinho; Chagas II e Roberto; César (Enoque), Dario, Nelson e Edmundo.
Na decisão do torneio, uma semana depois, Cultural Mariana e Gaminha fizeram um jogo cheio de alternâncias no placar. O 1º tempo terminou com o placar de 2 x 1 a favor do Cultural Mariana, com dois gols de Neco, contra um de Reco; no 2º, Parada e Mário Baú voltaram a marcar para a Cultural Mariana, enquanto Reco, com mais dois gols, diminuiu para o Gaminha. O placar final de 4 x 3 deu o título de campeão à A. A. Cultural Mariana.
O árbitro do jogo foi Alaor Ribeiro e as equipes formaram assim: Cultural Mariana - Sobradinho, Domingos, Dimenor, Russo e Fula; Baiano e Paulista; Neco, Parada, Mário Baú e Alves. Gaminha - Sorriso, Neto, Zito, Lula e Mário; Domingos (Zé Iron) e Paulinho; Toinho, Gilson, Chiquinho e Reco.
No dia 8 de fevereiro de 1970, Amado Inocêncio, presidente da A. A. Cultural Mariana, convocou uma Assembleia Geral Extraordinária, onde foi decidida a troca do nome do clube, argumentando que o clube atravessava uma fase muito difícil e que não encontrava apoio da população da cidade.
Foram apresentados três nomes: Clube Atlético Planalto, por José da Conceição Cruzeiro, Associação Atlética Planalto, por José Bezerra dos Santos, e Vasco da Gama, por Alzoir Vieira Mascarenhas. Saiu vitorioso, com sete votos a favor, o nome de Clube Atlético Planalto; Associação Atlética Planalto teve três votos, e Vasco da Gama, um voto. Surgia, assim, o Clube Atlético Planalto.
Participaram dessa assembleia, Amado Inocêncio, na condição de presidente do clube, José da Conceição Cruzeiro (Secretário) e Adão da Silva Rocha, Alzoir Vieira Mascarenhas, Antônio Barbosa Nascimento, Bartolomeu Chaves dos Santos, Cândido Souza, José Barbosa da Cruz, José Bezerra dos Santos, Otaviano Ferreira Ganda, Ronaldo Inocêncio e Valdivino Pimenta de Pádua.
Uma das últimas partidas da Cultural Mariana aconteceu no dia 4 de janeiro de 1970. Nesse dia, no estádio Adolfo Rizza, no Núcleo Bandeirante, foi goleado pelo Colombo, por 4 x 0.
O time da Cultural Mariana abandonou o campo aos 29 minutos do 2º tempo; o técnico Dias ordenou a saída de campo por não concordar com a marcação do terceiro e quarto gols do Colombo.
Formou com Cardoso, Dinho, Paraguai, Sivuca e Barbosa; Ivan e Perninha; Tonho, Neco, Paulinho e Nilo.
O grande legado que a A. A. Cultural Mariana deixou para o futebol do Gama e do Distrito Federal foi o seu campo de futebol. Naquele local hoje fica a sede da Sociedade Esportiva do Gama.

Colaboradores:
José da Conceição Cruzeiro
Paulo Roberto Silva



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