Atacante muito forte fisicamente, Tarcílio Natal da Silva, o Cid, nasceu no dia
24 de dezembro de 1941, em Goiânia (GO).
Iniciou sua carreira no juvenil do Vila Nova, de Goiânia (GO), e veio para
Brasília em 1958.
Em Brasília jogou no DUA e Emopress, equipes amadoras de empresas sem muita
organização.
De forma organizada e oficial, Cid estreou no Colombo, no Torneio Início da
Segunda Divisão, realizado no dia 9 de julho de 1961, no campo do Guará. O Colombo
foi o vice-campeão.
No Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão, novamente seria vice-campeão,
após perder uma melhor de três para o Guanabara. Na última partida, o Colombo
formou com Maia, Vonges e Nilo; Nenê, Dequinha e Paulista; Tião II, Carrara,
Tião I, Baiano e Cid.
Cid foi o artilheiro do Campeonato Brasiliense de 1962, com 14 gols.
Depois desse excelente desempenho, Cid fez parte das duas enquetes realizadas
para se escolher os melhores do ano.
Primeiramente, da seleção da Zona Sul (o campeonato brasiliense foi dividido em
duas zonas, Sul e Norte), assim integrada: Gonçalinho (Presidência), Clemente
(Guará), Aderbal (Guará), Paulista (Colombo), Sir Peres (Guará), Morales
(Cruzeiro do Sul), Baiano (Colombo), Tião I (Colombo), Cid (Colombo), Omar
(Presidência) e Tião II (Colombo).
Depois, na seleção escolhida pela sucursal do jornal DC (Diário Carioca) em
Brasília, que escolheu os “Melhores do Futebol Brasiliense” em 1962. Cid fez
parte dessa enquete como o melhor ponta-de-lança do ano.
Para encerrar o ano com chave de ouro, foi convocado para o selecionado
brasiliense e disputou as cinco partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro de
Seleções.
Despertou o interesse do São Cristóvão, do Rio de Janeiro, mas não entrou em
acordo salarial com a direção do time e retornou para o Colombo.
Em 1963, foi contratado pelo Defelê, dando ao alvirrubro o título do Torneio
Início, realizado em maio, ao converter sete pênaltis contra o Rabello na
semifinal, enquanto Arnaldo converteu seis. Naquela época somente um jogador
cobrava as penalidades quando o jogo terminava empatado. Na final contra sua
ex-equipe, o Colombo, Cid converteu 2 vezes, para o Defelê e Nilo somente uma
vez.
Depois do Torneio Início retornou para o Colombo e, ainda em 1963, se
profissionalizou no Anápolis (GO).
Passou pelo Uberlândia E. C., em 1964, onde, em seus primeiros 14 jogos, marcou
6 gols pelo time mineiro.
Voltou a defender o Colombo nos anos de 1965 e 1966. Neste último, voltou a ser
o artilheiro do campeonato brasiliense, com dez gols.
No final do ano, foi escolhido para fazer parte da Seleção do Ano, em enquete realizada
pelo jornal Correio Braziliense.
Depois de uma rápida passagem pelo Luziânia, no dia 29 de março de 1967 Cid
assinou contrato de 18 meses com o Rabello.
No Rabello, Cid foi campeão brasiliense de 1967, e novamente artilheiro, com dez gols, um a mais que seu companheiro de Rabello, Luizinho.
No começo do mês de novembro de 1968, Cid foi emprestado ao Nacional, de Manaus,
para a disputa do Torneio Norte/Nordeste. Estreou recebendo elogios no dia 7 de
novembro, no empate em 2 x 2 com o Fast Clube, também de Manaus. Logo depois, o
Paysandu entrou com um recurso junto à CBD, tentando anular o jogo do Nacional
contra a Tuna Luso, do Pará, sob a alegação de que o jogador foi para a capital
paraense a fim de ingressar no Paysandu, mas como o time paraense demorou para
acertar as bases financeiras, Cid decidiu ingressar no Nacional. O empresário
de Cid afirmou que não havia vínculo do jogador com o Paysandu e que seu empréstimo
iria até 15 de dezembro.
Cid ainda disputou alguns amistosos, como, por exemplo, no empate de 1 x 1 com
o América (RJ) e contra outros clubes amazonenses, aguardando pelo reinício do
Torneio Norte/Nordeste. Como a CBD definiu que seria disputado somente a partir
de 12 de janeiro de 1969, o Nacional não renovou seu empréstimo, tendo Cid
retornado para Brasília em 18 de dezembro de 1968.
No dia 16 de março de 1969 estreou como jogador do CSU – Clube dos Servidores
da Universidade de Brasília-UnB, marcando dois gols na goleada sobre o
Civilsan, por 6 x 2.
No 1º semestre de 1970 teve rápidas passagens pelo Civilsan, CSU e Colombo e, a
partir do segundo, tornou-se jogador da A. A. Serviço Gráfico, clube que
defendeu no Campeonato Brasiliense desse ano, tendo marcado cinco gols nos oito
jogos que disputou.
Esteve no Colombo nos anos de 1971 e 1972 e encerrou sua carreira no Unidos de
Sobradinho, em 1973.
De 1962, no Campeonato Brasileiro de Seleções (marcando um gol), a 1971, último
ano, Cid foi convocado regularmente para integrar o selecionado do DF. Foram 18
vezes.
Em 1984, foi convidado para ser técnico do Gama, porém, um mês depois, entregou
o cargo, pois o time estava passando por uma crise financeira muito grande e
não oferecia as condições mínimas para se trabalhar.
Cid faleceu no dia 5 de maio de 2023.
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