quarta-feira, 30 de abril de 2025

ESTÁDIO AUGUSTINHO LIMA ESTÁ COMPLETANDO 47 ANOS!



O estádio Augustinho Lima, em Sobradinho (DF), está completando 47 anos de vida no dia de hoje.
Ainda como Estádio Olímpico de Sobradinho, foi inaugurado em 30 de abril de 1978, no amistoso Sobradinho 0 x 3 Santos. Na mesma data foi inaugurada a iluminação do estádio.
É de propriedade da Administração Regional de Sobradinho e sua capacidade máxima, segundo o Cadastro Nacional de Estádios da CBF, é para 10.000 espectadores. Segundo a Federação Metropolitana de Futebol no jogo de sua inauguração, entre pagantes e não-pagantes havia 13.743 pessoas no estádio.
O estádio passou a ter esse nome em homenagem ao jornalista Augustinho Pires de Lima, que faleceu em 25 de setembro de 1976, aos 23 anos, vítima de acidente automobilístico (seu carro entrou debaixo de um caminhão na estrada de Sobradinho, às 6 horas e trinta minutos daquele dia).
No jogo de inauguração, o Sobradinho foi um time de luta e nunca se entregou, mas o Santos, em melhores condições físicas e técnicas, conseguiu ainda no primeiro tempo marcar dois gols.

 

No segundo tempo, quando sofreu o terceiro gol, o Sobradinho mostrou clara falta de preparo físico e não reeditou a atuação do primeiro tempo, deixando que o Santos o dominasse.

Eis a ficha técnica do jogo de inauguração:
SOBRADINHO 0 x 3 SANTOS
Data: 30 de abril de 1978
Renda: Cr$ 205.220,00
Público pagante: 10.261 pagantes + 3.482 convidados (total = 13.743)
Árbitro: José Mário Vinhas (DF)
Gols: Toinzinho, 15; Neto, 22 e Bianchi, 75.
SOBRADINHO: Ari, Ivanildo (Tote), Zezão (Remo), Sir Peres e Marcos (Gelson); Pebinha, Baduca (Paraíba) e Careca (Cláudio); Dázio, Zé Afonso e Vino. Técnico: Manoel Augusto de Melo.

SANTOS: Willians, Nelson, Joãozinho, Fausto e Neto; Carlos Roberto, Nelson Borges e Toinzinho (Bianchi); Juari (Nilton Batata), Reinaldo (Pita) e João Paulo (Célio). Técnico: Formiga.

O primeiro jogo no Estádio Augustinho Lima envolvendo duas equipes do Distrito Federal aconteceu em 14 de maio de 1978, em um amistoso comemorativo ao aniversário da cidade de Sobradinho. Naquele dia, o Gama venceu o Sobradinho por 1 x 0, gol de Santana.
Somente no dia 19 de novembro de 1978 aconteceria o primeiro jogo oficial no Augustinho Lima. Válido pelo campeonato brasiliense daquele ano, o Sobradinho venceu o Guará, por 1 x 0, gol de Marco Antônio.
A primeira vez que o estádio recebeu um jogo válido pelo Campeonato Brasileiro foi em 3 de fevereiro de 1985, quando o Sobradinho empatou com o Americano, de Campos (RJ), em 0 x 0. Foi a estreia do clube na Taça de Prata (ou Série B) do Campeonato Brasileiro daquele ano.

REGISTRO IMPORTANTE

A Enciclopédia do Futebol Brasileiro, de Lance, em suas páginas 453 e 454, afirma que o estádio foi inaugurado em 13 de maio de 1978, com o jogo Campineira 0 x 3 Santos, e que Ailton Lira, do Santos, teria marcado o primeiro gol do novo estádio. Estas informações estão completamente erradas!
Em primeiro lugar, a inauguração em 30 de abril de 1978 pode ser confirmada pelos jornais Correio Braziliense e Folha de S. Paulo e também em boletins oficiais da então Federação Metropolitana de Futebol.
Em segundo, o Campineira não existia mais profissionalmente. O clube deu lugar ao Sobradinho em 1º de janeiro de 1975.
O primeiro gol não poderia ser de Ailton Lira. Contundido, o jogador nem viajou para Brasília, ficou em Santos. O primeiro gol foi de autoria de Toinzinho, justamente o substituto de Ailton Lira.
Para completar a série de erros, no dia 14.05.1978, ou seja, um dia depois da suposta inauguração, o Santos jogava sua última partida pelo Campeonato Brasileiro deste ano, enfrentando a Anapolina, em Anápolis (GO), com quem empatou em 1 x 1.
Também já vimos esses mesmos erros em outros sites e blogs. Favor desconsiderar todos eles!




terça-feira, 29 de abril de 2025

ESQUECIDOS PELO TEMPO: Zenildo


José Nildo Garcia Neto, o Zenildo, nasceu em São José da Lagoa Tapada (PB), no dia 29 de abril de 1960.

Começou sua carreira nos dentes de leite do Clube de Regatas Guará e foi subindo para as demais categorias até que Airton Nogueira o lançou nos profissionais.

Atuava nas duas laterais, com preferência para a esquerda. Seu lançamento no time titular do Guará foi no Campeonato Brasiliense de 1978. No dia 15 de outubro de 1978, no CAVE, o Guará foi derrotado pelo Brasília, por 2 x 0. A formação do Guará foi a seguinte: Adriano, Ricardo, Gilvan, Rafael e Zenildo; Roberto, Boni (Luís Fernando) e Nicácio; Wellington; Guilherme e Paulo Caju (Japão). Técnico: Airton Nogueira. Foram sete jogos por essa competição.

No ano seguinte, ajudou o Guará a ganhar a segunda vaga do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro de 1980, ao sagrar-se campeão do Torneio Seletivo.

Ficou no Guará até 1982, quando se transferiu para o Gama, em 1981 (por empréstimo) e jogou nos anos de 1982 e 1983.

Seu último clube no DF foi o Brasília, por quem disputou o Campeonato Brasileiro da Série A de 1984.

No ano de 1982, Zenildo foi convocado em três oportunidades para defender a Seleção do Distrito Federal em jogos amistosos.

Pertenceu também à Seleção de Juniores do DF.


segunda-feira, 28 de abril de 2025

O DIA DE HOJE NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: Real, do Gama 2 x 2 C. A. Taquaritinga (SP) - 1968


A Associação Atlética e Cultural Mariana do Gama foi fundada em 11 de novembro de 1962, por membros da Congregação Mariana Nossa Senhora Divina Pastora e São Sebastião, do Gama.
Durante o mês de abril de 1968, a troca de nome de A. A. Cultural Mariana do Gama para Esporte Clube Real vinha agitando os associados da agremiação dessa cidade satélite.
Primeiramente, alguns partidários da troca de nome estiveram na redação do jornal Correio Braziliense comunicando o fato, prontamente divulgado pelo jornal.
Logo depois, compareceu ao mesmo jornal Jorge Horácio Carrijo para informar que a maioria dos associados não concordavam com a mudança, e que esta não poderia acontecer sem a convocação de uma assembleia dos associados, na qual a proposição de troca de nome deveria ser aprovada por maioria absoluta.
Não sabemos dizer se e quando houve a tal assembleia. Fato é que no dia 28 de abril de 1968 o jornal Correio Braziliense estampava em sua página de esportes: "HOJE NO GAMA TAQUARITINGA ENFRENTA REAL".
O Clube Atlético Taquaritinga foi fundado em 17 de março de 1942 e por muitos anos permaneceu disputando os certames regionais do Campeonato Paulista do Interior, até sagrar-se campeão da Série A-3 (equivalente ao terceiro nível do futebol de São Paulo) em 1964, conquistando uma vaga na Série A-2. O clube disputaria a Segunda Divisão paulista até 1967, quando, por problemas financeiros, licenciou-se dos campeonatos profissionais até 1973. Apesar disso, o jornal Correio Braziliense divulgou a notícia de que o clube fazia parte da Primeira Divisão de Profissionais de São Paulo.
Também foi divulgado que os bandeirantes receberiam por esta exibição um milhão de cruzeiros antigos e teriam ainda a hospedagem por conta do clube da cidade satélite de Brasília.
Outra informação que gerou dúvida entre os torcedores era o nome correto do novo clube do Gama. Segundo o jornal, “de agora em diante o clube do Gama passará a chamar-se Grêmio Esportivo Real do Gama”.
E o mais inusitado disso tudo é que a primeira partida com o novo nome seria de caráter interestadual, contra um clube licenciado de sua federação.
No dia 28 de abril de 1968, tendo como local o campo da A. A. Cultural Mariana, no Gama, Real, do Gama, e Taquaritinga empataram em 2 x 2.
O árbitro foi Alaor Ribeiro e a renda de NCr$ 3.240,00.
Os gols do Real foram marcados por Jânio e Baú. Os do Taquaritinga foram de autoria de Moacyr, ambos em cobrança de pênaltis.
O Real formou com Bira, Batista, Carlos, Crente e Chagas (Caravele); Paturé e Jânio; Stélio, Manoelzinho, Baú e Pacífico (Djalma). Defenderam o Taquaritinga Paulo, Côco (Alemão), Baiano, Moacyr e Barbosa; Fefeu e Sapiranga; Jairzinho, Strachine, Titinho e Jair (Levi).



domingo, 27 de abril de 2025

O DIA DE HOJE NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: Excursão do Rabello - A primeira vitória



O Rabello deixou Belém (PA) no dia 24 de abril de 1967 e seguiu para Teresina, capital do Piauí, onde o aguardava dois outros encontros contra clubes da cidade. 
A delegação do Rabello hospedou-se no Hotel Central.
Estreando em gramados piauienses no dia 27 de abril de 1967, no Estádio Lindolfo Monteiro, o Rabello conquistou sua primeira vitória, ao derrotar o Flamengo local por 1 x 0, gol de Edinho, aos 40 minutos do 2º tempo.
O goleiro Dico e o zagueiro Wantuil foram os destaques do Rabello.
O Rabello jogou com Dico, Dão (Hélio), Mello, Wantuil e Didi; Luiz, Zé Maria e Tião; Zezé (Sabará), Cid e Edinho. 
Já o Flamengo atuou com Luiz Mário, Maneca, Amadeu, Estácio e Matintim; Gringo e Nilson (Salvador); Massarico, Evandro, Mano e Edu.



sexta-feira, 25 de abril de 2025

OS GOLEIROS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Dias





Erivalto Dias da Silva, o Dias, nasceu em Conceição do Canindé, no Piauí, no dia 25 de abril de 1962.
Com 16 anos de idade, iniciou a carreira de goleiro na equipe do Independente E. C. da Quadra 9, de Sobradinho.
Aos 17 anos, transferiu-se para o London E. C., do Plano Piloto e aos 19 passou a jogar bola em Sobradinho na equipe do TX, um time de motoristas de táxi, onde permaneceu apenas uma temporada.
Um dos olheiros do Brasília E. C. o levou para o clube. No Brasília não teve chances de jogar por um bom tempo, eis que os goleiros que lá estavam eram Déo, Nena, Haroldo e Itiberê, os quais Dias reconhece que Déo e Nena mereciam ser titulares, pois estavam em grande forma. Permaneceu na suplência do clube de 1981 a 1983.
Em 1984 foi relacionado por Mozair Barbosa para a suplência da equipe que disputou o II Torneio Centro-Oeste, quando o Brasília foi vice-campeão.
Numa troca por Josimar, do Tiradentes, foi parar no rubro-negro da Polícia Militar, em 1985. Também no Tiradentes Dias não teve sorte. Ficou seis meses sem chances e desiludido com o futebol. Quase parou! Carlos Morales não acreditou nele e não o aproveitou para essa temporada. Dias não conseguia se firmar como titular do arco do Tiradentes.
Dias foi parar no Ceilândia, uma semana após a contratação do técnico Brito. E foi aqui que a história mudou, ao ponto de se tornar um dos melhores goleiros do Distrito Federal, passando, inclusive, a ser convocado para a Seleção do DF em algumas oportunidades. No Ceilândia, Dias não tinha treinador de goleiros, chegava cedo ao campo, chamava um companheiro de clube e passava a treinar intensamente.
Jogou no Ceilândia nos anos de 1987/1988.
Nos anos de 1989 e 1990, Dias defendeu com muita propriedade o gol do Sobradinho.
Ao encerrar a carreira profissional em 1990, o goleiro Dias voltou ao futebol amador de Sobradinho e integrou as seguintes equipes: (Ajax -1 ano), (Atlântida - 7 anos), (Nacional - 1 ano), (Asteka - 1 ano), (Ceub - 1 ano) (Veteranos - 2 anos), (Sodeso - 1 ano), (Chicobol Veteranos - 4 anos), (Botafogo Veteranos - 2 Anos), (Amigos Bol Veteranos - 2 anos) e (Seleção de Master - 5 anos).
Depois que parou com o futebol profissional, Dias trabalhou na Atlântida Móveis, na Quadra 8 de Sobradinho, e também participou da arbitragem dos jogos dos campeonatos realizados pela Liga das Associações Desportivas de Sobradinho - LADES.



quinta-feira, 24 de abril de 2025

OS GOLEIROS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Zé Walter


NOME COMPLETO: José Walter Girão de Melo
APELIDO: Zé Walter
LOCAL E DATA DE NASCIMENTO: Fortaleza (CE), 24 de abril de 1946.
POSIÇÃO EM CAMPO: Goleiro. Obs.: considerado um dos melhores goleiros do futebol brasiliense.

1962
Começou nos juvenis do Defelê.

1963
Antes de completar 17 anos, ingressou na equipe de juvenis da Associação Esportiva Cruzeiro do Sul. No mesmo ano, foi inscrito e relacionado para compor o banco de reservas da equipe principal. Nessa condição, fez parte da equipe que venceu o Campeonato Brasiliense da Primeira Divisão de 1963.

1964
Transferiu-se para o Defelê, passando a defender, primeiramente, o arco da equipe de juvenis. Depois, Zé Walter atuou como titular da equipe nos oito jogos disputados pela primeira competição de profissionais em Brasília, ficando com o vice-campeonato.
Sua estreia aconteceu no dia 6 de outubro de 1964, no estádio Ciro Machado do Espírito Santo, na vitória do Defelê sobre o Colombo, por 3 x 1. Detalhe: Zé Walter defendeu um pênalti. No dia 19 de outubro, na vitória de 2 x 0 sobre o 1º de Maio, novamente Zé Walter não sofreu gol de mais uma penalidade máxima marcada contra o Defelê.
Nas férias de 1964, passadas no Rio de Janeiro, Zé Walter aproveitou para treinar no Vasco da Gama e passou a ser um problema para a diretoria do Defelê, pois passou a fazer parte dos atletas que poderiam ser contratados pelo clube carioca, tendo em vista que se constituiu numa das grandes figuras em ação no período em que esteve treinando no Rio de Janeiro.

1965
Sua última partida pelo Defelê aconteceu em 20 de junho de 1965, num amistoso contra o Guará, no estádio Ciro Machado do Espírito Santo, com vitória do Defelê, por 1 x 0. Formou o Defelê com: Zé Walter, Zé Paulo, Agnaldo (Alonso Capella), Bosco e Wilson; Reinaldo e Elmano; Manoelzinho, Ely, Alaor Capella e Vitinho (Sabará). Técnico: Carlos Magno. Zé Walter foi apontado como uma das grandes figuras da partida, com defesas impressionantes, principalmente na etapa complementar, quando defendeu um pênalti cobrado por Heitor e num lance em cobertura na pequena área de Niltinho.
Transferiu-se para o Rabello, onde disputou seis jogos e tornou-se campeão brasiliense profissional de 1965.
Sua estreia aconteceu num amistoso realizado no dia 22 de julho de 1965, em Goiânia, com empate de 0 x 0 entre Rabello e Goiânia. O Rabello formou com Zé Walter, Délio, Gegê, Bimba e Ivan; Zé Maria e Beto Pretti; Sabará, Djalma, Clarindo (Invasão) e Zezé.

Nesse ano foi por duas vezes convocado para a Seleção de Brasília. A primeira vez, ainda como atleta do Defelê, para o amistoso diante do Luziânia (vitória de 3 x 1), no dia 13 de abril de 1965, substituindo Gaguinho no segundo tempo, e a segunda para o jogo que serviu de inauguração do Estádio de Brasília, que mais tarde passaria a ser chamado de Pelezão. Nesse dia, a Seleção de Brasília foi derrotada pelo Siderúrgica, de Minas Gerais, por 3 x 1, tendo Zé Walter atuado como titular.

1966
Bicampeão brasiliense de profissionais pelo Rabello. Foi o goleiro menos vazado da competição, sofrendo 12 gols em onze jogos. Disputou a Taça Brasil e novamente foi convocado duas vezes para defender a seleção brasiliense, nos amistosos contra a Seleção de São Paulo (11 de maio) e Seleção de Goiás (23 de novembro).

1967
Disputou o campeonato brasiliense pelo Guará. Seu primeiro jogo no novo clube aconteceu em 20 de julho de 1967, no Estádio de Brasília, com derrota de 2 x 1 para o Colombo. A formação do Guará foi a seguinte: Zé Walter, Rodolfo, Noel, Eduardo e Luiz Carlos; Axel e Heitor; Guairacá, Zeca, Maurício e Walmir.
Foi por mais duas vezes convocado para defender a seleção do DF, contra o Santos (25 de maio) e Racing, do Uruguai (16 de julho), nesta não participando do jogo.

1968
Na preliminar de Vasco da Gama 0 x 0 América, Rabello e Defelê disputaram um amistoso no dia 15 de fevereiro de 1968. Foi o retorno de Zé Walter ao Defelê, que formou com Zé Walter, Luiz, Lima, Negrito e J. Pereira; Quincas e Alaor Capella; Guairacá, Walmir, Djalma (Solon) e Gedeon (Arnaldo). 
Depois de vencer o Torneio Início, venceu o Campeonato Brasiliense de profissionais, tendo disputado todos os jogos como titular da equipe.
Também nesse ano, foram cinco convocações para a Seleção do DF, a primeira em 28 de julho e a última em 20 de outubro.

1969 
Em 9 de novembro de 1969, num torneio para comemorar o 13º aniversário do Núcleo Bandeirante, Zé Walter estreou no gol da A. A. Serviço Gráfico. A formação da equipe foi Zé Walter, Ximenes, Garibaldi, César e Maninho; Dazinho (Julinho) e Tião; Carlos Gomes, Cid, Paulinho I e Zezão (Paulinho II).

1970
Depois de rápidas passagens por S. E. Serveng-Civilsan e CSU, Zé Walter voltou à A. A. Serviço Gráfico, por onde disputou doze jogos válidos pelo campeonato brasiliense. Antes, em preparativos para a formação da equipe que representaria o Distrito Federal nos XXI Jogos Universitários que seriam realizados em Brasília, defendeu o gol do Centro de Ensino Universitário de Brasília – CEUB (onde estudava) em vários amistosos. A equipe principal do CEUB era formada por Zé Walter, Sérgio, Lúcio, César e Odilon; Carlinhos e Garrido; Hilário, Adilson, Walmir e Renato.
Por duas vezes foi convocado para defender a Seleção do DF, em 7 e 14 de março.
No final do ano de 1970, transferiu-se de vez para o Ceub Esporte Clube.

1971
O quadro do CEUB continuava em franca atividade, pensando unicamente em manter o bom preparo físico e técnico de sua equipe. Nos amistosos que o CEUB pretendia fazer a partir de 30 de maio, o técnico Otaziano já poderia contar com o arqueiro Zé Walter, que não pôde atuar no Torneio “Candango” devido a problemas de transferência.
No amistoso realizado na manhã do dia 30 de maio, no Pelezão, Zé Walter fez sua estreia definitiva no gol do Ceub, na vitória de 5 x 1 sobre o Serviço Gráfico, atuando com a seguinte formação: Zé Walter, Aderbal, Lúcio, Afonso e Lima; Darse (Renato) e Carlinhos; Wilfrido (Landulfo), Adilson, Marcos e Paulo César.
Também em 1971, Zé Walter foi o goleiro titular da seleção da FAUNB, que estava treinando para os XXII Jogos Universitários Brasileiros, que seria realizado em Porto Alegre (RS), no período de 16 a 27 de julho de 1971 (a maioria dos jogadores dessa seleção pertencia ao Ceub).

1972
Foi vice-campeão brasiliense de 1972 pelo Ceub. A partir de 31 de agosto de 1972, Zé Walter passou a atuar como treinador da equipe amadora do Ceub, ao lado de Morales. Nessa função, trabalhou em quatro jogos.
No dia 4 de junho de 1972, no Pelezão, Zé Walter foi o goleiro do Ceub no empate em 0 x 0 com o Cruzeiro, de Belo Horizonte (MG), amistoso que ficou marcado pela presença de Mané Garrincha na ponta-direita do Ceub. Também teve atuações de destaque nos amistosos contra o Flamengo, do Rio de Janeiro (1 x 1), Estudiantes, da Argentina (3 x 1) e Rio Branco-ES (1 x 0).

1973
Seu último jogo pelo Ceub aconteceu no dia 24 de fevereiro de 1973, no amistoso que terminou empatado em 1 x 1 com o Fluminense, do Rio de Janeiro. Nesse dia, o Ceub formou com Zé Walter, Mauro Cruz, Cláudio Oliveira, Emerson e Murilo; Enísio e Renê; Julinho, Marco Antônio, Cláudio Garcia e Dinarte.

Depois que, cedo ainda, largou o futebol, e passando a adotar seu nome completo, tornou-se Gerente Geral de Promoções das organizações do “rei da noite” Ricardo Amaral, as principais delas as boates Hippopotamus e Papagaio. Também foi sócio-proprietário do bar Vaticano, juntamente com o ex-colunista Daniel Más, ex-editor de Vogue e novelista de televisão, e Roberto Talma, diretor de TV. Foi Diretor de Marketing da Company.

Curiosidade: Paulo Sérgio, goleiro do Botafogo e da Seleção Brasileira, foi, durante muito tempo, reserva do time em que jogava na Universidade Gama Filho. O goleiro titular, que durante o tempo em que permaneceu na equipe nunca cedeu seu lugar a Paulo Sérgio, não era outro senão Zé Walter.



quarta-feira, 23 de abril de 2025

O DIA DE HOJE NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: o Torneio 21 de Abril - 1983


Formação do Tiradentes que disputou o Torneio 21 de Abril - Taça Governador José Ornellas, nos dias 20 e 23 de abril de 1983.
Em pé, da esquerda para a direita: Daniel, Márcio, Renato César, Neto, Joãozinho e Serginho. Agachados, na mesma ordem: Moreirinha, Ivonildo, Jairzinho, Manoel Ferreira, Josimar,

O QUE FOI O TORNEIO

Para comemorar mais um aniversário da cidade de Brasília (o 23º), a Federação Metropolitana de Futebol promoveu no ano de 1983 um quadrangular interestadual, denominado “Torneio 21 de Abril” (Taça “Governador José Ornellas), e que contou com as participações de Gama, Taguatinga e Tiradentes, de Brasília, e do Botafogo, do Rio de Janeiro.
Uma das atrações do torneio foi a participação do tricampeão mundial Jair Ventura Filho, o Jairzinho, jogando com a camisa do Tiradentes.
A primeira rodada do torneio aconteceu no dia 20 de abril. Os jogos foram realizados no Estádio Serejão, em Taguatinga.
No primeiro jogo, o Tiradentes venceu o Gama por 2 x 0, gols de Ivonildo, aos 40 minutos do 1º tempo, e Jairzinho, aos 44 do 2º. Formou o Tiradentes com Daniel, Márcio, Renato César, Joãozinho e Serginho; Neto (Ciso), Moreirinha e Manoel Ferreira; Ivonildo, Jairzinho e Josimar. Técnico: Luiz Artur Gomes. O Gama jogou com Hélio, Carlão, Junior, Zinha e Nescau (Manoel Silva); Santana (Ariosto), Vicente e Vaguinho; Ronaldo, Nilson e Mazinho. Técnico: Jaime dos Santos. A arbitragem foi de Clésio José Penoni.
No jogo principal, o Botafogo derrotou o Taguatinga por 1 x 0, gol marcado por Té, aos 20 minutos do 1º tempo. O Botafogo jogou com Paulo Sérgio, Josimar, Luís Cláudio, Osvaldo e Wagner; Ataíde, Sídnei e Alemão; Geraldo (Édson), Nunes e Té. Técnico: Zé Mário. Já o Taguatinga formou com Adriano, Pacheco, Warlan, Anselmo e Cuca; Paulo Araújo, Péricles e Boni; Julinho, Fantato e Jânio. Técnico: João Avelino Gomes. O árbitro foi Walterley Pereira.
Três dias depois (23 de abril) aconteceu a decisão do torneio, no Estádio Bezerrão, no Gama.
Na disputa do terceiro lugar, o Taguatinga ganhou do Gama por 2 x 1. Os gols foram marcados por Fantato, aos 20 minutos do 1º tempo, Nilson empatou para o Gama aos 23 do 2º e Fantato voltou a marcar para o Taguatinga aos 30 minutos do segundo tempo. Luiz Vilhena do Nascimento foi o árbitro do jogo.
O Botafogo sagrou-se campeão do torneio ao vencer o Tiradentes, por 3 x 1. Té marcou aos sete minutos e Jairzinho empatou para o Tiradentes, aos 29. No segundo tempo, Geraldo, aos 4, e Té, aos 18, definiram a vitória do Botafogo. Édson Rezende de Oliveira foi o árbitro da partida.
Formou o Botafogo com Paulo Sérgio (Luiz Carlos), Josimar, Luís Cláudio (Christiano), Osvaldo e Wagner (Paulo Verdan); Alemão (Serginho), Ataíde e Sídnei (Édson); Geraldo, Nunes e Té. Técnico: Zé Mário. O Tiradentes atuou com Daniel, Márcio, Renato César, Joãozinho (Oscar) e Serginho; Neto, Moreirinha e Manoel Ferreira; Ivonildo, Jairzinho (Tico) e Josimar. Técnico: Luiz Artur Gomes.

Colaboração:
Moreirinha
Roberval de Paula Teixeira

 

segunda-feira, 21 de abril de 2025

ESPECIAL ANIVERSÁRIO DE BRASÍLIA: as Construtoras e o Futebol



Para melhor entendermos o início do futebol no Distrito Federal, faz-se necessário um retorno aos quatro anos anteriores a inauguração de Brasília (que ocorreu em 21 de abril de 1960), para comprovar que o futebol está intimamente ligado a este período.
O retorno de alguém estudando, principalmente na Inglaterra, foi o caminho para a introdução do futebol em diversos Estados brasileiros.

Todos eles incentivaram seus amigos para a prática do futebol, esporte que tinham conhecido durante suas permanências na Europa.
Foi assim com Charles Miller, em São Paulo, Oscar Cox, no Rio de Janeiro, Zuza Ferreira, na Bahia, Guilherme de Aquino Fonseca, em Pernambuco, e Nhozinho Santos, no Maranhão, apenas para citar alguns.
Ao contrário desses centros, o futebol em Brasília surgiu sob a insígnia da pobreza e da simplicidade, sem flores nem fatos marcantes, mas apenas cercado pelo entusiasmo ímpar de um grupo de homens que conseguiu tirar das firmas construtoras os alicerces iniciais para o desenvolvimento do futebol na futura Capital Federal.

AS CONSTRUTORAS

Depois da instalação das construtoras em acampamentos nas imediações das obras que realizavam no Palácio da Alvorada, Eixo Monumental leste e Praça dos Três Poderes, surgiu o local conhecido hoje como Vila Planalto.
Nessa época a Vila Planalto ocupava uma área que extrapola em muito a atual. O conjunto se estendia desde o local agora ocupado pelos Anexos dos Ministérios, do Senado Federal e do Palácio do Planalto, atravessando os Setores de Embaixadas e Clubes Norte, indo até perto do Palácio da Alvorada. O Lago Paranoá cobriu parte de alguns desses acampamentos.
Com o início das obras na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios, a NOVACAP permitiu que outras construtoras erguessem, simultaneamente, seus acampamentos em locais próximos aos já existentes.
A primeira tarefa foi manter o acampamento e o canteiro de obras, que pelas suas características de pioneirismo, deveriam possuir todos os recursos indispensáveis para a sua manutenção.
Além dos alojamentos para operários solteiros, construíram-se casas para engenheiros, funcionários e operários casados, refeitório, farmácia, capela e um campo de futebol, que se constituía aos domingos na única fonte de diversão daquela numerosa equipe.
A busca de lazer e de entretenimento levou os empregados de uma grande parte desses acampamentos a descobrirem o futebol. As “peladas” começavam a fazer parte do quotidiano de Brasília. Como em toda parte, cercadas de grande animação. Partidas sensacionais, entusiasmo fora do comum e neste diapasão as horas se passavam, fazendo esquecer as tristezas determinadas pela ausência dos familiares, que aos poucos começavam a chegar a Brasília. 
O amor que dedicavam ao futebol era tão grande que passou a despertar o interesse dos donos das construtoras.
Tudo isso motivou os empregados das outras construtoras a também criarem seus times, que em pouco tempo chegaram a 19.
Os times com alguma organização passaram a brotar nas empresas construtoras e estas não poupavam esforços em apoiar os seus “craques”, pressentindo que encher um caminhão de gente aos domingos e levar para os campos de terra batida seria o único meio de impedir as bebedeiras e brigas na zona de baixo meretrício, que reduziam a produtividade nas segundas-feiras e às vezes redundavam até em morte. A maioria dos trabalhadores morava e fazia refeições nas obras e como o pagamento da jornada semanal de trabalho era aos sábados, começavam, então, as farras naquele dia.
Essa iniciativa também era um meio de promover os nomes de suas firmas na grande batalha de erguer Brasília.
As empresas construtoras compravam o material necessário e descontava nos salários dos trabalhadores, dando, em contrapartida, o transporte (normalmente um caminhão) para levá-los e trazê-los de onde fosse o jogo. Quem se destacasse nas peladas dos campos junto às obras era recrutado para o time da construtora, embora continuasse trabalhando. Por isso, atletas veteranos que haviam sido profissionais ou aqueles em início de carreira em clubes do Rio de Janeiro e Minas Gerais, principalmente, sabendo que encontrariam emprego em Brasília se fossem bons de bola, não pensaram duas vezes em se aventurar.

RABELLO

Em novembro de 1956 chegavam ao local onde seria erguida a futura Capital do Brasil os primeiros veículos conduzindo operários e funcionários da Construtora Rabello.
Em 17 de agosto de 1957, foi fundado o Rabello Futebol Clube, que pertencia a Construtora Rabello, cujo diretor era o engenheiro Marco Paulo Rabello, responsável pela construção de importantes obras em Brasília, dentre as quais o Palácio da Alvorada, a Estação Rodoviária, o Supremo Tribunal Federal, a Catedral de Brasília, o Teatro Nacional e a Universidade de Brasília.
A Rabello foi uma das primeiras firmas a se instalar longe da Cidade Livre para cuidar da construção das obras acima citadas. Após essas obras, seu acampamento foi transferido para a Vila Planalto.
O Rabello participou durante onze anos do campeonato brasiliense, ininterruptamente, desde 1959, a primeira vez, até 1969, seu último ano, já sem nenhum apoio da construtora.
Conquistou quatro títulos de campeão brasiliense de futebol nos anos de 1964 a 1967.

PLANALTO

A Construtora Planalto Ltda. teve como principais obras em Brasília a Escola Parque e a Barragem do Paranoá.
O primeiro estádio a ser construído em Brasília foi por iniciativa do Esporte Clube Planalto, no Acampamento Tamboril, da Construtora Planalto, próximo à Praça dos Três Poderes. As obras foram realizadas em apenas dez dias, sendo cercado o campo com madeira, colocado alambrado e uma arquibancada que comportava cerca de 700 pessoas. 
O Planalto foi mais um clube que participou do primeiro campeonato de futebol realizado no Distrito Federal, em 1959, antes mesmo da inauguração de Brasília.
Sempre formou grandes times para a disputa das competições oficiais do futebol brasiliense. Em 1960, pouco tempo depois da inauguração da Capital Federal, o Planalto trouxe, pela primeira vez, uma equipe do Rio de Janeiro para jogar em Brasília, o Canto do Rio, de Niterói. Na primeira vez que se convocou jogadores para formar uma seleção de Brasília, em 1961, o Planalto cedeu seis jogadores: Raspinha, Jair, Edson Galba, Loureiro, Enes e Gesil, a maior parte deles como titular.
Em abril de 1962, o Planalto não compareceu ao jogo e não deu qualquer justificativa. Julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva, foi suspenso por 200 dias. Suspenso, o Planalto não pôde participar do Campeonato de 1962. Em 1963, filiou-se à Liga dos Clubes Independentes, já sem contar mais com jogadores de nome, logo depois, o clube deixou de existir. Como muitos, foi desativado após a retirada de Brasília da construtora que ajudava na manutenção do time de futebol.

NACIONAL

A Companhia Construtora Nacional chegou a Brasília em 1957. Suas principais obras foram a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
O Central Clube Nacional de Brasília foi fundado em 26 de julho de 1958, em homenagem à Companhia Construtora Nacional S. A.
Assim como Rabello e Planalto, o Nacional foi um dos clubes fundadores, em 16 de março de 1959, da Federação Desportiva de Brasília.
Disputou os campeonatos de futebol de Brasília de 1959 a 1964. Neste último ano, quando o profissionalismo começava a ser instalado, resolveu continuar como amador, logo deixando de contar com o apoio da construtora Nacional e abandonou o futebol brasiliense.

PEDERNEIRAS

O Cine Brasília, o Hospital Distrital e Palácio do Itamaraty foram as principais obras da Companhia Construtora Pederneiras em Brasília.
O Pederneiras Esporte Clube, assim denominado em homenagem à Companhia Construtora Pederneiras S. A., foi fundado em 18 de janeiro de 1959, na casa de Walfredo Aleixo Martins e Souza, situada no Acampamento “Dr. Sérgio Seixas Corrêa”, na Vila Planalto, em Brasília (DF).
Somente em 1960 o time de futebol da Pederneiras participaria pela primeira vez do campeonato brasiliense. Paralisou suas atividades de 1961 a 1963, voltou em 1964 e ficou, na categoria de amadores, até 1966, seu último ano no futebol brasiliense.
Sagrou-se campeã brasiliense na categoria de amadores, no ano de 1965.

COENGE

A Coenge S. A. Construções e Engenharia foi uma das primeiras (em 1957) construtoras a chegar em Brasília para as obras de construção da nova capital.
Foi uma das mais importantes empreiteiras do setor de terraplanagem a começar a operar em Brasília.
Quando foi realizado o campeonato brasiliense de 1959, a Coenge tinha uma equipe de futebol, criada para manter vivo o clima de amizade e a união de todos os seus funcionários e operários.
Depois passou a disputar competições na cidade do Gama e, em 1969, conquistou o seu maior título ao sagrar-se campeã brasiliense amador.

CIVILSAN

Responsável pela confecção de tubos de concreto para os serviços de águas pluviais, a Civilsan – Engenharia Civil e Sanitária S.A., foi das primeiras empresas a chegar em Brasília, em agosto de 1957.
Apesar do pioneirismo, demorou para disputar competições oficiais da Federação de Brasília, preferindo inicialmente as do Departamento Autônomo. Quando passou para a divisão principal do futebol brasiliense, disputou apenas o campeonato de 1970, quando sagrou-se vice-campeã.

ECRA/EDILSON MOTA

A Construtora ECRA Limitada, com sede em Fortaleza (CE), foi uma das dezenas de empresas que chegaram para a construção de Brasília, ainda em agosto de 1959. Dentre outras obras, foi responsável pela construção de vários edifícios ministeriais e suas garagens.
Idealizado, fundado e desenvolvido por funcionários e operários dessa construtora, o ECRA Futebol Clube foi fundado em 2 de março de 1960.
Com este nome, participou do Troféu “Israel Pinheiro”, competição que envolveu equipes de outras sete companhias construtoras de Brasília, no sistema “mata-mata”, ficando com o vice-campeonato.
Nos dias 3, 10 e 17 de julho de 1960, o ECRA inscreveu-se no Troféu “Danton Jobim”. Durante esse torneio, o ECRA passou a denominar-se Associação Esportiva Edilson Mota, em homenagem ao Engenheiro-Chefe da Construtora ECRA Ltda. e presidente de honra do clube e seu fundador, Edilson Nogueira Mota. 
Como clube filiado à Federação Desportiva de Brasília a primeira competição da A. E. Edilson Mota foi o Torneio Início, realizado no dia 4 de setembro de 1960.
Antes do início do campeonato de 1960, no dia 13 de outubro de 1960, a A. E. Edilson Mota encaminhou ofício a F.D.B. comunicando a sua extinção. Após uma auditoria na empresa, ficou constatado que os jogadores recebiam seus salários apenas para treinar e jogar no time, o que fez a Companhia solicitar uma definição: ou os jogadores seriam mantidos pelo time, ou retomariam seus postos na empresa. O clube foi dissolvido em ato administrativo. Este fato levou o time a solicitar desfiliação.

CONSISPA

A Consispa – Construtora de Imóveis de São Paulo foi a responsável pela construção da estação de tratamento de água em Brasília, de 1959 a 1961.
Funcionários, operários e familiares dessa companhia fundaram, em 18 de outubro de 1959 o Consispa Esporte Clube.
A primeira participação do Consispa em uma competição foi o Troféu Danton Jobim, competição que reuniu equipes de diversas construtoras de Brasília.
Em julho de 1960 deu entrada junto a Federação Desportiva de Brasília solicitando sua filiação a entidade.
A primeira competição oficial da Federação da qual o Consispa tomou parte foi o Torneio Início de 1960.
Desconhecemos o motivo que levou o Consispa a entregar a Federação Desportiva de Brasília, no dia 11 de novembro de 1960, o ofício de nº 14, solicitando sua desfiliação. Assim terminou a curta história do Consispa.

A EBE – Empreza Brasileira de Engenharia S.A. foi incumbida pela Novacap de projetar e executar a rede geral de distribuição elétrica de Brasília e cidades-satélites. Sua sede era no Rio de Janeiro.
O time da EBE disputou o campeonato brasiliense de 1959.

OUTRAS CONSTRUTORAS

Com poucas exceções, cada construtora tinha o seu time.
A CCBE - Companhia Construtora Brasileira de Estradas tinha como presidente o engenheiro Cincinato Cajado Braga, que gostava muito do futebol e participava do time dos empreiteiros.
A Pacheco Fernandes Dantas, que construiu o Palácio do Planalto, disputou o campeonato brasiliense de 1959.
Lindolpho Silva, Diretor da Cavalcante Junqueira (Caeira), foi um dos fundadores e diretor dos mais entusiastas do Novo Horizonte, que também disputou o campeonato brasiliense de 1959.
Outra que disputou o campeonato brasiliense de 1959 foi a Kosmos Engenharia.
Maurício Morandi Quadros também jogava no time dos empreiteiros da Novacap, onde tinha o apelido de “Tanque” e foi um dos proprietários da Construtora M. M. Quadros.



domingo, 20 de abril de 2025

AS SELEÇÕES DE BRASÍLIA: Seleção de Brasília x Santos - 1961


Zoca e Pelé
Realizado no dia 21 de abril de 1961, esse jogo fez parte das festividades em comemoração ao primeiro aniversário de fundação da nova capital do País, Brasília.
Pelé e Zito não jogaram. Mesmo machucado, Pelé seguiu com a delegação santista.
Pouco antes do início da partida, Pelé desceu no gramado, transportado por um helicóptero da FAB e foi alvo de consagradora manifestação popular. Pelé acompanhou toda a partida sentado à margem de uma das laterais do gramado, cercado por uma multidão de fãs.
Como se esperava, não foi difícil para o Santos impor sua melhor categoria. O jogo terminou com o placar de 4 x 0 a favor do Santos.
Sormani e Coutinho, no primeiro tempo, e Zoca e Tite, na etapa complementar, marcaram os gols. Zoca é irmão de Pelé.
O árbitro da partida foi o paulista Olten Aires de Abreu.
O jogo só teve uma nota desagradável a empaná-lo: a expulsão de Nei, aos 23 minutos do segundo, por ter desferido um pontapé sem bola num adversário.
Os quadros atuaram assim:
Seleção de Brasília: Gaguinho, Jair, Edson Galba e Bimba; Luiz Silva e Pacuzinho; Ubaldo, Eli, Dario, Walter Moreira e Joãozinho. Técnico: Didi de Carvalho.
Santos: Laércio (Lalá), Fioti, Mauro (Calvet) e Getúlio; Formiga (Dalmo) e Lima; Dorval, Mengálvio (Nei), Coutinho (Zoca), Sormani e Pepe (Tite).
O prefeito Paulo de Tarso deu o pontapé inicial do embate.
O estádio do Guará inaugurou o seu gramado e abrigou um grande público. Foram cobrados ingressos a preço único de 50 cruzeiros, mas a renda não foi fornecida.




sábado, 19 de abril de 2025

O DIA DE HOJE NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: Rabello empata com o Clube do Remo - 1967


Na primeira excursão de um clube brasiliense ao norte do Brasil, o Rabello jogou em Belém (PA) e Teresina (PI).
Depois de enfrentar o Paysandu no dia 16 de abril, três dias depois, 19 de abril de 1967, o Rabello enfrentaria outro grande time de Belém, o Clube do Remo. Conquistou um grande resultado ao empatar em 1 x 1. Paulinho, aos 15 minutos do 1º tempo marcou o gol do Rabello. O alvinegro sustentou essa vantagem até faltarem dez minutos para o encerramento do jogo, quando sofreu o empate, por intermédio de Luís Carlos.
O empate fez justiça ao bom futebol apresentado pelas duas equipes. Houve oportunidades perdidas dos dois lados, servindo a trave como a salvação do Rabello em dois lances, com Dico batido. Também o Rabello perdeu mais de duas oportunidades de gol.
Paulinho, Edinho, Zé Maria e Wantuil foram os nomes de maior destaque no Rabello.
Jogou o Rabello com Dico, Didi, Mello, Wantuil e Hélio (Dão); Luiz, Zé Maria e Paulinho (Tião); Zezé, Cid e Edinho. O Clube do Remo atuou com Florisvaldo, Ribeiro (Íris), Socó, Nagel e Assis; Oberdan e Luís Carlos; Magalhães, Rangel, Zezé (Edvard) (Afonso) e Neves.
O árbitro foi Antônio Santos, da Federação Paraense de Futebol, e a renda alcançou NCr$ 40.950,00.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

O DIA DE HOJE NA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILIENSE: todos os jogos da rodada com o placar de 1 x 0 - 1988



BRASÍLIA 1 x 0 PLANALTINA
Data: 17/04/1988
Local: Bezerrão, Gama (DF)
Árbitro: Nilton de Souza Castro
Gol: Filgueira, 66
BRASÍLIA: Nena, Chagas, Cléo, Oliveira e Waldo; Filgueira, Josimar e Rogerinho; Erasmo, Ribamar e Ailton. Técnico: Josemar Macedo da Cunha.
PLANALTINA: Selmício, Laércio, Dourado, Alípio e Olety; Rodrigues, Paulinho e Carlinhos; Vaguinho, Beto (Abel) e Gilmar (Valdir). Técnico: Helder Leal Lacerda.

TAGUATINGA 1 x 0 GAMA
Data: 17/04/1988
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Reinaldo Gomes de Paula
Gol: Marcelo Freitas, 33
TAGUATINGA: Bocaiúva, Marquinhos, Sérgio Abreu, Tião e Visoto; Lindário, Péricles (Mandala) e Wander; Dorival (Marco Antônio), Joãozinho e Marcelo Freitas. Técnico: Mozair Barbosa.
GAMA: Nasser, Toninho, Junior, Juscelino e Zé Celso; Zé Nilo, Boloni e Vicente; Genivaldo (Claudinho), Augusto e Marcelo (Rogério). Técnico: Orlando Pereira "Lelé".

GUARÁ 0 x 1 TIRADENTES
Data: 17/04/1988
Local: CAVE, Guará (DF)
Árbitro: Francisco Guerreiro Chaves   
Gol: Moura, 84
GUARÁ: Capucho, Ricardo, Luiz Fernando, Eusébio e Sérgio Carvalho; Bilzinho, Niltinho e Darlan (Ronaldo); Ivonildo, Antunes e Ribamar (Mário). Técnico: Carlos Barbosa Morales.
TIRADENTES: Déo, Eron, Kidão, Beto Fuscão e Joel; Marco Antônio, Michael e Zé Maurício; Moura, Bé e Ricardo. Técnico: Christovam Ferreira.

SOBRADINHO 0 x 1 CEILÂNDIA
Data: 17/04/1988
Local: Augustinho Lima, Sobradinho (DF)
Árbitro: Ruy Ferreira
Gol: Dida, 55
SOBRADINHO: Paulo Rossi, Hani, Matéia, Camilo e Zuza (Josa); Pedrinho, Carlos Alberto (Roberto) e Rinaldo; Warley, Bibi e Everaldo. Técnico: Dejane Welton Lopes dos Santos.
CEILÂNDIA: Dias, Chaguinha, Paulão, Jânio e Tonhão; Chicão, Edmilson (Dirson) e Tita; Dida (Damião), Marquinhos e Wadi. Técnico: Aldair Félix da Silva.