quarta-feira, 25 de setembro de 2024

ESQUECIDOS PELO TEMPO: Alaor Capella (in memoriam)




Alaor Capella dos Santos nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 25 de setembro de 1933.
Começou nas categorias de base do Flamengo, do Rio de Janeiro, onde permaneceu no período de 1953 a 1955.
Ainda em 1955, transferiu-se para o Vitória, de Salvador (BA), ficando por lá até 1956, quando se sagrou campeão baiano em 1955.
Em 1956 foi para o Londrina, logo depois de o clube ser fundado (5 de abril de 1956).
Alaor marcou o primeiro gol da história do Londrina, no amistoso com o Corinthians, de Presidente Prudente (SP), em 24 de junho de 1956.
Foi o segundo maior artilheiro da história do Londrina, marcando 126 gols, no período de 1956 a 1960, perdendo apenas para Gauchinho, que marcou 217.
No clube paranaense conquistou por duas vezes o campeonato do Norte do Paraná, nos anos de 1957 e 1959 (ainda não havia a participação de clubes do norte do Estado na Primeira Divisão). No torneio de 1957, foi o artilheiro da competição, com 10 gols.
Transferiu-se para a Associação Prudentina de Esportes, de Presidente Prudente (SP), onde permaneceu até 1961 e, neste ano, ajudou o clube a sagrar-se campeão da Segunda Divisão de Profissionais, passando a fazer parte da Primeira em 1962.
Voltou a defender um clube do Norte do Paraná entre 1961 e 1962, o Nacional Atlético Clube, de Rolândia.
Em março de 1962 ele foi contratado para jogar no Rabello, de Brasília (DF).
Sua estréia aconteceu no dia 25 de março de 1962, num amistoso em que o Rabello venceu o Nacional por 2 x 0. Alaor marcou o primeiro gol, de cabeça.
Convocado para a Seleção de Brasília que disputou um amistoso contra o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro (RJ), no dia 21 de abril de 1962 (1 x 1), teve a honra de ceder seu lugar para o grande craque Zizinho, que se despedia dos gramados e foi convidado especial para a festa de aniversário de Brasília.
Nos dias 28 de abril e 1º de maio foi realizada a Taça Candango, com a participação do Guará, Colombo, Defelê e Rabello. Na decisão do torneio, no campo do Guará, o Rabello venceu o Guará por 2 x 1, com um gol de Alaor Capella.
Passou a fazer parte com freqüência das convocações para defender a Seleção de Brasília, inclusive a que disputou o Campeonato Brasileiro de 1962, superando Mato Grosso na primeira rodada e sendo eliminada por Goiás na fase seguinte.
No campeonato de 1962, o Rabello ficou com a terceira colocação.
Em 1963, os dirigentes do Defelê, maior rival do Rabello, conversaram com Alaor e ofereceram um emprego com um salário melhor. Aconteceu a transferência para o Defelê, onde permaneceu até o ano de 1968, ano em que fez parte do time campeão brasiliense, o último título conquistado pelo Defelê.
No mesmo Defelê, no ano seguinte (1969) começou sua carreira de técnico de futebol.
Depois do Defelê, dirigiu várias equipes de Brasília: Corinthians (1976), Desportiva Bandeirante (1977 a 1979, ano em que foi vice-campeão), Guará (1980 e 1981, quando também foi vice-campeão), Brasília (no campeonato brasileiro de 1981), Gama (1981 e 1982), Guará (1983 a 1984), largou o profissionalismo e sagrou-se campeão amador pelo Pratão em 1984 e voltou a dirigir o Gama em 1985.
A partir de 1990 foi contratado para iniciar Escolinha de Futebol na Associação dos Empregados da CEB – ASCEB nas categorias mirim, infantil e juvenil.
Deste trabalho desenvolvido, foram encaminhados vários jogadores para times profissionais de Brasília e também para o Londrina (PR) e para o Atlético, de Ibirama (SC).
Na horas de folga, dirigiu o time da AMAGIS-Associação dos Magistrados de Brasília, que venceu a fase regional da Olimpíada da entidade em Cuiabá (MT) e ficou em terceiro lugar na fase nacional, disputada no campo do Flamengo, no Rio de Janeiro. Isso em 1977.
Em 2000, contratado pela Polícia Federal, foi o treinador da equipe de Brasília que disputou a Olimpíada da DPF, em Natal (RN), sagrando-se campeã no futebol de campo e terceira colocada no futebol society.
Alaor Capella faleceu no dia 14 de agosto de 2020.