Grêmio e CEUB surgiram em épocas completamente diferentes: o Grêmio antes de
Brasília ser inaugurada e o CEUB na década de 70, quando o profissionalismo foi
implantado de forma definitiva em Brasília.
Mas quando tiveram a oportunidade de disputar competições juntos, alguns
chegaram a dizer que passaria a ser o maior clássico do futebol brasiliense.
O Jornal de Brasília estampou em sua edição de 3 de fevereiro de 1976:
“CEUB-GRÊMIO: O INÍCIO DA RIVALIDADE NO DF”, se referindo à participação das
duas equipes no Torneio Imprensa, que se tornou a primeira competição oficial
no novo regime profissional do DF (vencida pelo Grêmio, ao empatar em 1 x 1 com
o CEUB, que ficou em terceiro lugar).
E complementava na mesma matéria: “Ambas as equipes estarão demonstrando às
suas torcidas que estão prontas para as lutas futuras, criando nesse primeiro
confronto a rivalidade tão necessária para a sobrevivência do futebol em uma
cidade puramente administrativa e sem nenhum outro lazer para o gosto popular”.
Infelizmente, o clássico não teve vida longa, pois, ainda na década de 70,
ambos acabaram com os seus departamentos de futebol profissional.
No final das contas foram apenas seis jogos entre eles, com quatro vitórias do
CEUB, uma do Grêmio e um empate.
Os quatro primeiros quando ainda era amador o futebol do DF, nos anos de 1971 e
1972, dois jogos em cada ano.
O primeiro deles aconteceu em 26 de setembro de 1971, quando aconteceu a única
vitória do Grêmio no duelo.
Com gols de Invasão, Marcos e Eduardo, o Grêmio venceu por 3 x 2. Dinarte, duas
vezes, marcou para o CEUB.
O jogo foi realizado no estádio Pelezão e teve como árbitro Adélio Nogueira.
As equipes formaram assim:
GRÊMIO: Maracanã, Lúcio, Maninho, Mauro (Orlando) e Wilson Godinho; Marcos e
Nemias; Santos, Invasão, Sérgio Augusto (Carlinhos) e Eduardo. Técnico: Bugue.
CEUB: Elizaldo, Medeiros, Lúcio, Aderbal e Maranhão; Darse e Gaúcho (Marcos);
Adilson (Antunes), Paulinho, Wilfrido e Dinarte. Técnico: Gualter Portela
Filho.
O segundo jogo aconteceu no mesmo ano, mais precisamente no dia 31 de outubro
de 1971, e o CEUB goleou por 4 x 0, com três gols marcados por Dinarte e um por
Paulinho.
No ano seguinte, 1972, nas duas vezes em que se encontraram, duas vitórias do
CEUB: no dia 2 de setembro, por 4 x 2, e no dia 29 de outubro, por 1 x 0.
De 1973 a 1975, o Grêmio esteve fora do campeonato brasiliense.
Somente em 1976 voltariam a se enfrentar. No primeiro deles, no dia 18 de maio
de 1976, empate em 1 x 1.
A última vez que Grêmio e CEUB se enfrentaram foi no dia 24 de julho de 1976,
no Pelezão. O CEUB venceu por 2 x 1. Xisté e Eduardo marcaram para o CEUB,
enquanto Gonçalves fez o gol de honra do Grêmio.
As equipes atuaram assim:
CEUB:
Paulo Vítor (Déo), Chiquito (Ademir), Paulo Roberto, Cláudio Oliveira e Nonoca;
Juarez, Mariano e Xisté; Lucas, Eduardo e Gilbertinho. Técnico: Bugue.
GRÊMIO: Diron, Leocrécio, Jackson, Grimaldi e Arlindo; Marquinhos, Pedro Léo e
Hamilton; Gonçalves, Léo e Antônio Carlos (Tita). Técnico: Jaime Freitas.
Ainda
nesse ano o CEUB abandonaria o futebol profissional do Distrito Federal.
O Grêmio ainda disputou os campeonatos de 1977 e 1978 e depois também paralisou
suas atividades no futebol profissional do DF.
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