sexta-feira, 11 de abril de 2025

ESQUECIDOS PELO TEMPO: Laiguinha


Evaldo Meireles, o Laiguinha, nasceu em Luziânia (GO), no dia 11 de abril de 1953.
Iniciou sua trajetória no futebol no Fluminense, de Luziânia (foto abaixo), com o técnico Bubu.

Fluminense. Em pé, da esquerda para a direita: Vilson, Macionete, Valdeci, Liosório, Darci e João Preto; agachados, na mesma ordem: Ruizinho, Laiguinha, Toin, Paulinho e Carlinhos.
Foto: Acervo Dilmar Tié.


A convite do técnico Zé Preto passou a defender o Luziânia. Participou do campeonato brasiliense, ainda amador, de 1973 e 1974, na posição de volante.
Um dos maiores meio campistas a vestir a camisa do Luziânia, incansável marcador, habilidoso, rápido, objetivo e com uma extraordinária visão do campo.
Faleceu no dia 3 de dezembro de 2022.

Colaboração: José Egídio Pereira Lima.


LUZIÂNIA: Jeová Gomes Carneiro (Presidente), Jackson, Osmar Nunes, Fabinho, Osvaldo, Fernando Melo, Liosório, Wolney, Ciliu e Plautino (Técnico). Agachados: Laiguinha, Baixinho Cachorro, Paulino, Toinho de Laíza, Elizeu, Gaspar e Nonga.



quarta-feira, 9 de abril de 2025

OS TÉCNICOS DO FUTEBOL BRASILIENSE: Carlos Morales (in memoriam)



Carlos Barbosa Morales nasceu em Porto Alegre (RS) em 9 de abril de 1939. Começou no juvenil do Internacional, de Porto Alegre (RS), tornando-se profissional no futebol do interior do Rio Grande do Sul, onde jogou pelo Esperança, de Novo Hamburgo, Aimoré, de São Leopoldo, e Flamengo, de Caxias do Sul, todos do Rio Grande do Sul.
Transferido pela Aeronáutica, veio para Brasília em 1961. Neste mesmo ano, vinculou-se ao Nacional, transferindo-se, no ano seguinte, para o Cruzeiro do Sul, onde, além de jogar, iniciou na carreira de treinador.
Morales foi um bom quarto-zagueiro, ao ponto de ser convocado para defender a Seleção do Distrito Federal num amistoso em Goiânia, no dia 29 de setembro de 1962 (Goiás 2 x 2 Distrito Federal).
Ao fim da Primeira Fase do Campeonato Brasiliense de 1962, integrou a Seleção da Zona Sul, eleita pela crônica esportiva. Em enquete realizada no final do ano de 1962, fez parte dos “Melhores do Futebol Brasiliense”, promoção do jornal Diário Carioca-Brasília. No campeonato de 1962, marcou três gols.
Também aproveitou o ano de 1962 para começar a carreira de treinador, sagrando-se campeão do primeiro Campeonato Brasiliense de Juvenis, pelo Cruzeiro do Sul.
Durante o Torneio Início da Primeira Divisão do Campeonato Brasiliense de 1963, realizado no dia 12 de maio, no campo do Grêmio, Estádio “Vasco Viana de Andrade”, Cruzeiro do Sul e Grêmio empataram em 0 x 0. Nos pênaltis, vitória do Cruzeiro do Sul, com Morales convertendo as três cobranças. Veio o quinto jogo do dia e novo empate de 0 x 0 entre Rabello e Cruzeiro do Sul. A vitória coube ao Rabello, nos pênaltis, por 11 x 10. Detalhe: Arnaldo, do Rabello, fez 11 gols em 12 cobranças e Morales 10.
No campeonato brasiliense de 1963, Morales consagrou-se campeão, com o Cruzeiro do Sul realizando uma excelente campanha: dez vitórias, cinco empates e apenas uma derrota.
Ainda em 1963, foi bicampeão da categoria juvenil pelo mesmo clube.


Em 1965 foi vice-campeão juvenil com o Guará. 
Passou para o Guanabara em 1966, sagrando-se campeão amador naquele ano. 
Foi campeão juvenil em 1967, pelo Rabello. No mesmo clube, passou a auxiliar técnico do argentino Hector Gritta.
Em 1969, dirigiu o Piloto e em setembro passou para o Coenge, onde fez sua estreia em 10 de setembro de 1969, na vitória de 1 x 0 sobre a A. A. Serviço Gráfico.
No Coenge começou a trabalhar com suas principais virtudes: disciplinado, sem ser ditador, e tinha uma moral muito grande junto a todos os jogadores com quem trabalhou. Sua fórmula: o diálogo aberto e franco.
Sagrou-se campeão brasiliense de 1969, título inédito conquistado com o Coenge. Além disso, foi o treinador da Seleção do Gama no Torneio Imprensa Esportiva, iniciado em 21 de dezembro.
Em 1970, ainda no Coenge, foi vice-campeão do Torneio “Governador Hélio Prates da Silveira” e passou a ser representante do clube junto a Federação Desportiva de Brasília.
Substituído por Raimundinho em 1971, no Coenge, foi ser treinador do time amador do Ceub, que ficou com o segundo lugar no campeonato brasiliense de 1972, atrás apenas da A. A. Serviço Gráfico.
O reconhecimento pelo bom trabalho à frente do clube acadêmico veio ao final do ano quando uma comissão formada por jornalistas esportivos e professores do Departamento de Educação Física, Esportes e Recreação - DEFER escolheram os “Destaques do Ano de 1972”, em vários esportes. No futebol, Carlos Morales foi eleito o melhor técnico.
Continuou no Ceub, até ser substituído por João Avelino, que passou a treinar o clube no Campeonato Brasileiro de 1973.
O bom trabalho abriu as portas para o futebol mineiro. Logo depois, treinou equipes de Montes Claros, Passos, Ituiutaba e Jacutinga.
Retornou ao futebol do DF e, em 1980, foi técnico do Sobradinho e do Taguatinga no campeonato brasiliense daquele ano.
Em 1981 foi vice-campeão brasiliense de profissionais pelo Guará, além de ser eleito novamente melhor técnico da temporada.
Dirigiu, seguidamente, times do Distrito Federal: 1982 - Taguatinga e Gama; 1983 e 1984 - Tiradentes; 1987 - novamente no Tiradentes e 1988 - Guará.
Em 3 de março de 1990, graças a uma parceria com o ex-técnico e jogador de futebol, Wander Abdalla, então presidente do Clube de Regatas Guará, Morales criou o seu grande projeto, desenvolvido por mais de 20 anos: a Escolinha de Futebol do Guará (cidade onde passou a morar em 1972), a mais antiga e tradicional escolinha de futebol do DF, que buscava não só ensinar futebol às crianças e jovens do Guará, mas também, tirar crianças carentes das ruas.
A Escolinha passou a contar com cinco professores que davam aula de terça a sexta-feira na parte da manhã e à tarde no campo de futebol do Complexo do CAVE.
O futebol sempre foi uma das suas paixões e, por isso, Morales resolveu juntar o útil ao agradável ao usar seus conhecimentos e amor ao futebol para transmiti-los às crianças, de 4 a 17 anos. Um dos atrativos da escolinha era a participação em torneios e campeonatos inclusive fora do DF. 
A escolinha é responsável por uma grande quantidade de revelações de talentos, o mais recente o atacante Leandro, do ex-Grêmio e hoje no Palmeiras.
Funcionário aposentado pelo Senado Federal, Carlos Morales faleceu no dia 13 de outubro de 2012, de complicações originadas de uma pneumonia.






segunda-feira, 7 de abril de 2025

CAMPANHAS DOS CAMPEÕES: S. E. Itapuã - Segunda Divisão 1997

 

Com a criação da Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense em 1997, também surgiu o interesse em participar da competição dos mais diversos clubes, alguns deles do popularmente chamado “Entorno de Brasília” (por ficar ao redor de Brasília).

Oficialmente reconhecida como Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno, ela foi criada pela Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de 1998. É constituída pelo Distrito Federal e de alguns municípios de Goiás e Minas Gerais (sendo 19 de Goiás e 3 de Minas Gerais, totalizando 22), com uma área pouco menor que a Croácia, por exemplo, com uma população de aproximadamente 4 milhões de habitantes.

A Federação Metropolitana de Futebol foi surpreendida com o pedido de filiação de clubes de outros Estados, que perceberam ser mais viável economicamente disputar o campeonato do DF do que o de seus Estados de origem. A entidade então resolveu autorizar clubes de outras unidades da Federação a participaram de suas competições desde que tivessem sede em cidades localizadas a menos de 200 km de Brasília.

Tomaram parte da primeira edição do Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão Ceilândia, Taguatinga e Atlântida, de Taguatinga, representando o Distrito Federal. Os demais quatro clubes foram de fora do DF: União Esporte Clube, de Paracatu (MG), Clube Atlético Cristalinense, de Cristalina (GO), Bosque Formosa Futebol Clube, de Formosa (GO), e a Sociedade Esportiva Itapuã, de Unaí (MG).

O campeonato foi disputado em dois turnos, ao final dos quais os quatro primeiros colocados disputaram as semifinais e, os vencedores destas, a final.

Sagrou-se campeão o Itapuã, de Unaí.

A campanha do Itapuã para chegar ao título foi a seguinte:

1º TURNO

ITAPUÃ 3 x 2 CEILÂNDIA
Data: 27/04/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: José Renê Costa Galdino
Gols: Cleiton, Rogerinho e William / Rômulo (2)

ITAPUÃ 2 x 2 UNIÃO
Data: 04/05/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Luciano Almeida
Gols: Simão e Josué / Geraldo e Ziel

CRISTALINENSE 2 x 1 ITAPUÃ
Data: 11/05/1997
Local: Salvador Amato, Cristalina (GO)
Árbitro: Arudá Pires Lima
Gols: Rogério e Serginho / William

ITAPUÃ 1 x 0 ATLÂNTIDA
Data: 18/05/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Paulo César de Sena
Gols: Rogerinho

TAGUATINGA 1 x 1 ITAPUÃ
Data: 24/05/1997
Local: Metropolitana, Núcleo Bandeirante (DF)
Árbitro: Paulo Renato Viana Coelho
Gols: Fredson / Muruim

ITAPUÃ 2 x 0 BOSQUE FORMOSA
Data: 07/06/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Nilton de Castro Souza
Gols: Muruim e William

2º TURNO

UNIÃO 1 x 1 ITAPUÃ
Data: 15/06/1997
Local: Frei Norberto, Paracatu (MG)
Árbitro: Eremilson Xavier Macedo
Gols: Renato / Muruim

CEILÂNDIA 1 x 2 ITAPUÃ
Data: 22/06/1997
Local: Metropolitana, Núcleo Bandeirante (DF)
Árbitro: José Renê Costa Galdino
Gols: Caetano / William e Muruim

ITAPUÃ 1 x 1 TAGUATINGA
Data: 29/06/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Iêdo Souza
Gols: Cleiton / Ailton

ITAPUÃ 1 x 0 ATLÂNTIDA
Data: 06/07/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Sérgio Carvalho
Gol: Valdez

BOSQUE FORMOSA 1 x 1 ITAPUÃ
Data: 20/07/1997
Local: Diogão, Formosa (GO)
Árbitro: Alexandre Andrade
Gols: Regis / Muruim

ITAPUÃ 2 x 1 CRISTALINENSE
Data: 27/07/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Sérgio Carvalho
Gols: Josué e Muruim / Elvis

SEMIFINAIS

UNIÃO 2 x 1 ITAPUÃ
Data: 03/08/1997
Local: Frei Norberto, Paracatu (MG)
Árbitro: Iêdo Souza
Gols: Ziel e Robson / Robinho

ITAPUÃ 4 x 1 UNIÃO
Data: 10/08/1997
Local: Rio Preto, Unaí (MG)
Árbitro: Nilton de Castro Souza
Gols: Rogerinho (2) e Serginho (2) / Ziel

FINAL

TAGUATINGA 1 x 1 ITAPUÃ
Data: 17/08/1997
Local: Serejão, Taguatinga (DF)
Árbitro: Jamir Carlos Garcez
Gols: Ailton / Muruim
 
ITAPUÃ 2 x 0 TAGUATINGA

Data: 24/08/1997

Local: Rio Preto, Unaí (MG)

Árbitro: Luciano Almeida

Gols: Muruim e Serginho

 

Saulo Barbosa Souto, o Muruim, do Itapuã, foi o artilheiro do campeonato (juntamente com Ziel, do União), com 8 gols.


A classificação final do Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão de 1997 foi a seguinte: 

CF

CLUBES

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

ITAPUÃ

16

8

6

2

26

16

10

30

TAGUATINGA

16

6

6

4

16

21

-5

24

UNIÃO

14

5

4

5

22

19

3

19

ATLÂNTIDA

14

4

7

3

15

11

4

19

CRISTALINENSE

12

3

4

5

15

15

0

13

CEILÂNDIA

12

2

5

5

15

20

-5

11

BOSQUE FORMOSA

12

1

6

5

6

13

-7

9

 

sábado, 5 de abril de 2025

RESENHA TÉCNICA DO CAMPEONATO BRASILIENSE DE FUTEBOL - Primeira Divisão - 1960 a 2025



O campeonato de futebol do Distrito Federal se divide em duas fases. A primeira, de 1959 (quando ocorreu o primeiro campeonato) até 1975, e a segunda, de 1976 até os dias de hoje.
No primeiro intervalo, a maior parte dos campeonatos foi na categoria de amadores. Em três ocasiões, de 1964 até 1966, foram disputados dois campeonatos (um de amadores e o outro de profissionais). Nos anos de 1967 e 1968, somente os profissionais organizaram seu campeonato. A partir de 1969 e até 1975, voltamos a ter somente campeonatos amadores.
O definitivo profissionalismo só aconteceu a partir de 1976 e perdura até hoje.
Por mais que procurássemos, por mais que tivéssemos pesquisado nos boletins da Federação Brasiliense de Futebol e nos meios de comunicação disponíveis, desde 1959, não conseguimos encontrar os dados estatísticos deste ano e da categoria de amadores em 1966.
Eis os dados estatísticos dos campeonatos de futebol do DF no período de 1960 a 2025:

ANO

CLUBES PARTICIPANTES

JOGOS REALIZADOS

GOLS ASSINALADOS

MÉDIA DE GOLS POR JOGO

1960

8

28

138

4,93

1961

8

51

165

3,24

1962

10

66

195

2,95

1963

9

72

228

3,17

1964-A

7

42

135

3,21

1964-P

5

20

53

2,65

1965-A

5

20

67

3,35

1965-P

4

12

44

3,67

1966-P

7

42

148

3,52

1967

6

30

92

3,07

1968

5

20

61

3,05

1969

24

199

649

3,26

1970

10

63

172

2,73

1971

5

20

49

2,45

1972

7

45

117

2,60

1973

10

84

236

2,81

1974

7

30

72

2,40

1975

8

58

176

3,03

1976

8

50

124

2,48

1977

6

36

92

2,56

1978

7

49

108

2,20

1979

6

47

113

2,40

1980

9

109

275

2,52

1981

6

59

104

1,76

1982

7

83

148

1,78

1983

8

199

390

1,96

1984

8

123

265

2,15

1985

8

92

200

2,17

1986

8

69

165

2,39

1987

8

92

175

1,90

1988

8

115

231

2,01

1989

8

102

200

1,96

1990

8

60

114

1,90

1991

8

116

212

1,83

1992

8

116

253

2,18

1993

9

171

376

2,20

1994

10

94

205

2,18

1995

10

108

225

2,08

1996

14

121

328

2,71

1997

10

96

273

2,84

1998

10

102

239

2,34

1999

10

96

260

2,71

2000

10

96

235

2,45

2001

10

96

237

2,47

2002

11

102

279

2,74

2003

12

72

263

3,65

2004

12

72

230

3,19

2005

12

72

243

3,38

2006

10

52

154

2,96

2007

8

56

169

3,02

2008

8

56

165

2,95

2009

8

70

191

2,73

2010

8

70

180

2,57

2011

8

70

187

2,67

2012

12

74

242

3,27

2013

12

76

194

2,55

2014

12

80

168

2,10

2015

11

69

149

2,16

2016

12

80

158

1,98

2017

12

80

208

2,60

2018

12

80

195

2,44

2019

12

80

188

2,35

2020

12

80

261

3,26

2021

12

61

176

2,89

2022

10

59

178

3,02

2023

10

51

135

2,65

2024

10

51

141

2,76

2025

10

50

109

2,18

TOTAL

5.062

12.907

2,55


A - AMADORES
P - PROFISSIONAIS