Comemorando 77 anos no dia de hoje (nasceu em 9
de agosto de 1939, no Rio de Janeiro-RJ), Hércules Brito Ruas sempre foi um
zagueiro que não brincava em serviço, sempre jogava sério, com muita garra.
Brito iniciou sua carreira no Vasco da Gama. Como o Vasco da Gama tinha uma
zaga de Seleção Brasileira - Bellini e Orlando Peçanha - o jovem zagueiro foi
emprestado ao Internacional, de Porto Alegre-RS, em 1958, com a finalidade de adquirir experiência.
No clube gaúcho jogou em duas temporadas. Sua estreia foi no dia 2 de fevereiro
de 1958, num amistoso contra a Lajeadense, e seu último jogo, em 5 de fevereiro
de 1959, num Gre-Nal (2 x 2), marcando um dos gols do Internacional. Foram 32
partidas disputadas e dois gols marcados.
Seu
retorno ao Vasco da Gama aconteceu em 1959. Brito foi o capitão do Vasco da
Gama durante a maior parte da década de 60, um período de poucos títulos
cruzmaltinos. O de maior importância foi o do Torneio Rio-São Paulo de 1966 (título
dividido com Botafogo, Corinthians e Santos).
Convocado para a Seleção Brasileira, participou da Copa do Mundo de 1966 na
Inglaterra.
Em 1969, Brito trocou o Vasco da Gama pelo Flamengo. No ano seguinte,
alcançou sua maior glória: titular absoluto da Seleção Brasileira tricampeã
mundial no México, sendo considerado ainda o jogador de melhor preparo físico
da competição.
Foram,
ao todo, 61 jogos com a camisa da Seleção Brasileira, de 30 de maio de 1964 (o
primeiro, Brasil 5 x 1 Inglaterra) a 9 de julho de 1972 (o último, Brasil 1 x 0
Portugal).
Do Flamengo, Brito foi emprestado para o Cruzeiro, de Belo Horizonte-MG em 1970
e, no ano seguinte, para o Botafogo, onde permaneceu até 1973. Em 31 de outubro
de 1971, jogando pelo Botafogo, Brito perdeu a cabeça e agrediu o árbitro José
Aldo Pereira com um soco no estômago e chegou a pegar um ano de suspensão (mais
tarde foi beneficiado pelos serviços prestados à Seleção Brasileira e teve sua
pena reduzida).
Em 1974, Brito foi para o Corinthians e, de lá, para o Atlético Paranaense, em
1975.
Teve, depois, curtas passagens pelo Le Castor,
de Montreal, Canadá, e Galícia, de Caracas, Venezuela. Retornando ao Brasil,
teve uma passagem pelo Democrata, de Governador Valadares (MG) e encerrou sua
carreira em definitivo defendendo o River, de Teresina (PI), em 1979.
No início dos anos 80, tentou a vida como
treinador, com passagens pelo Democrata, de Governador Valadares, Cruzeiro, de
Belo Horizonte, e Madureira, do Rio de Janeiro, dentre outros.
Depois que abandonou o futebol, passou a
trabalhar com outros ex-jogadores no funcionalismo público estadual do Rio de
Janeiro, em um projeto que visava a comercialização de remédios a preços mais
baratos para população de baixa renda.
COMO ACONTECEU A VINDA DE BRITO PARA BRASÍLIA?
Inicialmente, Brito manteve contato com o Taguatinga Esporte Clube, quando
esteve em Brasília antes do Natal de 1986.
Foi aí que também surgiu o interesse do Ceilândia. Brito havia dado um prazo ao
Taguatinga, que expirou, pois seu presidente estava viajando. No dia 8 de janeiro
de 1987, Brito acertou com o Ceilândia. Passou a treinar a equipe no dia 13 de
janeiro, se preparando para o campeonato.
Brito fez sua estreia no comando do Ceilândia no dia 1º de fevereiro de 1987,
na vitória de 1 x 0 sobre o Taguatinga, no Serejão.
O Ceilândia chegou a ser líder invicto do 1º turno da competição (perdeu apenas
uma vez), mas deixou de ser campeão dessa fase ao ser derrotado pelo Brasília,
na decisão por pênaltis, após 0 x 0 no tempo regulamentar.
Não foi bem no segundo e terceiro turnos e ficou na quarta colocação.
A última participação de Brito aconteceu em 19 de julho de 1987, quando o
Ceilândia empatou com o Brasília em 1 x 1.
No total de 22 partidas disputadas pelo Ceilândia, Brito esteve à frente da
equipe em vinte oportunidades (nas outras duas - quando o treinador foi o
supervisor Antônio Edvan Aires -, estava cumprindo suspensão de 20 dias, por
ter sido expulso de campo).
No dia 5 de julho de 1987 Brito foi o técnico da Seleção do DF no amistoso
contra o Flamengo, do Rio de Janeiro. Logo depois, em agosto desse mesmo ano,
também dirigiu o selecionado do DF nos dois jogos disputados pelo Campeonato
Brasileiro de Seleções, quando foi eliminado por Goiás.
Sem compromissos em Brasília, Brito, então, retornou ao Rio de Janeiro.
Voltou a Brasília em 1988, fazendo sua reestreia no dia 28 de fevereiro de
1988, na vitória do Ceilândia sobre o Sobradinho, por 3 x 0.
Dirigiu a equipe somente no 1º turno. Foram apenas sete partidas, no período de
28 de fevereiro a 30 de março de 1988. Nem mesmo a boa apresentação do clube
diante do Brasília (goleado por 4 x 1) fez com que Brito continuasse no
Ceilândia.
Retornou ao futebol brasiliense em 1992, agora como treinador do Guará, que
também dirigiu em apenas sete jogos: o primeiro deles em 14 de junho de 1992 e
o último em 19 de julho de 1992, na derrota exatamente para o Ceilândia, por 1
x 0.
Pediu demissão e voltou para o Rio de Janeiro, onde se encontra até hoje.
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