Desde muito cedo, sua grande paixão foi a bola. Em 1973, aos oito anos de
idade, já jogava na equipe “chupetinha” do Imperial, da ASFI - Associação
Serrana de Futebol Infantil, de Sobradinho.
Dois dias antes de completar 18 anos, Toni foi lançado na equipe principal do
Sobradinho pelo técnico Pedro Pradera. Foi no dia 23 de outubro de 1983, no
Bezerrão, quando o Sobradinho empatou em 0 x 0 com o Gama e ele ocupou o lugar
de Puruca, maior contratação do Sobradinho para o campeonato brasiliense desse
ano. Jogaria somente mais uma partida válida pelo certame brasiliense desse
ano.
No começo de 1984, mais precisamente em fevereiro desse ano, fazia parte da
equipe do Sobradinho que disputou a Fase Regional do Torneio Seletivo para a
Taça CBF. A vaga ficou com a equipe do Tiradentes.
Segundo o informativo “Leão da Serra”, de agosto de 1986, logo depois Toni
resolveu deixar a cidade de Sobradinho, indo em busca de novos horizontes.
Seguiu para o Estado de São Paulo, onde passou a jogar no Mirassol, equipe que
disputava a Terceira Divisão do Campeonato Paulista. Lá ele marcou o seu
primeiro gol numa equipe profissional.
Em maio de 1985, Toni retornou ao plantel do Sobradinho Esporte Clube. Neste mesmo
ano consagrou-se campeão brasiliense. Nos 25 jogos disputados, marcou 17 gols e
tornou-se artilheiro do campeonato. Recebeu várias homenagens. Concorreu ao
prêmio de “Melhores da ABCD - Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos”,
junto com Arthur e Jamil (Sobradinho), Kleber e Nei (Brasília) e Marquinhos (Taguatinga).
Seu companheiro de clube, Arthur, ficou com o troféu. Além disso foi
considerado a revelação daquele campeonato.
Sagrou-se bicampeão brasiliense em 1986, tendo disputado vinte jogos e marcado
cinco gols.
Marcou outros cinco gols no Campeonato Brasileiro de 1986, competição em que o
Sobradinho não teve grandes atuações, mas que Toni conseguiu algum destaque.
No começo de 1987, transferiu-se para o Botafogo, do Rio de Janeiro.
Quando chegou ao Botafogo, o clube acabara de contratar o uruguaio De Lima e
também tinha Fernando Macaé disputando a titularidade.
Seu primeiro jogo no Botafogo aconteceu em 15 de fevereiro de 1987, na derrota
de 2 x 0 para o Goytacaz, em Campos, pelo campeonato carioca. Toni substituiu o
meia Mário Mimi e atuou durante 31 minutos. Passou a revezar a camisa 9 com De
Lima, mas não marcou gol nesse campeonato carioca.
Logo depois veio o Campeonato Brasileiro de 1987, quando marcou o seu primeiro
e único gol com a camisa do Botafogo na competição. Foi no dia 18 de outubro,
em Curitiba, no empate de 1 x 1 com o Coritiba.
Toni fez seu último jogo pelo Botafogo no dia 8 de dezembro de 1987, quando
enfrentou o Ascoli, da Itália, no último amistoso da excursão que o clube carioca
fez à Ásia e Europa.
Também seria uma das últimas partidas do técnico Zé Carlos no comando do
Botafogo. Quando foi acertada a transferência do técnico para o Guarani, de
Campinas, este recomendou Toni ao alviverde campineiro.
O centro-avante Toni foi vendido ao Guarani, de Campinas, por Cz$ 5 milhões, no
começo de 1988.
Também não deu muita sorte quando chegou ao Guarani, que acabara de se tornar
vice-campeão da Copa União de 1987 e tinha como centro-avante titular nada mais
nada menos que Evair, além de outros jogadores do quilate de Ricardo Rocha,
Paulo Isidoro, Neto e João Paulo.
Toni estreou no Guarani em 31 de março de 1988, no Brinco de Ouro, em Campinas,
na vitória de 1 x 0 sobre a Internacional, de Limeira, entrando no lugar do
ponteiro João Paulo.
No amistoso realizado no dia 24 de abril de 1988, em Araras, Toni começou o
jogo como titular e marcou o gol da vitória de 1 x 0 sobre o União São João.
Mesmo sem ser titular da equipe, voltaria a marcar no jogo contra o Sport
Recife, pela Taça Libertadores da América, na vitória de 4 x 1, no dia 3 de
agosto de 1988.
Na segunda fase do torneio continental, o Guarani enfrentou o San Lorenzo, da
Argentina. No dia 7 de setembro, em Buenos Aires, o Guarani conseguiu um bom
resultado ao empatar em 1 x 1, com gol de Toni. No jogo de volta, o Guarani
perdeu para o San Lorenzo por 1 x 0 e foi desclassificado da Libertadores.
Seu último jogo no Guarani foi justamente contra o Botafogo, do Rio de Janeiro.
No dia 14 de dezembro de 1988, no Maracanã, o clube campineiro foi derrotado
por 3 x 0. Toni marcou três gols no Brasileiro de 1988.
No começo de 1989, o lateral-direito Marquinhos e Toni, ambos do Guarani, foram
trocados pelo lateral Ditinho, que era do São José, de São Paulo.
Toni estreou no São José no dia 19 de fevereiro de 1989, na derrota de 3 x 0
para a Internacional, de Limeira, jogo válido pelo Campeonato Paulista desse
ano.
O ano de 1989 foi o mais importante para a história do São José. Nesse ano, o
clube conseguiu chegar à final do Campeonato Paulista, quando perdeu a decisão para
o São Paulo, após dois jogos no Morumbi.
Foram 28 jogos e treze gols, números que deram a artilharia do campeonato paulista
de 1989 a Toni, juntamente com Toquinho, da Portuguesa de Desportos.
Seu último jogo foi justamente o segundo da decisão, no dia 2 de julho de 1987,
no empate de 0 x 0 com o São Paulo.
Logo depois foi negociado com o Valencia, da Espanha.
Curiosamente, quando o São José decidiu fazer uma excursão pela Espanha, mais
precisamente na comunidade valenciana e na Catalunha, quando enfrentou equipes
de categorias mais discretas do futebol espanhol, mantendo-se invicto, Toni
tinha seu nome divulgado pela costa mediterrânea, onde o Valencia realizava sua
pré-temporada e chegara à conclusão que deveria reforçar a equipe.
A temporada 1989/1990 não começou nada bem para o Valencia ao perder em casa frente
o Atlético de Madrid, em casa, e duas rodadas depois ser goleado pelo Real Madrid
por 6 x 2. O pessimismo chegou a surgir, mas a vitória chegou finalmente na quarta
rodada e não conheceu mais derrotas nas quinze seguidas. Em todo o returno o Valencia
só perdeu duas partidas, levando a equipe ao vice-campeonato espanhol, atrás apenas
do Real Madrid. Na Copa do Rei, perdeu para o Barcelona nas semifinais.
A primeira temporada de Toni no Valencia não foi de todo mal. Disputou 36 jogos
(somente Ochotorena jogou mais que ele), mas só anotou seis gols em “La Liga”, sendo
três deles no jogo contra o Celta de Vigo.
Apesar de voluntarioso, Toni dava demonstrações que não se adaptaria ao futebol
europeu. Chegou no clube com a missão de fazer a torcida do Valencia esquecer o
mexicano Lucho Flores, que acabara de abandonar a equipe, e também foi ofuscado
pelo recém chegado Lubo Penev, que passou a efetuar grandes atuações e que marcou
sete gols a mais que Toni.
A temporada 1990/1991 foi decepcionante para o Valencia. A campanha foi
bastante irregular, chegando a ser 18º na décima rodada. Ao final a equipe
ficou com a sétima colocação e, portanto, fora da Liga dos Campeões da Europa.
Toni disputou 26 jogos e marcou apenas um gol.
Assim, Toni foi, pouco a pouco, perdendo a fé e a afeição e entrou em uma dinâmica
em que foi perdendo a confiança em seu jogo e com ele a dos treinadores que teve
em suas seguintes temporadas com o Valencia, chegando a não marcar gol algum nas
duas últimas.
Na temporada 1991/1992, apesar de uma melhor classificação em relação à
anterior (o Valencia terminou com o quarto lugar o campeonato espanhol), Toni
disputou doze jogos e não marcou gol.
Sua pior temporada seria a de 1992/1993, quando Toni não foi escalado uma vez
sequer para os jogos do campeonato espanhol.
Naturalizou-se espanhol para facilitar sua contratação por outra equipe da Espanha
até que, na janela de transferências, Toni foi cedido por empréstimo ao Valladolid,
da Segunda Divisão da Espanha. Foram apenas nove jogos disputados e nenhum gol.
Foi devolvido ao Valencia. Quando o clube contratou Predrag Mijatovic,
dispensou Toni, que resolveu voltar para o Brasil.
Quando retornou ao Brasil, o campeonato brasileiro de 1993 já estava em pleno
andamento e passou a compor o elenco do Santos, por onde jogou muito pouco.
No ano seguinte, Toni voltou ao São José. Sofreu uma contusão na pré-temporada e
não foi bem.
Depois do São José, Toni jogou no Coritiba durante o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, entre agosto e novembro de 1994, e fez seis gols. Sua estreia aconteceu no dia 10 de agosto de 1994, no estádio Moisés Lucarelli, na derrota de 3 x 2 para a Ponte Preta.
Depois do São José, Toni jogou no Coritiba durante o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, entre agosto e novembro de 1994, e fez seis gols. Sua estreia aconteceu no dia 10 de agosto de 1994, no estádio Moisés Lucarelli, na derrota de 3 x 2 para a Ponte Preta.
Antes de encerrar sua carreira na Portuguesa Santista, em 1997, Toni teve
rápida passagem pelo Bragantino.
Nos anos de 2001 e 2002 foi técnico da equipe principal do Sobradinho. Em 2001,
em apenas cinco jogos. Em 2002, em oito.
Também foi Gerente de Futebol do Sobradinho, cargo que deixou alegando fortes pressões
de torcedores e de outros ex-dirigentes interessados em reassumir o controle.
Toni é o proprietário da Toni Matos Futebol
Society, em Sobradinho, local com dois campos de futebol society cobertos,
vestiários, lanchonete e churrasqueiras. Também bate bola nos campeonatos de veteranos
do Minas Brasília Tênis Clube.
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