Personagens e Personalidades do Futebol do Guará
"Seu" Adelino
Adelino Avelino Gonçalves, “Seu Adelino” ou “Seu
Dedé”, nasceu em Ipoema, então distrito do município de Itabira, no interior de
Minas Gerais, no dia 1º de março de 1922.
Foi o maior exemplo de amor a um clube no Distrito Federal.
Pioneiro da primeira hora de Brasília, tendo aqui chegado em 12 de dezembro de
1956 para participar da grande epopeia da construção da nova Capital brasileira
no Planalto Central, fez parte da vida do Guará desde a sua criação, em 9 de
janeiro de 1957.
Completou 18 anos na estrada, indo a pé para Belo Horizonte (MG), onde passaria
a trabalhar na Mina de Morro Velho.
Fez de tudo um pouco em sua vida. Foi chefe de escoteiro, tocou clarinete e
oboé numa fanfarra, alistou-se no Exército, deu baixa como Sargento, e estava
quase embarcando para combater na Segunda Guerra Mundial quando esta acabou.
Em Brasília trabalhava no antigo D. A. E. - Departamento de Águas e Esgotos e,
quando houve a divisão, foi para a CAESB.
Em 30 de março de 1960, quando o Conselho Federal de Contabilidade decidiu
criar o Conselho Regional de Contabilidade de Brasília, Adelino passou a ser um
dos conselheiros suplentes, Técnico em Contabilidade que era.
“Seu” Adelino foi um dos poucos que poderia ser chamado de “Professor”. Ele
obrigava a todos os atletas que passavam pelo clube a aprender o “Hino do
Guará”. Além disso, exigia que eles aprendessem a marchar e a ter disciplina
tática enquanto estivessem no clube. Para ele, o jogador só seria completo se
soubesse obedecer ordens.
Em 21 de março de 1967, Adelino fez parte da composição da Junta Governativa do
Guará, desempenhando as funções de 2º Vice-Presidente. Nessa época, o Guará possuía
250 sócios pioneiros, 371 sócios proprietários, 80 sócios contribuintes e 39 sócios
colaboradores.
Sempre buscando colaborar com o futebol brasiliense, em 30 de março de 1968,
passou a ser um dos membros do Conselho Deliberativo da Associação Esportiva Cruzeiro
do Sul.
Foi um dos “Destaques Esportivos” de 1975, realização do Departamento de
Educação Física, Esportes e Recreação – DEFER, do GDF. No Futebol de Campo, os
premiados foram: Dirigente: Adelino Avelino Gonçalves e Atleta: José Francisco
Solano Junior, o Junior Brasília.
Faleceu no dia 1º de dezembro de 1995, em Palmas (TO), poucos meses antes de
poder ver o seu Guará campeão brasiliense.
A seu pedido, teve o corpo destinado para estudos na Faculdade de Ciências da
Saúde da Universidade de Brasília - UnB.
OSWALDÃO
Oswaldo da Cruz Vieira, o Oswaldão, era natural de Araguari (MG). Antes mesmo de Brasília dar seus primeiros sintomas de vida, com a chegada dos primeiros tratores para devastar o cerrado para que fosse erguida a cidade, aqui estava Oswaldão.
Seu ingresso na Novacap data de 1º de novembro de 1956, na função de Condutor
de Topografia do DOAM - Departamento de Organização e Administração Municipal.
Oswaldão fez os primeiros serviços de topografia (demarcação dos lotes e
arruamento) da Cidade Livre, hoje Núcleo Bandeirante.
Em 30 de novembro de 1957, participou da reunião de congraçamento dos
funcionários da Novacap que comemoraram um ano de trabalho em Brasília. Na
ocasião, para marcar o fato, foi elaborado um Diploma que recebeu as
assinaturas dos participantes e mais do Presidente Juscelino Kubitschek e dos
diretores da Novacap.
Oswaldão plantou a semente do futebol em Brasília, logo conseguindo adeptos
para dar mais corpo a sua ideia de fundar um clube de futebol.
Em dezembro de 1956, um grupo de desportistas, após um dia exaustivo de
trabalho, reunido em uma simples cabana de lona, comentava sobre os campeonatos
de futebol da terra natal de cada um. Cada qual contava uma passagem
interessante de seus clubes. Oswaldão, desportista de escol, antigo defensor do
Fluminense, de Araguari, do Goiânia e do Atlético Mineiro, contava, com
orgulho, suas facetas esportivas e todos o ouviam com atenção.
A essa altura da conversa, surge a ideia da criação de um clube, sendo, nessa
ocasião, constituída uma Diretoria provisória, na qual Oswaldão ficou como
Vice-Presidente.
Passam-se os dias e, a 9 de janeiro de 1957, no Restaurante dos Engenheiros da
Novacap, já agora com os planos feitos pela Diretoria provisória, é realizada a
sessão solene de fundação do clube, a qual comparece grande número de adeptos,
pois a notícia correu célere pelos acampamentos e, assim, Brasília foi tomada
de curiosidade.
Procedida a eleição da diretoria, Oswaldão era o novo Diretor de Esportes do
Clube de Regatas Guará.
O Guará realizou o primeiro jogo interestadual muito antes da inauguração de
Brasília. Em 14 de setembro de 1958, em seu campo, o Guará foi derrotado pelo
Atlético Goianiense, por 1 x 0.
Em 16 de março de 1959, vários desportistas se reuniram na cantina do Instituto
de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), para fundar a Federação
Desportiva de Brasília, Oswaldão fazia parte da Mesa Dirigente, além de ser o
representante do Clube de Regatas Guará.
Logo após a aprovação dos estatutos da entidade, o Guará, por intermédio de
Oswaldão, apresentou seu requerimento de filiação ao qual fez juntada de um
exemplar de seus Estatutos, devidamente impressos.
Considerado por muitos como o dirigente mais “matreiro” dos que passaram pelo
futebol brasiliense na década de 60, Oswaldão contratava quase que
exclusivamente jogadores para o Guará, prometendo-lhes emprego nos
recém-criados órgãos do Governo do Distrito Federal.
Quando achou que tinha o time ideal, tratou de correr atrás de um treinador de
nome. Em novembro de 1959, Oswaldão entrou em contato com o Coronel Osmar
Soares Dutra, solicitando do mesmo que convidasse Augusto da Costa, ex-jogador
do Vasco da Gama e Seleção Brasileira, militante da Polícia Especial do Rio de
Janeiro, para servir na GEB - Guarda Especial de Brasília. Augusto da Costa
então passou a desempenhar suas funções de polícia e técnico de futebol do
Guará.
Em 5 de maio de 1960, Oswaldão, tomou posse no cargo de Presidente do Guará, em
substituição a Carlindo Cruz. Passou a ser uma espécie de faz de tudo no Guará.
Em 30 de março de 1962, o Clube de Regatas Guará colocou em circulação o
primeiro número do “Boletim Informativo do Guará”. Um dos maiores responsáveis
por esse acontecimento foi Oswaldão, juntamente com Omar Martins e Carlindo
Ribeiro da Cruz, então presidente do clube.
Todo o imenso esforço que Oswaldão fez pelo Guará, nos quase dez anos que
militou no futebol brasiliense, rendeu apenas um título ao Guará, o de campeão
do Torneio “Prefeito Paulo de Tarso”, em 1961.
Oswaldão morreu na madrugada de 6 de agosto de 1966.
OS CAMPEÕES BRASILIENSES DE 1996
Para chegar ao inédito título, o Guará utilizou 31 jogadores. Nenhum deles disputou os 23 jogos. Os que mais se aproximaram foram Marco Antônio e Éder Antunes (artilheiro da equipe), com 21. Zinha disputou 20 jogos.
No elenco do Guará estava Éder Aleixo, ex-Atlético Mineiro e Seleção Brasileira, que disputou 12 jogos, marcando um gol.
Teve apenas um treinador durante todos os 23 jogos do campeonato, Déo de Carvalho.
Eis o desempenho de cada um desses jogadores:
APELIDO
|
NOME COMPLETO
|
P
|
JD
|
GM
|
GS
|
Cláudio
|
Cláudio André Pavlik
|
G
|
18
|
12
|
|
Pereira
|
Alceri Furtado Mendonça
|
G
|
4
|
6
|
|
Anderson
|
Anderson Cardoso Oliveira
|
G
|
1
|
1
|
|
Zinha
|
Osias Oliveira Bonfim
|
Z
|
20
|
2
|
|
Gilson
|
Gilson Irmer
|
Z
|
19
|
1
|
|
Elson
|
Elson Costa
|
Z
|
19
|
||
Márcio Franco
|
Márcio Franco da Fonseca
|
Z
|
16
|
1
|
|
Carlos Eduardo
|
Carlos Eduardo de Oliveira
|
Z
|
12
|
||
Nilton
|
Nilton Alves de Araújo
|
Z
|
5
|
||
Thiago
|
Thiago de Macedo e Burgos
|
Z
|
4
|
||
Alex
|
Alexandro Carvalho Dultra
|
Z
|
3
|
||
Claudinelli
|
Claudinelli Nascimento Araújo
|
Z
|
3
|
||
Marco Antônio
|
Marcos Antônio Oliveira da
Silva
|
MC
|
21
|
||
Júlio César
|
Júlio César Lacerda Vieira
|
MC
|
19
|
3
|
|
Rogerinho
|
Rogério Rodrigues Ribeiro
|
MC
|
18
|
2
|
|
Wagner
|
Wagner Rafael Rodrigues
|
MC
|
11
|
1
|
|
Marquinhos Brazlândia
|
Marcos Antônio Teixeira dos
Santos
|
MC
|
10
|
||
Luiz Fábio
|
Luiz Fábio Andrade Lopes
|
MC
|
10
|
2
|
|
Jefferson Santos
|
Jefferson Ferreira dos Santos
|
MC
|
8
|
||
Paulo Lima
|
Paulo de Lima Barbosa
|
MC
|
5
|
||
Rodrigo
|
Rodrigo Rodrigues Ferreira
Gomes
|
MC
|
2
|
2
|
|
Thompson
|
Thompson François Leal da
Silva
|
MC
|
2
|
||
Éder Antunes
|
Éder Antunes Morgado
|
A
|
21
|
9
|
|
Raildo
|
José Raildo Fernandes de
Oliveira
|
A
|
14
|
||
Éder Aleixo
|
Éder Aleixo de Assis
|
A
|
12
|
1
|
|
Missinho
|
Edmilson do Nascimento
Trigueiro
|
A
|
10
|
7
|
|
Edi Carlos
|
Edi Carlos Monteiro dos Santos
|
A
|
10
|
2
|
|
Jairo
|
Jairo França Venanão
|
A
|
7
|
1
|
|
Aelson
|
Aelson Mauro Lopes
|
A
|
6
|
1
|
|
Fábio Gaúcho
|
Fábio Rafael Eidelwein
|
A
|
6
|
||
Rondinelli
|
Rondinelli Nascimento de
Araújo
|
A
|
1
|
P = posições: G - goleiro, Z - zagueiro, MC - meio de campo e A - atacante
JD = jogos disputados
GM = gols marcados
GS = gols sofridos
OS CAMPEÕES DO TORNEIO CENTRO-OESTE DE 1984
Oito clubes do Distrito Federal e de Goiás disputaram o II Torneio Centro-Oeste
no ano de 1984. Do Grupo A fizeram parte Anapolina e Vila Nova, de Goiás, e
Guará e Sobradinho, do Distrito Federal. No Grupo B disputaram Anápolis e
Atlético, de Goiás, e Brasília e Taguatinga, do Distrito Federal.
O Guará classificou-se em primeiro lugar no Grupo A, com sete pontos ganhos,
provenientes de três vitórias e um empate. Assim, qualificou-se para decidir o
torneio com o Brasília, vencedor do B.
Disputaram a partida final os seguintes jogadores: Toinho (Augusto), Índio,
Luiz Fernando, Carlinhos e Geraldo Galvão; Barão, Raimundinho e Serginho (Zé
Maurício); Almir, Cilinho (Nilton) e Bilau (Ciso). Técnico: Ivan Gradim. Também
atuaram pelo Guará o goleiro Bocaiúva e o atacante Moura.
CIPRIANO SIQUEIRA FILHO
Cipriano Siqueira Filho nasceu em Uberlândia (MG), em 27 de setembro de 1942.
Morava em Uberaba (MG) e de lá veio direto para o Guará, com 17 anos de idade.
Chegou em 4 de outubro de 1959.
Assim que completou 18 anos, foi admitido na Novacap, como ajudante de
pedreiro, depois pedreiro, em várias obras de criação da capital. Dois anos
depois, passou num concurso público do GDF - Governo do Distrito Federal, onde
trabalhou até aposentar-se. Foram 22 anos na Administração Regional do Guará,
onde aposentou como Chefe de Serviço de Administração da Feira do Guará.
Aposentou-se como servidor do GDF em 1990, tendo também trabalhado no antigo
Departamento de Água e Esgoto (DAE), que deu origem à CAESB.
Cipriano começou a assistir aos jogos do Guará apenas para acompanhar os amigos
que, como ele, haviam deixado sua terra natal para ajudar na construção da nova
capital do País. Os jogos eram perto da sua casa, no Núcleo Bandeirante, e por
isso iam ao estádio.
Quando o Guará se profissionalizou e incentivado por Almir Vieira, Cipriano
“vestiu a camisa”. Foi ajudante, chefe de torcida por muito tempo, diretor, até
ser eleito Presidente em 1995.
Em um desses anos, 1982, foi provocada uma grande mágoa em Cipriano. Na decisão
do campeonato brasiliense desse ano, entre Guará e Brasília, a festa foi
preparada bem cedo e seria regada a muita cerveja. Na maior euforia, o então
chefe de torcida Cipriano Siqueira conseguiu levar para o Pelezão 600
torcedores uniformizados. Ele confiava tanto no Guará que não vacilou em encher
um cavalete com fogos, para acendê-los ao final da partida, na comemoração do
título. O Guará havia feito uma grande campanha e estava com jogadores de alto
nível. Logo, nada mais compreensível do que preparar uma grande festa. Mas o
futebol pregou mais uma de suas peças e o Brasília venceu.
Cipriano resolveu lançar um desafio, de assumir o clube e dar a ele o tão
sonhado título de campeão brasiliense.
Incentivado pelo administrador regional Heleno Carvalho e o ex-administrador
Francisco Brandes, Cipriano foi eleito Presidente do clube para a gestão de
1995 a 1997. Juntaram-se a ele nesse desafio torcedores ilustres do Guará como
Manoelino Rodrigues, Alcir Alves de Souza e o ex-supervisor do Taguatinga,
Eurípedes Bueno. O comando do time foi entregue ao ex-goleiro Déo de Carvalho.
No primeiro ano, o Guará foi eliminado nas semifinais, pelo Brasília, que foi
vencido pelo Gama na final.
Mas, em 1996, finalmente veio o título. O time foi montado a partir da base
vencedora do Taguatinga, formada pelos zagueiros Gilson e Zinha, os meias
Marquinhos, Rogerinho e Júlio César. Como era tradição do clube na época,
buscou-se um jogador famoso em fim de carreira, para dar experiência ao time e
atrair o torcedor. O escolhido foi Éder Aleixo, ex-Seleção Brasileira, com 37
anos na época.
Éder havia atuado no Cruzeiro no ano anterior e ajudou a trazer para o Guará
quatro juniores que haviam estourado a idade.
Cumprido o desafio, Cipriano não quis se reeleger para o triênio 1998/2000,
quando o Guará chegou a ser rebaixado para a Segunda Divisão do DF.
Cansou da vida difícil de dirigente de futebol em Brasília. Teve muitas
decepções, achou que não valia a pena continuar, citando, principalmente, a
falta de apoio que experimentou durante a sua administração. Continuou no Guará
como conselheiro.
Cipriano também tentou enveredar-se a deputado distrital em 2010, numa
dobradinha com o candidato a deputado federal Izalci Lucas. Decepcionado com os
658 votos e a falta de apoio financeiro que deixou uma dívida de R$ 8 mil na
época, não quis mais saber de política, mesmo sendo convidado outras vezes para
candidatar-se.
Hoje, Cipriano dedica-se aos cinco filhos, incluindo uma de criação, 15 netos,
4 bisnetos e aos programas sociais de uma igreja evangélica, e colabora com a
administração de uma fábrica que produz camarões empanados e distribui para
restaurantes de Brasília e que tem na gerência dos negócios seu filho mais
velho, Leandro Siqueira.
WANDER ABDALLA
Wander Marques Abdalla nasceu em 20 de maio de 1937, em Conquista, pequeno
município localizado na região de Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Começou sua carreira no futebol como jogador do Ponte Alta clube que defendeu
de 1954 a 1957 e que disputava o campeonato da Liga de Uberaba.
No início do ano de 1958, chegou a fazer testes no América, de Belo Horizonte
(MG) e foi para o Bela Vista, de Sete Lagoas (MG).
Em fevereiro de 1959 foi treinar no Goiânia (GO), não ingressando no clube,
pois era profissional e para atuar no futebol de Goiás deveria acontecer a
reversão de profissional para amador.
Saindo de Goiânia, resolveu se aventurar e tentar a sorte em Brasília, cidade
que oferecia muitas oportunidades de emprego, mas onde fixar residência era uma
tarefa árdua e exigia abnegação, pois encontrava-se no início de sua
construção.
Aqui chegou em junho e já no dia 6 de julho de 1959 era admitido como
Escriturário da Novacap.
Logo procurou se inteirar dos locais onde se praticava o futebol.
Primeiramente, treinou no Guará, passando logo depois para o Grêmio, sendo
campeão da cidade em 1959.
Nos anos de 1960 e 1961, foi bicampeão pelo Defelê. Resolveu mudar de ares e,
no biênio 1962/1963 esteve na Associação Esportiva Cruzeiro do Sul.
O início do seu lado de cartola aflorou ainda mais em 1964, quando criou o
Milionários, ironicamente formado com jogadores que estavam parados
oficialmente, recrutados por Wander; que era treinador e dono do time.
Realizava jogos-exibição por todo o DF. Muitos jogadores deste time voltaram à
atividade por muitos anos depois.
Abandonou de vez a ideia de ser jogador e, após uma passagem como técnico do
Luziânia em 1966, treinou o Defelê em 1970, afastando-se do esporte e passando
a se dedicar aos negócios, como empresário do setor de papel, inicialmente
trabalhando na Gestetner (1973 a 1976) e, posteriormente, cuidando de sua
própria firma, a SP Comercial de Papéis (que funcionou de 1977 a 1985).
Retornou ao futebol em 1976, contratado para supervisionar o Departamento de
Futebol Profissional do Grêmio Esportivo Brasiliense, que também voltava a
disputar competições oficiais. O Grêmio sagrou-se campeão do Torneio Imprensa,
a primeira competição oficial da nova fase do futebol do Distrito Federal.
De 1981 a 1983 foi Vice-Presidente de Futebol do Taguatinga E. C. Sagrou-se
campeão brasiliense em 1981.
Deixou o Taguatinga e passou a ser Supervisor do Guará na Taça de Prata de
1983.
No início de 1984 voltou a ser Diretor de Futebol do Taguatinga. Chegou a ser o
treinador da equipe no jogo de abertura do Torneio Seletivo.
Além do seu envolvimento com a administração dos clubes, encontrava tempo para
se dedicar a outros eventos em prol do futebol brasiliense, chegando a
promover, em dezembro de 1984, juntamente com o preparador físico Marreta, a
festa de encerramento das atividades do futebol de Brasília, reunindo uma
equipe de ex-jogadores e jogadores do futebol profissional do DF.
Em janeiro de 1985 apresentou proposta de trabalho no sentido de tornar a
equipe do Gama novamente competitiva; juntamente com o ortopedista Flory
Machado, associou-se ao clube (passando a ser seu Vice-Presidente de Futebol)
para implantar uma nova política administrativa no futebol.
Em 1986, foi um dos candidatos à Presidência da Federação Metropolitana de
Futebol, concorrendo com mais duas chapas.
Em 1987, retornou ao Taguatinga, tornando-se Vice-Presidente de Futebol. Graças
a um trabalho perseverante que foi realizado nos bastidores por Wander Abdalla,
o bicampeão mundial Nilton Santos, a “Enciclopédia do Futebol”, tornou-se
treinador do Taguatinga no mesmo ano.
Aclamado por unanimidade pelos 21 conselheiros do clube, tornou-se presidente
do Clube de Regatas Guará, em 1988, permanecendo à frente do clube até o final
de 1991. Conseguiu envolver o quadro de conselheiros, os empresários e a
torcida, todos com uma parcela de contribuição que juntas reergueram o Guará.
Quando assumiu, encontrou o futebol do clube sem a menor estrutura: não tinha
time nem comissão técnica.
Em 1989, convidou outro bicampeão mundial, Djalma Santos, para ser treinador do
Guará; promoveu o retorno do artilheiro Beijoca, contratando também Ataliba e
Mauro, dois ex-corintianos. O Guará disputou as finais do campeonato
brasiliense.
Antes de se afastar novamente do futebol, teve uma rápida passagem pelo
Ceilândia.
Wander Abdalla sempre teve como ideal ver o futebol de Brasília competindo em
igualdade de condições com os clubes dos grandes centros. Na sua opinião, isso
só vai acontecer quando acabar a mentalidade amadorística dos dirigentes, que
vem sendo sustentada desde a inauguração de Brasília.
Até hoje permanece vinculado ao futebol, colaborando sempre com sua longa
experiência adquirida nos mais de 40 anos dedicados ao futebol de Brasília.
Formador de caráter.
ResponderExcluirSeu Delino me recordo bem, morava na velha cap, era menino só não tem ou não disponibilizam fotografias do antigo campo do guará na velha cap, Candangolandia, uma pena
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