SUPOSTA ORIGEM
DA ALTERAÇÃO DO NOME PARA DEFELÊ
Como parte
dos festejos de inauguração oficial da TV Nacional de Brasília, o grande
clássico do futebol de Minas Gerais, Atlético Mineiro x Cruzeiro, foi disputado
pela primeira vez fora do Estado, no dia 22 de junho de 1960, no estádio Israel
Pinheiro, de propriedade do Guará. Estiveram presentes a seguintes autoridades:
Senador Cunha Melo, prefeito Israel Pinheiro, João Havelange, Geraldo Starling,
Canor Simões e Geraldo Carneiro. Aconteceu empate em 2 x 2.
Na
preliminar, jogariam Guará e DFL.
Quando o radialista
Jorge Cury se preparava para narrar o jogo principal entre Atlético Mineiro e
Cruzeiro, foi a campo fazer alguns testes durante a preliminar.
Como na época
era moda chamar FNM (de Fábrica Nacional de Motores) de Fenemê, teria proposto
aos presentes chamar DFL (dê-éfe-éle) de Defelê (dê-fê-lê). A sugestão caiu bem
aos ouvidos dos dirigentes e a partir dali o time foi batizado como tal.
Nesse jogo, o
Defelê foi goleado por 4 x 0, atuando com Carlos Magno, Zé Carlos e Macedo;
Samuel Silva, Wander Abdalla e Vitor Grillo; Ramiro, Lacir Pedersoli, Edson
Galdino, Ely e Otávio.
O ESCUDO
O primeiro
escudo do Defelê tinha três colunas do Palácio da Alvorada com a sigla D F L em
cada coluna e acima um raio significando a rede de eletrificação levando
energia à Brasília.
Como vimos
acima, ainda em 1960 o clube adotou o nome DEFELÊ e o emblema ficou estampado
com as três sílabas.
FILIAÇÃO À
FDB
No dia 26 de
julho de 1960, Defelê deu entrada junto à Federação Desportiva de Brasília,
solicitando sua filiação.
APRESENTAÇÃO
DE DOCUMENTOS À FDB
No dia 2 de
setembro de 1960, o Defelê apresentou à Federação Desportiva de Brasília a
certidão do registro dos estatutos, desenhos do uniforme, escudo e flâmula.
NIVELAMENTO
DO CAMPO E PROFISSIONALISMO
No dia 28 de
julho de 1960 terminou o trabalho de terraplanagem do terreno em que seria
construído o estádio e foram iniciados os trabalhos de nivelamento.
Vislumbrando o profissionalismo, o vice-presidente Ciro Machado do Espírito
Santo declarou que para um dia o Defelê vir a tornar-se profissional, era
preciso ter dinheiro e um lugar para receber o público, para poder cobrar
ingressos e manter uma estrutura além do amador.
A sede também
estava em planejamento, pois a festa junina realizada pelo time foi no
acampamento do Departamento de Força e Luz e contou com a presença do
presidente da Novacap.
O CAMPO
Localizado na
Vila Planalto, onde ficava o Acampamento do DFL, o campo do Defelê foi
inaugurado no dia 18 de dezembro de 1960, e foi batizado com o nome de Estádio
Ciro Machado do Espírito Santo.
Quatro dias
antes, dia 14 de dezembro de 1960, o Defelê comunicou a conclusão do Estádio
Ciro Machado do Espírito Santo e solicitou vistoria. A inspeção foi feita pelo
tenente Augusto da Costa, diretor do Departamento de Futebol da FDB, que ficou
impressionado com o ritmo da obra, pois, normalmente pelo volume de trabalho, o
mesmo só seria concluído em duas semanas. Na inspeção foi constatado que os
gradis estavam pintados, as balizas estavam colocadas, pintadas e com redes, o
campo todo compactado e arquibancada instalada.
Às 13h30, do
dia 18, foi realizado no hasteamento das bandeiras do Brasil, de Brasília,
Defelê e do Grêmio, pelos senhores Hugo Mósca, Jardel Noronha de Oliveira,
Paulo Levenhagen de Mello e Vasco Viana de Andrade ao som do Hino Nacional.
No jogo de
inauguração, o Defelê venceu o Grêmio Brasiliense, por 5 x 0. No primeiro tempo
Ely e Ramiro marcaram. Na segunda etapa, Vitinho e Ramiro, duas vezes, liquidaram
a fatura.
O Defelê
jogou com Matil, Zé Paulo, Euclides, Osvaldo, Pedrinho, Loureiro, Ramiro,
Vitinho, Ely, Fino e Raimundinho. E o Grêmio entrou em campo com Otaziano,
Joãozinho, Lacir Pedersoli, Ferreira, Alemão, Edson Galdino, Roberto (Brasil),
Reinaldo, Wellington, Tico e Djalma.
Somente em 25
de outubro de 1963, depois de alguns meses de intensos trabalhos, foi
totalmente gramado o campo do Defelê e em maio de 1964 aconteceu a inauguração
do seu sistema de iluminação.
O Defelê
promoveu um triangular e convidou o seu maior rival, o Rabello, e o Cruzeiro,
de Belo Horizonte, que já contava com o craque Tostão. O Cruzeiro sagrou-se
campeão, vencendo os dois jogos contra os clubes de Brasília.
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