quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

OS CLUBES DO DF: Defelê - 3ª parte - Registros e Curiosidades


SUPOSTA ORIGEM DA ALTERAÇÃO DO NOME PARA DEFELÊ

Como parte dos festejos de inauguração oficial da TV Nacional de Brasília, o grande clássico do futebol de Minas Gerais, Atlético Mineiro x Cruzeiro, foi disputado pela primeira vez fora do Estado, no dia 22 de junho de 1960, no estádio Israel Pinheiro, de propriedade do Guará. Estiveram presentes a seguintes autoridades: Senador Cunha Melo, prefeito Israel Pinheiro, João Havelange, Geraldo Starling, Canor Simões e Geraldo Carneiro. Aconteceu empate em 2 x 2.
Na preliminar, jogariam Guará e DFL.
Quando o radialista Jorge Cury se preparava para narrar o jogo principal entre Atlético Mineiro e Cruzeiro, foi a campo fazer alguns testes durante a preliminar.
Como na época era moda chamar FNM (de Fábrica Nacional de Motores) de Fenemê, teria proposto aos presentes chamar DFL (dê-éfe-éle) de Defelê (dê-fê-lê). A sugestão caiu bem aos ouvidos dos dirigentes e a partir dali o time foi batizado como tal.
Nesse jogo, o Defelê foi goleado por 4 x 0, atuando com Carlos Magno, Zé Carlos e Macedo; Samuel Silva, Wander Abdalla e Vitor Grillo; Ramiro, Lacir Pedersoli, Edson Galdino, Ely e Otávio.

O ESCUDO


O primeiro escudo do Defelê tinha três colunas do Palácio da Alvorada com a sigla D F L em cada coluna e acima um raio significando a rede de eletrificação levando energia à Brasília.

Como vimos acima, ainda em 1960 o clube adotou o nome DEFELÊ e o emblema ficou estampado com as três sílabas.


FILIAÇÃO À FDB

No dia 26 de julho de 1960, Defelê deu entrada junto à Federação Desportiva de Brasília, solicitando sua filiação.

APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS À FDB

No dia 2 de setembro de 1960, o Defelê apresentou à Federação Desportiva de Brasília a certidão do registro dos estatutos, desenhos do uniforme, escudo e flâmula.

NIVELAMENTO DO CAMPO E PROFISSIONALISMO

No dia 28 de julho de 1960 terminou o trabalho de terraplanagem do terreno em que seria construído o estádio e foram iniciados os trabalhos de nivelamento. Vislumbrando o profissionalismo, o vice-presidente Ciro Machado do Espírito Santo declarou que para um dia o Defelê vir a tornar-se profissional, era preciso ter dinheiro e um lugar para receber o público, para poder cobrar ingressos e manter uma estrutura além do amador.
A sede também estava em planejamento, pois a festa junina realizada pelo time foi no acampamento do Departamento de Força e Luz e contou com a presença do presidente da Novacap.

O CAMPO

Localizado na Vila Planalto, onde ficava o Acampamento do DFL, o campo do Defelê foi inaugurado no dia 18 de dezembro de 1960, e foi batizado com o nome de Estádio Ciro Machado do Espírito Santo.
Quatro dias antes, dia 14 de dezembro de 1960, o Defelê comunicou a conclusão do Estádio Ciro Machado do Espírito Santo e solicitou vistoria. A inspeção foi feita pelo tenente Augusto da Costa, diretor do Departamento de Futebol da FDB, que ficou impressionado com o ritmo da obra, pois, normalmente pelo volume de trabalho, o mesmo só seria concluído em duas semanas. Na inspeção foi constatado que os gradis estavam pintados, as balizas estavam colocadas, pintadas e com redes, o campo todo compactado e arquibancada instalada.
Às 13h30, do dia 18, foi realizado no hasteamento das bandeiras do Brasil, de Brasília, Defelê e do Grêmio, pelos senhores Hugo Mósca, Jardel Noronha de Oliveira, Paulo Levenhagen de Mello e Vasco Viana de Andrade ao som do Hino Nacional.
No jogo de inauguração, o Defelê venceu o Grêmio Brasiliense, por 5 x 0. No primeiro tempo Ely e Ramiro marcaram. Na segunda etapa, Vitinho e Ramiro, duas vezes, liquidaram a fatura.
O Defelê jogou com Matil, Zé Paulo, Euclides, Osvaldo, Pedrinho, Loureiro, Ramiro, Vitinho, Ely, Fino e Raimundinho. E o Grêmio entrou em campo com Otaziano, Joãozinho, Lacir Pedersoli, Ferreira, Alemão, Edson Galdino, Roberto (Brasil), Reinaldo, Wellington, Tico e Djalma.

Somente em 25 de outubro de 1963, depois de alguns meses de intensos trabalhos, foi totalmente gramado o campo do Defelê e em maio de 1964 aconteceu a inauguração do seu sistema de iluminação.

O Defelê promoveu um triangular e convidou o seu maior rival, o Rabello, e o Cruzeiro, de Belo Horizonte, que já contava com o craque Tostão. O Cruzeiro sagrou-se campeão, vencendo os dois jogos contra os clubes de Brasília.


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