O INÍCIO
O Pederneiras Esporte Clube, assim denominado
em homenagem à Companhia Construtora Pederneiras S. A., foi fundado em 18 de
janeiro de 1959, na casa de Walfredo Aleixo Martins e Souza, situada no
Acampamento “Dr. Sérgio Seixas Corrêa”, na Vila Planalto, em Brasília (DF).
Além de Walfredo, que foi escolhido primeiro
Presidente do clube, compareceram Edgardo Coutinho Gomes, Antônio Batista do
Sacramento, Cícero Bezerra da Silva, Aloísio Queiroz de Araújo, Leorne Feitosa
Dantas, Walderez Marques da Silva, Waldir de Souza Fonseca, Edgard dos Santos,
Manoel de Jesus Tôrres Bouéres e Antônio Batista da Silva.
Na mesma reunião, foram definidas as cores
oficiais do novo clube: azul celeste e branca e também os uniformes, sendo o
número 1 constando de camisas listradas nas cores azul e branca no sentido
vertical, com gola e punhos brancos, calção azul e meias brancas com detalhes
em azul; o número dois seria a camisa toda branca com gola e punhos azuis e os
calções azuis e meias iguais ao número 1.
A PRIMEIRA COMPETIÇÃO
A primeira competição de que o Pederneiras
tomou parte foi o Troféu “Israel
Pinheiro” (instituído por iniciativa do presidente da Construtora Ribeiro Ltda.,
Cesar Ribeiro), a ser disputado pelas companhias construtoras de Brasília.
No sistema
“mata-mata”, jogou no dia 12 de junho de 1960, perdendo para a ECRA, por 2 x 1,
no campo do Nacional, sendo eliminado do torneio.
Wilmar, de
pênalti, no segundo tempo, marcou o primeiro gol do Pederneiras.
Menos de um mês depois, participou de outra
competição, o Troféu “Danton
Jobim”, em homenagem ao DC-Brasília e aos jornalistas brasileiros, desta vez
misturando clubes de construtoras com equipes filiadas à Federação Desportiva
de Brasília.
O Pederneiras
caiu na Chave C, juntamente com o Ribeiro, B.G.P. - Batalhão da Guarda
Presidencial e o Caeira (time da Construtora Cavalcante Junqueira).
Estreou no dia 3
de julho, vencendo o Caeira, por 3 x 1. Nos outros dois jogos, em 10 e 17 de
julho, respectivamente foi derrotado pelo B.G.P. (2 x 0) e goleado pelo Ribeiro
(6 x 0).
Somente em 2 de
agosto de 1960 a Federação Desportiva de Brasília recebeu o ofício do
Pederneiras para dar andamento no processo de filiação do clube.
FILIAÇÃO
Em 26 de agosto aconteceu a Assembléia Geral que aprovou os estatutos do Pederneiras E. C. Dois dias
depois fez sua estréia como novo filiado da Federação, perdendo o amistoso para
o Nacional, por 2 x 1. Pedro marcou o gol do Pederneiras, que formou assim:
João, Hélio, Vicente e Wilmar; José e Iedo; Vióti, Pedro, Marcionilo, Moisés e
Antônio.
A PRIMEIRA
PARTICIPAÇÃO NUM TORNEIO OFICIAL
O Torneio Início
de 1960, realizado no dia 4 de setembro, levou o nome de Taça "Governador
Roberto Silveira"). Solicitaram inscrição 16 clubes. Os jogos foram
realizados no Estádio Israel Pinheiro, do Guará.
No sexto jogo do
dia, o Pederneiras venceu o Nacional, por 2 x 0, com gols de Gote e Marcionilo.
No décimo-primeiro foi derrotado pela A. E. Edilson Mota, por 1 x 0.
O PRIMEIRO JOGO
NO CAMPEONATO BRASILIENSE
Na sua primeira
participação no campeonato da Primeira Divisão, o Pederneiras não levou sorte.
Algumas obras da Companhia Construtora Pederneiras chegaram ao seu final e com
isso vários operários foram dispensados. Entre eles, vários jogadores, o que,
conseqüentemente, ocasionou o desfalque na equipe de futebol.
Seu primeiro jogo
na principal divisão do futebol do DF aconteceu em 27 de novembro de 1960, no estádio
Vasco Viana de Andrade, no Núcleo Bandeirante. Foi goleado pelo Grêmio, por 4 x
1. Marimbondo marcou o primeiro gol do Pederneiras na história do campeonato
brasiliense. O Pederneiras formou com Cobrinha, Alcides, Nogueira e Marimbondo; Zezão e Adão; Cabeça, Cri-Cri,
Cotia, Valderez e Coelho. Técnico: Pernambuco.
O resultado não
poderia ser outro: oitavo e último colocado: nos sete jogos que realizou,
perdeu todos. Marcou apenas quatro gols e sofreu trinta e seis. No dia 18 de
dezembro, foi humilhado pelo poderoso Guará, que o goleou pelo elástico
marcador de 10 x 0.
Depois do vexame
de 1960, quando foi último colocado, solicitou licença e só voltou a disputar o
campeonato brasiliense, já dividido em profissionais e amadores, em 1964. Neste
ano, na categoria de amadores, voltou a ser o último colocado, vencendo apenas
um jogo nos dez disputados
A PRIMEIRA
VITÓRIA
Por incrível que
pareça, essa foi a primeira vitória do Pederneiras no campeonato brasiliense.
A ficha técnica
desse jogo foi a seguinte:
PEDERNEIRAS 1 x 0
VILA MATIAS
Data: 14.06.1964
Local: Israel
Pinheiro
Árbitro: Carlos
Ferreira do Amaral
Renda: R$
9.700,00
Expulsão:
Santana, do Pederneiras
Gol: Aristides,
55
PEDERNEIRAS:
Cabeção, Tarcísio, Alcides, Rebite e Paulo; Santana e Pedro; Aristides, Russo,
Cotia e Luiz.
VILA MATIAS:
Fernando, Aristides, Etevaldo, Enéias e Eurides; Dalcino e Cícero; Waldomiro,
José, Jaime e Wilson.
O PRIMEIRO GRITO DE “É CAMPEÃO”!
Em 1965, finalmente, o clube passaria a ter
algumas alegrias. Perdeu a final do Torneio Início para o Vila Matias (1 x 0,
em 30 de maio) mas, em compensação, no campeonato oficial de amadores,
disputado por cinco equipes, não deu chance aos adversários, sagrando-se
campeão invicto ao sobrepujar Guanabara, Cruzeiro do Sul, Grêmio Brasiliense e
Vila Matias.
Foram oito jogos, com seis vitórias e dois
empates. Seu ataque marcou 23 gols e a sua defesa sofreu 6. Além disso, teve os
dois principais artilheiros da competição, Zezito, com 10 gols, e Zeca, com 6.
Os demais gols foram marcados por Eraldo (3), Doca (2) e Maracanã e Firmo, um
cada.
A formação mais utilizada pelo Pederneiras
foi Chico, Tarcísio e Eufrásio; Logodô, Maracanã
e Firmo; Zeca, Eraldo, Doca, Zezito e Xixico.
A PRIMEIRA COMPETIÇÃO NO
PROFISSIONALISMO
Para o ano de
1966, o Pederneiras resolveu apostar suas fichas no profissionalismo. Logo em
sua primeira participação, o Torneio Início disputado em 12 de junho, no novo
Estádio de Brasília (futuro “Pelezão”), venceu o Luziânia, na estréia, por 1 x
0, gol de Zezito, e perdeu no segundo jogo para o Rabello, pelo mesmo placar.
A PRIMEIRA VEZ
COMO PROFISSIONAL
No campeonato de
profissionais de 1966, atuando contra seis equipes, o Pederneiras realizou
campanha bastante irregular, ficando na quinta colocação, na frente de Flamengo
e Guará. Foram cinco vitórias, dois empates e cinco derrotas. O saldo de gols
foi zero: marcou e sofreu 19 gols.
Seu primeiro jogo
como profissional aconteceu no dia 19 de junho de 1966, no estádio Paulo
Linhares, com derrota de 3 x 2 para o Colombo. Zezito e Moisés marcaram seus
gols. Sob arbitragem de Rubem Pacheco, o Pederneiras formou com Chico,
Tarcísio, Firmo, Logodô e Pereira Moisés e Tião Zeca, Eraldo, Zezito e Deca.
A PRIMEIRA GRANDE
VITÓRIA
Mas, o grande
resultado do ano foi conseguido num amistoso. O Esporte Clube Bahia, na época
com o título de campeão da Taça Brasil de 1959 em cima do poderoso Santos de
Pelé, fez uma excursão ao Distrito Federal para enfrentar três equipes locais,
uma delas, o Pederneiras. Logo em sua estréia, no dia 31 de agosto, o tricolor
baiano foi derrotado por 1 x 0. Depois venceria Colombo e Rabello.
PRIMEIRO TÍTULO
NOS JUVENIS
Em 1966, na categoria “juvenis”, o
Pederneiras ficou com o título, com apenas um ponto perdido na competição. Nas
demais colocações chegaram: 2º Rabello, 8; 3º Guará, 10; 4º Colombo, 12; 5º
Defelê, 14; 6º Luziânia, 17 e Flamengo, 22. O maior destaque desse time era o
zagueiro Pedro Pradera.
O FIM
No dia 13 de novembro de 1966, no Estádio
“Ciro Machado do Espírito Santo”, o Pederneiras enfrentou o Rabello e foi
derrotado por 4 x 1. Doca marcou o gol de honra. Foi a última vez que o time do
Pederneiras entrou em campo. Antes do início
do campeonato (20 de julho), o Pederneiras solicitou licença de todas as suas
atividades durante o ano de 1967. Nunca mais voltou!
Que saudades do meu pai logodô e meu tio eufrasio,muito bom saber da história de futebol deles!🥰
ResponderExcluir