sábado, 9 de agosto de 2014

A HISTÓRIA DA SEGUNDA DIVISÃO NO DF - Parte 8 (2002)


O campeonato brasiliense da Segunda Divisão de 2002 teve a participação de dez equipes, seis a menos que no ano anterior.
Na primeira fase foram divididos em dois grupos iguais, quando jogaram entre si, em ida e volta. Os três primeiros colocados de cada grupo se classificaram para o hexagonal decisivo, em turno único, com os dois primeiros garantindo vaga na Primeira Divisão de 2003.
O regulamento previa quatro jogadores acima de 23 anos por jogo.
Nenhuma das dez equipes foi novidade em 2002.
O título do Brasília em 2001, com o time de juniores do Gama, consagrou a tática da dupla personalidade: antes da bola rolar, os favoritos ao título eram Santa Maria e Samambaia, respectivamente atuando com os times de juniores dos dois maiores clubes do DF: Gama e Brasiliense.
Por conta de um acordo com o Brasiliense, o Samambaia chegou a mudar a cor da camisa de verde para amarelo. Depois de amargar a lanterna em 2001, com apenas um ponto em 14 jogos, o Samambaia virou filial do Brasiliense.
O penúltimo colocado em 2001, o Santa Maria aproveitou-se do título de pentacampeão brasiliense de juniores do Gama para passar a ser o grande favorito.
Brasília estava de volta à Segunda Divisão, depois de ter sido rebaixado da Primeira Divisão no 1º semestre de 2002 (o regulamento da época permitia isso!).
Metropolitana, com alguns jogadores de primeira divisão, era um dos rivais dos “clones”.
Outros que podiam chegar ao título eram os times do Entorno, como Itapuã e Bosque.
Na primeira fase, que apontaria os seis integrantes do hexagonal final, alguns clubes confirmaram essas expectativas, tais como o Brasília, primeiro colocado em seu grupo e melhor performance no geral. Outros, no entanto, como o Samambaia, não conseguiu nem ficar entre os seis melhores.
Assim ficaram os dois grupos da Primeira Fase:

 

A

CLUBES

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

BRASÍLIA

8

5

2

1

14

11

3

17

PLANALTINENSE

8

4

1

3

9

7

2

13

DOM PEDRO II

8

3

3

2

11

9

2

12

METROPOLITANA

8

3

2

3

16

12

4

11

CEILANDENSE

8

0

2

6

3

14

-11

2

B

CLUBES

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

ITAPUÃ

8

4

2

2

13

7

6

14

SANTA MARIA

8

4

2

2

11

10

1

14

BOSQUE

8

2

3

3

6

7

-1

9

SAMAMBAIA

8

1

6

1

7

7

0

9

PLANALTINA

8

0

5

3

7

13

-6

5

 

Na última rodada do acirrado hexagonal final, ocorrida em 30 de novembro de 2002, o desacreditado Dom Pedro II, mesmo jogando fora de casa, em Planaltina, goleou o eliminado Planaltinense por 4 x 1. Esse placar garantiu o título de campeão e sua volta à Primeira Divisão do DF, um ano depois de ser rebaixado.

Também jogando fora de casa, no CAVE o Itapuã ficou com a segunda vaga graças à vitória de 1 x 0 sobre o último colocado do hexagonal, o Brasília, por 1 x 0. Terminou com o mesmo número de pontos ganhos do Dom Pedro II, perdendo o primeiro lugar por ter um gol a menos de saldo.

No terceiro jogo do dia, um gol do Santa Maria contra o Bosque, a cinco minutos do final, impediu que a segunda vaga fosse decidida pelo esdrúxulo critério do maior número de cartões amarelos e vermelhos.

Essa foi a classificação do hexagonal final:

 

CF

CLUBES

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

DOM PEDRO II

5

3

1

1

11

7

4

10

ITAPUÃ

5

3

1

1

9

6

3

10

BOSQUE

5

2

2

1

9

7

2

8

SANTA MARIA

5

2

2

1

6

5

1

8

PLANALTINENSE

5

1

0

4

5

11

-6

3

BRASÍLIA

5

0

2

3

4

8

-4

2

 

O principal artilheiro do campeonato foi Michel, do Dom Pedro II, com oito gols.

 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

NOTA COMPLEMENTAR À POSTAGEM SOBRE O CAMPEONATO BRASILIENSE DA SEGUNDA DIVISÃO DE 2001


Nosso amigo pesquisador José Egídio Pereira Lima, que está escrevendo um livro contando a história do Luziânia, encaminhou matéria que corrige a última postagem, sobre o campeonato brasiliense da Segunda Divisão de 2001.
Segue na íntegra:

MANCHETES

DEPUTADO MARCELO MELO USA PRESTÍGIO E GARANTE PERMANÊNCIA DO LUZIÂNIA NA 1ª DIVISÃO

ARNALDO BARBOSA COM COLABORAÇÃO DO DEPUTADO MARCELO MELO GARANTE O ACESSO DO LUZIÂNIA A PRIMEIRA DIVISÃO DE 2002

E a luta de Marcelo Melo foi decisiva graças a um item do regulamento da segunda divisão, o Luziânia foi incluído na divisão principal.
Três detalhes tornaram a jogada possível. No regulamento da segunda divisão, o Parágrafo 5º tornava facultativo o convite do terceiro e quarto colocados para o grupo de elite. Só que, para isso, um Conselho Arbitral teria que ser convocado antes da final do primeiro turno e isso não ocorreu.
O Luziânia, terceiro melhor da segunda divisão, aproveitou a brecha para ir atrás dos dez clubes da primeira divisão e tentar manter os seus direitos, mesmo sem o Arbitral. O documento teve a assinatura dos presidentes de Gama, Brasiliense, Bandeirante, Brazlândia, Sobradinho, Guará, Ceilândia, Aruc, Brasília e CFZ em trabalho realizado pelo diretor Wander Abdalla.
‘‘Trabalhamos para isso há muito tempo. O regulamento facultava e nós nos aproveitamos’’, explicou o deputado estadual Marcelo Melo (PMDB-GO), do Conselho Deliberativo do Luziânia e responsável pela articulação do clube junto aos brasilienses.
‘‘Demos o direito aos dois clubes. Mas só o Luziânia teve o apoio dos dez clubes’’, revelou o presidente da Federação Metropolitana de Futebol, Weber Magalhães.
Os dirigentes alegaram que preferiram o time do Luziânia pela estrutura e as boas rendas que a equipe conseguiu em casa.
‘‘Todos os times já estão formados. O Ceilandense não sabe nem com quais jogadores poderá contar’’, alfinetou Márcio Coutinho, vice-presidente da ARUC.
Manoel dos Santos, presidente do Ceilandense, disse que não sabia do documento do Luziânia e teve que esperar o arbitral, para se posicionar. Esperou demais. ‘‘O Ceilandense teria que conseguir assinaturas de todos os clubes e tentar marcar um arbitral antes do começo do campeonato’’. Correndo contra o tempo para incluir o Ceilandense na primeira divisão, Santos esperava o apoio de Sobradinho, mas a diretoria do time e da ARUC se negaram a assinar. ‘‘Eu acho inviável. O Sobradinho é contra a entrada de mais um time’’, explicou Tadeu Roriz, presidente de honra do alvinegro.
‘‘Se não conseguir com os clubes, vou para a Justiça Desportiva. Se me for negado, vou recorrer à Justiça comum, sem pensar duas vezes’’, prometeu Manoel Santos.
‘‘O Ceilandense tem todo o direito. Mas foi feito tudo dentro do regulamento e por unanimidade’’, insistiu Weber Magalhães.

RESUMO DA ÓPERA:

Na nossa postagem, dissemos que dois clubes subiriam para a Primeira Divisão em 2002. Depois dos episódios citados acima, na verdade, foram três: Brasília, CFZ e Luziânia.

Também deixamos de divulgar o principal artilheiro do campeonato brasiliense da segunda divisão de 2001. Foi ele Giovani, do Luziânia, com 19 gols.