Joel Martins da Fonseca nasceu em São João de Meriti (RJ), em 14 de fevereiro de 1935.
Como jogador, começou nos juvenis do América e Fluminense, ambos do Rio de Janeiro.
Foi para o Bangu, estreando como profissional no dia 6 de janeiro de 1957. Deste dia, até 27 de dezembro de 1961, manteve o seu posto de titular na lateral direita do Bangu. Foi vice-campeão carioca em 1959 e campeão do Torneio de New York em 1960.
Foram 216 jogos nesse período.
No início de 1962, foi contratado pelo Botafogo.
Sua estreia no Botafogo aconteceu em 6 de janeiro de 1962, em Santiago (Chile), com vitória de 1 x 0 sobre o Estrela Vermelha, da antiga Iugoslávia.
Atuou pelo Botafogo em 240 jogos, de 1962 a 1968. Sua última partida pelo Botafogo foi em 29 de junho de 1968, no amistoso Botafogo 2 x 2 Portuguesa-RJ, no estádio de General Severiano.
No Botafogo, ganhou três títulos de campeão carioca: 1962 e 1967 (como jogador) e 1990 (como treinador).
Depois que parou de jogar, foi treinar as divisões de base do próprio Botafogo, com o qual foi campeão carioca de juvenis nos anos de 1975, 1977 e 1978.
Além desses títulos com o Botafogo, Joel Martins também foi bicampeão brasileiro de juniores nos anos de 1977 e 1978, dirigindo a seleção carioca.
Nesta roda-viva que é a carreira de técnico, Joel Martins dirigiu a equipe principal do Botafogo em seis oportunidades: 1979, 1986, 1987, 1988, 1990 e 1992.
Além do Botafogo, Joel foi treinador do Goytacaz, de Campos (RJ), do América, do Rio de Janeiro, do CRB, de Maceió (AL), do Paysandu (PA) - onde conquistou o título de campeão brasileiro da segunda divisão, em 1991 - e do Tupi, de Juiz de Fora (MG), seu último clube, em 2006.
Teve ainda uma breve experiência internacional, treinando o Al-Jabalain Club, da Segunda Divisão do futebol árabe.
Fora dos gramados, Joel foi agraciado com o Prêmio Belfort Duarte, pela antiga CBD (atual CBF), em 21 de julho de 1966.
Hoje, aos 81 anos, Joel Martins mora no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro (RJ).
COMO JOEL MARTINS VEIO PARA O DF
Joel Martins estava dirigindo o América carioca em 1993, quando, aos 58 anos, veio para o DF.
Chegou ao Gama para trazer novo ânimo à torcida alviverde, que, sob a direção de Décio Leal, não estava desenvolvendo boa campanha.
Sua estreia aconteceu no dia 14 de abril de 1993, no Serejão, na vitória de 4 x 2 sobre o Samambaia. Foram 41 jogos à frente do Gama, até 12 de dezembro de 1993.
Durante todo esse ano, o Gama foi superior técnica e numericamente, e, se a lógica prevalecesse, teria comemorado o título um mês antes da decisão.
O campeonato brasiliense deste ano teve dois turnos e um quadrangular semifinal - todos vencidos pelo Gama. A equipe comandada por Joel Martins obteve 53 pontos ganhos nas três fases, sete a mais que o Taguatinga. Em saldo de gols, a diferença entre as duas equipes também foi a favor do Gama: 36 contra 10. No número de derrotas sofridas, o Gama teve apenas quatro, enquanto o Taguatinga somou dez. Infelizmente, o regulamento prejudicou o melhor time. O Gama chegou a vencer o jogo no tempo normal por 1 x 0, mas na prorrogação perdeu por 2 x 0 e ficou sem o título de campeão.
Em 1994, o Gama teve dois técnicos em seu comando no campeonato brasiliense, Jota Alves e Paulo Roberto, antes do retorno de Joel Martins. A partir de 14 de agosto de 1994, na vitória de 4 x 2 sobre o Comercial, Joel Martins assumiu o Gama e, até 25 de setembro de 1994, na vitória de 4 x 0 sobre o Samambaia, pôde comemorar o seu primeiro título de campeão brasiliense.
Logo depois do campeonato brasiliense, Joel Martins assinou contrato para dirigir o Clube do Remo, de Belém (PA), no Campeonato Brasileiro da Série A.
No ano seguinte, 1995, o Gama começou o campeonato brasiliense sendo treinado por João Leal Neto. Quando este deixou o clube para ir treinar um time da segunda divisão dos Emirados Árabes, antes da partida que decidiria o segundo turno do campeonato brasiliense, contra o Brasília, o Gama fez, mais uma vez, um convite para Joel Martins voltar a treinar a equipe. Ele retornou ao comando do Gama no amistoso que o clube realizou contra o Fluminense, em 17 de agosto de 1995 (0 x 0).
Logo após a decisão do título do 2º turno, começou a ser disputado o quadrangular final que apontou o Gama como campeão brasiliense de 1995. Poucos dias depois, Joel Martins passou a treinar o Gama no Brasileiro da Terceira Divisão, quando o Gama fez sua melhor campanha em campeonatos brasileiros até então, chegando às semifinais da competição e na terceira colocação no geral.
Joel Martins ganhou o Troféu “Mané Garrincha” como melhor técnico em 1995.
As más atuações do Gama nas últimas rodadas do Campeonato Brasiliense de 1996 provocaram a demissão do técnico Walter Zaparolli.
Joel Martins estava no Uberlândia, do qual se desligou poucos dias antes. De 5 de maio a 4 de agosto, Joel Martins tentou dar ao Gama o tricampeonato brasiliense. Não foi possível e ficou com o vice-campeonato.
Joel Martins pediu demissão logo após a derrota por 1 x 0 para o Atlético Goianiense, pela Série B do Campeonato Brasileiro de 1996, no dia 6 de outubro. Este foi seu último jogo no comando do Gama.