quinta-feira, 23 de março de 2023

CRAQUES DE ONTEM E DE HOJE: Odair Galletti


Odair Caires Galletti nasceu em São Paulo (SP), no dia 23 de março de 1951.
Odair foi um lateral moderno. Era bom marcador, apoiava bastante o ataque e, dono de um chute fortíssimo, não perdia a chance de tentar o gol. Um dos gols mais bonitos que marcou foi no estádio Serejão, no dia 10 de maio de 1978. Jogavam Brasília e Santos, pelo Campeonato Brasileiro. O Brasília estava perdendo por 1 x 0 e um foguete desferido por Odair venceu o goleiro Williams e deu início à virada do clube brasiliense, que venceu por 2 x 1.
Depois que saiu de São Paulo e antes de chegar a Brasília, Odair jogou no infantil do Formosa (GO).
No DF, Odair começou nos juvenis do Flamengo, de Taguatinga, em 1970, com o técnico Antônio Sarrafo. Sempre foi lateral esquerdo e em janeiro de 1970, Odair foi um dos trinta convocados pelo técnico Otaziano para a formação do selecionado brasiliense de juvenis que participaria do Campeonato Brasileiro, disputado no mês de fevereiro na cidade de Santo André (SP). A seleção brasiliense perdeu de 5 x 1 para Minas Gerais e 1 x 0 para o Espírito Santo, sendo desclassificado.
Em setembro de 1970 foi registrado como jogador do Grêmio Brasiliense, onde chegou a disputar o quadrangular de aniversário do Núcleo Bandeirante. Logo depois, passou para o Colombo, do Núcleo Bandeirante.
Pelo Colombo, disputou em 1971 o Torneio “Governador do Distrito Federal”. Sua estreia aconteceu no dia 21 de março de 1971, no estádio Adolfo Rizza, no Núcleo Bandeirante. O Colombo venceu por 3 x 1 e formou com Kill, Gonçalves, Junior, Sir Peres e Odair; Careca e Paulinho; Hermes, Moisés (Paulo), Peritote (Zequinha) e Rio Grande.

Ainda em 1971, fez parte do time do Colombo que venceu o campeonato brasiliense. Antes, em julho de 1971, viajou para o Rio de Janeiro, para se submeter a um período de testes na equipe juvenil do Vasco da Gama. Chegou com a expectativa de ficar pois, segundo as palavras de um jornal carioca “reúne boas condições para se consagrar no futebol carioca”. Mas, também, chegou num momento em que o Vasco da Gama estava em plena disputa do título de campeão carioca de juvenis e não teve oportunidades de tornar-se titular nessa equipe, retornando ao DF.
Contratado pelo Grêmio em 1972, apesar da má campanha do clube (ficou em sexto), foi tão bem na competição que, no final desse ano, fez parte dos “Melhores do Ano”, após enquete realizada pelo jornal Correio Braziliense.
Em 1973, Odair estava na A. A. Serviço Gráfico, quando a equipe desistiu de continuar disputando o campeonato brasiliense. Com isso, seus jogadores estavam livres para ingressar em qualquer outra entidade trinta dias após seu pedido de desfiliação e consequente desistência do campeonato. Odair foi, então, para o Ceub, onde sagrou-se campeão brasiliense de 1973, quando o futebol do DF ainda era amador. Em seu primeiro jogo no Ceub, no dia 6 de outubro de 1973, a formação foi a seguinte: Luiz Henrique, Sérgio, Noel, Aloísio e Odair; Miguel e Carlinhos; Hamilton, Renatinho, Paulo e Dinarte. Técnico: Didi de Carvalho.

 
Por outro lado, também fez parequipe profissional do Ceub que se tornou o primeiro clube do DF a disputar o Campeonato Brasileiro, ao lado de grandes jogadores do futebol brasileiro. Mesmo permanecendo na reserva de Rildo por muito tempo, no Ceub ainda ficou a temporada de 1974, ano em que ajudou o clube a conquistar um torneio em Goiânia, superando as equipes do Atlético Goianiense, Goiânia e Vila Nova.
Em 1975, atendendo a um convite do então Diretor de Futebol Bugue, Odair disputou o jogo que marcou o retorno do Grêmio ao futebol brasiliense, depois de duas temporadas afastado das atividades futebolísticas. No dia 23 de março, o Grêmio empatou com o Pioneira em 1 x 1.
Logo depois, Odair tornava-se o primeiro atleta contratado pelo Brasília Esporte Clube, que estava surgindo. Pode-se dizer que Odair ajudou a formar o Brasília. O treinador Cláudio Garcia já o conhecia do Ceub e pediu para que ele conseguisse jogadores para fazer testes. Odair saía convidando os jogadores e dentre os que foram aprovados no Brasília, ele levou Jonas Foca e Uel.
Sua estreia na nova equipe aconteceu no Torneio Incentivo, competição que teve três turnos e os jogos realizados nas preliminares dos encontros do Ceub no Campeonato Brasileiro de 1975. Esse foi o primeiro torneio de futebol profissional do Distrito Federal. Dele participaram Brasília, Campineira e Humaitá. No dia 10 de setembro de 1975, na preliminar de Ceub x Campinense, no estádio Presidente Médici, o Brasília venceu o Humaitá, por 2 x 0, com essa formação: Daniel, Tereso, Jonas Foca, Luiz Carlos e Odair; Raimundinho (Lindário), Bernardino (Ramilson) e Messias; Mineirinho, Humberto e Nei. O Brasília foi o campeão do torneio.
Odair foi campeão brasiliense pelo Brasília em 1976 e 1978, ano em que também disputou o campeonato brasileiro.

Gama - campeão de 1979
Em 1977, ele deixou o Brasília e foi convidado pelo atacante Roberto, que havia jogado no futebol do DF (defendeu o Rabello), para ir jogar no Clube do Remo, de Belém (PA), mas uma contusão impediu seu sucesso no Norte. Retornou para Brasília e, a convite do técnico Velha, com quem já tinha trabalhado no Brasília, foi para o Joinville, de Santa Catarina, onde acabou se sagrando campeão catarinense.
Nos anos de 1979 e 1980, defendeu as cores do Gama, fazendo parte da equipe que deu o primeiro título de campeão brasiliense ao clube em sua história (1979). Nestes dois anos, disputou o campeonato brasileiro pelo Gama.
Em 1981, Odair foi para o Taguatinga, onde se sagrou campeão brasiliense nesse mesmo ano. Também disputou o Campeonato Brasileiro por essa equipe. Na hora de renovar contrato, a diretoria do clube não quis lhe dar aumento e Odair preferiu dar um tempo no futebol, ficando parado nos anos de 1982 e 1983, dedicando-se ao seu trabalho na SUDECO - Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste.
Só retornou em 1984, quando o técnico Fleury Renê Neves o convidou para defender a equipe do Vasco da Gama no segundo turno do campeonato brasiliense. Sua reestreia aconteceu em 5 de agosto de 1984, no Serejão, na derrota de 1 x 0 para o Taguatinga. O Vasco da Gama formou com João (Édson), Domingos, Mário Gomes, Hudson e Cícero; Odair, Maurício e Wanner; Izael, Gaspar (César) e Gustavo. Técnico: Fleury Renê Neves. Foram treze jogos e um gol, na vitória de 2 x 1 sobre o Ceilândia.

Em 1985, disputou o campeonato brasiliense pelo Tiradentes, parou de novo em 1986, retornou em 1987 para defender as cores do Gama e, por último, defendeu o Ceilândia. Sua última partida aconteceu no dia 26 de junho de 1988, no estádio Adonir Guimarães, em Planaltina. Nesse dia, o Ceilândia foi derrotado pelo Planaltina, por 2 x 1. A equipe do Ceilândia foi assim constituída: Dias, Chaguinha, Atos, Jânio e Odair; Chicão, Dirson e Tita; Damião, Marquinhos e Dida. Técnico: Rubens Ferreira Meireles.
Se afastou completamente dos gramados durante um longo período, só retornando a frequentá-lo quando aceitou o convite do Tiradentes para ser seu técnico no campeonato brasiliense de 1995. Ficou nove jogos à frente da equipe.
Aposentado desde novembro de 1994, não pode mais jogar bola por causa da artrose na cabeça do fêmur. Seu hobby passou a ser andar de moto com um grupo de amigos que fazem parte de um motoclube.



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