Odair Caires Galletti
nasceu em São Paulo (SP), no dia 23 de março de 1951.
Odair foi um lateral
moderno. Era bom marcador, apoiava bastante o ataque e, dono de um chute
fortíssimo, não perdia a chance de tentar o gol. Um dos gols mais bonitos que
marcou foi no estádio Serejão, no dia 10 de maio de 1978. Jogavam Brasília e
Santos, pelo Campeonato Brasileiro. O Brasília estava perdendo por 1 x 0 e um
foguete desferido por Odair venceu o goleiro Williams e deu início à virada do
clube brasiliense, que venceu por 2 x 1.
Depois que saiu de São
Paulo e antes de chegar a Brasília, Odair jogou no infantil do Formosa (GO).
No DF, Odair começou nos juvenis
do Flamengo, de Taguatinga, em 1970, com o técnico Antônio Sarrafo. Sempre foi
lateral esquerdo e em janeiro de 1970, Odair foi um dos trinta convocados pelo
técnico Otaziano para a formação do selecionado brasiliense de juvenis que
participaria do Campeonato Brasileiro, disputado no mês de fevereiro na cidade
de Santo André (SP). A seleção brasiliense perdeu de 5 x 1 para Minas Gerais e
1 x 0 para o Espírito Santo, sendo desclassificado.
Em setembro de 1970 foi
registrado como jogador do Grêmio Brasiliense, onde chegou a disputar o
quadrangular de aniversário do Núcleo Bandeirante. Logo depois, passou para o
Colombo, do Núcleo Bandeirante.
Pelo Colombo, disputou em
1971 o Torneio “Governador do Distrito Federal”. Sua estreia aconteceu no dia
21 de março de 1971, no estádio Adolfo Rizza, no Núcleo Bandeirante. O Colombo
venceu por 3 x 1 e formou com Kill, Gonçalves, Junior, Sir Peres e Odair;
Careca e Paulinho; Hermes, Moisés (Paulo), Peritote (Zequinha) e Rio Grande.
Ainda em 1971, fez parte do
time do Colombo que venceu o campeonato brasiliense. Antes, em julho de 1971,
viajou para o Rio de Janeiro, para se submeter a um período de testes na equipe
juvenil do Vasco da Gama. Chegou com a expectativa de ficar pois, segundo as
palavras de um jornal carioca “reúne boas condições para se consagrar no
futebol carioca”. Mas, também, chegou num momento em que o Vasco da Gama estava
em plena disputa do título de campeão carioca de juvenis e não teve
oportunidades de tornar-se titular nessa equipe, retornando ao DF.
Contratado pelo Grêmio em
1972, apesar da má campanha do clube (ficou em sexto), foi tão bem na
competição que, no final desse ano, fez parte dos “Melhores do Ano”, após
enquete realizada pelo jornal Correio Braziliense.
Em 1973, Odair estava na A.
A. Serviço Gráfico, quando a equipe desistiu de continuar disputando o
campeonato brasiliense. Com isso, seus jogadores estavam livres para ingressar
em qualquer outra entidade trinta dias após seu pedido de desfiliação e
consequente desistência do campeonato. Odair foi, então, para o Ceub, onde
sagrou-se campeão brasiliense de 1973, quando o futebol do DF ainda era amador.
Em seu primeiro jogo no Ceub, no dia 6 de outubro de 1973, a formação foi a
seguinte: Luiz Henrique, Sérgio, Noel, Aloísio e Odair; Miguel e Carlinhos;
Hamilton, Renatinho, Paulo e Dinarte. Técnico: Didi de Carvalho.
Por outro lado, também fez parequipe profissional do Ceub que se tornou o primeiro clube do DF a disputar o Campeonato Brasileiro, ao lado de grandes jogadores do futebol brasileiro. Mesmo permanecendo na reserva de Rildo por muito tempo, no Ceub ainda ficou a temporada de 1974, ano em que ajudou o clube a conquistar um torneio em Goiânia, superando as equipes do Atlético Goianiense, Goiânia e Vila Nova.
Em 1975, atendendo a um
convite do então Diretor de Futebol Bugue, Odair disputou o jogo que marcou o
retorno do Grêmio ao futebol brasiliense, depois de duas temporadas afastado
das atividades futebolísticas. No dia 23 de março, o Grêmio empatou com o
Pioneira em 1 x 1.
Logo depois, Odair tornava-se
o primeiro atleta contratado pelo Brasília Esporte Clube, que estava surgindo.
Pode-se dizer que Odair ajudou a formar o Brasília. O treinador Cláudio Garcia
já o conhecia do Ceub e pediu para que ele conseguisse jogadores para fazer
testes. Odair saía convidando os jogadores e dentre os que foram aprovados no
Brasília, ele levou Jonas Foca e Uel.
Sua estreia na nova equipe
aconteceu no Torneio Incentivo, competição que teve três turnos e os jogos
realizados nas preliminares dos encontros do Ceub no Campeonato Brasileiro de
1975. Esse foi o primeiro torneio de futebol profissional do Distrito Federal.
Dele participaram Brasília, Campineira e Humaitá. No dia 10 de setembro de
1975, na preliminar de Ceub x Campinense, no estádio Presidente Médici, o
Brasília venceu o Humaitá, por 2 x 0, com essa formação: Daniel, Tereso, Jonas
Foca, Luiz Carlos e Odair; Raimundinho (Lindário), Bernardino (Ramilson) e
Messias; Mineirinho, Humberto e Nei. O Brasília foi o campeão do torneio.
Odair foi campeão brasiliense
pelo Brasília em 1976 e 1978, ano em que também disputou o campeonato
brasileiro.
Em 1977, ele deixou o
Brasília e foi convidado pelo atacante Roberto, que havia jogado no futebol do
DF (defendeu o Rabello), para ir jogar no Clube do Remo, de Belém (PA), mas uma
contusão impediu seu sucesso no Norte. Retornou para Brasília e, a convite do
técnico Velha, com quem já tinha trabalhado no Brasília, foi para o Joinville,
de Santa Catarina, onde acabou se sagrando campeão catarinense.
Nos anos de 1979 e 1980,
defendeu as cores do Gama, fazendo parte da equipe que deu o primeiro título de
campeão brasiliense ao clube em sua história (1979). Nestes dois anos, disputou
o campeonato brasileiro pelo Gama.
Em 1981, Odair foi para o
Taguatinga, onde se sagrou campeão brasiliense nesse mesmo ano. Também disputou
o Campeonato Brasileiro por essa equipe. Na hora de renovar contrato, a
diretoria do clube não quis lhe dar aumento e Odair preferiu dar um tempo no
futebol, ficando parado nos anos de 1982 e 1983, dedicando-se ao seu trabalho
na SUDECO - Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste.
Só retornou em 1984, quando
o técnico Fleury Renê Neves o convidou para defender a equipe do Vasco da Gama
no segundo turno do campeonato brasiliense. Sua reestreia aconteceu em 5 de
agosto de 1984, no Serejão, na derrota de 1 x 0 para o Taguatinga. O Vasco da
Gama formou com João (Édson), Domingos, Mário Gomes, Hudson e Cícero; Odair,
Maurício e Wanner; Izael, Gaspar (César) e Gustavo. Técnico: Fleury Renê Neves.
Foram treze jogos e um gol, na vitória de 2 x 1 sobre o Ceilândia.
Em 1985, disputou o
campeonato brasiliense pelo Tiradentes, parou de novo em 1986, retornou em 1987
para defender as cores do Gama e, por último, defendeu o Ceilândia. Sua última
partida aconteceu no dia 26 de junho de 1988, no estádio Adonir Guimarães, em
Planaltina. Nesse dia, o Ceilândia foi derrotado pelo Planaltina, por 2 x 1. A
equipe do Ceilândia foi assim constituída: Dias, Chaguinha, Atos, Jânio e
Odair; Chicão, Dirson e Tita; Damião, Marquinhos e Dida. Técnico: Rubens
Ferreira Meireles.
Se afastou completamente
dos gramados durante um longo período, só retornando a frequentá-lo quando
aceitou o convite do Tiradentes para ser seu técnico no campeonato brasiliense
de 1995. Ficou nove jogos à frente da equipe.
Aposentado desde
novembro de 1994, não pode mais jogar bola por causa da artrose na cabeça do
fêmur. Seu hobby passou a ser andar de moto com um grupo de amigos que fazem parte de
um motoclube.
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