Francisco de Assis dos Santos, o Nen, nasceu em Brazlândia (DF), em 8 de março
de 1978.
Nen corria para as peladas em Brazlândia e, depois, fugia do pai, que não
queria que ele ficasse no futebol.
Foi em Brazlândia, com 16 anos, em 1996, que começou a atuar como profissional.
Sua estreia no time profissional do Brazlândia aconteceu em 2 de junho de 1996,
na vitória de 2 x 0 sobre o Planaltina, no estádio Adonir Guimarães. O Brazlândia
formou com Ronaldo, Touro, Amaral, Gomes e Rômulo; Paulo Henrique, Everton
Goiano (Nen) e Júlio César; Neto, Joãozinho (Arnaldo) e Jorge (Carlos Antônio).
Técnico: Altair Siqueira.
Ainda disputou o campeonato brasiliense de 1997, pelo Brazlândia.
Mas foi no Gama que Nen fez sucesso. Ainda registrado como amador, compôs o
banco de reservas do Gama pela primeira e única vez no dia 29 de março de 1998,
no estádio da Metropolitana, no jogo contra o Dom Pedro II (vitória do Gama,
por 4 x 0).
A luta pela titularidade da zaga gamense não era tarefa das mais fáceis. O Gama
possuía pelo menos três bons zagueiros naquela época (Adriano Cacareco, Gerson
e Jairo) e o jeito foi Nen ficar esperando a sua vez na zaga do time.
Na reserva, viu o Gama sagrar-se Campeão Brasileiro da Série B de 1998.
Sua estreia no time principal do Gama só aconteceu em 1999, no dia 17 de
janeiro, num amistoso com derrota de 1 x 0 para o Botafogo, do Rio de Janeiro.
O jogo foi realizado no Mané Garrincha e a equipe do Gama formou assim: Marcelo
Cruz, Adriano, Ricardo e Nen; Vanderson, Deda, Kabila (Jacó), Fernando (Cléber)
e Paulo Henrique (Boni); Romualdo (Mário Zan) e Anderson (Rodrigo). Técnico:
Ernesto Guedes.
No ano de 1999 Nen foi titular da zaga do Gama em 44 jogos por quatro
competições: 21 jogos (e quatro gols) no Campeonato Brasiliense (sagrando-se
campeão), seis na Copa Centro-Oeste, três na Copa do Brasil e 14 no Campeonato
Brasileiro da Série A.
Permaneceria no Gama até o ano de 2004, com uma pequena saída para atuar pela
ARUC no Campeonato Brasiliense da Segunda Divisão em 2000, ficando seu time com
o vice-campeonato, após perder o título para o estreante Brasiliense, mas
garantindo a ascensão do clube para a Primeira Divisão em 2001.
Foram mais de duzentos jogos com a camisa do Gama nesse período. Conquistou
mais três títulos de campeão brasiliense nos anos de 2000, 2001 e 2002.
Nen machucou-se no joelho esquerdo no dia 2 de fevereiro de 2002, na primeira
partida contra o Goiás, pela Copa Centro-Oeste. No dia 11, foi operado. Somente
em 20 de março de 2002 voltou a jogar. Poucos minutos, no final da derrota de 3
x 2 para o Palmas, fora de casa.
Sua última participação no Gama foi durante o Campeonato Brasileiro da Série B
de 2003, quando o Gama foi muito mal, terminando na 23ª colocação entre os 24
participantes e rebaixado para a Série C de 2004.
Despediu-se do Gama no jogo realizado no Bezerrão, no empate em 2 x 2 com o
América, de Natal (RN). Formou o Gama com Luciano Silva, Jefferson, Nen,
Emerson e Rochinha; Daniel (Goeber), Fábio Roberto (Abimael), Rodriguinho e
Luciano Fonseca; Victor e Adriano. Técnico: Estevam Soares.
Depois da queda do Gama para a terceira divisão do futebol brasileiro, três
dias depois Nen se apresentou ao Ipatinga, de Minas Gerais, que disputava a
Série C. A contratação foi um pedido do treinador Flávio Lopes, que comandou o
Gama no Campeonato Brasileiro de 2000.
No ano seguinte, transferiu-se por empréstimo para o Palmeiras, também
recomendado pelo treinador Jair Picerni, também ex-Gama.
Nota constante do Almanaque do Palmeiras, de Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio
Venditti: “Nen chegou ao Gama desacreditado. Afinal, como um zagueiro que
participou da campanha de um time rebaixado para a Série C do Brasileiro, em
2003, poderia servir para o Palmeiras? Aos poucos, o zagueiro deu a resposta.
Assumiu a posição de titular e conquistou a confiança da torcida. Se não é um
craque, ao menos toma conta da defesa com bastante competência, com direito a
fazer alguns gols de vez em quando. Uma prova de que o Gama precisava de muito
mais do que um bom zagueiro para não ter caído para a terceira divisão”.
Estreou no Palmeiras em 11 de janeiro de 2004, no amistoso contra o Oeste
(derrota de 2 x 1), em Itápolis-SP, depois que substituiu o zagueiro Glauber.
De forma oficial, seu primeiro jogo foi em 1º de fevereiro de 2004, no empate
em 2 x 2 com o Santos, válido pelo Campeonato Paulista.
De 2004 a 2007, Nen disputou 143 jogos com a camisa do Palmeiras, marcando 14
gols.
Foi campeão paulista de 2008.
Em 2008 foi contratado pelo Atlético-MG, mas não obteve sucesso. Negociado com
o Bahia, ficou dois anos no Tricolor, onde fez muitos jogos e alguns gols.
Em 2008 se transferiu para o Atlético Mineiro, sendo dispensado nesse mesmo ano.
Estreou no Atlético Mineiro em 12 de junho de 2008, na vitória de 4 x 2 sobre o
Ipatinga, válido pelo Campeonato Brasileiro.
Seu último jogo com a camisa do alvinegro de Belo Horizonte aconteceu no mesmo
ano de 2008, no dia 7 de dezembro, com derrota de 2 x 0 para o Grêmio, também
pelo Campeonato Brasileiro. Disputou apenas nove jogos pelo Atlético Mineiro.
Chegou ao Bahia em 2009. Foi o capitão durante todo o ano de 2009, e apesar de ter
começado o ano como reserva, foi novamente o líder da equipe, e peça importante
na campanha da subida à Série A do time em 2010.
No ano de 2011, devido à idade já avançada e alguns problemas físicas, não repetiu
os feitos do ano de 2010, realizando menos de 10 partidas. Ao fim do contrato, resolveu
retirar-se do futebol. Tornou-se um dos ídolos da recente "fase" de recuperação
do Bahia no cenário nacional.
A estreia no Bahia foi num jogo pela Copa do Brasil, no dia 4 de março de 2009,
em Mossoró (RN), com empate em 2 x 2 com o Potiguar local. O Bahia foi assim
formado: Fernando Leal, Rogério, Nen, Patrício e Rubens Cardoso; Léo Medeiros,
Leandro, Elton e Ananias (Marcone); Beto (Paulo Roberto) e Reinaldo Alagoano
(Rychely). Técnico: Alexandre Gallo.
Foi eleito pela crônica esportiva o melhor zagueiro do Campeonato Baiano de
2009.
Em 2013 anunciou seu retorno aos gramados, voltando a atuar pelo Gama, onde
reestreou no dia 24 de março, com empate em 2 x 2 com o Ceilandense. O Gama
jogou com Max, Fagner (Moisés), Nen, Alex Barcellos e Victor; Juninho Goiano,
Diego, Sávio (Guilherme) e Allann Delon; Gilmar Herê e Aloísio Chulapa.
Técnico: Reinaldo Gueldini.
Foram apenas cinco jogos. Uma cirurgia no joelho direito, a segunda no mesmo
local, impediu a continuidade. Em 2014, apresentou-se como principal reforço do
Capital para o Campeonato Brasiliense desse ano. Estreou no dia 19 de janeiro
de 2014, com vitória de 1 x 0 sobre o Ceilandense, no Abadião.
Disputou onze jogos válidos pelo Campeonato Brasiliense com a camisa do Capital,
o último deles em 20 de março de 2014, no Abadião, com vitória sobre o
Ceilândia, por 3 x 1. Na última vez que entrou em campo como jogador
profissional, Nen integrou a seguinte formação: Hudson, Raimundo, Medeiros, Nen
e Flávio Zumba (Dudu); Renatinho, Léo Madeira, Rafael Toledo e Bruno (Lucas
Rodrigues); Anjinho e Igor Rafael. Técnico: José Lopes de Oliveira (Risada).
Depois que largou o futebol profissional, passou a ser treinador de escolinha
de futebol.
Nen está entre os dez jogadores (o oitavo) que mais vestiram a camisa do Gama
em sua história, contabilizados apenas jogos oficiais.
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